
Capítulo 50
Rainbow City
— É, meio-mastro.
Kwak Soohwan sussurrou enquanto colocava o membro de Seokhwa na boca, causando um som lascivo com saliva e o pré-seo de Seokhwa se misturando. A sensação de ser engolido por uma caverna quente fez as pálpebras do seu parceiro caírem preguiçosamente.
Enquanto Kwak Soohwan sugava com força, parecia que suas entranhas seriam puxadas para fora, mas logo a sensação se transformou em um prazer imenso, fervendo sua mente. Seokhwa entreabriu os lábios, apenas respirando devagar. Mais alguns chupões e parecia que ele atingiria o clímax. A tensão percorreu suas coxas.
Ele massageava a carne macia dentro das coxas com as mãos grandes, provocando até os testículos de Seokhwa.
— Ah, major… eu… vou…
Kwak Soohwan se afastou, fazendo um barulho como se tivesse engolido completamente seu pênis. Uma saliva fina escorria da língua dele. O membro pulsante de Seokhwa, inchado de excitação, contraía-se tristemente.
— Por que, você não está com o major?
Kwak Soohwan segurou o membro molhado com a mão. Embora quisesse sacudi-lo, apenas brincava com o polegar. Seokhwa murmurou com olhos embasbacados: “Soohwan… quero fazer isso.”
Putz.
Kwak Soohwan apertou o pênis com firmeza, gemendo suavemente. Quando deslizou a mão até o períneo e começou a provocar, parecia que tudo abaixo ia ficar frouxo.
— Por que está molhado aqui?
— N-não.
Tentando explicar que era por causa da mão molhada, as palavras ficaram embaralhadas. Seokhwa segurou seu próprio membro inchado enquanto Kwak Soohwan mergulhava os dedos por dentro.
— Posso gozar dentro? Hm?
Seokhwa mordiscou a orelha dele enquanto pressionava o ponto sensível com os dedos. As temperaturas corporais contrastantes se misturaram, atingindo um equilíbrio perfeito.
— Ah, para… com a sua mão…
Apesar da objeção, três dedos foram empurrados e giraram. Seus olhos reviraram. Seokhwa agarrou a camisa de Kwak Soohwan e convulsionou de forma intermitente. Seguiu-se o som de um fechamento de zíper, e logo o membro volumoso entrou entre as nádegas abertas.
Quando a ponta brutal pressionou para baixo, a tensão fez seu corpo inferior se contrair. Apesar de tentar relaxar, a parte de baixo fechou ainda mais forte.
Kwak Soohwan puxou Seokhwa em sua direção, levantando suas coxas. Com maldade, lambeu a parte completamente exposta por baixo.
— Ah, não…! Não gosto disso.
Seokhwa contorceu-se, tentando escapar, mas Kwak Soohwan o segurou firmemente, provocando sua parte inferior com a língua. Seokhwa, com o rosto a meio caminho das lágrimas, só conseguiu emitir gemidos de queixa.
Ao se levantar, uma perna no chão e a outra joelho ao lado do ombro de Seokhwa, Kwak Soohwan empurrou seu pênis ereto para dentro. Seokhwa segurou seu membro com as duas mãos, provocando a glande com a língua.
— Hyung, olha aqui.
Ele sempre chamava ele de “hyung” nessas horas. Seokhwa colocou o pênis de Kwak Soohwan na boca e olhou para cima. A imagem lewd de seu rosto, movendo os quadris para empurrar o pênis para dentro, fez sua parte abaixo ficar formigando. A cada curva do pênis enquanto avançava pela garganta, Seokhwa piscava rápido.
— Ugh…! Huh!
Sem resistir, Kwak Soohwan bateu na coxa com a mão, e Seokhwa puxou o pênis para fora. Virando a cabeça, tossiu suavemente, espalhando beijos de desculpas por todo o rosto dele.
Mais uma vez, ao juntar as coxas, Kwak Soohwan levou a glande embebida de saliva até a entrada. A cada respiração de Seokhwa, parecia que o fundo o sugava pra dentro.
— Posso colocar aqui?
— …Ah, devagar.
— Mas não é melhor colocar rápido? Não fica mais fácil se for rápido?
Seokhwa balançou a cabeça fraquejando, então relaxou a perna sobre o ombro de Kwak Soohwan.
Kwak Soohwan segurou o pênis e provocou a área ao redor do buraco. A sensação do eixo firme, grande, diferente da língua macia, parecia rasgar seu fundo. A prazer, até a sensação dos testículos pulando, fazia sua cabeça girar.
Houve um momento em que o pênis, que tinha subido do cóccix até o períneo, relaxou sua tensão. Então, mergulhou fundo com força.
— Ah! Ai!
O fundo se alargou imediatamente para acomodar o pênis de Kwak Soohwan. Seus olhos e ouvidos ficaram dormentes com uma dor e choque imensos, e a mão que o segurava tremia violentamente.
— Desculpa, eu vou te fazer sentir bem logo. Hm? Você sabe o quão bem posso te fazer sentir?
Ao contrário do fundo mais áspero, a voz era suave. Enquanto o suor frio escorria pela testa, os lábios de Kwak Soohwan desceram, aprofundando a penetração, fazendo Seokhwa soltar um grito abafado.
— Ah, eu não sei… dói.
— Por que você não sabe? Eu sempre te faço sentir tão bem. Toda hora, você age como se o pênis estivesse quebrado.
Apesar de tentar virar a cabeça, seu corpo ficou completamente tenso, permitindo-lhe apenas ofegar por ar.
Enquanto tentava acalmá-lo dizendo que estava tudo bem, Kwak Soohwan sussurrou no ouvido dele e cuidadosamente alargou as paredes internas enquanto entrava. O membro totalmente inserido, embora familiar, ainda parecia estranho.
— Olha isso. O hyung de Seokhwa está começando a ficar louco por dentro.
Kwak Soohwan sorriu satisfeito, com os lábios molhados.
Stimulado por suas palavras, o interior apertado comprimiu o pênis como se estivesse espremendo. Fechando os olhos por causa do suor frio que ardia nos olhos, Seokhwa sentiu a sensação lá embaixo ficar mais intensa.
O cóccix e o umbigo tremeram ao mesmo tempo, e, à medida que o membro de Kwak Soohwan ficou ainda maior, um arrepio percorreu o corpo de Seokhwa.
— Você… gosta que eu seja major?
Empurrando com seu corpo superior firme enquanto pressionava a parte de trás da coxa de Seokhwa, sua boca se abriu involuntariamente. Seokhwa parecia indeciso sobre o que dizer, apenas assentindo. Até o som do cabelo fino raspando contra o assento de couro parecia lascivo. Ele empurrou fundo, depois provocou suavemente seus quadris, roçando na próstata, fazendo a ponta dos dedos e os pés formigarem.
— Ah!
Cada empurrão até o fundo provocava tremores em seu corpo. A sensação de que o cóccix estava sendo empurrado para fora a cada golpe estava se tornando insuportável.
— É… áspero.
— Gosto assim agora.
O que é áspero? Como se carregasse esse significado, Kwak Soohwan segurou suas nádegas, abrindo-as.
— Estivemos juntos o dia todo, não é bom ficar assim, não?
Parece que ele ainda segurava aquela expressão patética de antes.
— Sério? Até o Dr. Seok?
O desejo de parte dele era parar seus movimentos, mas Kwak Soohwan parou e olhou para Seokhwa com um olhar penetrante.
Seokhwa, aparentemente querendo uma resposta definitiva, assentiu lentamente. Kwak Soohwan espalhou um pouco mais as nádegas. Mesmo que tentasse torcer a cintura, tentando esticar ao máximo o ponto apertado, seu corpo reprimido não se mexia.
Seokhwa segurou o pulso de Kwak Soohwan e lentamente abriu os lábios.
— Eu… gosto de estar junto… Ah!
Enquanto Kwak Soohwan começava a penetrar fundo no corpo dobrado dele.
Ele empurrou para a esquerda, depois para a direita, girando a cintura profundamente enquanto mantinha a ponta em contato. Seokhwa soltou um grito misturado e uma respiração pela boca. As palavras “Não” ficavam na ponta da língua, mas não saíam. Kwak Soohwan continuou a empurrar o pênis mais fundo.
A cada repetição, o pênis ereto de Seokhwa, ao atingir a pele do abdômen, liberava fluidos. Kwak Soohwan provocava-o até o ponto de encontrar alguém, e era por causa disso. Até as coxas dele ficaram úmidas.
— Ei, seu filho da p—, você ainda tem cigarro?
Os olhos confusos de Seokhwa se ajustaram de novo.
Do lado de fora, dois companheiros de Kwak Soohwan estavam trocando fumaça enquanto esperavam. Seokhwa tentou empurrar Kwak Soohwan para longe, mas ele silenciosamente pediu que ele permanecesse quieto, pressionando seu corpo ainda mais perto. Quando empurrou sua cintura para cima, fazendo o jipe tremer, o corpo de Seokhwa ficou rígido.
Com o pênis apertando-se firmemente dentro dele, Kwak Soohwan também respirou fundo. Pedir para ficar quieto parecia uma tortura. Sem muita paciência, ele provocou a cintura, movimentando-se vigorosamente por dentro. Surpreendido, Seokhwa cobriu a boca com as mãos e empurrou-o para longe com o pé no seu ombro.
Incapaz de suportar a sensação da sola macia, Kwak Soohwan virou Seokhwa para cima de si, colocando-o por cima. Enquanto eles se remexiam, ele segurou o membro molhado com a mão por trás. Ao lamber a nuca e tocar os bicos, Seokhwa se arqueou para frente. Como resultado, a penetração aprofundou-se, fazendo saliva escorrer da boca ainda aberta.
Ao pressionar a parte inferior do abdômen de Seokhwa para impedir que se debatesse, um novo gemido escapou. Com um choque repentino, algo vazou do seu membro. Não havia machucado, então não era erro, mas a temperatura do corpo de Seokhwa subiu consideravelmente.
— Tira…
Seu dorso tremeu levemente. Não agora. O corpo de Seokhwa parecia vibrar a cada som que fazia. Com os corpos profundamente ligados, tudo em Seokhwa parecia mais palpável. Apoiado na ombreira do seu rosto no ombro de Seokhwa, Kwak Soohwan respondeu:
— Não.
Carinhosa, quase como quem acalma uma criança, Kwak Soohwan passou a mão suavemente sobre o abdômen inferior dele enquanto sugava a carne do ombro. Depois, pressionando sua barriga firmemente mais uma vez, Seokhwa começou a gemer de forma convulsiva. Ao girar a cintura, Kwak Soohwan também apertou firmemente o pênis de Seokhwa. Quando o ponto vermelho lá fora desapareceu e o som de passos se afastou, ele jogou Seokhwa de bruços com força. Batendo nas paredes, como tinha suportado, ele rodou seus bicos com a mão.
— Ah… Aah!
— Major, Soohwan… nem sei o que tô falando… — Seokhwa gemeu incontrolavelmente, com as respirações contidas.
— Veja só, eu sempre te faço sentir bem.
— Ah! Ugh…
À medida que a martelada por dentro aumentava o calor e a pele delicada era cruelmente pressionada, sensações indescritíveis de prazer ou dor invadiram.
A cada repetição de penetração, o corpo de Seokhwa perdia força, assim como o fundo relaxado. Por mais saudável que ele estivesse, na frente de Kwak Soohwan, que nunca cansava, sua energia esgotava-se rapidamente. Além disso, a resistência para segurar a ejaculação ainda existia, mesmo sem usar inibidores de libido. Só quando o fundo ficava completamente frouxo e o interior doía como uma contusão, ele atingia seu limite.
Ele lutava para conter o desejo de ejacular por dentro, acelerando os movimentos antes de parar de repente.
— Ah… Huh…
Devido à parada repentina, o corpo de Seokhwa estremeceu involuntariamente. O pescoço de Kwak Soohwan tensionou, seus lábios pressionaram firmemente juntos. Depois de inspirar profundamente e expirar, ele beijou suavemente a testa de Seokhwa.
— Vamos fazer juntos.
Segurou as pernas de Seokhwa juntas, levantando-as sobre um ombro e envolvendo um braço firmemente ao redor delas. Com a outra mão, segurou com força os genitais dele, quase querendo explodir de tanta força. Como crianças que às vezes seguram algo tão apertado que acabam quebrando, ele ajustou a pressão no membro de Seokhwa, já que não era uma criança que não consegue controlar a força.
Beijou a panturrilha que segurava com um braço. Começando devagar e aumentando gradualmente a força, começou a empurrar. Seokhwa segurou com força o lençol de couro, tentando suportar a sensação crescente lá embaixo. Quando a área mais sensível foi estimulada, ele tremeu. Quando a mão que movia o pênis bloqueou a uretra, Seokhwa torceu a mão para remover o polegar.
— Ugh.
Seokhwa olhava para ele com voz de dor. Havia um pouco de sangue filtrando pelas bandagens envoltas nos seus antebraços.
— Está… tudo bem?
— Dói quando você faz força demais.
Como se dissesse para não exercer tanta força, Seokhwa bloqueou a mão. Ele rapidamente desistiu e segurou firme na bainha do calção de Kwak Soohwan.
Na verdade, o sangue vinha escorrendo pelas bandagens há algum tempo, então aquilo não o incomodava. De alguma forma, parecia que o doutor Seokhwa tinha imitado ele, duplicando seu comportamento habitual… Kwak Soohwan murmurou interiormente, então começou a acariciar a abertura uretral de Seokhwa. Perdido no prazer insano, Seokhwa entregou-se totalmente a Kwak Soohwan.
A membrana mucosa interna foi estimulada a partir do pênis, rastejando dos dedos dos pés até a cabeça. Kwak Soohwan brincou de forma grosseira com os testículos de Seokhwa e movimentou seu quadril. Inseriu com força até o ponto em que o abdômen de Seokhwa ficou protuberante, depois recuou completamente e empurrou de novo, com força. — Quero, Soohwan. Tá doendo. — A voz de Seokhwa estava tão distorcida que mal dava para entender. Ele puxou o pênis que estava dentro e segurou ambos com firmeza. Agitou-os vigorosamente, como se estivesse espremendo tudo que tinha lá dentro, até que Seokhwa ejaculasse primeiro. Com o sêmen jorrando desesperadamente, Kwak Soohwan inseriu o pênis macio de volta na cavidade aberta.
— Ah, ah, ah…
Os braços de Seokhwa estavam firmemente presos, impedindo-o de se mover pela sensação intensa.
— Acho que… vou morrer.
Os dentes cerrados, como se fossem quebrar, mostravam sua tensão. Kwak Soohwan olhou para Seokhwa, que já tinha o corpo completamente relaxado, e inseriu rápida e profundamente. A cada empurrão, o sêmen que jorrava era apagado com sua mão sobre o corpo de Seokhwa.
Ao apertar os dois mamilos, seus quadris se apertaram ainda mais em torno do pênis. Kwak Soohwan tinha vontade de encher Seokhwa por completo com o próprio, mas não podia se deixar levar pelo instinto. Conseguiu se conter, puxando o pênis e balançando-o. Ele ejaculou enquanto masturbava o pênis morno de Seokhwa, e o sêmen pulverizou-se até o peito dele.
— Haaah…
Seokhwa tremeu algumas vezes sob o toque da mão que acariciava seu corpo, depois sua força se esgotou, e ele fechou os olhos. O sêmen de Kwak Soohwan parecia derreter na região onde se acumulava, quente como magma.
— Você tá bem?
Até para assinalar que estava bem, foi difícil. Como se dissesse que sim, Kwak Soohwan rapidamente limpou o corpo dele com a camiseta.
A luz tênue ainda entrava da igreja, mas o ambiente estava quieto. Kwak Soohwan deitou confortavelmente Seokhwa no banco de trás, pegou uma toalha do porta-malas. Após trancar as portas do carro na frente e atrás, ele rapidamente se dirigiu ao pátio da frente.
No pátio da igreja havia uma bomba automática, então a água subterrânea jorrava sem problemas. Kwak Soohwan abriu a torneira e pegou a mangueira, jogando água fria por todo o corpo. Água vinda do subsolo parecia gelo, mesmo no verão, então era perfeito para baixar a temperatura do corpo ainda quente dele.
Depois de secar-se à golpes de toalha e sacudir a roupa, ele voltou ao jipe. Pegou roupas limpas no porta-malas e começou a limpar o corpo de Seokhwa com uma toalha. Em momentos como este, parecia um monge celibato, ou um devoto limpando o corpo de um salvador. De qualquer forma, o momento de tocar em todo o corpo de Seokhwa era importante para Kwak Soohwan.
— Cough, cough.
Naquele momento, um barulho de movimento fora do carro, seguido por uma leve tosse, indicava que alguém estava tentando sinalizar. Como ainda não haviam se aproximado demais, dessa vez Kwak Soohwan envolveu o corpo de Seokhwa com uma toalha seca.
Kwak Soohwan, atrasado, levantou-se e saiu do banco de trás.
— Por quê?
O comandante Cha, que estava um pouco mais longe na cabine, tossiu novamente.
— Se tiver algo a dizer, diga logo.
Com a permissão do superior, comandante Cha se aproximou. Sabendo do carácter dele, o comandante Cha foi direto ao ponto, sem sequer olhar para o jipe.
— É sobre o major Yang Sanghoon.
Vendo que a conversa estava sendo retomada, parecia que poderia ficar longa. Kwak Soohwan puxou o cobertor do banco do passageiro e cobriu Seokhwa. Após fechar a porta, o comandante Cha ofereceu um cigarro.
— Pensei que tinha parado de fumar.
— Tô preocupado com os pulmões do Dr. Seok.
Ele dissera que não ia fumar na frente dele. O comandante Cha riu e acendeu o cigarro de Kwak Soohwan.
— Se for assim, os pulmões do comandante também correm risco, né?
— Você não sabia? Meu pulmão converte nicotina em vitaminas.
— Ah…
O comandante Cha assentiu como se fosse verdade.
— Você acredita nisso? E o Yang Sanghoon, por quê?
— Embora ele pareça não nos ter traído completamente, já mencionei que o comportamento dele é meio suspeito, não foi? Aparecendo de repente onde não deveria, fica estranho… meio como… “
Kwak Soohwan inalou fundo, após um tempo sem fumar, e expirou uma longa baforada de fumaça.
— Como o velho eu?
A fumaça dispersou ao redor de seus lábios.
O comandante Cha não conseguiu afirmar facilmente. Se a suspeita estivesse correta, Yang Sanghoon seria o controlado, praticamente sob o comando direto do major Choi Hoeon.
— Se o major Yang for o controlador, devemos ser ainda mais cautelosos.
Mesmo que Yang Sanghoon não os tivesse traído, como controlador, nunca deveriam envolvê-lo no futuro.
— Um bastardo suspeito e perigoso, não é?
— Como assim?
— Falei do Choi Hoeon.
Kwak Soohwan apagou o cigarro com o pé.
A razão de designar Yang Sanghoon como controlador não era por ele ser excepcionalmente competente. Provavelmente era um tipo de isca. Não achava que Choi Hoeon tivesse desistido de rastrear eles enquanto estavam na Rússia. Achava que era só mais morno. Talvez priorizasse consolidar o regime, e não tivesse tempo suficiente. Mas agora se perguntava se esse tinha sido o único motivo.
— Ainda que eu não pudesse falar abertamente para não desmotivar a equipe, o que você vai fazer agora?
— Tentando quebrar uma pedra com um ovo?
Mais uma vez, o comandante Cha permaneceu em silêncio. Quebrar uma pedra com um ovo só resultaria em um cheiro horrível que a chuva levaria, ele sabia disso.
— O Dr. Seok é nosso especialista em lidar com pedras. Deve saber como destruí-las.
— Major.
Em resposta à brincadeira meio que na brincadeira, o comandante Cha respondeu com uma expressão séria.
— Fala.
— Ainda acho difícil aceitar o Choi Hoeon. Mas, se o major decidir fazer as pazes com ele, vou respeitar essa decisão.
Kwак Soohwan fez uma pausa, quase pegando outro cigarro. A absurda afirmação deixou-o sem palavras.
— Por que eu iria fazer as pazes com o Choi Hoeon? Só de pensar em tocar naquele filho da p— já quero vomitar. Ele é capaz de fazer qualquer coisa pra encontrar e destruir a gente assim que souber que temos a vacina.
O comandante Cha deu um indício de dúvida, se Choi Hoeon chegaria a esse extremo.
Embora tenha feito coisas terríveis contra a 21ª Divisão Violet, agora ele era o mestre e a figura principal que estabilizava Rainbow City. A maioria dos cidadãos apoiava o mestre, então o comandante Cha não estava totalmente confiante. Além disso, em uma parte de sua mente, tinha essa dúvida.
Ele se perguntava se o objetivo de Choi Hoeon era limpar as partes corruptas de Rainbow City, assumir o poder e normalizar o país.
Observando o comandante Cha em silêncio, Kwak Soohwan estremeceu rapidamente com uma pontada de tédio.
— Comandante Cha, espero que não seja o caso, mas não negocie. Quem se transformou e espalhou o vírus Adam foi o Choi Hoeon. Ele fez aquelas coisas por sede de poder, e muitas pessoas morreram, não foi? Mas agora, como ele estabilizou a cidade, tudo que ele fez antes foi esquecido? Sistema de mestre único é bom, né? Mas se o Choi Hoeon fizer alguma loucura de novo, quem vai detê-lo então?
Um pouco mais sério, ele falou:— Fora o Choi Hoeon, o mais importante é eliminar o vírus Adam. Como a Rússia ainda não eliminou completamente o vírus, a maioria dos grupos permanece em formas improvisadas. Há rumores de alguns países estarem se normalizando, mas ele não viu isso de perto, então era só boato.
— Desculpe, major.
— Por quê?
— Por falar besteiras sem sentido.
O comandante Cha sorriu de modo meio resignado, como se não tivesse mais dignidade. O major havia salvado seus soldados inúmeras vezes. Seguir Kwak Soohwan facilitava a vida, e, em certo momento, ele não tinha escolha senão confiar nele. Talvez por isso, depois de tanto tempo, uma voz fraca involuntariamente escapou. Mesmo na situação desesperadora, também era resultado das decisões dos últimos soldados.
— Pare de exagerar. Se alguém entre os que restaram quiser partir, diga para ir sem medo. Eles já suportaram o suficiente só de permanecer.
— Quanto àqueles que saíram cedo, entregaram nossas informações e depois voltaram ao exército da cidade. Mas onde estão esses filhos da p— agora?
Como Kwak Soohwan não estava na Rússia, não haveria muitas informações relevantes; se alguém desertasse, poderia até ser mais fácil vender informações. Mas o comandante Cha não deu indícios nesse sentido.
— Eu pareço um fugitivo? Rasgue sua barba.
Seja por causa do sofrimento ou por estar fora de uniforme, o comandante Cha parecia mais duro do que antes.
— Todo esse crescimento foi por causa das regras. Aqui na cidade não deixaram a gente crescer, né?
Kwak Soohwan deu um toque no ombro do comandante Cha, como se dissesse “Faça o que quiser”.
— Vamos partir a partir de hoje de manhã, então aproveite para descansar.
Quase voltando a cuidar de Seokhwa, Kwak Soohwan ficou surpreso quando o comandante Cha abriu de repente a bolsa na cintura. Um pensamento superficial passou pela cabeça dele: talvez fosse sacar a arma e matar alguém. Mesmo o comandante Cha assim, mostrava que tinha ficado tenso desde que voltou para cá.
Da bolsa, o comandante Cha retirou algo quadrado.
— Isto é para você, major.
O que ele entregou parecia uma caderneta e um cubo. O cubo antigo tinha áreas gastas e lisas. A textura de que ele já se esquecia há muito tempo pareceu familiar em sua mão. Kwak Soohwan colocou o cubo no gaveteiro auxiliar do jipe. Não se preocupou em abrir o livro, simplesmente deixou ao lado do cubo.
— E isto.
O comandante Cha, ainda de pé atrás dele, segurava algo entre o polegar e o indicador. Sua expressão parecia relutante, como se não quisesse tocar.
— É uma pedra que o doutor deixou no Edifício Violet.
A pedra, parecida com um bumbum, permanecia firme mesmo na escuridão. A pedra, semelhante a uma nádega, tinha desaparecido, mas só essa restava. Kwak Soohwan riu silenciosamente e recebeu a pedra de comando Cha.
— O doutor era tão interessado em pedras assim?
— Sim. Havia rumores de que ele carregava pedras de formatos estranhos.
Era um leve exagero. O comandante Cha sabia bem o quanto o doutor gostava daquela pedra, tendo observado Seokhwa sob comando de Kwak Soohwan.
— Obrigado. Normalmente, as pessoas têm muitas pedras por aí.
— Mesmo que tenha bastante, há algo especial naquelas às quais você se apega.
Surpreendentemente delicado, apesar da aparência, o comandante Cha colocava a pedra no banco da frente. Enquanto Kwak Soohwan pensava se deveria colocá-la no assento auxiliar, Seokhwa, que tinha ficado de pé em silêncio, agora estava sentado.
— Acho que eu te acordei com meu barulho?