
Capítulo 69
Rainbow City
Ao pressionar a próstata, ele começou a inserir gradualmente mais dedos. Seokhwa chorava, agitando as mãos que agarravam os lençóis. Seu corpo inferior, preso como se estivesse amarrado com cordas, não podia se mexer, o que gerava uma boa dose de medo. O prazer que emergia por dentro dele corria até as pontas dos dedos e dos pés, fazendo seus pelos arrepiarem. A sensação de prazer que não podia ser expelida percorria seu corpo novamente, despertando até nervos ocultos. Seus nervos crepitavam, queimando seu corpo inteiro, até que a sensação finalmente se concentrava em seus órgãos genitais. Seokhwa, tremendo, libertou um jato do seu membro trêmulo.
“Ah! Major! Não dá... Me deixa ir. Me deixa ir.”
Elecarregado, os três dedos que mexiam abaixo não pararam. Kwak Soohwan não interrompeu, mesmo observando Seokhwa ficar vermelho até a metade das costas.
“Estou fazendo isso para você sentir prazer. Por quê? Você gosta?”
“Gosto, mas... Ah, não aguento mais.”
“O que não consegue aguentar?”
Kwak Soohwan puxou as coxas de Seokhwa mais perto dele. Beijando suas costas e cóccix incessantemente, ele movia as mãos.
“Hm? Preciso que você me diga.”
O toque mais ousado na região abaixo, Seokhwa molhou os lençóis com um jorro repentino. Seokhwa mordeu os dentes e gemeu.
Ele gozou porque não conseguiu se segurar? Uma respiração escapou dos lábios de Kwak Soohwan ao tocar sua pele. Ele continuou a atormentá-lo na próstata. Assim você se cansa rápido. Seokhwa colocou as mãos em seus braços, que o seguravam com força. Seu rosto foi esfregado no lençol, deixando apenas os glúteos levantados.
“Me forçando... Ah.”
“Forçando? Não estou fazendo isso à força.”
“...Está sim.”
“Sério?”
Ele soltou os braços que restringiam a parte inferior de Seokhwa. O corpo de Seokhwa caiu na cama como se se fundisse a ela. Ainda assim, os dedos permaneciam dentro dele. A pressão estranha nos órgãos genitais, apontando para baixo, o incomodava. Quando Seokhwa levantou um pouco os quadris, ele moveu a mão novamente.
Ah, teve que se jogar de novo, pois sua cintura perdeu força e não conseguiu levantar os órgãos genitais.
“Hah, olha só. Está vazando de novo.”
Ele esfregou o pênis contra as coxas de Seokhwa, agora molhadas de fluido. A intensidade de seus movimentos fez as coxas de Seokhwa doerem após poucos estocadas.
“Ah!”
A mão que antes mexia dentro dele recuou abruptamente. O espaço vazio abaixo ficou contraído, voltando ao normal. Kwak Soohwan não perdeu a oportunidade da ligeira abertura e empurrou a glande para dentro.
“Ai! Ah, dói.”
A área abaixo era arredondada e apertada.
“Huh. Tudo bem, vou devagar.”
Sobre Seokhwa, ele sussurrou enquanto pressionava com os braços. Quando seu pênis entrou lentamente, a área de pele em contato aumentou. Por causa disso, Seokhwa nem conseguiu expressar seu desconforto. O tempo que passou esticando lentamente por dentro pareceu interminável.
Quando seu cabelo pubiano tocou, o pênis penetrou direto, pressionando contra o umbigo de Seokhwa. Completamente inserido, ele ergueu os braços até a metade para se apoiar. Não podia colocar todo seu peso sobre Seokhwa. Sentia as convulsões nas costas de Seokhwa contra seu peito.
“Hah, amor, acho que agora fui prematuro.”
Seis meses de sêmen acumulado estavam desesperados para serem liberados. Ou melhor, além disso, esse momento parecia um milagre.
“E se eu desmaiar?”
Ele sussurrou no cabelo de Seokhwa. Com a visão turva, Seokhwa segurou o braço à sua frente.
“Não vou. Tenho muita resistência... Ah!”
Como se estivesse esperando permissão, Kwak Soohwan empurrou seu pênis sem deixar espaço. As paredes internas o envolveram, e a próstata inchada foi mais uma vez sobrecarregada. Ele se perguntava se poderia se desgastar e sumir, desejando isso, mas o prazer só se tornava mais evidente.
Hah, hah. Seokhwa esfregou o rosto contra o braço, sem conseguir exercer força alguma abaixo. Kwak Soohwan respirou pesado também, contraindo a mandíbula. Em vez disso, ele moveu-se com mais violência por baixo. Sentia que poderia mordê-lo ferozmente na carne delicada de Seokhwa. Meu. Verdadeiramente meu Seokhwa.
“Huh, devo ir mais fundo? Tudo bem assim?”
“Ah, não. Não.”
Seokhwa segurou seu próprio membro. O braço dele roçou seu baixo ventre, sentindo-o pulsar a cada movimento.
“Soohwan...”
Nem conseguiu terminar de dizer para não aprofundar. A saliva não engolada molhava seus lábios.
“Haa, está bem.”
Quack, Kwak Soohwan pressionou a testa na parte de trás da cabeça de Seokhwa. A posição já estava profunda desde o começo. Sem puxar para fora, ele mudou para a posição de missionário. Enquanto rodava ao redor, Seokhwa se esforçava. As paredes internas deviam estar não apenas pressionadas, mas torcidas. Kwak Soohwan também estava no auge da excitação, apertando-o por baixo.
Ele massageou suavemente a parte inferior do abdômen de Seokhwa para acalmá-lo. O corpo tenso de Seokhwa foi relaxando gradualmente.
“Nosso hyung melhorou de verdade na resistência. Você secretamente tomou bile de urso?”
Como eu poderia pegar um urso? Seus olhos diziam que fazia sentido.
Seokhwa, com as coxas abertas, com dor, colocou as pernas nos ombros de Soohwan. Não conseguiu esconder o olhar de desejo e lambia os ossos do tornozelo. Quando Kwak Soohwan começou a estocar mais forte, Seokhwa acompanhou os movimentos dele. Segurando-se e resistindo, não conseguia conter a vontade de ejacular por mais tempo.
Acho que vou gozar, Soohwan. Acho que vou gozar.
“Hoje não.”
Kwak Soohwan ergueu as duas mãos, prendendo-o. Ao mesmo tempo, moveu-se por baixo, como se fosse destruí-lo, até atingindo seus testículos com brutalidade. Um leve toque já fazia ele gozar, parecendo que a uretra ardia. Pedindo sem realmente pedir, escorria nos lábios. Seu membro trêmulo batia contra a barriga com cada estocada feroz de Kwak Soohwan. Com apenas essa estímulo, sêmen jorrou de seu pênis. Mas foi só um jato, o restante escorria lentamente.
Toque em mim, por favor. Não aguento...
Em um gemido sem palavras, Seokhwa torceu o corpo. Kwak Soohwan enfiou profundamente várias vezes as paredes contraídas, cavando com a cabeça de seu pênis. Enquanto se movia por dentro, algo quente jorrou em ondas, fazendo Seokhwa ofegar sem conseguir abrir totalmente a boca. A sensação era como ser marcado com ferro quente. A ejaculação parecia interminável, enchendo-o até a borda.
Com uma respiração longa, Kwak Soohwan suspirou. Seokhwa tentou empurrá-lo com o pé para fazê-lo sair, mas não adiantou. Ao invés disso, Kwak Soohwan levantou os quadris, dobrando Seokhwa quase ao meio. Mesmo após o climax, sua ereção não diminuiu; pelo contrário, ficou mais dura. Quando os quadris de Seokhwa se levantaram, o sêmen dentro dele infiltrou-se mais fundo.
“Vou de novo.”
Tudo bem? Seokhwa só conseguiu respirar fundo ao ouvir o tom brincalhão. Quando Kwak Soohwan recuou, o sêmen escorreu pelo pênis. Com um empurrão, ele voltou a se enfiar dentro, fazendo Seokhwa tossir. Kwak Soohwan entrelaçou a língua na de Seokhwa numa troca de beijos, misturando tosse e beijo, fazendo a bagunça. Estocadas mais profundas apertaram ainda mais a entrada de Seokhwa.
“Sabe quanto eu segurei? Você sempre desmaia depois de gozar.”
“Consigo...”.
Mesmo gozando, Seokhwa se gabava de aguentar, tentando mostrar que não era mais o mesmo de antes. Tentava acostumar-se à plenitude dentro dele.
“Vamos comer bem e construir mais resistência. Vou dar muitas coisas boas pra você. Também quero fazer bastante.”
O sexo normalmente terminava na primeira rodada, às vezes nem isso. Apesar de Seokhwa estar mais magro que antes, não parecia à beira de desmaiar. Ele se esforçava para se manter firme. E, conhecendo Seokhwa, se realmente não gostasse, teria recusado.
Kwak Soohwan prometeu fazê-lo sentir prazer, mexendo os quadris lentamente e com precisão, observando a face avermelhada de Seokhwa, que ficava mais rosada graças à lubrificação do sêmen.
Quem tinha retirado lentamente, empurrou de volta firmemente contra a próstata de Seokhwa. Seokhwa rapidamente pegou seu próprio pênis. Dessa vez, Kwak Soohwan não conseguiu impedi-lo. Poucos golpes depois, o sêmen jorrou vigorosamente.
Kwak Soohwan recolheu o sêmen que atingia seu peito com a mão e lambeu. Aproveitando a ejaculação de Seokhwa para empurrar pra cima, as paredes internas se fecharam ao redor dele. Cada penetração forte parecia que esculpia um espaço novo, fazendo Seokhwa gemer e resistir sem parar. Pegando seu pênis já amolecendo, Kwak Soohwan o esfregou com força.
“Não! Não! Ah!”
Da glande excessivamente sensível, fluidos prostáticos jorraram. A estimulação em ambos os lados tornou impossível recuperar o controle. Seu corpo inferior não estava mais sob seu comando, totalmente à mercê de Kwak Soohwan. Será que poderia se acostumar a um prazer tão avassalador?
Sem fôlego e avermelhado, Kwak Soohwan beijou Seokhwa, cujo corpo também ardia de calor.
“Dói, né? Meu, tô me sentindo incrível. Droga, tô tão bem que acho que vou morrer.”
Seokhwa nem conseguiu retrucar agora. Ele tinha suportado bastante tempo. As mãos, que seguravam fracamente as costas de Kwak Soohwan, escaparam. ***
Como era de se esperar, Seokhwa acabou de cama.
Ao invés de refletir encarando a parede, Kwak Soohwan virou-se para Seokhwa. O calor vindo de suas nádegas era intenso, então colocou uma toalha fria por baixo. Cada vez que Seokhwa soltava um som de dor, Kwak Soohwan o consolava acariciando suas costas repetidamente. Quando a febre passou, Kwak Soohwan conseguiu finalmente dormir. Mesmo após despertar, ficou ao lado de Seokhwa por um bom tempo. Sob a testa lisa e sem manchas, as pálpebras de Seokhwa permaneceram imóveis.
Parecia estar em sono profundo, sem dormir nem sonhar, respirando de forma regular. Kwak Soohwan sentiu uma vontade juvenil de se bater. “Esse realmente é meu irmão.”
Nem uma frase sussurrada conseguiu acordar Seokhwa. Antes, Kwak Soohwan verificava se ele respirava colocando a mão sob o nariz, mas agora nem era mais necessário. Sua tez não parecia de morto como antes.
Seokhwa se mexia de forma desconfortável, não gostando do travesseiro de braço duro, então Kwak Soohwan trocou por uma toalha dobrada. Mesmo aquele leve movimento fazia Seokhwa gemer de dor. Para que ele pudesse dormir confortável, Kwak Soohwan ficou sentado numa cadeira, observando por um bom tempo. O médico russo tinha mencionado que seus olhos eram intensos ao olhar sua dissertação de doutorado. Se alguém o visse agora, poderia dizer que Seokhwa devia fugir por causa do ciúme possessivo dele.
“Ninguém teria coragem de dizer para você fugir. Eu te trato tão bem.”
Ainda se sentindo culpado por ontem, murmurou para si mesmo. Quando Seokhwa acordar, ele pensava em fazer canja de galinha. Não tinha frango suficiente para fazer um prato completo, então usaria uma porção de canja de frango de emergência, já pronta. Parou assustado com o barulho de ao dobrar a embalagem, com medo de acordar Seokhwa. Olhando de volta, percebeu que Seokhwa ainda estava profundamente no sonho. Ainda bem.
O que mais faz bem à saúde dele? Procurou nas caixas, desta vez um pouco menos cuidadoso.
Havia comida suficiente para os dois, e se acabasse, podia caçar mais. Mas o objetivo era chegar à Rainbow City. Para Kwak Soohwan, qualquer lugar com Seokhwa era bom. Contudo, Seokhwa parecia apegado à cidade natal. Honestamente, era uma questão de orgulho.
Quem salvou a cidade, e Seokhwa ainda morava naquele chalé precário na montanha enquanto outros viviam em luxo? Isso não suportava.
Batida forte! Ele virou na direção do som, franzindo o cenho. Antes que o visitante indesejado pudesse bater novamente, abriu a porta com força. Uma mulher com o punho cerrado arregalou os olhos. Em uma das mãos, ela segurava um pedaço de presunto seco.
“O quê?”
A mulher loira parecia russa.
“Quem é você? Onde está o doutor?”
Ela esperava que o farmacêutico bonito respondesse, não esse homem alto, e ficou desconfiada. Instintivamente, olhou para dentro, preocupada que aquele homem pudesse ter feito mal ao doutor.
“Perguntei, o que?”
Nenhum conseguiu entender o outro, mas ela relaxou um pouco ao ver o farmacêutico deitado na cama.
“A pomada que você deu ajudou bastante a ferida da minha mãe. Trouxe isto como agradecimento.”
Kwak Soohwan cruzou os braços, olhando para a mulher que oferecia o presunto seco.
“O doutor não está doente, né?”
“Mal falo russo. Só sei xingar.”
Continuaram falando ao mesmo tempo. A mulher suspirou e simplesmente estendeu o presunto.
“Por que está me dando isso? Oferecer presunto para o doutor é besteira. Você devia comer.”
Kwak Soohwan quase fechou a porta para evitar o frio, mas ela furou a fresta e empurrou o presunto para dentro.
“Essa mulher, sério.”
“…Quem é ela?”
Seokhwa, que tinha se sentado na cama, pressionou a testa, ainda sonolento por causa da pressão baixa.
“Só uma desconhecida.”
Kwak Soohwan pensou em cortar o presunto e fechar a porta, mas já que Seokhwa estava acordado, ficou difícil. Reabriu a porta, e a mulher sorriu ao ver Seokhwa.
“Doutor! A ferida na perna da minha mãe cicatrizou bastante. Obrigada a você.”
Seokhwa a reconheceu imediatamente. Era a filha que carregou a mãe, mordida por um lobo, até aquele lugar. A ferida não era profunda, então Seokhwa apenas prestou primeiros socorros e aplicou uma pomada de regeneração há cerca de duas semanas. Ele se cobriu com um cobertor e foi até a porta.
“Um pequeno agradecimento. É um presunto que nós mesmos secamos, fica bom se ferver com água.”
Não fazia muito sentido aceitar o presunto, pois já tinham comida suficiente. A família dela era quem tinha recursos escassos. Mesmo assim, Seokhwa agradeceu de coração. Kwak Soohwan ainda ficava ali com os braços cruzados, parecendo contrariado.
“Spasibo (Спасибо).”
A boca e os olhos dela se arregalaram diante do modesto agradecimento de Seokhwa. Ela achou que o doutor não conseguia falar ou entender russo.
“Uau, o nosso doutor até fala bem russo de xingar.”
Kwak Soohwan, que entendeu “obrigado”, não resistiu em provocar. Pensou como ficaria se Seokhwa dissesse uma palavra de desafio.
“Major, podemos compartilhar um pouco da nossa comida com ela?”
Kwak Soohwan assentiu. Foi até o estoque e encheu uma caixa vazia com alguns itens menos apetitosos. Enquanto isso, Seokhwa trocava algumas palavras com a mulher. Kwak Soohwan colocou a caixa entre eles e interrompeu a conversa.
“Tchau, cuide-se, paka (Пока).”
A mulher parecia que ia falar alguma coisa, mas Kwak Soohwan rapidamente fechou a porta. Ela hesitou um momento, abraçou a caixa e desceu pela trilha da montanha. Kwak Soohwan puxou a cortina e voltou-se para Seokhwa.
“Você está bem?”
“Dá para andar.”
Seokhwa cambaleou até a mesa e bebeu um pouco de água, que Kwak Soohwan tinha aquecido. Colocou o presunto na mesa e voltou para a cama. A cama ainda estava quente de quando Kwak Soohwan manteve a lareira acesa. Era a primeira vez desde que chegou à cabana na montanha que Sentiu calor assim ao acordar.
“Dói seu estômago?”
Kwak Soohwan se acomodou no chão, com queixo apoiado na cama, bem perto.
“Um pouco.”
“Canja de galinha, tudo bem?”
“Parece ótimo.”
“Mais alguma dor?”
Seokhwa jehou de lado, olhando para Kwak Soohwan, e decidiu abordar algo que tinha evitado ontem. Foi uma decisão deliberada.
“Sobre o vírus...”
“Esquece o vírus. Desde que você esteja bem e sem sangue saindo do nariz, está tudo bem.”
Kwak Soohwan gentilmente esfregou a ponta do nariz de Seokhwa.
“Vamos para a cidade assim que terminarmos o estoque de comida.”
Seokhwa lentamente se sentou. Sua expressão momentaneamente demonstrou preocupação, mas logo voltou ao normal.
“Você trouxe o kit do Adam?”
“…Por quê precisa disso?”
O tom dele ficou frio.
“Não podemos ir para a cidade sem ele.”
Ele era o hospedeiro do novo vírus mutante Adam.
“Você está vivo agora, então não há problema.”
“E se eu ainda for hospedeiro?”
Para Kwak Soohwan, não seria problema, mas para outros poderia ser.
“O velho disse que já chegou ao estágio final de evolução.”
A taxa de mortalidade do novo vírus mutante Adam era extremamente alta. A rota de infecção tinha encurtado, e desde o incidente em Dalmasan, não havia mais casos de Adam em Rainbow City.
“Então caça um rato pra mim.”
“Por que rato? Você sabe o quão sujos eles são? Quer que eu toque nessa imundície?”
Ele resmungou mais do que o habitual.
A maneira mais segura seria injetar sangue nele, mas ele não tentou. Falta-lhe agilidade para caçar um rato, e se o rato mutasse e escapasse, seria desastroso. As pessoas na área poderiam morrer por causa dele.
“É a única forma de verificar se ainda estou contagioso.”
“Quer dizer, se vai se furar pra extrair sangue? Não quero que parte do seu corpo se machuque.”
Seokhwa estreitou os olhos. Isso vinha do homem que tinha partido ele ao meio e o havia esmaga... [1] - Exemplo de expressão de forte submissão ou submissão literal? Pode ser uma expressão idiomática. Manter o sentido: “que o tinha moldado ao meio e havia sempre entrado nele”.
“Seja honesto, Major.”
“Sou sempre honesto.”
Kwak Soohwan virou as costas e se afastou da cama.
“Você está preocupado que o vírus ainda esteja no meu sistema.”
Para Kwak Soohwan, pegar um rato seria fácil. Mesmo que o rato estivesse infectado, ele poderia lidar rapidamente. A razão de não fazer isso era que não tinha confiança no resultado.
“Major, se não tiver certeza, descer para a cidade é muito perigoso.”
“Desde que não tenha sangue, vai ficar tudo bem.”
“...”
“Sei, isso é besteira.”
De costas, ele aquecia a água na panela.
“Eu preferiria ficar aqui com você, mas esse lugar é muito rústico.”
“Não é rústico.”
Embora não tivessem tudo, tinham o suficiente. Arriscar a cidade por desejos pessoais não era uma opção. Além disso, levar Seokhwa para lá poderia colocar Kwak Soohwan em risco também.
“Você não está frustrado?”
Ele jogou com força o pacote da canja na panela e virou-se. Diferente de Kwak Soohwan, claramente frustrado, Seokhwa permanecia calmo e tranquilo.
“Por quê? Estamos juntos de novo.”
“Tô frustrado.”
Kwak Soohwan parecia que tinha sido roubado de tudo que possuía.
Seokhwa suavizou a expressão e abriu os braços, silenciosamente pedindo que Kwak Soohwan se aproximasse. Ele caminhou lentamente, com o piso de madeira rangendo sob seus passos. Agachado, abraçou a cintura de Seokhwa, apoiando o rosto nas coxas finas dele. Seokhwa bateu nas costas dele.
“Tô tão frustrado, Seokhwa. Pelo menos, a gente deveria ter uma vila na Ilha Udo, não essa cabana abandonada.”
Sentindo as coxas de Seokhwa tremendo, Kwak Soohwan percebeu que estava rindo.
“Major, você tem bastante dinheiro.”
“Dinheiro da cidade é só lenha na Rússia.”
Olhou para Seokhwa como uma criança.
“Vou pegar um rato. Se não tiver problema, a gente sai agora mesmo. É só uma picadinha com agulha pra tirar sangue.”
“Mas eu nunca vi rato aqui.”
No inverno, comida escasseava, e até os lobos talvez já tivessem comido todos os ratos.
“Então, eu caço um lobo?”
“Adoro a sua criatividade, não seja bobo.”
Seokhwa levantou devagar, para não forçar as costas, e desligou o fogo. Três pacotes de canja de galinha estavam alinhados na panela. Pegou-os e despejou o conteúdo em tigelas.
Duas para Kwak Soohwan e uma para si mesmo. Ele pretendia colocá-las na mesa, mas Kwak Soohwan as levou para a cama. As cadeiras de madeira duras não eram confortáveis de qualquer forma. Seokhwa se juntou a ele, e os dois ficaram lado a lado, comendo lentamente a canja.
A carne macia, bem cozida, derretia na boca. Kwak Soohwan reclamou da falta de carne, xingando a fábrica da cidade, mas aquilo era uma verdadeira festa.
Após comer, decidiram sair ao invés de simplesmente deitar. Kwak Soohwan tinha ido embora, então Seokhwa o acompanhou. Sentou-se numa cadeira de madeira, assistindo Kwak Soohwan cortar madeira. A maior parte da lenha que Seokhwa tinha recolhido eram galhos quebrados, então Kwak Soohwan assumiu a tarefa.
Mesmo usando um machado sem ponta, os toros sePartiam facilmente sob seus golpes. O barulho assustava os cervos-musk e outros animais que geralmente visitavam. Seokhwa levantou-se da toalha que Kwak Soohwan arrumara para ele. Depois de uma refeição reforçada, as dores musculares tinham aliviado bastante.
Pouco antes do derretimento da neve, a primavera chegaria com novos brotos. Era sorte Kwak Soohwan ter vindo antes da estação; do contrário, Seokhwa talvez não tivesse conseguido sobreviver para vê-la.
“Não parecemos um casal de idosos?”
Kwak Soohwan girou o machado na mão.
“Um casal de idosos?”
“Aposentados, vivendo longe da cidade. É tranquilo, só nós dois, sem interrupções.”
Parecia coisa de um romance que Kwak Soohwan tinha lido.
“Incrível. Sem Adam também.”
Embora o vírus Adam ainda não tivesse sido erradicado na Rússia, essa região remota parecia um mundo sem ele.
“Provavelmente ainda há Adams na cidade. Talvez tenham morrido de fome ou sido queimados agora.”
“Devem ter distribuído a vacina para todos os cidadãos, né?”
“Provavelmente? Disseram que estavam distribuindo para China e Rússia também. Lee Heechan é esperto. Vai exigir isso.”
Wak Soohwan fez um sinal de “ok”, imitando dinheiro com os dedos.
“Se meu sangue estiver bem, a gente vai pra Vladivostok?”
Surpreso com a sugestão de Seokhwa, Kwak Soohwan partiu o tronco cortado ao meio com as mãos.
“Por que lá?”
“Pra produzir a vacina.”
“Se oferecermos de graça, o Lee Heechan vai tentar se livrar de nós. Não podemos correr riscos desnecessários. Mas é frustrante, né? Fazemos o trabalho, e ele fica com o dinheiro. Devíamos ter uma estátua sua na cidade.”
Kwak Soohwan pegou um graveto e riscou o chão molhado, traçando o contorno aproximado do rosto de Seokhwa. Seokhwa foi até a varanda de madeira para assistir. Esperava que Kwak Soohwan, que era bom com as mãos, desenhasse bem. Contudo, a pintura ficou terrível. Os olhos em formato de amêndoa estavam tortos, e o nariz e a boca estavam deslocados. Ele até fez buracos onde ficariam os mamilos do busto.
“Por que está desenhando mamilos?”
“Percebeu?”
Não apagou os buracos. Até acrescentou uma inscrição abaixo do busto: [Doutor Seok ♥ Major Kwak]
Seokhwa pegou um graveto, riscou os buracos dos mamilos.
“O quê? Agora eles parecem inchados. Não estão exatamente assim por baixo da sua roupa agora?”
Seu peito, já dolorido de onde Kwak Soohwan tinha mordido e sugado, doía cada vez que a roupa tocava nele. Seokhwa começou a desenhar Kwak Soohwan ao lado do busto feio dele. As habilidades de Seokhwa para desenhar também não eram melhores, resultando em duas figuras pouco atraentes lado a lado. Ele até pensou em desenhar os mamilos de Kwak Soohwan também, mas decidiu não fazer isso, não querendo se rebaixar ao mesmo nível.
[Um busto meu desenhado pelo pervertido Seokhwa] - Kwak Soohwan escreveu embaixo.
Seokhwa fez um biquinho, balançou a cabeça, mas um sorriso inconscientemente surgiu no rosto. Foi o primeiro a largar o graveto. Depois de limpar as mãos e puxar o cobertor que tinha escorregado, Kwak Soohwan de repente o abraçou por trás, levantando-o um pouco.
“Uau, exagerou. Ficou pensando no seu biquinho? Mas é verdade, né?”
Ele beijou repetidamente o pescoço de Seokhwa, exposto.
Seokhwa deu uma batidinha na mão dele, sinalizando que queria descer. Quando pôs os pés no chão, virou-se e abraçou Kwak Soohwan de volta. Podia ouvir os batimentos energéticos do coração de Kwak Soohwan dentro do peito. Seu coração transbordava de vitalidade, ainda mais porque o abraço repentino de Seokhwa o tinha animado.
“Amor, que tal a gente começar a treinar resistência juntos a partir de amanhã?”
“Com certeza.”
“Sou muito exigente na hora do treino. Seokhwa, gira pra esquerda, gira pra direita. Não consegue fazer? É o melhor que consegue? Até um verme se sair melhor. Acha que consegue aguentar?”
Seokhwa não respondeu e simplesmente retornou ao seu lugar original. Kwak Soohwan achou isso fofo e não conseguiu segurar uma risada. Vendo Seokhwa sentar novamente na toalha, pegou o machado de novo. Percebeu que ainda tinha um pouco de crescimento a fazer. Observando Seokhwa, deu vontade de colocar mais força nos braços e dividir os toros com mais energia.
“Parece que poderia partir lenha suficiente para durar o inverno todo hoje.”
Exagerou.
Seokhwa planejava afiar a lâmina do machado no dia seguinte. Ela tinha ficado sem uso por um tempo, mas agora teria bastante utilidade com Kwak Soohwan por perto. A neve que repousava nos galhos nus caiu, e logo o sol começou a se pôr, lançando um brilho dourado no crepúsculo. Quando estava sozinho, os dias pareciam eternamente torturantes, mas desde a chegada de Kwak Soohwan, eles tinham passado voando. Seokhwa não podia desejar mais do que continuar aproveitando esses dias de tranquilidade.
A cabana vinha acesa há dias, tornando as noites livres de medo dos animais selvagens. ***
“Alguma novidade?”
“Ainda nenhuma.”
“Está vivo ou morto?”
“Ele deve estar vivo, desde que o Dr. Seokhwa esteja aqui.”
Resposta insatisfatória. Lee Heechan soltou uma longa fumaça de cigarro.
“Por que você voltou a fumar depois de parar?”
“Verdade. Me saiu melhor quando os Mestres estavam aqui.”
O Emperor Penguin tinha assumido o controle de Rainbow City.
As famílias Coruja e Águia focavam na revitalização econômica, estabelecendo fábricas e estações de comunicação, enquanto o conselho era composto por representantes dos cidadãos, generais militares e líderes das famílias nobres sobreviventes. Lee Heechan tinha sido eleito pelos cidadãos para gerenciar o conselho pelos próximos quatro anos.
Antes de eliminar os Mestres, Kwak Soohwan tinha aconselhado separar o militar da política, mas com uma população tão pequena, era prematuro. O exército ainda cuidava da segurança da cidade. Além disso, era necessário um forte aparato de repressão para controlar os novos cidadãos.
Entre esses novos, havia saqueadores e assassinos, além de ex-cidadãos que atuavam como intermediários de outsiders. Quando Adams dominava o mundo, algum grau de indulgência era possível, mas não mais. Ironicamente, a cidade precisava reconstruir suas prisões tão rápido quanto estabelecia fábricas. O papel da prisão atual incluía tanto reabilitação quanto educação.
Indivíduos de classe S ou A precisavam circular pela cidade mais do que nunca, lidando com diversos incidentes que, antes, eram de responsabilidade da polícia, agora assumidos pelos militares.
Esse era mais um desafio de crescimento. Mesmo assim, Lee Heechan retomou o fumo.
“Você acha que o Kwak Soohwan nunca vai voltar?”
O comandante Cha, agora general de brigada, especulou sobre o paradeiro do capitão.
Era certeza que o capitão tinha saído da cidade para procurar o Dr. Seokhwa. Chegaram até a receber um vídeo dele saindo do abrigo, enviado por Yang Sang-hoon. Diferente dos cinco meses em que esteve em estado de torpor, naquele dia o capitão estava exatamente como Cha Hakhyun se lembrava.
“Encontrar o Major, localizar o Dr. Seokhwa seria a maneira mais rápida, mas não faço ideia de onde ele possa estar.”
“Você realmente não tem noção?”
Antes de voltar à cidade com a vacina, Kwak Soohwan tinha conversado com Cha Hakhyun. Sabia alguns lugares onde o capitão e o doutor tinham ficado juntos. Hasan era um deles.
“Você acredita que o Dr. Seokhwa está vivo?”
“Espero que sim. Caso contrário, não nos sentiríamos culpados demais?”
Lee Heechan virou-se parcialmente em sua cadeira de couro e se levantou. Do abrigo, podia ver muitos apartamentos em Yeouido passando por reformas. Podiam fazer obras dia e noite sem medo. Seria esse o era da paz? Pelo menos para ele, não era.
“Major General Cha.”
“Sim, senhor.”
“Precisamos trazer aqueles dois de volta.”
Encontrar pessoas cuja sobrevivência ainda era incerta? Cha Hakhyun franziu o rosto discretamente.
“Devemos recompensá-los grandemente. Um eliminou a ameaça à nossa cidade, e outro libertou a humanidade do Adam.”
“E se recusarem? E... você também sabe, não sabe?”
Que Seokhwa era hospedeiro de um novo vírus mutante Adam. Portanto, suas contribuições não podiam ser tornadas públicas. Era um acordo tácito entre as famílias sabedoras dessa questão.
“Se o Dr. Seokhwa estiver vivo, significa que ele superou o vírus. Devemos torcer para que ele não seja mais hospedeiro.”
Vamos manter essa esperança. Lee Heechan acendeu outro cigarro.
“Seja honesto.”
“Sobre o quê?”
Lee Heechan ergue uma sobrancelha, percebendo o tom afrontoso.
“Você planeja usar o capitão e o doutor para estabilizar a cidade?”
“Temos que dividir a responsabilidade.”
“Como assim?”