Capítulo 135

123 – Coisas que Você Não Pode Esquecer Ao Lançar Fogos de Artifício

Postado em 10 de agosto de 2017 por crazypumkin

*Sem edição

TN: Por que esses títulos longos em alguns capítulos?

"E assim, vamos fazer alguns fogos de artifício."

"Hã? O que você quer dizer?"

"Fogos de artifício não são apenas algo que faz barulho?"

Questionaram Zen e Selphy. E eu não fazia ideia do que Selphy estava falando. O que tinha a ver fazer fogos de artifício com 'estouro'?

Bem, neste mundo, só o Rei (Terao) sabia como criar fogos de artifício e essa técnica nunca foi ensinada aos comuns. Tudo permanecia sob o conhecimento da Família Real.

Conheça seu lugar, membros da realeza.

"Deveria ter um semi-círculo aqui…"

Pegando algo na minha subespço, puxei um semi-círculo bege. O olhar de Zen e Selphy, cheios de admiração, se dirigia ao meu pulso.

"Só precisamos colocar bolinhas pretas pequenas, além de pólvora, nisso e estará pronto."

"Hã?!?"

Após explicar de forma simples, Zen levantou a voz, surpreso.

"Por que você sabe fazer fogos de artifício?!"

Sendo filho de um artesão de ferramentas mágicas, Zen era bastante sensível a esse tipo de coisa. Eu sempre inventava alguma coisa quando se tratava de conhecimentos do meu mundo anterior, mas não desta vez. Desta vez, eu tinha uma jogada na manga.

"Heh… Não olhe para mim de cima não. Ainda sou filho de duque. Tenho em mãos o Diário do Primeiro Fundador."

Sim, o diário de Terao.

Que maravilha. As pessoas próximas a mim já sabiam que eu era bem versado na linguagem mágica e agora, tinha esse presente valioso: o diário de Terao. Assim, podia carregar toda minha estranha sabedoria nele.

"Então agora vocês sabem. Vamos começar!"

Disse, mostrando orgulho, enquanto entregava a Zen e Selphy cada um um pedaço do semi-círculo.

◆

Fazer fogos de artifício era uma tarefa diferente. Tão difícil que existe até artesãos especializados nisso. Mesmo que nós, pessoas comuns, tentássemos fazer um novato, ainda assim levaria algum tempo.

Então, o que fazer?

Na verdade, esse semi-círculo era uma ferramenta mágica que eu criei. E seu nome era, fogo de artifício fácil... vamos parar por aqui.

[1] - Basicamente, se vocês assistiram ou leram alguma coisa do Doraemon, sabem a que o autor se refere.

Para explicar, ele é feito de madeira moldada em forma de semi-círculo, uma ferramenta mágica. Depois, você imagina a forma e o padrão que deseja que o fogo de artifício tenha, enquanto preenche com pólvora e bolinhas pretas — as bolinhas se movem de acordo com sua imaginação ao serem acionadas. Incrível, não é?

Bem, como nunca tinha feito fogo de artifício na minha vida anterior, precisei usar magia para isso. Realmente, magia é bastante conveniente. Hm, isso também porque é uma magia japonesa.

Depois de dar as instruções a Zen e Selphy, seus olhos brilhavam enquanto trabalhavam nos semi-círculos.

Ai, ai, que forma esses teriam, fiquei pensando. Ia ser divertido. Zen e Selphy, enquanto criavam suas versões de fogos de artifício, olhavam para o céu com a cabeça cheia de pensamentos. Observando-os, terminei minha parte e me levantei.

"Hm? Will?"

Deixando Selphy, que entrou no seu mundo interior, Zen olhou para mim e perguntou. Sorri.

"Tenho que ir receber alguém que convidei para este show de fogos. Por isso, vou me ausentar um pouco."

"Ah! Entendi! Sem problemas! Então ficaremos aqui esperando?"

Ver as pessoas admirando sua criação era algo maravilhoso. Não sei se ele percebeu isso, mas Zen se levantou e acenou para mim enquanto eu caminhava em direção à casa.

◆

"Pai, então está confirmada a fogos de artifício, né?"

"Sim, tudo já foi providenciado. Parece que as pessoas já começaram a reservar seus lugares na área da cidade onde os fogos podem ser vistos."

Fiquei de frente para o pai, confirmando pela última vez. Ao meu dizer, ele sorriu, um pouco constrangido.

Sim, planejei tudo com antecedência e obtive autorização para isso. Antes de hoje, eu ainda estava preocupado se deveria fazer alguns fogos originais ou não. Mesmo assim, já havia encomendado uma grande quantidade deles.

Sobre de onde vinha o dinheiro, tudo era fruto das vendas que fiz com Buu-san, do que o pai já sabia. Desta vez, planejava misturar alguns fogos próprios naquelas já existentes.

E o principal objetivo era introduzir essa cultura/hábito em Elzmu!

Planejava transformar o território de Beryl em um local famoso por seus fogos! Nesse mundo, shows de fogos são mais parecidos com aquelas festas de veraneio de bairro, sem grande impacto.

Só isso, no entanto, não satisfaria minha alma de amante de matsuri! Graças ao dinheiro, consegui tornar isso uma realidade.

Quando assumir a liderança de Beryl, quero que essa terra seja o lugar onde todos venham no verão para apreciar um espetáculo de fogos maravilhoso! E quero que seja algo que não seja exclusivo de casais ou de uma faixa etária específica, mas para todas as idades e status! Muhahahahahahahahahahaha!!

"Mas… o show de fogos… Você realmente pensou bem nisso."

"Os fogos feitos pelo Primeiro Fundador eram lindos. Acho uma pena que apenas quem mora na capital possa ver! Como cidadão de Elzmu e também nobre, quero espalhar para todos as maravilhas criadas pelo Primeiro Fundador!!"

"O, entendi, você está empolgado."

Ops. Fiquei um pouco demais animado. Vamos nos acalmar.

Hee-hee-hooo.

Sorrindo de forma um pouco constrangida, fiz uma respiração profunda no coração.

"Ah, bem… tentei pensar como um comerciante…"

"Ah, entendi. Sim, comerciantes costumam agir assim…"

Com minha desculpa, o pai lembrou de todos os comerciantes que já conheceu e sua expressão se tornou cansada.

Isso porque, mesmo os de alto nível, a maioria vinha de Dyuvu. Ou seja, eram sempre animados, falantes, bons em argumentar, bons de bebida e também resistentes.

Eram os mais fortes da humanidade.

Como líder de um território, pai tinha muitas conversas com eles. Seus olhos ficavam distantes.

"Bem, então vou começar a trazer os convidados!"

"O, ah, com certeza. Cuide-se."

Ao dizer isso, imaginei o local enquanto repetia mentalmente a ordem.

«転移»! [TN: Teni, teletransporte]

Depois, sumi da sala, enquanto a cena diante dos meus olhos mudava. Era uma casa sombria, pouco iluminada. Livros estavam empilhados de um lado. Do outro, apenas uma mesa de café e um sofá.

Me perguntava onde estariam guardadas as roupas. Não podia estar no baú de madeira encaixado na parede, certo? Ao contrário, parecia que aqui não havia nada. E quem morava nesta casa era…

"Você parece surpreso cada vez que vem, não importa quantas vezes apareça."

"Desculpe incomodar de novo, John-Sensei."

Meu professor de estratégia, assim como meu amigo mais próximo, John-Sensei.

◆◆◆