(Hum, desculpe) Eu Reencarnei!

Capítulo 4

(Hum, desculpe) Eu Reencarnei!

D004 – Os Pensamentos do Menino

Postado em 14 de junho de 2016 por crazypumkin

[TN: Parece um interlúdio.]

Editor: Poor_Hero

O menino vivia em uma família monoparental.

Sua mãe fazia hora extra todos os dias. Além das dificuldades de criar um filho sozinha e de desempenhar seu trabalho, ela achava tudo mais difícil do que imaginava, o que a fazia desfalecer emocionalmente a cada dia.

A mãe do menino era bonita.

Mas......

Naquele dia, a mãe do menino voltou para casa tarde após fazer hora extra.

" Bem-vinda de volta. "

O menino, que tinha 8 anos, aguardava ansiosamente pelo retorno da mãe todas as noites.

Para poder lhe oferecer uma refeição quente após um dia de trabalho árduo, tudo pensando nela.

" ….. Cheguei."

O jantar preparado pelo menino era magnífico. Tão bom que poderia abrir um restaurante. Desde pequeno, ele se esforçava nas tarefas domésticas.

Para aliviar o peso da mãe. Para arrancar um sorriso dela. Para ser elogiado por ela. Para conquistar sua aprovação.

Mas não importa o quanto ele se esforçasse, sua mãe nunca sorria para ele. Nunca o elogiava. Chegava até a tratar como se ele não estivesse ali.

Hoje não foi diferente. Sua mãe não sorriu, não elogiou a comida e foi direto para a cama com uma expressão carrancuda.

Mesmo assim, o menino nunca culpou sua mãe.

Porque ele sabia das dificuldades que ela enfrentava.

O menino teve um pensamento.

Qualquer pessoa consegue fazer tarefas domésticas. Foi ele quem não se esforçou o suficiente.

E assim, o menino se esforçou ainda mais.

Nos estudos. Nos esportes.

Ele se dedicava como antes. Tirava notas perfeitas toda vez. Antes que percebesse, já tinha estudado até o nível universitário.

Sem negligenciar as tarefas de casa.

Dobria as roupas cuidadosamente, limpava cada canto, cozinhava janta deliciosa todas as noites, tirava notas excelentes em todas as provas.

E tudo o que recebia era um “Certo.”.

Resposta cansativa e curta.

Uma resposta que não reconhecia o esforço que ele fazia.

E mesmo assim, o menino nunca culpou sua mãe.

Até que certo dia aconteceu.

A mãe do menino desmaiou.

Ela foi levada ao hospital, mas nenhum motivo foi encontrado.

Ela já estava magra e ficava cada vez mais magra a cada dia.

O menino dedicava seu tempo a cuidar dela.

E mesmo assim, sua mãe nunca olhou para ele.

O dia final chegou.

Foi um dia raro em que sua mãe sorria de forma autocrítica, o que levou o menino a perguntar involuntariamente:

"Mãe, por que você me odeia?"

O menino sabia no fundo do coração.

Por que sua mãe nunca olhava para ele, não importa o quanto ele se esforçasse.

A mãe do menino sorriu com uma expressão gentil e autocrítica.

"Eu odeio essa sua cara."

A mãe do menino sabia no coração que ele não era o culpado.

Na verdade, ela até se sentia grata por ele. Se ela alguma vez tivesse sido franca com ele.

No final, a raiva dominou seu coração.

Toda vez que olhava para seu rosto, ela se lembrava do seu ex-marido divorciado.

E agora ela olhava nos olhos daquela pessoa.

"Desculpe."

O murmúrio rouco da mãe do menino não chegou até ele, pois ele já tinha saído do quarto do hospital.

No dia seguinte, foi a primeira vez que o menino não esteve no quarto do hospital.

Então, como se fosse uma escolha dela, a mãe do menino deu seu último suspiro.

Com um sorriso gracioso que nem mesmo o menino tinha visto antes em seu rosto.

"Foi por causa dessa face."

O menino cerrrou o punho.

"Essa face..."

E ele decidiu.

Viver com força.

Que mesmo com essa face, não haveria problema.

" ….. É um sonho."

Ele acordou, com a sensação de dificuldade para respirar.

Observando pela janela, o céu ainda estava um pouco escuro, parecendo que era pouco antes do amanhecer.

Mas fazia algum tempo que ele não tinha aquele sonho.

…..Ele achava que tinha conseguido esquecer dele.

Ele riu de si mesmo, de forma autocrítica, ao se levantar.

Discreto para não acordar os pais que dormiam de cada lado dele, saiu da cama e caminhou pelo corredor.

"Fuwaaaa"

Soltou um grande bocejo ao seguir em direção ao seu quarto.

Deve ser por causa da conversa de ontem que ele teve aquele sonho.

O significado do que o Sensei John disse podia ser facilmente deduzido, pois ele já tinha passado por aquilo antes. Ele achava que eles eram bastante parecidos.

Por isso, pensou que poderiam se dar bem.

Mesmo com uma grande diferença de idade, ainda achava que poderiam se tornar bons amigos.

Embora estivesse um pouco preocupado ao ouvir sobre a família problemática do Sensei John, surpreendentemente, talvez tudo acabe bem.

◆◆◆

TN: Como tive algum tempo após terminar o capítulo 3, pensei em já começar o capítulo 4… e consegui terminá-lo em uma hora.

DUPLA LIBERAÇÃO para vocês!

PS: Por favor, não se acostumem com isso.