(Hum, desculpe) Eu Reencarnei!

Capítulo 140

(Hum, desculpe) Eu Reencarnei!

128 – Nosso Salvador (Primeira – Perspectiva do Gurus)

Publicado em 3 de setembro de 2017 por crazypumkin

*Sem edição

Faziam 10 anos desde que Gurus entrou nesta empresa. Parecia que foi ontem quando ele, com apenas 15 anos, decidiu trabalhar aqui, embora um Gurus cansado e exausto pensasse isso enquanto vestia seu corpo cansado e esgotado.

"Suspiro..."

Ele soltou um suspiro profundo. A cadeira da empresa em que estava sentando fez um barulho estranho, como se acompanhasse seu estado. Ele achou que já tinha se acostumado, mas ainda assim, aquilo o atingia profundamente. Nesta pequena empresa, onde era o único a trabalhar no departamento de vendas, não havia ninguém com quem pudesse compartilhar seus problemas.

A empresa em que Gurus trabalhava era uma companhia que cria [Fogos de artifício].

Depois de ver fogos de artifício durante um jantar de um Nobre, ele então decidiu que entraria nesta indústria. Mas, sem que ele soubesse, a indústria de fogos de artifício era um lugar muito pequeno, à beira da extinção.

Ao descobrir isso, ele fez uma promessa de espalhar a beleza dos fogos por todos os cantos e reviver essa indústria. Mas a vida real não foi tão fácil assim.

E hoje também, outro organizador de festas perguntou: "Nunca usei fogos de artifício nem sei por que motivo usar isso. Além disso, o que exatamente são fogos de artifício?" E, quando Gurus respondeu que eram algo parecido com flores brilhantes explodindo no céu, ele recebeu uma resposta perguntando por que eles não podiam usar magia em vez disso, e recebeu um olhar rude.

Além disso, fogos de artifício não eram exatamente baratos só para ver como ficaria.

Ele estava quase desistindo.

A única razão de a empresa ainda existir era porque esta era a própria empresa que o Primeiro Fundador tinha passado a técnica. Parecia uma arte tradicional.

Não que a empresa estivesse endividada, ou à beira de um declínio. Mas, mesmo assim, existir sobre um fio tão tênue e delicado não era algo que Gurus gostaria.

Ele queria transmitir a beleza aos cidadãos e mostrar o quão grandiosos os fogos podem ser.

"Estou realmente no meu limite..."

Ele falou fracamente. E, exatamente neste momento, sons de sinos tilintando foram ouvidos vindo de um sino de metal pendurado na porta. E havia apenas uma pessoa que poderia estar tocando.

"Um cliente...?! "

Saltando de seu assento, um Gurus incrédulo rapidamente se levantou para atender a porta.

Logo ao abrir a porta, uma decepção o envolveu.

Pois, quem estava na sua frente era um menino muito jovem. Ah, talvez ele tivesse ido ao lugar errado ou estivesse apenas brincando... Mas, mesmo pensando assim, Gurus sorriu de forma profissional e começou sua postura de [Vendas].

Para não passar uma má impressão por estar irritado, Gurus tentou controlar seu suspiro ao máximo e sorriu amplamente para o garoto.

"Olá, posso ajudar em alguma coisa? Aqui é uma loja de fogos de artifício, então..."

"Ah, então eu estava certo! Graças a Deus. Não tinha ninguém por aqui, então fiquei preocupado de ter vindo ao lugar errado."

Mas as palavras do menino contrariaram todas as suposições de Gurus. O garoto falou de forma clara e educada, então parecia que não era uma brincadeira. Além disso, ele disse estar procurando por este lugar.

Seria uma missão de seus pais? Percebendo isso, Gurus olhou de perto e viu que o garoto vestia roupas de boa qualidade, com uma atitude calma e firme.

Talvez ele não estivesse ali por um recado, mas sim como um aprendiz de outra empresa. Afinal, ele não parecia estar na idade escolar, então talvez estivesse aprendendo alguma coisa com antecedência para o futuro.

"Então, então, você estava procurando pela nossa empresa! Peço desculpas, acabei de sair por um momento. Por favor, entre."

De repente, a garganta de Gurus ficou seca. Algo grande poderia estar acontecendo. Pelo futuro da empresa, ele precisava vender alguma coisa. Talvez fosse uma grande empresa, capaz de permitir que um garoto tão jovem lidasse com algo como fogos de artifício. Era seu dever causar uma boa impressão.

Levando o garoto para o salão mais interno do escritório, Gurus respirou fundo.

Gurus ficou boquiaberto. Ele tinha decidido criar uma boa impressão para estabelecer uma conexão com a empresa e preparar uma futura colaboração.

… Mas o que aconteceu, então?

"Então, quanto ficaria se eu planejasse disparar cerca de um milhão de fogos de artifício?"

Após uma conversa informal com o garoto, ele entrou na parte de 'negócios' e essa foi a primeira frase que saiu.

"…Hã?"

Foi exatamente o que Gurus pensou que diria ao ficar paralisado. Ele tinha certeza de que qualquer um reagiria igual. Este era um mundo onde números de dois dígitos já eram considerados grandes.

E o que esse garoto disse?

Um milhão.

Ele falou um milhão.

Gurus imediatamente voltou à realidade e, ao começar a pedir detalhes, seu coração pulsava forte, desesperadamente.

Observando o menino na sua frente, Gurus percebeu que ele parecia ter cerca de 6 anos, com cabelos sedosos e prateados, e traços faciais que lembravam um anjo. Um garoto muito, muito fofo.

Por que um garoto assim... veio aqui especialmente para fazer uma fraude?!

Gurus não ligava se ririam dele por estar levando a sério algo envolvendo uma criança, mas, no fundo, ficou furioso. Ele tinha esperança. E tudo não passou de uma brincadeira.

Quer dizer, um milhão de disparos. Esse número normalmente não vinha de uma empresa comum. Mesmo que fosse real, com certeza não seria algo que um criança pudesse administrar.

Porém, até agora, a brincadeira tinha sido bastante convincente. Afinal, era uma pegadinha feita por uma criança. Gurus se levantou, tentando controlar sua raiva ao máximo. Aqui era o momento de mostrar a seriedade de um adulto.

"Garoto, sei que brincadeiras são coisa de criança, mas tem coisas que não se pode fazer, de jeito nenhum."

"Hã, o quê?"

Ele falou algo com um tom mais firme. Gurus se endireitou, esperando ser elogiado. O garoto pareceu surpreso. Deve estar pensando que foi pego na mentira.

"Existem brincadeiras que não dão graça nenhuma. Nem todo mundo vai rir e te deixar passar."

Gurus falou com calma.

"…Hã?"

Desta vez, foi o garoto quem ficou surpreso. Gurus não conseguiu evitar um sorriso de canto, com um pouco de ironia.

Ficar bravo com uma criança não ajudaria em nada para ensiná-la sobre o que é certo ou errado. A melhor maneira era fazê-la entender o que fez, como aquilo afetaria as pessoas.

Era preciso levar e orientar uma criança do jeito certo para o que ela deve fazer.

――Esse era o ensinamento que Gurus tinha lido no livro [Pontos Essenciais para uma Boa Comunicação!]

Eu sou tão inteligente.

E, de repente, Gurus percebeu algo. O menino, que até então tinha uma expressão de choque, mudou a expressão para uma de resignação ou compreensão. Era uma expressão sutil que uma criança normal de 6 anos não conseguiria fazer.

"Ah, foi imbecil da minha parte. Claro que você vai pensar que isso é uma fraude ou uma brincadeira. E agora…"

O garoto acertou exatamente o que Gurus havia pensado e parecia se culpar pelo erro que cometeu. A fala madura do garoto fez Gurus ficar ainda mais confuso.

"Vai levar um tempão explicar tudo até você acreditar em mim, então vou parar por aqui. Voltarei outro dia."

Disse o garoto com um sorriso. Embasbacado, Gurus levou o garoto para fora e, depois, caiu em sua cadeira.

Agora que pensava bem, será que uma criança usaria uma linguagem tão educada? Não importava o quanto Gurus tentasse convencer-se, aquilo não era normal. Além daquela expressão e fala de adulto.

Ele até pensou que aquilo pudesse ser uma desculpa para fugir, mas não estava convencido. Porque aquele garoto não tinha traço de vergonha; pelo contrário, tinha confiança.

"Outro dia..."

Gurus murmurou para si mesmo. Se aquilo fosse real, o garoto provavelmente traria alguma prova. Uma prova de que o pedido de um milhão de disparos... por mais inacreditável que fosse, Gurus começou a acreditar nisso.

Será que isso é o começo de algo grande?, pensou Gurus, enquanto um sorriso se espalhava pelo rosto dele.

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TN: Estou na pilha com isso, mesmo querendo fazer outras coisas. Essas inserções aleatórias de ponto de vista me refrescam. Consegui fazer em cerca de uma hora. Aproveitem. Agora vou estudar então.