Capítulo 75

Seokhwa queria ficar acordado a noite toda com Kwak Soohwan mais do que qualquer outra pessoa. Quão maravilhoso seria se ele pudesse reunir energia suficiente para acompanhá-lo sexualmente? Seokhwa olhava sério para o órgão delicado. Então, decidiu não fazer isso e o guardou de volta na gaveta. Bzzz, o objeto em cima da gaveta vibrava. Era o celular que Kwak Soohwan tinha comprado para ele. Como o sinal não chegava com facilidade por toda parte, ele quase não o usava fora de casa.[1] - Dispositivo de comunicação portátil.]“Alô.”[Só liguei porque queria ouvir sua voz.]Hoje, Seokhwa tinha folga. Como Kwak Soohwan tinha que ir trabalhar, um lado da cama ficou vazio desde cedo.[Deixe-me ouvir sua voz.]

“…Voz.”[O que foi? Almoçou?]Ele nunca se acostumou a conversar sem ver o rosto da outra pessoa.“Quando você vai voltar pra casa?”[Você também sente minha falta, né? Vou sair direto às seis. Sabe que eles me mandam propositalmente para o Gangnam enquanto você está em Yeouido, né? Mas quem sou eu? Acabou o trabalho aqui e já venho direto pra Yeouido. Não jante sem mim.]Ultimamente, ele geralmente almoçava com colegas no prédio da pesquisa. Ainda havia pessoas que não gostavam dele, mas tantas outras gostavam.[Entendido.]“Beijos.”[Que isso? Você tem que estar brincando.]O contato foi abruptamente encerrado, então Kwak Soohwan não ouviu Seokhwa dizer: “Eu também”. Seokhwa apertou novamente o botão de chamadas do telefone desconhecido.[Por quê? Algum problema?] A voz de Kwak Soohwan era urgente. Parecia que ele achava que algo tinha acontecido porque a chamada vinha logo após ele ter desligado.“Eu também.”[...Ah, você me mata. Saio o mais rápido possível.] Dessa vez, Seokhwa desligou primeiro, pois conseguia ouvir seus colegas conversando ao fundo. Mudou o celular para modo de toque e se levantou do sofá. Como tinham se mudado recentemente, a casa ainda não parecia muito habitada. Os móveis estavam no lugar, mas recentemente Kwak Soohwan, que tinha se interessado por canções, tinha até comprado um gramofone com um chifre em forma de boca de sino. Conseguir o Gramofone não era difícil, mas encontrar discos de LP era como tirar estrelas do céu.

Seokhwa caminhou pela sala e levantou a tampa do piso que levava ao abrigo subterrâneo. A maioria das casas na cidade ainda tinha esse tipo de bunker. Ouvi dizer que até casas recém-construídas costumavam incluir bunkers. Apesar do incidente com Adam ser improvável de se repetir, o medo das pessoas ainda não desapareceu completamente.[1] - Incidente com Adam: referência a um vírus ou evento altamente perigoso.] Seokhwa abriu a tampa do piso e desceu as escadas de madeira. No fundo das escadas, ele acionou um interruptor para acender a luz. O segredo que Kwak Soohwan e ele tinham que guardar até a morte estava aqui.A ampola dentro do recipiente cilíndrico de aço inoxidável estava estilhaçada e queimada de preto. Era o fim do vírus Adam evoluído ao máximo. O vírus invisível foi destruído pelo fogo. A cidade de Rainbow ainda não se abriu completamente para outras nações aliadas por cautela. Caso um novo vírus mutante de Adam surgisse no exterior, a vacina da cidade poderia ser ineficaz. No entanto, até onde Seokhwa sabia, o lado russo onde ele esteve estava suficientemente protegido pela vacina da cidade.A conselho, o conselho estava dividido entre aqueles que queriam produzir em massa e vender a vacina internacionalmente para aumentar o poder nacional e aqueles que defendiam a continuação do isolamento, considerando a precipitação. Kwak Soohwan, presente como representante do exército, viria para casa amaldiçoando que só pessoas incompetentes, mas diligentes, causavam problemas.

Seokhwa tinha participado do conselho apenas uma vez como representante dos pesquisadores do Abrigo de Yeouido. Apenas assistir às discussões, gritos e brigas lá o exaustava. Naquele dia, fingiu desmaiar com a cabeça na mesa e conseguiu sair após quatro longas horas. Ouvi dizer que a reunião continuou mais cinco horas depois. Horrível.Um projeto de lei para pagar royalties a Seokhwa pela venda da vacina foi proposto pelos pesquisadores de Yeouido, mas foi rejeitado pelo conselho. As famílias nobres ficaram enfurecidas, dizendo que já era suficiente não penalizar os médicos e generais que tomaram o controle da transmissão sem autorização; eles também não poderiam pagar royalties. Enquanto isso, outros representantes discutiam que era injusto esses dois não terem sido punidos, pois isso ameaçava a disciplina militar e a segurança da cidade.

Seokhwa sorriu na frente do recipiente de aço inoxidável.‘A lei contra a tomada ilegal de transmissão ainda não foi proposta, e ninguém se feriu. Mas, que tal se o Dr. Seokhwa e eu passarmos um ano na cadeia? Então vocês podem pagar royalties enquanto estivermos presos e continuar pagando após sairmos. Simples, né?’Quando Kwak Soohwan falou no microfone, o conselho silenciou. No final, os royalties saíram da mesa. Agora, o que importava era dinheiro.Ao ouvir a campainha tocar, mesmo no bunker, Seokhwa rapidamente selou o recipiente de aço inoxidável. Tropeçou nas escadas, mas logo recuperou o equilíbrio. Depois de fechar bem a porta do bunker, pegou o interfone.“Quem é?”[2] - Resposta do visitante: “Estamos aqui, doutor.”Seokhwa reconheceu instantaneamente as vozes dos visitantes. Dois amigos do centro de aprendizagem tinham planejado visitá-lo hoje, já que era seu dia de folga.“Já estou indo.”Sem esperar por eles tão cedo, Seokhwa apenas calçou os chinelos e saiu para abrir o portão principal.“Seja bem-vindo.”Ele estava um pouco sem fôlego após atravessar o jardim.“Olá, doutor. Este é um presente de boas-vindas. Dizem que é indicado levar algo quando se visita alguém pela primeira vez.”Era Hyun Kang, que não conseguia falar, e Daehoon, que já havia imitado Seokhwa uma vez. Seokhwa ficou surpreso com o pacote de papel hoi-hoi que Daehoon entregou.“Mesmo com sua mesada limitada...”“Podemos pagar isso.”“Obrigado. Entrem, por favor.”Quando Seokhwa pegou o pacote de papel higiênico deles, os dois, com os rostos iluminados, balançaram a cabeça.“Está tudo bem?”“Ainda estamos sob vigilância.”Daehoon gesticulou com os olhos para trás, onde dois soldados uniformizados aguardavam na frente do ônibus escolar.“Disseram que só vamos ficar livres quando passar este ano.”Infelizmente, só podiam sair sob supervisão.“A vida no centro de aprendizagem está boa? Se tiver algum problema, me avise a qualquer hora.”“Doutor, a vida não pode ficar pior do que já foi. Agora, cada dia parece um sonho, e acho que vamos precisar deste ano para nos acostumar. Muito obrigado.”A razão para eles poderem sair era que tinham se adaptado bem ao centro de aprendizagem.“Mas aqui há muitas pedras.” Daehoon riu, olhando para o jardim. Hyungang sentiu o mesmo.Havia um pequeno lago, e as pedras ao redor dele foram todas trazidas de sua casa na Ilha de Jeju. O Hareubang de pedra que Kwak Soohwan enviou de Jeju ficava ao lado.“Sim, há bastante pedra. Me avise quando puderem sair livremente da próxima vez.”“Com certeza! Os soldados estão nos olhando, então é melhor irmos.”“De verdade, entrem em contato. Vou aproveitar bem o papel higiênico.”Hyungang acenou adeus. Apesar de dizerem que estavam sendo observados, os dois pareciam se dar bem com os soldados que guardavam o ônibus escolar. Quando Seokhwa bagunçou brincando o cabelo deles ao embarcarem, eles riram felizes, sem se importarem. Daehoon e Hyungang, mesmo curiosos sobre o que tinha acontecido com o vírus na ampola, nunca perguntaram. Para eles, aquilo era um fato inexistente, então Seokhwa também não mencionou nada.Apesar de a mutação ter sido revelada na transmissão, eles permaneceram em silêncio sobre a verdade que deveriam levar até o túmulo: a existência da forma evoluída final do vírus Adam. Era um segredo a ser enterrado junto com eles. Observando o Hareubang de pedra com seus inúmeros buracos, Seokhwa achou que parecia legal, mas guardou esse pensamento para si.As pessoas costumavam visitar sua nova casa. Um velho do abrigo de Gangnam passou por lá, balançou a língua e foi embora. Lee Chaeyoon e Yang Sanghoon muitas vezes bebiam aqui e desmaiavam, sendo expulsos por Kwak Soohwan toda vez. A rachadura no nariz do Hareubang foi de Lee Chaeyoon, que lhe deu um soco na raiva ao ser expulso. No dia seguinte, Seokhwa teve que consertá-lo com cola, mas a rachadura ainda era visível. De volta à casa, Seokhwa colocou os pacotes de papel higiênico na dispensa. Era mais pesado do que esperava, por ser um conjunto, então se deitou no sofá por um tempo. Sua mente estava agitada de excitação, mas seu corpo permanecia fraco.Seguindo o conselho de Kwak Soohwan, Seokhwa levantou-se do sofá para se exercitar. Desdobrou o tapete sob o sofá e deitou-se nele por alguns minutos para economizar energia antes de se levantar novamente.Ele deu um passo à frente com o pé direito, dobrando o joelho para apoiar a parte inferior do corpo. Foi difícil, movendo apenas a parte inferior enquanto mantinha as costas retas. Era para ele se levantar usando os glúteos, mas usou toda sua força. Depois de dez repetições, estirou-se de novo no tapete. Melhorou bastante desde a primeira vez, quando mal conseguiu fazer três. Exagerar sempre o deixava doente no dia seguinte, passando o dia inteiro na cama.Considerei fazer mais algumas repetições, mas decidi deitar. Inevitavelmente, a soneca se aproximava.*** A economia da cidade estava crescendo rapidamente. Com conhecimentos do passado, negócios surgiam e o empreendedorismo florescia desde que Adam desapareceu. Contudo, muitos não conseguiam se adaptar a essas mudanças, especialmente alguns soldados.Alguns dias atrás, um soldado foi preso roubando uma joalheria em Gangnam. Apesar das câmeras de vigilância, ele roubou ouro e joias descaradamente, achando que ainda era época antiga. Sua justificativa foi ainda mais absurda.“Queria dar pra minha namorada.”Yang Sanghoon, furioso, quase foi contido por seus subordinados e o ladrão foi entregue à polícia militar.Sem Adam, podia parecer que o movimento seria menor, mas foi um grande equívoco. Como outros disseram, o trabalho só aumentava. Sem Adam, a lei militar passava por revisões extensas, e soldados descontentes surgiam. Aqueles que não conseguiam abandonar hábitos de ameaçar cidadãos e extorquir dinheiro eram expulsos, e a prisão militar estava sempre cheia.Ainda que a cidade não pudesse mais controlar todos os cidadãos e soldados, Kwak Soohwan sentia profundamente a necessidade de separação de poderes. Implementar isso levaria anos, mesmo uma separação detalhada. A presença de Adam tinha virado o mundo de cabeça para baixo, e seu desaparecimento ainda deixava efeitos remanescentes.“Encontramos um urso em Jirisan que parece estar infectado com Adam.”Ah, Kwak Soohwan suspirou pesadamente. A informação veio de um Major do Departamento de Segurança da Informação, selecionado para ajudar Kwak Soohwan. Ele liderou um pelotão durante o último incidente com Adam, fornecendo informações vitais de campo e conquistando uma medalha pelo esforço.“Existem urso-moon em Jirisan? De qualquer forma, deixa com o pessoal de Gyeongnam.”“Os ursos infectados parecem ser uma família. Não parece ser só um ou dois. Eles solicitaram nossa ajuda.”“Envie o comandante Jowoon.”“O comandante Jowoon está em Gangwon.”Verdade, Jowoon tinha ido lidar com um incêndio na Costa Leste alguns dias atrás.“Então envie uma equipe de três soldados de categoria A e resolva a situação em 48 horas. Depois, deixe com o Major General Cha Hakhyun. Estou de folga.”Kwak Soohwan se levantou da mesa, tirou seu manto e pendurou-o num cabide.“Você está de folga amanhã.”“E daí?”“Só achei que devia saber.”Você vai sair cedo hoje, mesmo tendo folga amanhã? Essa era a implicação.“Reconhece que estou atolado de trabalho, né?”“Vou cuidar disso.”“Certo. Vá falar com o Major General Cha.”Kwak Soohwan pegou as chaves do carro e rapidamente se dirigiu ao subsolo do Abrigo de Gangnam. Como tinha dito “eu também”, tinha que ir imediatamente. Sacrificando-se pelo exército só trazia perdas. Ele devia fazer o suficiente; exagerar só aumentava o trabalho.

Era pouco depois das 15h, então chegaria em cerca de 20 minutos. Kwak Soohwan dirigia uma viatura militar. Recentemente, carros normais começaram a aparecer nas ruas porque as fábricas de jipes militares começaram a produzir veículos civis. Ainda assim, as ruas permaneciam relativamente vazias. Antigamente, até uma caminhada de dez minutos podia virar uma hora se o trânsito estivesse ruim, mas isso era inimaginável na cidade atual. A população tinha diminuído drasticamente em comparação ao passado, em parte por políticas de controle populacional. No entanto, o slogan atual da cidade era o oposto do anterior.[2] - O slogan: “Crianças são nosso futuro. Construa a família feliz que sonhou em um mundo sem Adam.”] Kwak Soohwan passou rapidamente sob a faixa. Todas as instituições de ensino eram gratuitas e, uma vez registrados como cidadãos, todos precisavam frequentar quando atingissem a maioridade. A taxa de analfabetismo entre os com menos de 20 anos tinha diminuído significativamente, o que era uma conquista positiva.Estacionando na frente do portão, pulou o muro em vez de abrir a porta. Não tinha levado a chave da casa e também queria surpreender Seokhwa. Caminhou rápido, bateu na cabeça do Hareubang para verificar se estava bem fixada, e seguiu direto para a porta da frente. A porta sempre deveria estar trancada. Aparentemente, Seokhwa tinha adormecido e esquecido de trancá-la. Ao ver as pantufas de Seokhwa na entrada, Kwak Soohwan se sentiu aliviado. Kwak Soohwan tirou as botas militares e entrou na casa. Viu Seokhwa dormindo sobre um tapete sob o sofá da sala.Na estante da TV, o zoddo (amuletos de proteção) estava orgulhosamente exibido. Apesar de sua obsessão por pedras ter diminuído, ele ainda gostava delas quando ganhava. Ao lado da pedra, havia duas fotos Polaroid emolduradas e um cubo antigo.“Família feliz.” Kwak Soohwan sussurrou as palavras do banner. De repente, uma onda de emoção o invadiu. Viver. Sim, sua mãe tinha razão. Era algo que podia sentir porque estava vivo. Kwak Soohwan rapidamente abraçou o ainda adormecido Seokhwa no tapete.“Ah!”Seokhwa acordou de súbito, com uma expressão de medo. Sentindo-se mal por assustá-lo, Kwak Soohwan continuou acariciando sua testa.“Desculpe, te assustei?”Seokhwa tentou acalmar o coração acelerado. O trauma de ter sido assustado de repente provavelmente estava enraizado em todo morador da cidade.“Não existe mais Adam aqui. Você destruiu todos, lembra? Agora é seguro.”Seokhwa assentiu e o abraçou de volta. Mas Seokhwa não se assustou porque achasse que era Adam, era um pesadelo recorrente.Em seu sonho, ele estava sozinho na cabana. Em vez da pessoa que esperava interminavelmente, apareceu Choi Hoeon, que ele tinha atirado. Choi Hoeon andava pelas redondezas segurando o braço do Kwak Soohwan já morto. Seokhwa sentia que não havia mais motivo para viver e correu na direção de Kwak Soohwan para morrer também, até ser despertado por um impacto súbito no corpo. Então, tocou os braços e o rosto de Kwak Soohwan por um longo tempo. Beijando sua palma, Kwak Soohwan aproximou seus lábios. Apesar de um pouco frio, a primavera já estava próxima. Brotos novos já emergiam no jardim, e a magnólia que sombreava o Hareubang já dava ramos.Seokhwa mordiscou suavemente o lábio inferior de Kwak Soohwan e enrolou a língua. Enquanto Kwak Soohwan continuava a beijá-lo, ele tirou a jaqueta do uniforme. Seokhwa girou o dedo na gravata, puxou-a para baixo e a jogou longe. Com habilidade, desabotoou a camisa, mesmo de olhos fechados.Seokhwa abriu totalmente a camisa e envolveu as mãos na costas firmes e marcadas de Kwak Soohwan. As marcas de sangue por ter protegido ele, sinais de que havia dado tudo de si, fizeram o coração de Seokhwa apertar. Trazendo-os à memória, lembrou-se de quase tê-lo perdido.‘Doeu?’Ele sussurrou.‘Não, fiquei mais forte porque pensei que ia morrer. Só pensava em sobreviver e voltar para você, por isso não senti dor.’Como se ninguém pudesse interrompê-los agora, Kwak Soohwan sussurrou sua tranquilidade.Kwak Soohwan puxou a calça de Seokhwa para baixo. Como ele usava roupa de treino, deslizou até os tornozelos com um movimento só. Beijou-o suavemente novamente após um longo beijo, levantando Seokhwa para o sofá ao invés do tapete. Embora não tivessem comprado o sofá grande especificamente para isso, era tão confortável quanto uma cama para ambos.Ao procurar na gaveta no final do sofá, Kwak Soohwan tirou uma camisinha e sentiu algo duro. Pausou enquanto despia Seokhwa, e puxou uma haste fina e dura junto com a camisinha, que reluzia prateada.“O que é isso?”Quando Kwak Soohwan aproximou a peça do rosto, Seokhwa fez uma expressão sutil.“Supõe-se que previna a ejaculação. Depois que se habituar, também é confortável.”“Quem disse isso?”“…A transmissão.”Kwak Soohwan sentiu uma dor de cabeça vindo. Recentemente, até transmissões para adultos estavam surgindo com aprovação parlamentar. Diversos esportes que os mestres anteriores não tinham aprovado também vinham ficando populares. Tela, esportes, sexo, um momento em que desejos reprimidos pelo regime autoritário começavam a se soltar.“Você sabe usar isso?”“Você insere para bloquear a uretra.”“Passo fora, joga fora.”Kwak Soohwan jogou habilmente a haste uretral no lixo. Depois, pegou um tubo de gel da gaveta.“Sempre sou eu quem fica mais cansado primeiro.”Seokhwa pegou a camisinha dele, abriu a embalagem, e a colocou no membro já ereto. Com cuidado, desenrolou o látex, apreciando a sensação, sempre fazendo sozinho. Exuberante quase até o limite, Kwak Soohwan se conteve de se jogar nele, segurando suas coxas.“Usar essas coisas não muda nada. E eu não quero nada além de mim dentro de você.”Pronto, Kwak Soohwan levantou as pernas de Seokhwa, espalhou uma boa quantidade de gel na área perineal e no ânus. Seokhwa reagiu com um tremor, mas logo sentiu o calor. Como eles tinham brincado na noite anterior, já estava relaxado. Seokhwa desceu a mão, esfregando o membro de Kwak Soohwan contra si mesmo.“Ha, hyung. Tô muito feliz de ter vindo cedo, né?”“Mmm, foi bem, Soohwan.” Seokhwa sussurrou, e empurrou seus quadris para dentro, exatamente onde Seokhwa apertava ao redor dele. Ele deixou escapar um gemido de satisfação, com a boca aberta. Ao penetrar, Seokhwa também segurou seu próprio pênis, apertando-o. Com gel, sua mão ficou pegajosa. Uma sensação obscena.“Você tá cada vez mais nisso, e se eu morrer de tanto gostar?”“Eu... também gosto.” Por causa da sinceridade de Seokhwa, pensou que poderia chegar primeiro. Pegou um pouco de gel e espirrou na barriga de Seokhwa. O gel frio fez Seokhwa tremer por dentro. Desceu a palma até os mamilos dele. Respiração pesada escapou, e as bochechas de Seokhwa ficaram vermelhas. Kwak Soohwan rolou ambos os mamilos com as mãos enquanto penetrava nele. O gel espirrava por toda parte, deixando o sofá de couro escorregadio.“Ha, ugh.”Seus corpos se fundiam. E se todo o seu corpo se derretesse como gel, pensou Seokhwa, vendo-o com olhos embaçados. Gostava dessa expressão. Gostava da testa levemente franzida e dos lábios onde ele expirava ar difícil, completamente focado nele.“Ha, Soohwan, ah! Ah!”Ao beliscar os mamilos, os gemidos de Seokhwa aumentaram de volume. Kwak Soohwan deslizou a mão para baixo, massageando a barriga lisa, e mexeu nas costelas. “Ha!” Seokhwa pressionou com as pernas nos ombros dele. A força teimosa o fez levantar o quadril, segurando as pernas. Ao continuar penetrando, sentia o interior ficando mais macio. Seokhwa apertou o próprio pênis com força para evitar a ejaculação.“Tá tudo bem, ha, pode, certo?”Ele continuava beijando as panturrilhas de Seokhwa. A velocidade de Kwak Soohwan era impossível de acompanhar. A mão de Seokhwa, tentando manter o ritmo, ficou para trás, chamando mais atenção para a base.“Não aguento mais. Soohwan, não aguento.” Enquanto murmurava, Kwak Soohwan segurou firmemente seu pênis. Acompanhando o ritmo, masturbou vigorosamente. Com cada movimento, jorros espessos de sêmen saíam. Seokhwa tinha dito que sua quantidade de esperma tinha ficado mais ativa que antes, talvez por isso estivesse mais entusiasmado recentemente. A razão de querer ficar mais forte parecia indecente para Kwak Soohwan, mas era uma indecência que jogava a favor dele.“Ha! Ah!”Ao ejacular, Seokhwa esfregou a cabeça contra o sofá. Temeroso de machucar o couro cabeludo, Kwak Soohwan colocou a mão lá. Ao pressionar, também soltou a necessidade acumulada de ejaculação. A força com que ejaculou no preservativo fez Seokhwa sentir que seu estômago inteiro estava aquecendo, embora isso fosse impossível.Seokhwa apoiou a parte inferior do abdômen, úmido de gel e sêmen, com as mãos, enquanto respirava fundo, de olhos fechados. Essa cena era demais para Kwak Soohwan. Ele respirou fundo, exalou lentamente e deu um beijo em Seokhwa. Com cuidado, retirou seu pênis lentamente. Quando ia jogar fora o preservativo, Seokhwa, lutando para abrir os olhos, o segurou.“... Me dá.” Talvez arrependendo-se de não ter levado para a cabana, Seokhwa pegou o preservativo amarrado. Nu, virou-se e lutou para chegar à gaveta, tirando um recipiente vazio. Enquanto isso, Kwak Soohwan, observando sua virada, empurrou seu pênis ainda ereto para baixo. Mas, assim que soltou, ele voltou a erguê-lo.Seokhwa colocou o preservativo no recipiente e se deitou no sofá, olhando para o teto. Parecia completamente livre do sono de antes, agora exausto pela ejaculação. Kwak Soohwan levantou a parte superior de Seokhwa e o levou até o banheiro. Ele deveria ter enchido a banheira antes, mas não esperava fazer sexo logo após chegar em casa. Como resistir a uma recepção tão apaixonada? Kwak Soohwan comprou deliberadamente uma casa com uma banheira grande, gostando de banhar Seokhwa em água quente. Ligou a água de todos os lados, deixando subir lentamente enquanto massageava as panturrilhas do parceiro. Massagear os músculos após o exercício era parte da rotina dele. Mesmo Seokhwa, que não estava se exercitando até formar nós musculares, estava ali, relaxando.Seokhwa, por sua vez, lentamente movimentava as mãos, molhando os braços, ombros e peito de Kwak Soohwan. Admirava o jogo de músculos que se moviam sob as gotas d’água. Pode parecer estranho chamá-lo de bonito, mas ver a água desenhar as curvas do corpo dele o fascinava.“... Soohwan.” A voz de Seokhwa estava sonolenta novamente. A primavera trazia uma sonolência excessiva para ele.“Sim, Seokhwa.”“Eu... não fico mais obcecado por pedras.” É bom, mas não precisa mover coisas caras como dol Hareubang.“Mas você ainda gosta.” Isso é verdade. Seokhwa afundou mais na água, piscando lentamente.“Minha natureza... parece estar mudando para a sua.”“Então você consegue realmente lutar contra um urso?”Ele abraçou suavemente Seokhwa, que agora estava por cima dele. A banheira era funda, cobrindo Seokhwa até o peito. Kwak Soohwan acariciou suas coxas, barriga e peito. Esses eram seus momentos de hobby e cura, fazendo o dia passar voando. Será que o Dr. Seokhwa sabe o quanto eu quero estar com ele o dia todo?”“Soohwan, você não...?”Seokhwa esfregou as costas da cabeça no ombro de Kwak Soohwan, sentindo-se seguro e mais sonolento.“O quê?” Ao ouvir sua voz tranquila e riendo, Seokhwa fechou os olhos.‘Major Kwak Soohwan, se você continuar olhando assim... vou ficar mal.’Seokhwa lembrou-se de uma época distante. Sentiu que ali se fundiam os eus passado e presente, tornando-se um só. Eram a única família um do outro. Uma família e amantes sentados na mesma mesa, na mesma casa. Ninguém no mundo deveria estar sozinho. Estava claro que ficariam juntos até o fim.“Agora... a única coisa que me obssesiono sou eu, Soohwan.” Seus olhos se arregalaram ligeiramente, e depois ele sorriu. Sua confiança permanecia firme como sempre.Em vez de mangas manchadas de sangue, agora via mangas brancas. A cidade de sangue tinha chegado ao fim. Seu refúgio estava seguro, mas lá fora ainda havia manchas de sangue. Um dia, talvez, ela infiltrasse novamente. Assim como os humanos evoluíam, o vírus também evoluiria, mas, no final, a vontade de sobreviver era mais forte. Pelo menos, eram mais fortes que o vírus. Seokhwa retribuiu o sorriso. Esperança por uma vida plena.***

Devido à escassez, Lee Chaeyoon e Yang Sanghoon tiveram que puxar uma caixa de provisões para se sentar, já que só havia duas cadeiras na mesa.“Uau, vocês até grillaram peixe. Estão melhor que a gente.”“Pois é, sirvam-se à vontade.”Seokhwa dividiu seu truta entre eles. Kwak Soohwan a pegou de volta e colocou na tigela de Seokhwa.“Na verdade, não dava pra comer a truta que o bom doutor pegou, né?”O tom de Yang Sanghoon carregava decepção, espelhando o de Lee Chaeyoon.“A truta foi pega pelo Dr. Seok. Ele é tipo um mestre de trutões vindo da Rússia.”Três garrafas de uísque que eles trouxeram da jeep também estavam na mesa. Parecia que iam beber e conversar. Ainda que ainda não tivessem terminado de comer, era comida demais para quatro pessoas. Seokhwa afastou a frigideira onde grelhava o peixe e encheu uma panela de alumínio amassada com água.“Temos sopa de algas, sopa de bacalhau seco, hambúrgueres, mingau de frango, ramen… O que vocês querem?”“Não precisa, doutor. Não se preocupe em ferver água.”Lee Chaeyoon tirou a capa volumosa e correu de volta para a jeep. Voltou logo com um cooler. Ao abrir sob a mesa, Seokhwa não conseguiu deixar de ficar impressionado. O cooler estava cheio de mais de cinco quilos de porco e carne de vaca, com a marmorização visível, provavelmente por causa do tempo frio.“Felizmente, o tempo está frio. Trouxemos tudo direto da cidade. A marmorização está incrível, né?”