Capítulo 56

Depois que finalmente consegui escapar daquele parque temático maluco—

– Roe!

– Nossa, a Roe voltou!!

Fui recepcionada calorosamente pelos meus companheiros de equipe, que encontrei no elevador.

Descobri que a equipe estava em pânico e até pensava em entrar em contato com um dos sobreviventes civis para entender o que poderia ter acontecido dentro da história maldita.

"A gente só queria pegar alguma informação com eles. De qualquer forma, é um alívio saber que você saiu bem."

A assistente do time D falou com uma expressão muito mais leve.

"O que aconteceu exatamente? Por que você se atrasou?"

Hmm.

Antes de responder, levantei o braço de propósito, mostrando o pulso para eles, enquanto massageava a nuca de leve, para que vissem claramente a marca de queimadura deixada pela pulseira de membro.

: Socius :

"……"

"……"

"Roe?"

"Ah, desculpa. Só... estava realmente cansada por um instante."

"Ahh."

A assistente Eun e o supervisor Park assentiram, entendendo que, depois daquela provação infernal, aquilo fazia sentido.

Foi aí que percebi.

'Eles não conseguem vê-la.'

Nem a menor reação. Aquela tatuagem não estava visível para eles.

Não era um bom sinal.

Depois de uma breve pausa, decidi falar.

"O motivo do meu atraso... bem, na verdade, a energia do portão de saída caiu bem na minha frente. Esperei, mas como não voltou, tive que encontrar outro caminho para sair."

"O quê?!"

Deixei de propósito de fora a parte em que a pulseira comum de entrada virou uma pulseira de membro.

Nessa empresa bizarra de histórias malditas, não seria sensato mencionar que algo estranho havia se ligado a mim.

'Também vamos deixar de fora a parte do boneco de pelúcia falante.'

Mas, tirando isso, expliquei tudo em detalhes, então não deveria haver problemas para registrar os relatórios de exploração e criar o manual.

"…Espera aí. Então… você foi para a zona amarela, mas o portão lá também estava desligado, e você o religou manualmente? Reorganizando o quadro de circuitos?"

"Sim."

"O que você…"

"Eh, eu sou só uma corça comum."

"Hum… certo, acho."

"……??"

De qualquer forma, o clima ficou bem mais leve.

"Seus pontos serão creditados amanhã. Não se surpreenda—ouvi dizer que o total pode chegar perto de dez mil pontos dessa vez."

"Demais, né?!"

Na verdade, os pontos deles seriam menores porque eu saí viva.

Os dois superiores que pareciam tão preocupados com a minha sobrevivência, a ponto de não terem nem tempo para se lavar, olharam para mim e sorriram.

Para ser sincera, fiquei até meio grata.

Foi até um pouco emocionante—uma sensação de acolhimento boa demais para essa empresa.

Mas alguém estava faltando.

"Agora que penso bem, cadê o líder do esquadrão?"

A assistente Eun desviou o olhar.

"…Ele foi chamado pelo chefe do time."

Argh.

"Vai ficar tudo bem. Ele só vai levar uma bronca. Sinceramente, se estamos falando do escudo mantis do esquadrão A, não foi tipo ele que se meteu nessa confusão sozinho?"

Bem, parecia que o líder Lee tinha desagradavado o chefe do esquadrão A.

Lembrei do olhar mortal da máscara de pato azul esverdeado sobre ele.

Até o supervisor Park estava cochichando agora.

"Assistente, isso é verdade mesmo?"

"O quê?"

"Que nosso líder do esquadrão tem potencial para o time de elite, mas fica preso no D por causa do jeito dele…!"

"Ah. Provavelmente é verdade."

A assistente Eun cruzou os braços.

"Mas ele é assim a vida toda, então todo mundo deixa ele quieto."

"……"

"Parece que o destino é justo, considerando aquela cara com aquela personalidade…"

"Shhh. Ele é um bom superior."

Uma cara de lagarto com personalidade de lagarto?

Bem, agora até entendia e concordava que ele era realmente um superior decente.

Pelo menos depois de ter visto de perto o pior tipo de chefe.

"Ah, e sobre o chefe da Seção do Time de Pesquisa 1."

O chefe do Time de Pesquisa 1, Kwak Jaekang, que impulsivamente jogou um membro do esquadrão numa história maldita e acabou matando ele.

"Ele realmente passou dos limites."

Parece que agora ele está alegando que ficou tão assustado que acabou sacrificando o pesquisador como um peão sem querer.

'Mesmo que todo mundo perceba que foi intencional…'

Todos da equipe de exploração presentes naquela cena lembram que não foi assim.

O problema é que ninguém quer testemunhar fortemente contra o pesquisador falecido, viciado em jogo.

Olhe só para o estado dos nossos superiores tagarelas.

"A líder do esquadrão A tá completamente fissurada no nosso líder do esquadrão D, tanto que nem liga pro chefe do Time de Pesquisa 1."

A expectativa era que tudo fosse varrido para debaixo do tapete, com talvez uma pequena redução salarial como única consequência.

Como essa é uma empresa onde a vida dos funcionários vale conforme o desempenho, não parecia que um chefe de departamento sofreria punições sérias pela morte acidental de um funcionário descartável.

'Será por isso que Kwak Jaekang, o pesquisador, aparecia tanto no Registro de Explorações Sombrias…!'

Um passo em falso e ele estaria em apuros, mas parecia esperto o suficiente para escapar todas as vezes, deslizando como uma cobra.

Os superiores do esquadrão D estalaram a língua, dizendo que alguns dos rumores assustadores sobre Kwak Jaekang devia ser verdade.

"Detesto a ideia de ter que continuar trabalhando com aquele cara, mas como ele surrou dessa vez, talvez fique quieto até o próximo trimestre."

"Isso, se não, já teria sido demitido."

Era exatamente o tipo de complacência esperado numa empresa onde os funcionários arriscam a vida para histórias malditas.

'Concordo até certo ponto, mas… sinceramente, parecia que o Kwak Jaekang não queria apenas matar o seu pesquisador, mas todos nós.'

O pesquisador era só um peão no caos dele.

Mas graças à fuga segura de todo mundo, essa parte ficou diluída, deixando as coisas meio nebulosas.

'Vou ter que ficar de olho nele daqui pra frente.'

Decidi investigar a página do wiki do <Registro de Explorações Sombrias> onde Kwak Jaekang era citado.

"Ufa, que dia longo."

"Nossa."

A conversa morreu.

Como o retorno do líder Lee Jaheon estava incerto, recebemos a permissão para ir pra casa naquele dia.

A assistente Eun sorriu.

"Não tem mais o que fazer. Você ainda não foi dada como desaparecida. Estávamos pensando em achar você... Ainda bem que achamos."

"É! Todos acredidamos que você ia aparecer!"

"Vai para casa e descanse."

"…Obrigado."

"Ah, não precisa disso."

Com as últimas palavras, "Fique esperando aqueles pontos amanhã", me despedi dos meus superiores.

Voltei ao escritório do Time de Pesquisa 1 para pegar minhas coisas e comecei a caminho de casa.

E no caminho, encontrei um rosto conhecido.

"Jang Heo-eun."

"……! Soleum!"

Um recruta novo do esquadrão Y.

Como todos os companheiros dele tinham morrido, ele tinha sido colocado meio que em segundo plano, sentado ocioso no escritório do Time de Pesquisa 1.

E embora seu ombro estivesse cicatrizado, ele ainda usava suas roupas manchadas de sangue.

"Você saiu bem! Estou aliviado…"

"Sim, obrigada."

Sentei na frente dele por um momento e trocamos algumas palavras.

Jang Heo-eun estava um pouco pálido, provavelmente por causa da perda de sangue, mas sua expressão sombria parecia um pouco mais leve.

Embora pareça estranho chamar de sortudo, considerando o que aconteceu com os colegas dele…

Lembrei do que os superiores tinham dito antes.

– Ah, aquele novato do esquadrão Y. Parece que a administração está de olho nele depois da performance desta vez. Se mantiver, deve ser promovido a funcionário efetivo em três meses.

– Se ele sobreviver três meses sem incidentes, há grande chance de ele ser transferido para uma posição padrão!

Tudo isso soa ótimo.

O problema é: será que ele consegue sobreviver a esses três meses…!

"Já pensou em desistir? Sua situação está muito perigosa agora…"

"Não."

Veio uma resposta firme.

Jang Heo-eun, o novato do esquadrão Y, ainda com a máscara de vaca, fechou os punhos com força.

"Eu preciso daquele bilhete de desejo. Não posso desistir."

"……"

Parece que ele tem seus próprios motivos.

"Então, desejo muita sorte para você."

Depois de hesitar, acrescentei algumas palavras.

"Três meses."

"Perdão?"

"Se conseguir aguentar só mais três meses, tem grande chance de ser realocado."

Há uma grande diferença entre aguentar sem prazo e ter um período definido para resistir.

Do ponto de vista da motivação também.

"……!"

Um brilho apareceu nos olhos de Jang Heo-eun.

"S-Sim… Vou me esforçar para chegar lá…!"

Ele respirou fundo, olhou para o teto e depois baixou a cabeça respeitosamente.

"Você me ajudou muito hoje. Em três meses, vou me esforçar para retribuir."

"Não precisa. Graças a você, eu também saí bem. Obrigada."

Apertamos as mãos.

E num misto de simpatia e compreensão, acabei dizendo quase no automático.

"Obrigado pelo seu esforço. Deve ter sido assustador para você."

"Perdão?"

Um olhar confuso cruzou o rosto de Jang Heo-eun.

Uhh…!

"Ah, tudo bem. Eu quase morri algumas vezes antes…"

"…Não só isso. Você deve ter visto algumas cenas realmente perturbadoras também."

"Ah, isso é verdade."

Jang Heo-eun deu um sorriso sem jeito.

"Não sou bom com sangue ou órgãos… fico desmaiando ou minhas pernas tremem."

"…Entendi."

Espera aí.

A definição de 'cenas perturbadoras' pareceu diminuir bastante agora há pouco…

'Não pode ser.'

"…Heo-eun, isso quer dizer que fenômenos sobrenaturais ou fantasmas não te incomodam?"

"A-Ah, sim! Essas coisas não me incomodam nem um pouco!"

"……"

"É só que eu penso, 'Ah, entendi o que é isso,' hum, sim. A menos que alguém se machuque gravemente, não me abalo."

"……"

Então ele… não é medroso?

"Obrigado pela preocupação… Ah, é mesmo! Soleum, você chegou a falar com aquela pessoa do grupo de chat dos novatos… oh. Você não está lá…"

Existe… um grupo de chat dos novatos?