
Volume 6 - Capítulo 1150
The Evolution of a Goblin to the Peak
『 Tradutor: Crimson 』
Não era mais segredo que o Monstro Relâmpago de Sangue havia matado sozinho um monstro de quinta evolução.
O resultado da batalha causou uma grande comoção, mas Souta não teve tempo para pensar nisso e deixou a área imediatamente.
Logo chegou à Ekatoe.
Além da placa irregular de “Bem-vindo”, a cidade se estendia como um cemitério de aço e concreto. As casas se inclinavam umas para as outras como se sussurrassem segredos, com janelas ocas e escuras.
Um vento quente soprava, o único som quebrando o silêncio. Cacos de vidro cobriam a calçada, brilhando fracamente à luz do sol como pequenos sinalizadores de alerta.
Ele deu um passo à frente. Cada passo ecoava mais alto do que deveria.
Não havia uma única alma viva em Ekatoe. Todos já tinham ido embora.
‘Tem certeza de que ainda consegue se mover?’ A voz de Saya ecoou em sua mente.
“Sim, não é um problema. Mas… será problemático se eu encontrar outro inimigo”, Respondeu Souta.
A batalha contra um monstro de quinta evolução havia cobrado seu preço. Não era algo que seu corpo pudesse suportar com frequência.
Graças à sua regeneração, os machucados e ferimentos que havia sofrido já haviam desaparecido. Mas sua energia era outra história — suas reservas estavam quase esgotadas. Apenas uma pequena quantidade permanecia em seu orbe e [Coração Nebuloso].
Mesmo assim, sua energia total já era comparável à de um ser de quinto estágio. Não era surpreendente, visto que o [Coração Nebuloso] residia em seu corpo. Se ele tivesse confiado apenas em seu orbe, teria esgotado todo o seu Feram muito antes de derrotar Yin.
Além disso, o poder concedido por seu equipamento estava longe de ser trivial: era um impulso tremendo.
Em pouco tempo, Souta chegou a um cemitério. Atravessou os portões e parou diante de duas lápides específicas.
Yenxa e Eilish estavam deitadas aqui.
“Vou ficar fora por um tempo”, murmurou Souta, com os olhos fixos nos túmulos e continuava: “Pode demorar muito para eu voltar… mas prometo que voltarei.”
Ele viera visitá-las apenas uma última vez antes de partir. Os dias que viriam seriam perigosos, e nem ele nem seus companheiros podiam se dar ao luxo de permanecer no mesmo lugar por muito tempo.
Souta ficou parado diante das lápides por vários minutos antes de finalmente se virar. Sua carne se contorceu e se retorceu, remodelando suas feições em um instante.
–Whoosh!!
Com uma explosão de velocidade, Souta deixou a cidade abandonada — sua aparência agora totalmente diferente.
Ele sabia que não havia como se esconder completamente do inimigo desta vez. Com tão pouca preparação e com os rastros deixados por dezenas de milhares de pessoas, era impossível esconder tudo.
Mesmo assim, seguiu o caminho que o povo de Ekatoe havia trilhado, apagando todos os rastros que pôde ao longo do caminho. Sabia que não duraria muito, mas mesmo um pouco de tempo, para ele e seu povo, valia o esforço.
Pelos seus cálculos, o inimigo provavelmente os encontraria em dois ou três dias. Principalmente os demônios — aqueles caçadores implacáveis — não os deixariam escapar novamente. Já haviam levado tempo suficiente para descobrirem vestígios de Alice; agora, jamais a libertariam de suas garras.
No mínimo, pensou Souta, nenhum ser de nível divino deveria vir atrás de sua cabeça.
O plano de Souta era desviar a atenção do inimigo usando uma das Fortalezas Guardiãs. Pessoas comuns não tinham meios de se defender, então permaneceriam escondidas na Floresta Involin. Se ele se manifestasse na fortaleza, as investigações em larga escala se voltariam para ele, e não para os civis.
Depois de mais de sete horas de viagem, Souta finalmente avistou uma Fortaleza Guardiã pairando no céu.
Esta fortaleza serviria como um farol, atraindo aqueles que o caçavam.
Flutuava a quase mil quilômetros da superfície. Abaixo, havia um pequeno lago cercado por colinas ondulantes, com a cidade mais próxima a três quilômetros de distância. O local também era suficientemente distante da Floresta Involin para não chamar a atenção para as pessoas escondidas ali.
Souta ascendeu no ar, liberando abertamente sua energia para que os habitantes da fortaleza soubessem que era ele.
Ele pousou no convés, onde Torkez surgiu para cumprimentá-lo.
“Você voltou”, disse Torkez com um sorriso e continuou: “Já preparei um quarto para você se recuperar. Também concluímos parte dos nossos preparativos.”
Torkez já sabia que Souta havia travado uma batalha intensa contra um monstro de quinto estágio — ele mesmo assistiu através da projeção no céu. Ele entendia perfeitamente que Souta estava exausto.
Souta assentiu brevemente e entrou no prédio.
“Inicie. Chame a atenção deles. Não se incomode em esconder nossas identidades. Quanto mais olhos estiverem sobre nós aqui, menor a chance de alguém rastrear Alice e os outros até a Floresta Involin.”
Torkez seguiu de perto, concordando silenciosamente com suas palavras.
Sem perder tempo, Souta isolou-se para recuperar as energias. Dentro de seu quarto, havia um orbe de monstro de quinto estágio evolutivo, junto com vários orbes de terceiro estágio que ele havia armazenado para esse propósito.
Ele pegou o orbe do quinto estágio enquanto seus artefatos flutuavam para o lugar atrás dele.
“Só preciso de mais tempo”, murmurou ele e continuou: “Se eu me recuperar completamente, poderei usar todas as minhas habilidades com equipamentos novamente.”
Durante a batalha, ele já havia liberado quase todas as habilidades à sua disposição — exceto [Colhedor de Almas] e [Modo Alma de Sangue]. Ele sabia que, assim que essas habilidades fossem reveladas ao público, a situação que enfrentaria se agravaria para um nível totalmente novo.
Ele teve a sorte de a Deusa Athena lhe ter concedido sua bênção. Sem ela, ele poderia ter sido forçado a usar o [Modo Alma de Sangue].
“Por enquanto, vou me concentrar em refinar minhas habilidades e recuperar minha energia.”
Souta fechou os olhos e cravou a espada vajra no chão ao seu lado. Seus pensamentos se voltaram para o confronto com Yin, o monstro no quinto estágio.
Seu [Arquétipo: Grande Sangue do Fim] era imensamente poderoso — um de seus trunfos mais fortes. Mas, mesmo assim, ele percebeu agora que precisava evoluir ainda mais, para atingir um nível mais alto.
Uma interface apareceu em sua mente:
[Arquétipo: Grande Sangue do Fim] Um Arquétipo criado pelo Monstro Relâmpago de Sangue. Derivado do Arquétipo Extremidade Vajra e imbuído de um toque de instinto bestial, deu origem a um novo e formidável Arquétipo. Atualmente em sua forma incompleta. (Taxa de Conclusão: 12%)
Desde que emergiu de seu isolamento anterior, o sistema reconheceu o Arquétipo, permitindo-lhe até mesmo rastrear seu progresso.
Os projetos para as próximas formas já estavam claros em sua mente. Tudo o que faltava era refiná-las, aprimorá-las e completá-las.
[Primeira Forma: Grande Tribulação do Relâmpago de Sangue]
[Segunda Forma: Relâmpago de Sangue Perfurador dos Céus]
A segunda forma de seu Arquétipo era especializada em dano perfurante. Seu poder tinha grande chance de atravessar defesas, capaz até mesmo de quebrar as barreiras de um monstro de quinto estágio. A prova de sua força já existia — ele havia matado um apenas algumas horas antes.
A próxima forma, no entanto, era um tipo defensivo.
“Preciso dominar isso o mais rápido possível…” Souta murmurou.
…
Enquanto Souta se recuperava, Torkez já havia posto o plano em ação. A cidade mais próxima agora estava ciente da presença deles.
Os especialistas da Astros se prepararam para a batalha que se aproximava. Seu líder havia realizado o impossível: matar um inimigo que ninguém acreditava ser possível derrotar. Eles não podiam se permitir fraquejar agora; precisavam provar que eram dignos da história que Souta havia criado.
Torkez estava no convés, olhando para a paisagem abaixo.
Um enorme dragão verde se aproximou dele por trás. “Está tudo pronto?”
“Sim. Podemos esperar inimigos nas próximas horas. E a Floresta Involin? Está protegida?”, perguntou Torkez, virando a cabeça ligeiramente para Doranjan.
“Sim. Não há nada com que se preocupar.” Doranjan assentiu. Mesmo assim, sua expressão se obscureceu enquanto dizia: “Mas eu sinto. Meu instinto de dragão me diz que o perigo está próximo. Podemos morrer nessa próxima batalha.”
“Nossos inimigos variam em força”, admitiu Torkez, seu olhar se voltando para os especialistas reunidos na Astros e dizendo: “… E nossas forças são muito menores em comparação. Temos apenas alguns especialistas de Rank SSS para convocar.”
O número de inimigos chegava a milhões. E pior — esta era apenas uma facção entre as muitas que queriam destruí-los. Alguns eram demônios, mas outros eram pessoas que os desprezavam, despejando seu ódio em Souta e culpando-o pela guerra.
Mesmo assim, a Astros não se curvaria. Seus números podiam ser poucos, mas sua determinação — e seu líder — eram maiores do que qualquer exército.