
Capítulo 380
O Ponto de Vista do Vilão
Em algum lugar da região oeste do Continente Ultrassônico...
Uma terra árida, queimada pela morte... uma arena perfeita.
Uma arena para uma batalha desconhecida por todos, entre dois membros da Casa Estrela da Manhã.
Um da nova geração... e o outro, uma relíquia envelhecida pelo tempo.
Leonides Estrela da Manhã avançou contra Frey, seu corpo envolto em aura de estrelas, liberando uma pressão que finalmente atingira o ranking SS.
O Leão Imortal não estava sozinho. Muitos de seus seguidores... traidores que abandonaram a Casa Estrela da Manhã após sua derrota para Ada—juntaram-se a ele.
Após estabelecer um contrato demoníaco que lhe permitiu romper os limites que o restringiam há décadas, Leonides tinha um objetivo: redenção.
E o primeiro passo era Frey Estrela da Manhã—a pedra no seu sapato, o fantasma do homem que uma vez o destronou.
Em teoria, seu poder deveria ter sido suficiente para esmagar um jovem que mal tinha acabado de alcançar o Rank B recentemente.
Mas a realidade estava longe do que o velho tinha imaginado.
Desde o primeiro confronto, Frey o lançou pelos ares, batendo violentamente contra o chão atrás dele.
Duas espadas negras erguidas em cada mão—uma delas, uma katana que Leonides reconheceu instantaneamente.
"A Irmã das Trevas..."
A espada que Abraham Estrela da Manhã usou uma vez para esmagá-lo e tomar o trono.
E agora, essa mesma espada era wieldada por seu filho... que facilmente cortou dois seguidores de Leonides, liberando uma pressão que já atingia o nível SS.
Um dos traidores, Khalifa, um manipulador espacial e especialista em teletransporte, tentou um ataque surpresa pelas costas.
Achou que havia conseguido... só para perceber que tinha cortado uma imagem residual deixada pela velocidade estonteante de Frey.
Quando Khalifa se virou, Frey já tinha decapitado-o.
Com a mesma velocidade terrível, Frey lançou uma tempestade implacável de cortes sombrios, rasgando os demais traidores como se fossem papel.
Eles eram todos Rank S.
No entanto, levou apenas alguns minutos para transformá-los em cadáveres, deixando Leonides completamente sozinho.
Frey caminhou lentamente em sua direção, uma luz violeta fria brilhando de seus olhos, seu corpo encharcado de sangue dos caídos.
Era uma expressão de desprezo.
Uma expressão que reduzia Leonides a nada mais do que uma pedra à beira da estrada—algo para pisar e esquecer.
"Por que você voltou a aparecer para mim, Leonides?"
Frey desapareceu da visão de Leonides antes que ele pudesse reagir.
Momentos depois, reapareceu ao seu flanco direito, golpeando com ambas as espadas.
Leonides mal conseguiu bloquear antes de cambalear para trás, arfando por ar.
Mas Frey não hesitou—ele continuou, ondas após ondas de aura sombria chocando violentamente contra a luz das estrelas.
"Você deveria ter se escondido entre os Ultrassônicos e implorado por proteção!"
Eles trocaram golpes sucessivamente, mas a diferença de poder era enorme.
Frey atacava livremente, enquanto Leonides lutava para respirar... quanto mais para contra-atacar.
"Você não passa de um covarde… um traidor inútil e patético!"
BUM
O sangue de Leonides manchou o chão enquanto A Irmã das Trevas e Balerion rasgavam sua carne impiedosamente, transformando seu corpo em um amontoado grotesco e deformado.
"É esse o poder que você procurou por tanto tempo?!"
CORTE!
Frey avançou mais, rompendo completamente a defesa de Leonides.
E então—
Um grito de agonia ecoou pela terra desolada.
Com um movimento só, Frey cortou o braço esquerdo de Leonides na altura do ombro. Sangue jorrou, tingindo o chão de carmesim.
Leonides cambaleou assustado, mas Frey permaneceu em cima dele como uma sombra.
"Por que acha que pode vencer comigo com uma força tão miserável?"
Seus espadas se chocaram novamente—trevas contra luz das estrelas, cada aura tentando devorar a outra.
"Você é patético, Leonides Estrela da Manhã."
Com facilidade, Frey desviou a lâmina do velho e agarrou seu rosto, empurrando-o contra o chão com força brutal.
Arrastou Leonides por toda a terra, como um pano de chão, antes de jogá-lo longe, seu sangue formando um rastro vermelho pelo campo de batalha.
"Você viveu mais tempo do que qualquer um... e mesmo assim, não aprendeu nada."
Frey se agachou ao lado do homem derrotado, sua expressão vazia—fria—como se estivesse observando um inseto zumbindo, não um ser humano.
"Você perdeu para meu avô. Depois, para meu pai. E agora, aqui está você... perdendo para mim. Já conhece algo além do fracasso?"
"Maldito—!!"
Leonides rugiu, avançando em um esforço desesperado para golpear Frey.
Mas Frey pegou sua espada com facilidade... então, com a outra, cortou a garganta do velho.
"Não me dirigido a mim com essa voz de covarde."
Frey falou com o mesmo tom frio, enquanto Leonides cuspia sangue da garganta semi-severada, desesperadamente tentando segurar o fluxo com a única mão que lhe restava.
"Akk... akk... akhh..."
De sua boca mutilada, Leonides já não conseguia formar palavras. Só escapavam sons estranhos de sufocamento, misturados ao fluxo incessante de sangue que jorrava de sua garganta acabada.
"Dizem que te chamam de Leão Imortal, não é?"
Corte!
"Vamos colocar esse título à prova."
Com outro golpe rápido, Frey cortou o braço direito restante de Leonides na altura do ombro, fazendo-o desabar ao chão enquanto torrentes de sangue espirravam violentamente, manchando tanto a terra quanto Frey.
Agora, sangue de ambos os braços e da garganta, Leonides transformou-se em uma pilha de carne mutilada, seu corpo incessantemente despedaçando sangue.
Seus olhos injetados de sangue fixaram-se em Frey em ódio...
Um ódio que rapidamente se apagou diante da dor insuportável, dando lugar ao desespero.
Porque, no fundo, ele percebeu... Frey Estrela da Manhã tinha razão.
"Você viveu 150 anos malditos. Tempo suficiente para construir uma civilização. Diga-me—o que tem para mostrar disso?"
Corte!
Frey cortou a perna esquerda de Leonides. O velho tentou gritar, mas nenhum som saiu—apenas mais sangue da boca dele.
"Você deixou sua obsessão infantil por poder te dominar por todos esses anos."
"Uma vez, me perguntou, há dois anos, o que eu tinha a oferecer à Casa Estrela da Manhã como seu Senhor. Então, agora, deixe-me fazer a mesma pergunta, seu leão imundo..."
"O que diabos você já fez por essa família?"
Corte!
A perna final caiu.
E com ela, Frey finalmente proferiu as palavras que há anos desejava dizer.
"Você não passa de uma vergonha para a Casa Estrela da Manhã."
Irmã das Trevas e Balerion desapareceram em suas formas tatuadas com um movimento de dedos de Frey. Então, ele pegou a própria espada de Leonides—e a enfiou fundo no peito do velho.
Apoiado na lâmina agora enterrada no coração de Leonides, Frey encarou o relicário morrendo sob seus olhos.
O chamado Leão Imortal—o membro mais antigo e sobrevivente da Casa Estrela da Manhã—não conseguiu fazer mais do que olhar de terror para o homem que o destruíra completamente... que lhe roubou a voz, a dignidade e a vida.
Em questão de segundos, Leonides deu seu último suspiro, morrendo como um vagabundo dilacerado, seu corpo destruído, seu rosto irreconhecível pelos blades implacáveis de Frey Estrela da Manhã.
E com isso... Frey terminou o que seu pai e avô iniciaram.
Ele eliminou o tumor maligno que há tempos gangrenava a Casa Estrela da Manhã.
Leonides mal durou um minuto inteiro após Frey começar seu ataque.
Quando terminou, Frey deu um passo para trás, deixando a espada cravada no cadáver de Leonides—uma ofensa póstuma ao homem que sempre desprezou.
"O Leão Imortal? Que título sem sentido."
Virou as costas para Leonides e sua patética turma, limpou o sangue do rosto e da armadura antes de desaparecer na distância, deixando os cadáveres apodrecerem por aí.
"Preciso encontrar os outros. Rápido."
A batalha nem durou dez minutos.
Em poucos minutos—foi o tempo suficiente para Frey acabar com uma rixa de dois anos.
Ele o matou rapidamente... e o esqueceu ainda mais rápido.
Seu foco agora estava voltado para algo muito mais importante.
A última fase do Jogo da Bruxa estava prestes a começar.
E batalhas muito mais cruéis do que essa estavam no horizonte.
O que Frey não sabia...
Era o quão escuro o futuro realmente seria.