Volume 3 - Capítulo 450

Um enorme vazio no final deste túnel.

Vanna chegou à beira do vazio. O túnel terminava abruptamente aqui. O chão e o teto pareciam ter sido engolidos por algo invisível, desaparecendo à frente. E do outro lado da ruptura nítida, a vasta e vazia escuridão fazia até mesmo ela, uma Inquisidora, sentir uma pressão imensa. O medo instintivo que os humanos sentem diante de um espaço escuro tão grande veio em ondas.

Morris também chegou à “entrada” do vazio. Ele ergueu sua lanterna, mas a luz emitida pela lanterna especial para poços parecia ser diretamente engolida. A luz não desapareceu, mas como o espaço escuro à frente era muito grande, não havia nada para refletir a luz em todas as direções. A luz se atenuou gradualmente na escuridão, iluminando apenas uma encosta íngreme que descia pela parede da cavidade. O resto ainda estava envolto em escuridão.

“Isso… não importa como se olhe, não pode ser uma estrutura original da mina”, Vanna respirou fundo e olhou para trás, para o túnel por onde vieram. “O túnel normal termina abruptamente aqui… Esta posição deve ser a ‘parede de pedra’ mencionada no relatório.”

Morris, por sua vez, agachou-se e examinou cuidadosamente a pequena área da parede interna da cavidade iluminada pela lanterna: “A sensação aqui é como se algo maciço tivesse preenchido este lugar originalmente, mas agora essa coisa desapareceu do nada, deixando um grande buraco.”

“Uma cavidade de tal magnitude não desmoronou, mas se estabilizou?”, Duncan não pôde deixar de franzir a testa. Ele olhou para cima, para a escuridão, com um tom um tanto preocupado. “Se houver um colapso aqui, pelo menos um terço do Distrito Superior provavelmente terá grandes problemas.”

Neste ponto, ele de repente se virou para Agatha: “Você está bem? Seu estado não parece muito bom desde agora há pouco.”

“Eu… não consigo ver claramente o ‘vazio’ de que vocês estão falando”, a voz de Agatha era um pouco hesitante. “Eu só vejo um eco maciço e distorcido entrincheirado aqui, e o vento está cheio de ruído. Realmente não há nada à frente?”

“Não há nada, pelo menos visualmente. E também não se percebe nenhuma contaminação deixada por forças transcendentais”, Vanna assentiu com certeza e, em seguida, pensativa: “Mas você consegue sentir… talvez porque o que foi deixado aqui está ressoando com você?”

“Eu não sei”, Agatha balançou a cabeça e se virou para Duncan. “Qual é a sua opinião?”

“Deveríamos entrar e verificar a situação dentro.” Duncan já havia decidido. Em seguida, ele acenou com a mão no ar, e uma massa de chamas verde-escuras apareceu do nada ao seu lado. Um pássaro de esqueleto, envolto em chamas, saiu voando das chamas e pousou em seu ombro com familiaridade.

Ai inclinou a cabeça e olhou ao redor: “O motorista experiente chegou! O motorista experiente chegou!”

“Não se pode descartar o risco de colapso desta ‘caverna’, então vamos levar esta pomba”, explicou Duncan. “Depois de entrar, não se separem, observem constantemente os arredores em busca de sinais de instabilidade, prestem atenção ao movimento acima. Se houver qualquer sinal de colapso, todos se teleportam.”

“Sim, Capitão.” “Entendido.” “Certo.” “Hehe…”

Duncan deu um tapinha na cabeça de Alice, verificou a borda do vazio e, em seguida, respirou fundo, sendo o primeiro a dar um passo em direção à escuridão.

Os outros o seguiram de perto.

Entrando no vazio, havia uma encosta bastante íngreme, e a encosta não era contínua, com desníveis e “bifurcações” sinuosas aparecendo a qualquer momento. Cada passo tinha que ser dado com o máximo cuidado. E essa encosta sinuosa e difícil se estendia até as profundezas da escuridão, como se pudesse levar diretamente ao fundo do vazio.

A sensação desta encosta era como a de um sulco profundo deixado na rocha após o recuo de algum efeito de erosão de longo prazo.

Duncan avançava com cautela na escuridão. Chamas verde-escuras queimavam e se espalhavam silenciosamente sob seus pés. O fogo espiritual inextinguível iluminava uma pequena área ao redor do caminho e também deixava um “caminho de fogo” notável atrás de todos. Olhando para trás, podia-se ver o fogo fluindo como uma linha, delineando sinuosamente o caminho para a saída do vazio na escuridão.

Ao explorar um espaço subterrâneo tão vasto e escuro, é muito importante fazer marcações. Embora tivessem a pomba como meio de evacuação final, por cautela, Duncan ainda deixou suas chamas pelo caminho. Essas chamas também estendiam sua percepção, ajudando-o a monitorar as mudanças sutis nas paredes da caverna a qualquer momento.

Uma grande espada de tempestade, moldada em gelo, já havia se materializado na mão de Vanna. Ela a segurava com uma mão, alerta a possíveis monstros escondidos nesta vasta escuridão. Alice segurava cuidadosamente sua própria cabeça durante todo o percurso, com medo de escorregar e perder a cabeça nesta escuridão. Agatha, por sua vez, como sua percepção estava sendo afetada por algum “eco” nesta caverna, só podia ser amparada por Vanna, dando passos cuidadosos na encosta acidentada.

Morris, por outro lado, estava observando curiosamente as pedras ao lado do caminho.

“Rocha muito densa… e parece ter se fundido e comprimido”, ele ergueu a lanterna, um leve brilho prateado em seus olhos, observando o mais longe que podia. “Se toda a parede interna desta caverna for composta por esta camada de rocha, talvez isso explique por que ela conseguiu se manter estável mesmo depois que seu ‘conteúdo’ desapareceu. Essas pedras formaram uma ‘casca interna’ densa e espessa, sustentando toda a estrutura.”

Neste ponto, ele hesitou e disse com incerteza: “Mas apenas uma casca interna provavelmente não é suficiente. Uma cavidade de tal magnitude deveria ter outro suporte no meio.”

Vanna não pôde deixar de se virar para o velho cavalheiro: “Quantas áreas o senhor realmente entende?”

“Matemática, história, química, misticismo, física, um pouco de geologia e mineração, e algum conhecimento de combate, armas de fogo, mecânica e demolição”, disse Morris casualmente. “Algum problema?”

Vanna ficou boquiaberta: “O senhor… como conseguiu?”