(Hum, desculpe) Eu Reencarnei!

Capítulo 149

(Hum, desculpe) Eu Reencarnei!

137 – A Pessoa em Quem Confiavam

Postado em 29 de outubro de 2017 por crazypumkin

*Não revisado

AN: Eu me estendi um pouco mais desta vez. Começando pelo ponto de vista de Manuel (pai de Mi, o senhor do território de Sociunnov).

Com um pressentimento ruim devido a todos os informes sobre a presença de um grupo suspeito se movimentando na região norte [Floresta dos Demônios], Manuel reuniu uma equipe de investigação e enviou-os à rua que tinha mais relatos de testemunhas.

E a partir daí, surgiram informações sobre um grupo de pessoas vestidas com roupas rústicas, parecidas com a de bandidos, mas mais disciplinadas do que bandidos de verdade.

Havia também um outro relato de um homem maior e seu grupo, que se moviam separadamente e estavam hospedados na cidade.

Esses informes fizeram a cabeça de Manuel doer. O rei já esperava esses movimentos e o tinha avisado com antecedência sobre o que vinha, então era algo dentro do previsto. Mas, mesmo assim, aconteceu muito mais rápido do que ele imaginava.

O motivo era que eles já tinham mais de um século de paz. Por que alguém pensaria que o país vizinho iria atacar do nada, sem sinais de alerta? Embora Manuel não soubesse exatamente como o Rei tinha obtido essa informação, isso aumentou ainda mais seu respeito pelo rei.

Esse rei, que herdou o sangue [vira-casaca] do Primeiro Fundador que tornou todos capazes de usar magia e construiu aquele castelo real majestoso, com o exército mais forte do país, conseguiu descobrir a maior informação confidencial de Hattuo. Ele até resistiu a um [Sombra] de alta patente que agora foi destruída. Isso fez seu respeito por ele se aprofundar ainda mais.

Mas agora não era hora. Era hora de cumprir seu dever de Nobre. Sim, era hora de ser a espada que protegesse os cidadãos.

Primeiramente, ele começaria enviando um relatório.

Segurando o relatório recém-finalizado em mãos, Manuel caminhou até a ferramenta [Comunicação] que vinha usando com frequência recentemente, até mesmo para falar com seu filho, por algum motivo.

" E eu precisarei apertar isto… "

Colocando o relatório na [Comunicação], Manuel pressionou o botão com um certo nervosismo. Imediatamente, a ferramenta foi ativada. Dizem que, ao pressionar o botão, ela 'scanearia' o documento e o enviaria ao destinatário, o Rei.

Manuel não tinha ideia de como essa ferramenta foi construída, mas aprendeu seu funcionamento com o mordomo quando herdou o cargo. Ah, de qualquer forma, era suficiente saber como usá-la.

Na prática, nenhum nobre enviaria apenas um relatório. Por causa de ter que limpar as confusões deixadas pelas gerações anteriores, Manuel nunca participou de festas nobres, então não tinha muito conhecimento sobre regras não ditas. E, embora estivesse um pouco assustado em falar diretamente com o Rei, essa era uma emergência.

Então, Manuel pegou a parte chamada [destinatário], cujo função era transmitir sua voz para o outro lado, antes de pressionar outro botão. Esse era o botão [chamar]. E logo depois, sons de toque vieram do [destinatário].

『 Aqui é o Rei Kesamu falando. Qual é o assunto? 』

E do [destinatário], veio a voz de tom grave do rei. Manuel endireitou-se inconscientemente antes de falar. Ah... ele estava usando a ferramenta corretamente… certo?

" Olá. Sou Manuel do território de Sociunnov! Estou aqui para relatar uma emergência! "

Ele estava tão nervoso que quase quebrou a voz. Se não fosse uma emergência, jamais pensaria em falar diretamente com o Rei. As poucas vezes que conversaram cara a cara foi em sessões de corte, então ele realmente não tinha proximidade com o rei.

『 Espere um instante… Ok, recebi o relatório. Vou ligar novamente em breve. 』

E com isso, a ligação foi encerrada. Manuel soltou uma respiração profunda.

" Foi de dar nervoso… "

Mas ele ainda não podia relaxar. Tinha que começar a lidar com o grupo que veio de Hattuo. Ele lançou um olhar para a porta que levava ao escritório. Era uma porta que dava para o quarto.

" Acho que não entrarei lá por enquanto… "

Seu alvo era a rua mais próxima da [Floresta dos Demônios], Tattor. A responsabilidade da Família dos Cavaleiros de Fronteira Sociunnov era proteger os cidadãos. E, para isso, eles precisariam proteger também a [Floresta dos Demônios].

Manuel tocou a campainha que chamava sua família.

Depois de um tempo viajando de carruagem, já era noite quando chegaram a Tattor. A rua estava silenciosa, diferente da capital, que nunca parava de movimentar até tarde, e isso deu a Zen a sensação de estar em casa. Feiras fechando cedo eram uma das características do interior.

Porém, algo parecia errado. Normalmente, esse era o horário em que aventureiros começavam a voltar, mas suas figuras estavam desaparecidas da rua principal.

Com um pressentimento ruim, Zen apressou-se para casa.

Ao avistar a placa de madeira grossa, feita de forma mediana, Zen suspirou involuntariamente. Essa casa permanecia inalterada, mesmo tendo ficado ausente por 6 meses. Talvez fosse a Ruby-nesan, que ele pediu para cuidar de seu pai desleixado, quem limpou a loja, pois as janelas estavam reluzentes.

Seu pai certamente não tinha sido quem fez aquilo. Ele não conseguia imaginar seu pai fazendo isso, e, mesmo que tivesse, as laterais da janela ainda permaneceriam sujas. Zen, que cuidou de seu pai por bastante tempo, tinha certeza disso.

" Tô em casa~ "

O sininho tocou quando a porta da loja foi aberta. Essa era sua casa e loja onde viveu desde pequeno, então ele entrou direto. Como esperado, não havia clientes. E, como esperado, o lojista, seu pai, não apareceu para receber os clientes. Uma loja assim só sobreviveu graças às habilidades do barão.

Seu único talento era criar ferramentas mágicas. Isso também mostrava o quão bom de artesão de ferramentas mágicas seu pai era. Quando Zen pensou em elogiar seu pai, sentiu que algo realmente não estava certo hoje.

A porta atrás do balcão que levava ao ateliê estava aberta. Mas os sons de marteladas habituais não eram ouvidos. Zen achou que talvez seu pai estivesse trabalhando em algo que não exigia martelo. Pinças só seriam necessárias se estivesse apenas moldando um fio.

" Pai~! Tô de volta! Sou eu! "

Zen gritou enquanto se aproximava do ateliê. Baron certamente percebeu que alguém tinha chegado pelo volume que ele fazia.

Porém, o cômodo estava silencioso. A resposta que esperava não veio. E, ao entrar no ateliê, ninguém estava lá.

" ….Hã? "

De repente, seu coração começou a acelerar. A escuridão do cômodo, que antes não lhe incomodava, agora parecia assustadora. E mesmo sendo apenas o fim do verão, antes do outono, o quarto estava tão frio que Zen esfregou as mãos.

Estranho.

Seu pai, aquele idiota que mesmo com febre ia ao ateliê, não estava aqui neste momento. A má sensação que Zen sentiu ao entrar em Tattor voltou com força. Conforme seu coração batia mais forte, sua imaginação ficou mais estranha e ele começou a suar frio nas costas.

Em pânico, Zen correu até a mesa de fabricação e, nela, encontrou um pedaço de papel.

" Na… guilda dos aventureiros? "

Parecia um memorando. Depois de confirmar que era a escrita de Baron, Zen suspirou aliviado. Pelo menos, agora sabia onde seu pai estava. Zen tinha imaginado todos os piores cenários, como seu pai ter saído de casa ou estar morto. Mas então…

" Por que a guilda dos aventureiros…? "

Que motivo seu pai, que só usa ferramentas mágicas, teria para visitar a guilda? E até deixou uma mensagem? Mas Zen tentou tirar toda a má sensação, apressando-se para sair de casa.

Ao chegar na guilda dos aventureiros, estava tão movimentada que parecia mentira que a rua fosse tão silenciosa. Geralmente, sendo um bar e uma guilda de aventureiros, era normal que fosse barulhenta até tarde da noite.

Mas, de alguma forma, algo parecia diferente naquela noite. Porque, bem no centro do bar, onde fica a área dos caçadores, viam-se figuras de cavaleiros. Além disso, esses cavaleiros estavam rodeados por uma multidão de pessoas.

" Cavaleiros? …Pai?! "

Zen ficou chocado ao ver seu pai ao lado de um cavaleiro, e a palidez do rosto dele era evidente. O que tinha acontecido? Zen se esforçou ao máximo para passar por todos os aventureiros, tentando chegar perto do pai.

" …..PAI! "

Zen gritou, e seu pai percebeu imediatamente. Por um momento, o rosto dele se contorceu antes de voltar a encarar o cavaleiro.

" Esse é seu filho? "

" Sim, ele é meu filho que deveria estar na academia dentro da capital… "

Então, Zen percebeu que o cavaleiro observava seu pai com aparência de penar. Parecia que seu pai não estava gostando nada de tê-lo de volta. Lágrimas começaram a se formar nos olhos de Zen.

" Pai… por quê? "

Isso queria dizer que ele era um filho indesejado? Zen era inteligente o bastante para deduzir, pelo comportamento do cavaleiro, que seu pai não tinha cometido crime algum, mas de alguma forma, ele sentia que não era bem-vindo ali, e que talvez fosse a razão de tantas coisas ruins acontecerem.

" Não devia ter voltado…?! "

Seu presença era um incômodo? Ele queria que seu pai negasse isso, mas, pelo contrário, as palavras dele confirmaram.

" Espero de verdade que você não tenha voltado. Pelo menos não neste momento. "

" É… isso mesmo. "

O cavaleiro assentiu às palavras do pai. Este momento? Zen ergueu o rosto. Se olhasse bem, já tinha visto o rosto desse cavaleiro algumas vezes na loja e até na residência do lord.

" É uma emergência agora, Zen. Houve um sequestro. "

" Neste momento, parece que ninguém foi ferido. Estou investigando também. Você viu alguém suspeito por aqui, Zen? "

" Eu… acho que não. Vim de carruagem… "

Zen sentiu-se aliviado. Seu pai não disse que o odiava. Ele estava apenas preocupado com a segurança de Zen por causa do sequestro. Um sorriso surgiu naturalmente em seu rosto. Mas a próxima frase congelou esse sorriso.

" Parece que estão mirando nos caçadores. Ruby foi sequestrada. "

" Hã…? "

Ruby?

O que seu pai acabou de dizer?

Ruby-nesan foi sequestrada?

Zen subconscientemente segurou o pingente que pendia ao redor do pescoço.

" Será que dá pra salvá-la? "

Zen murmurou. Mas não havia resposta. Ele ficou olhando para o cavaleiro, que parecia triste, e percebeu a expressão pesarosa em seu rosto. Zen deu um passo para trás. Era como se estivesse lhe dizendo que não podiam fazer nada.

" Por isso mesmo pensamos em pedir ajuda a um artesão de ferramentas mágicas tão competente quanto seu pai. "

O cavaleiro parecia inquieto e triste. E, ao ver aquele rosto, Zen parecia ter tomado uma decisão enquanto sua paciência se esgotava.

" Ah! Espera! Zen! "

" Zen! Idiota! "

Zen ouviu as vozes do pai e do cavaleiro atrás dele. Mas todos os aventureiros ao redor pareciam uma parede, separando-os. Eles não tinham como alcançar Zen, que usava seu corpo pequeno para passar pelos espaços.

Zen havia fugido. Ele sabia que pouco podia fazer, mas não conseguiu deixar de sentir que tudo isso tinha acontecido porque ele voltou para casa mais cedo. Também não entendia por que os cavaleiros, que deveriam proteger os cidadãos, não podiam ajudar. Ele se sentiu traído.

" Ruby-nesan… "

Ele pensou na imagem dela enquanto corria. Que expressão ela estaria tendo agora? Zen nem queria pensar nisso. Seu coração doía.

Depois de correr com toda a força, ficou sem fôlego e se ajoelhou. Tinha corrido até um jardim perto de sua casa. Foi então que percebeu que ainda segurava o pingente. A ferramenta mágica que Will lhe dera para comunicação.

" Will…! Preciso de você agora… "

Ele tentou ao máximo falar com a ferramenta, mas sabia que ela servia apenas para receber. Mas Zen, que se sentia traído pelo pai e pelos cavaleiros, só conseguia pensar em Will, seu amigo, neste momento.

Will era impressionante.

Ele tinha a sensação de que, mesmo sem explicar tudo em detalhes, Will tinha um jeito de resolver tudo. Também sabia que a última vez que falou com Will foi na noite anterior. E tudo o que fizeram foi conversar bobagens. A última coisa que disse foi que iria para casa e desligou a comunicação por conta própria.

A próxima ligação pelo menos3 dias depois. E, se Will estivesse bravo por ele ter cortado a comunicação, talvez nem ligasse nos próximos 3 dias.

" Will… "

Lágrimas gordas escorreram pelo rosto de Zen. Mesmo assim, ele não parou de falar com o pingente. Talvez fosse a única coisa que ele pudesse confiar naquele momento. Porque Will tinha dito que viria correndo se algo acontecesse.

Zen se perguntou se era tolice esperar uma ligação que não viria. Ficando sozinho no jardim, ele tentou chamar seu nome mais uma vez.

" Estou aqui, Zen. "

…..Hã?

Ele ouviu uma voz acima dele. Não havia engano: era aquela voz. Mas não tinha sentido que ela estivesse aqui agora. Zen olhou fixamente para o pingente.

" Não aí, tolo. Eu te falei que viria se acontecesse alguma coisa, não foi? "

Ao ouvir essa voz mais uma vez, Zen levantou o rosto e, com clareza, viu o rosto do seu melhor amigo, Will.

" Will! "

A face fresca e fofa de Will — esteja no inverno ou no verão — olhava para Zen com preocupação.

◆◆◆

TN: Ufa! Demorei o triplo do tempo normalmente pra fazer isso! Ah, Zen, que garoto mais fofo.

Aliás, "Preciso de você agora…" na verdade era "Preciso da sua ajuda…". Eu só… troquei umas palavras, mas continuam no mesmo sentido!

FELIZ DIA DAS BRUXAS! Hahaha.