
Capítulo 55
Poder das Runas
BOOOOOOM!
A garra de calcanhar de Leira desceu com o peso de uma avalanche esmagadora, e Ash mal teve tempo de se preparar.
Sua espada chocou-se contra o golpe dela, a força do impacto enviando uma onda de choque pelo chão da masmorra, sacudindo a fundação bem abaixo dele.
O chão rachou como se fosse se desfazer nas costuras.
Ash sentiu seus braços rangendo em protesto, o impacto bruto abalando seus ossos, e a força ameaçava fazê-lo escorregar pelos destroços.
Suas botas cavaram no chão, mas a pedra sob seus pés começou a desmoronar. Ele podia sentir a pressão aumentando em suas pernas à medida que o impacto o recuava.
“Tch—!”
Seus dentes se cerraram, mas Ash não teve tempo de pensar. Seus instintos se ativaram enquanto seu corpo escorregava pelo chão, mal mantendo o equilíbrio.
Leira girou no ar, seu outro pé cortando para baixo em um arco mortal em direção à cabeça dele.
A velocidade era artificial—Ash mal teve tempo de reagir.
[Passo de Lightning!]
Um crackle de energia percorreu suas veias.
Num instante, Ash desapareceu, reaparecendo poucos metros atrás, evitando por pouco o golpe esmagador. O ar ao redor dele parecia eletrificado, o zumbido da própria magia vibrando dentro de seus ossos.
Mas antes que pudesse respirar, ela já estava encima dele. Mais rápida do que sua mente poderia entender. Sua silhueta desapareceu e reapareceu acima dele, garras estendidas, mirando diretamente em seu rosto.
Droga.
O olhar de Ash virou para cima num estalo, justo a tempo de vê-la descendo como uma tempestade obscura, com garras estendidas como garras afiadas, famintas por sua carne.
CLANG!
Seus armas se encontraram numa colisão violenta de aço contra energia sombria e extraterrestre.
Faíscas explodiram enquanto Ash bloqueava suas garras, o metal de sua espada raspando contra o poder bruto de sua aura.
A força da colisão o fez cambalear para trás, mal conseguindo manter o chão, enquanto o poder reverberava por seu braço.
Por um momento, tudo parecia ficar embaçado—o cheiro de sangue, suor e energia demoníaca preenchendo o ar. Sua espada parecia mais pesada a cada golpe que sofria.
Ela era rápida demais, e cada movimento tinha uma resposta esperando por ele.
Certo, Não—esquerda!
Ash mal inclinou a cabeça. Uma garra negra passou raspando seu rosto por um fio de cabelo.
Antes que pudesse revidar, ela já se movia. Com um movimento rápido e treinado, ela pegou um pedaço serrilhado de destroço na destruição e arremessou contra ele.
[Bolas de Lightning]
Em um piscar de olhos, bolas de relâmpago dispararam em direção à rocha, destruindo-a com uma explosão cegante. A onda de choque sacudiu seus sentidos, e uma poeira se levantou ao seu redor, distorcendo a visão.
Mas, quando seus olhos se ajustaram, Leira já estava sobre ele—seu cotovelo rasgando seu peito, expulsando o ar de seus pulmões e fazendo-o recuar.
CRACK!
Suas costelas se fracturaram.
O impacto o lançou pelo chão da masmorra. Sua costas bateu numa coluna quebrada, a dor explodindo por todo o corpo.
Droga.
Ele tossiu sangue, tentando se endireitar, mas—Ela já estava lá.
Ela realmente era tão rápida assim?
BAM!
As garras dela rasgaram de novo, desta vez mirando direto na cabeça dele, numa tentativa de golpe fatal.
O coração de Ash acelerou, e ele sabia que não havia tempo para contra-atacar. Ela não dava chance ao seu corpo de se recuperar, mas ele não tinha escolha além de reagir.
Ele soltou a espada de suas mãos, sabendo que já era tarde demais para tentar atacá-la com ela.
Seus dedos chiar com eletricidade pura enquanto agarrava seu pulso justo a tempo de impedir que as garras rasgassem seus olhos.
Sente a musculatura dela espasmar com a corrente elétrica que percorre seu braço, mas ela não relincha.
BAM!
O joelho dela chocou com força contra seu lado, fazendo Ash sentir o estalo de suas costelas.
O ar foi arrancado de seus pulmões. Ele foi lançado de lado novamente, sua costas batendo na aresta de uma coluna destruída, a dor explodindo por todo o corpo.
O mundo girou ao seu redor, o golpe quase o levando ao desmaio.
Sua visão piscou.
Não posso continuar assim. Ela é muito forte.
A dor percorreu seu tórax, e ele podia sentir sangue escorrendo pelo canto da boca. Seus membros pareciam chumbo.
Mas os ferimentos que não tinham energia demoníaca por trás já estavam mais da metade cicatrizados, porém a dor era demais para ele suportar.
Mesmo assim, ele se forçou a se levantar do pedaço de coluna quebrada, ralando os dentes, o gosto de sangue metálico inundando sua boca.
Ele mal conseguiu se mover a tempo, pois a figura de Leira passou por ele novamente, o som de sua velocidade como uma chicotada cortando o ar. Sua voz ecoou pelo campo de batalha caótico.
"Você está ficando mais lento."
Coração de Ash batia forte no peito.
Droga, ela tem razão.
Cada ataque parecia drená-lo mais rápido do que o anterior.
Não consigo acompanhar assim, pensa Ash, pensa!
Sua visão varreu a masmorra em ruínas ao redor dele—os pilares quebrados, as pedras jagged, e o teto instável acima deles. Os detritos sob seus pés eram instáveis, quase caindo.
Leira avançou novamente, sua energia demoníaca pulsando com agressividade pura.
A ash podia sentir o chão tremer sob seus pés enquanto ela se aproximava, cada passo uma lembrança brutal de quanto ela o pressionava.
Tenho só uma chance, tenho que fazer exatamente agora, não tenho movimentos poderosos como Ray...
Um sorriso surgiu no canto dos lábios de Ash, enquanto ele percebeu que todas as suas feridas também estavam completamente cicatrizadas.
Justo a tempo.
Sua mente acelerou. Ele sabia que ela estava ficando mais rápida, mais imprevisível.
Mas desta vez, ele não ia dar a ela a satisfação de acertar o próximo golpe.
Ele ia fazer esse momento realmente contar.
[Passo de Lightning]
Num flash, Ash desapareceu.
Seu corpo ficou turvo, sumindo do olhar de Leira.
Ele reapareceu a poucos metros, mas não parou por aí. Ele correu de novo—apenas alguns passos rápidos, o suficiente para guiá-la na direção que queria que ela fosse.
Bem sob o teto instável.
Seu pulso acelerou. Ele tinha que sincronizar isso perfeitamente.
Agora.
Sua mão estendeu-se, os dedos estalando com eletricidade, concentrando toda sua atenção na próxima jogada.
[Bolas de Lightning]
Os dedos de Ash brilharam com relâmpagos azuis, o ar ao redor chiando enquanto dezenas de pequenas esferas de energia concentrada se formavam no ar. Cada uma uma esfera mortal de relâmpago puro, aguardando para ser liberada.
Sem hesitar, ele as lançou para cima. As esferas dispararam em direção ao teto, cortando o ar como relâmpagos no céu.
Os olhos de Leira se arregalaram por um instante—demasiado lento, mas ela viu. Ela sabia o que vinha.
As bolas de relâmpago colidiram com o teto acima deles, criando uma erupção de força que sacudiu a masmorra até seu núcleo.
BOOOM!!!!
A explosão atravessou a estrutura em desmoronamento. Poeira e rochas despencaram do teto como uma chuva mortal, o peso esmagador dos destroços caindo numa avalanche de pedra e morte.
O chão tremeu violentamente sob os pés de Ash, fazendo-o perder o equilíbrio enquanto pedaços de rocha choviam ao seu redor, formando uma nuvem ofuscante de poeira que engoliu tudo.
CRACK!
O teto cedeu com um estrondo ensurdecedor, desabando completamente, com grandes lajes de pedra caindo com a força de uma centena de toneladas, ameaçando esmagar tudo abaixo.
Ash rolou agilmente para evitar o pior da destruição, caindo para frente com os braços queimando de esforço enquanto lutava para manter os pés.
Ele ranger os dentes, forçando-se a se levantar novamente, o corpo gritando pelo esforço da batalha.
Mas, apesar da poeira, do chão tremente e do caos, Leira ainda estava de pé.
Pela nuvem de poeira, Ash conseguiu vislumbrar sua silhueta—sangrando, machucada, mas sorrindo.
A demônio não apenas estava viva, ela quase… ria.
"Hah, quase me pegou," ela murmurou, a voz baixa e divertida, como se seus esforços fossem apenas um pequeno incômodo.
Então, antes que Ash pudesse piscar, ela desapareceu novamente. O turbilhão de energia dela era sinal de alerta, mas ele já era tarde demais.
A presença dela, o calor de sua aura, vinha de cima.
Ele sentiu.
O combate ao redor dele ficou quieto, como se o próprio ar estivesse prendendo a respiração.
BAM!
O pé dela bateu contra seu peito com força tão brutal que o corpo de Ash parecia ter sido esmagado sob uma montanha.
Suas costelas se partiram com um estalo alto, e seus pulmões colapsaram sob a pressão. Ele foi lançado ao chão, a própria terra gemendo enquanto seu corpo atingia o piso de pedra com força de ossos quebrados.
Por um momento, sua visão escureceu. Seu coração pulsava forte, cada batida uma luta por ar.
Leira estava acima dele, suas garras brilhando na pouca luz. Ela estava pronta para acabar com tudo.
Ela pairava sobre ele, seu sorriso repugnante.
"Morra."
CRACK!
O som de ossos se partindo ecoou como um tambor na cabeça de Ash.
As garras de Leira rasgaram seu ombro com uma puxada nojenta, arrancando seu braço completamente.
Sangue jorrou pelo chão em um rompante, mas o corpo de Ash permaneceu imóvel. Sua mente mal registrava a dor—a dor bruta e pura—que invadia seus sentidos.
Seu mundo virou um borrão de vermelho e preto. Ele não conseguia pensar, não podia gritar.
Seu corpo parou.
Mas ele ainda não tinha acabado.
Nem um pouco.
O sorriso triunfante de Leira vacilou. O ar frio ao redor deles parecia congelar no lugar enquanto o momento se arrastava em câmera lenta.
Ela olhou para baixo, seu olhar caindo exatamente onde uma espada de alguma forma tinha chegado ao seu peito, enterrada bem fundo.
O aço reluzente zumbia com relâmpagos indomáveis. Era uma ferramenta de destruição, agora cravada no coração dela, antes de se desintegrar devido à força concentrada.
Como?
A respiração de Leira ficou presa, a confusão quase visível em seus olhos demoníacos. Sua voz, cheia de arrogância há pouco, agora gaguejava sob o peso da descrença.
"Você—"
Suas palavras morreram na garganta enquanto ela cuspia sangue e vacilava.
Uma risada rouca saiu da garganta de Ash, quebrada e tensa, mas carregada de desafio.
"Você fala demais," ele cuspiu, a voz rouca, o peito arfando de exaustão.
Os olhos dela piscaram—atordoados, confusos—lutando para compreender o que estava acontecendo.
A aura demoníaca, que antes era vibrante e forte, começou a vacilar. Piscava como uma vela moribunda.
Seus joelhos vacilaram, seu corpo balançando, mas ela não conseguia mais se sustentar.
Sangue escorria de seus lábios, escuro e espesso, descendo pelo queixo enquanto ela colapsava.
Seu corpo caiu com um estalido molhado e nojento, o som reverberando na câmara em ruínas como um último suspiro de morte.
Seu corpo se contorceu uma, duas vezes, antes de ficar imóvel.
A masmorra mergulhou no silêncio absoluto, salvo pelo som inquietante da luz morrendo e os gemidos distantes da estrutura em colapso.
A respiração compulsiva de Ash era o único som restante na quietude opressiva. O ar ao redor deles parecia pesado, carregado com o peso do desfecho, como se até o mundo estivesse prendendo a respiração.
***
Nota do autor: Ok, antes que alguém aponte, vou antecipar—sei que prometi 10 capítulos, mas por enquanto só subi 9. Preciso de uma pausinha, também sou humano! 😅
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