
Capítulo 74
Fui parar dentro de uma história de fantasma... e ainda tenho que trabalhar
Sangun-nim.
Uma das histórias mais sombrias e inquietantes dos
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Ela lembra a lenda urbana coreana sobre o Jangsanbeom, mas essa narrativa carrega uma nuance ainda mais xamânica e assustadora.
Um fantasma, presumivelmente de alguém que morreu pelo tigre conhecido como Sangun-nim, habita uma pintura mal-assombrada que está sempre mudando de aparência, perseguindo vítimas e tentando atraí-las para longe.
Como uma das histórias dos
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Era exatamente como descrito.
Mesmo sendo alguém que normalmente suporta bem histórias de terror, essa me deixou com uma sensação estranha e persistente de incômodo, me fazendo pausar diversas vezes durante a leitura.
A familiaridade da história, tão parecida com uma lenda urbana conhecida, só reforçava essa sensação desconfortável de proximidade.
Tenho certeza que todo mundo já ouviu pelo menos uma vez:
“Uma pessoa devorada por um tigre se torna um fantasma e retorna para visitar os entes queridos...”
Também conhecido como changgwi.
Esse fantasma precisa encontrar outra vítima para passar seu “papel” antes que sua alma possa seguir para o além — uma história arrepiante, sem dúvida.
“Só de pensar nisso já dá arrepios.”
Mas, se pensar racionalmente, há uma forma de escapar.
“No nível C, ainda é uma categoria com registros de fugas padrão.”
Embora seja claramente difícil, escapar dessa Escuridão não é impossível.
O problema é... o método é estranho e obriga a vítima a fazer escolhas injustas, causando sofrimento mental e uma pressão sufocante, como se o ar estivesse sendo espremido de seus pulmões.
É o tipo de história em que os amantes do terror mergulham, apreciando os arrepios que provoca.
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Relato de Exploração #03
Um homem na casa dos cinquenta anos baixou da internet uma pintura paisagística que dizia trazer sorte na carreira.
Ele descreveu como uma pintura em tinta chinesa da era tardia Joseon, mostrando montanhas e neblina com uma vividez inquietante, mesmo em baixa resolução.
Depois de baixar, ele começou a sonhar eventualmente que vagava perto da montanha da pintura, e cada vez se sentia estranhamente em paz, com o foco mais afiado.
Porém, após uma promoção repentina no trabalho, os sonhos mudaram.
Ele começou a ouvir uma voz chamando por ele dentro da neblina envolvendo a montanha.
A voz sussurrava: “É justo retribuir a ajuda que recebeu, assim como qualquer verdadeiro estudioso faria.” Junto a isso, ele ouvia lamentos tristes, passos pesados na trilha da montanha e o chamado distante de animais.
Sentindo um calafrio estranho, ele se virou e tentou correr.
Então vieram as palavras arrepiante, “Você foi encontrado, você foi encontrado,” repetidas sem parar, seguidas de uma risada zombeteira enquanto a perseguição acontecia.
Cada noite, ele era atormentado por sonhos de fugas desesperadas.
E a cada noite, a voz chamando seu nome se aproximava enquanto ele tentava se afastar da montanha da pintura.
Num dado momento, numa manhã horrorizada, percebeu que não estava mais correndo pelas montanhas. Estava então diante da porta da sua própria casa.
Apavorado, acordou e imediatamente saiu de casa, indo para um hotel. Ele disse que era para fugir da voz que o perseguia e proteger a família de ser atraída também.
Naquela noite, porém, a voz não o seguiu no sonho.
Em vez disso, ele viu alguém — uma figura com o rosto pálido e acinzentado, deslizando sorrateiramente como uma cobra pela porta aberta da frente, rindo baixinho enquanto entrava.
Foi aí que entendeu.
As vozes não estavam seguindo ele, na verdade estavam entrando dentro da sua casa.
Resultado: Toda a família do homem, exceto ele, desapareceu. (Seis meses depois, três corpos não identificados foram encontrados em uma represa próxima.)
Depois disso, ele foi internado com PTSD e acabou tirando a própria vida.
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...E assim segue.
A pior parte dessa história é como ela te força a imaginar a angústia mental daqueles envolvidos.
Mas há algo ainda mais perturbador.
“...Já é tarde demais.”
Já foi atraído e puxado para cá pelo changgwi.
Diversas vezes suas chamadas foram respondidas.
Talismãs quase acabando.
Esse era o tipo de descrição que você encontra nos momentos finais e desesperados de um longo Relato de Exploração onde todos já estão à beira da morte.
Ou seja, estamos encurralados no limite máximo.
“Isso está me deixando louco.”
Passei a mão pelos cabelos.
– Está numa situação difícil, Amigo?
Não é só difícil. Sinto que estou me afogando em suor frio.
– Puxa vida. Será que é por causa daquele visitante indesejado que apareceu antes? Visitantes sem convite são sempre desagradáveis, especialmente onde não são bem-vindos.
– Por isso gostaria de te dar um conselho. Posso?
O quê?
Olhei para o bolso.
– Deixe-me apagar a luz pra você, Sr. Cervo!
– Assim, você poderá sair daqui discretamente, sem chamar atenção.
“……!”
Me lembrei da habilidade incrível que aquele bichinho de pelúcia mostrou no parque temático — o estranho poder que apagava minha presença, permitindo que eu me movesse sem ser pego pelo mascote azul.
– Se você sair pelaquela porta em silêncio e voltar para casa, vai evitar essa situação cansativa... não tem coisa melhor que isso, né?
“……”
Eu tinha uma alta probabilidade de deduzir a rota de fuga correta, com base nos
“Mas...”
Será que não é uma solução só para uma pessoa?