
Capítulo 135
Minha irmãzinha vampira
"Meninas... Está na hora de vocês se tornarem as novas Consortes do Progenitor!"
"..."
"..."
"..."
"..."
Pensei que minha declaração fosse recebida com risos alegres e sorrisos tão radiantes quanto o próprio Sol. No entanto, as quatro garotas me lançaram algumas das expressões mais geladas que já tinha visto. Irina olhou para mim como se não soubesse o que dizer. Lilith tinha uma expressão de meio desgosto. Ysabelle agia como se estivesse assistindo a uma criança tropeçar. Enquanto Rosa mantinha sua expressão de sempre, neutra.
No entanto, consegui perceber uma camada fina de gelo por baixo daquela face impassível.
"Jin… Você fala sério?" Lilith quebrou o silêncio com um rosnado suave, mas cheio de força. "Quer que a gente vire sua Consorte?"
"Q-Quer dizer… o que há de errado nisso?"
"Hah..." A garota de cabelos loiros balançou a cabeça e colocou a mão sobre o rosto. "Provavelmente você não conhece a história das Consortes, né?"
"História? Que história?"
Pensei que as Consortes fossem apenas títulos dados às mulheres que acompanhavam o Progenitor. Será que havia algum significado oculto por trás disso?
"Jin..." Ysabelle interveio com um tom bem mais compassivo. Ela segurou minha mão e explicou com delicadeza.
"A história das Consortes de Drácula é na verdade bastante trágica. A maioria delas não virou mulher do Drácula por escolha. Quando Drácula se tornou o Primeiro Vampiro e fundou uma nova raça, o mundo ficou à beira do caos. Todos temiam seu poder e, ao mesmo tempo, evitavam desafiar sua ira.
Por isso, todas as potências maiores ofereceram suas melhores donzelas a Drácula, na esperança de que elas fossem a ponte entre eles e a raça dos Vampiros."
Uau… Não imaginei que as Consortes tivessem uma história tão sombria. Vendo como elas lamentavam e ansiavam por Drácula, tinha a impressão que se tornaram Vampiras por vontade própria por amor a ele.
"Sim, as Consortes receberam poder e status. Muitas chegaram até a se tornar tão fortes quanto alguns Vampiros antigos. Porém, no fundo, elas eram apenas adornos para Drácula, o Primeiro Vampiro, exibir sua influência."
"E não é só isso," Lilith continuou com uma expressão amarga. "Quando as Consortes se uniram a Drácula, elas ficaram eternamente fiéis a ele. Nunca podiam sair ou trair a Casa Bloodborne. Mesmo que se tornassem mais fortes que a maioria dos Vampiros, estavam presas a proteger a linhagem Bloodborne.
Não podiam deixar os terrenos da Mansão Bloodborne sem a permissão de Drácula, nem interagir com ninguém fora quem ele explicitamente escolhesse. Basicamente, tornaram-se escravas reprodutoras dele."
Sim, de jeito nenhum eu iria subjugar as quatro mulheres que mais amo à mesma sorte das Consortes. Felizmente, melhorei bastante esses fragmentos, e a única consequência seria fortalecer a magia delas.
No entanto, antes que pudesse esclarecer esse detalhe menor…
"- Irina!" Irina falou com uma tremedeira na voz. "Se você quiser que eu seja sua Consorte, ficarei mais do que feliz em servi-lo! N-Não, por favor, me deixe ser sua primeira Consorte! Pode me usar como quiser! Não vou te desafiar até o fim dos tempos!"
"Irina!"
Lilith gritou de volta para a jovem de cabelos brancos, com uma expressão de incredulidade nos olhos. Não foi só ela; as outras duas ficaram completamente sem fala. Contudo, nenhuma delas conseguiu esconder a expressão para a Bela de Inverno. Irina fixou os olhos em mim, mostrando que sua determinação jamais vacilou.
… Se fosse para ser totalmente honesto, fiquei encantado com a convicção da Irina. Eu sabia que ela me amava, mas não imaginei que ela gostaria de se tornar minha escrava de bom grado. Mas, infelizmente… não deixaria que Irina ou qualquer outra garota sofressem qualquer injustiça.
"Irina…" Avancei lentamente, colocando delicadamente a mão em suas bochechas macias e macias. "Você me entendeu mal. Não vou escravizar nenhuma de vocês com essas joias. Eu te amo demais para fazer isso."
"N-Não?"
Um turbilhão de emoções passou pelos olhos de Irina naquele momento. Alívio por eu não tratá-la como Drácula fazia com suas Consortes. Alegria ao ouvir a extensão dos meus sentimentos por ela. E, por fim, uma pontinha de arrependimento…
Parece que… lá no fundo do coração… Irina queria ser possuída por mim. Queria se tornar minha propriedade e servir sempre ao meu lado.
Que irmã pervertida eu tenho… Não se preocupe; mesmo sem o fragmento, farei de você minha mulher.
"Claro que não," descartei os pensamentos internos de Irina e continuei minha explicação.
"As Consortes tinham que seguir todas as ordens de Drácula por causa do comando embutido nos fragmentos delas. Não quero fazer isso com nenhuma de vocês." Sacudi a cabeça enquanto olhava para as quatro meninas, que rapidamente se tornaram a luz da minha vida.
"Vocês são demais para mim. Essa joia só serve para fortalecer sua magia já existente e conectar suas almas às minhas. Assim, sempre que estiverem em perigo, poderei protegê-las. Não importa a distância. Pode estar no fundo do oceano ou lá no alto, nas nuvens. Pode até estar em outra galáxia."
Desde que essas joias estejam dentro de vocês, poderei sempre protegê-las."
"S-E isso mesmo?"
Irina colocou a mão sobre a minha e pegou uma das joias que tinha um brilho cinza invernal. Sem saber se seria prático, perguntou: "Então, isso pode aumentar nossos poderes ao nível das Consortes?"
"Bem, vocês não ficarão tão fortes imediatamente, mas, com o tempo, chegarão facilmente ao nível do Progenitor."
"Sério?!" Mesmo Ysabelle teve que intervir. "Conseguiremos alcançar um poder suficiente para igualar o de um Progenitor?"
"Claro!" Sorri sinceramente. "Diferente da versão que Drácula criou para suas Consortes, essas joias foram feitas especialmente para vocês. Foram moldadas levando em conta seus talentos únicos e vão crescer conforme vocês evoluem. Quem sabe, em alguns anos, vocês podem superar todo mundo na sua família."
"Como assim?!"
Ysabelle pegou sua joia com um brilho nos olhos. Como alguém que sempre buscou força, o potencial da gema a fascinava. Tanto que ela praticamente esqueceu o peso do estigma das Consortes.
"Lilith, se ainda não acreditar, pode experimentar essa joia se quiser."
"Não… Não precisa…"
Lilith soltou um sorriso amargo e balançou a cabeça. Pegou a joia com a aura dourada ao redor e a segurou firmemente contra o peito.
"Eu confio em você, Jin. Mesmo que tente me enganar, aceitaria ser sua escrava de boa vontade. Você é meu companheiro de sangue, afinal."
"Você não precisa se preocupar com isso," sorri. "Mesmo que eu te faça minha escrava, você não iria ouvir minhas ordens assim tão facilmente."
"HAHA! Acho que alguém ficou mais inteligente!"
Porém, no final, não podia ser parcial. Não queria deixar Rosa de fora só porque ela era mais forte.
"Rosa, sei que você talvez não precise disso, mas…"
"Dá…"
"H-Huh?"
"Dá…"
Rosa estendeu as mãos como uma criança pedindo doce. Sem querer decepcioná-la ou desapontar sua carinha tão adorável, coloquei a última gema em suas mãos macias, deixando que ela a segurasse com força.
"Então… E o próximo passo?" Lilith perguntou com uma curiosidade. "Como a gente faz pra se fundir com ela?"
"Ah, é bem simples, na verdade. É só engolir, e a joia vai derreter dentro do seu corpo. Depois, a energia liberada aí dentro se fundirá com sua alma e refeita sua carne de Vampira comum."
"Entendi… Então, basta engolir essa joia?"
"Sim, mas aviso para fazerem isso uma de cada vez. Assim que engolirem, vocês vão…"
Antes que eu pudesse terminar meu aviso, as meninas se moveram juntas e engoliram as joias como se fosse uma cápsula. Meu queixo caiu sem perceber, e meu coração afundou instantaneamente. Não esperei que absorveriam as joias imediatamente ao pegá-las! Mas, agora que fizeram… terei que aceitar as consequências…
"- Irmão… Meu rosto está ficando quente…"
"J-Jin… O que está acontecendo?"
"Jin… Sinto como se minha alma estivesse pegando fogo…"
"..."
Cada uma das quatro deu uma descrição única do que as joias estavam fazendo com seus corpos. Como seus poderes eram diferentes e elas tinham reações distintas, era comum cada uma ter uma resposta própria. Mas havia uma coisa que todas tinham em comum.
Os olhos desejosos que haviam em seus olhares ao me olhar.
"Hah… Tinha que ter escutado primeiro. queria que vocês pegassem uma de cada vez por causa dos efeitos colaterais que as gemas causam."
"Efeitos colaterais?"
"Sim," suspirei, resignado ao meu próprio destino agridoce. "Apesar de ter melhorado elas, o núcleo das joias permanece o mesmo. Elas contêm uma parte da minha alma, uma alma de Progenitor. Portanto, para despertar suas full potencialidades, vocês vão precisar da essência de um Progenitor e, mais precisamente… Precisarão do meu sangue e sêmen."
"..."
As quatro meninas ficaram em silêncio, mas eu podia sentir seus olhares ardentes queimando com ainda mais intensidade. Seus fôlegeos ficaram mais pesados, e suas faces ficaram completamente vermelhas. Até Rosa, que sempre exibia uma expressão neutra, não conseguiu conter os desejos ardentes que despertaram dentro dela.
"Hah… Bem, achei que nossa primeira atividade em grupo fosse mais romântica, mas tudo bem."
Embora estivesse surpreso com a reviravolta repentina, não pude negar que estava meio empolgado. Cuidar de uma libido insaciável já era difícil, imagine então com as quatro ao mesmo tempo?
Eu, eu mesmo do futuro… estou contando com você.
Contendo meus suspiros, lentamente me despedi até ficar só com minhas roupas íntimas, sob o olhar faminto das leoas. Mas elas já não conseguiam esperar mais. Seus olhos estavam completamente vermelhos, como se eu fosse um coelho e elas fossem lobos. Com os braços abertos, recebi as quatro caçadoras com um sorriso caloroso:
"Venham… Vou pegar todas vocês de uma vez só."