Capítulo 133

121 – A Melancia... Foi Espatifada?

Publicado em 30 de julho de 2017 por crazypumkin

*Sem edição

"Sim, sim, sim, um pouco mais pra direita!"

Selphy gritou feliz.

"Huh? Onde? Onde?"

Zen, que estava vendado, se moveu inutilmente um passo para a direita.

"Tá demais pra direita! Volta um pouco!"

Dessa vez, Zen foi demais para trás. Parecia uma raposa. Sem pensar, dei uma risadinha. Uma vez, li uma história das Fábulas de Esopo, sobre um cachorro e um gato brigando por um pedaço de carne. Uma raposa próxima sugeriu usar uma balança para dividir a carne igualmente. A raposa espertinha começou a comer o excesso de carne para equilibrar os dois pedaços e no final, comeu tudo.

Helpless Zen era até divertido. Parecia que ele tinha ficado metido demais na cabeça e, independentemente de quanto Selphy tentasse instruí-lo, ele tinha se movido totalmente na direção errada, longe da melancia.

Abri a boca, e o canto dos meus lábios se curvou em um sorriso.

" Zen, dê um passo na sua direção, cerca de uns 10cm. Isso mesmo. Agora levante o bastão na sua frente... gire no sentido horário em um ângulo de 15 graus!"

Dei um olhar de "como foi?" para Selphy.

Hehehehe.

Você precisa de instruções detalhadas assim para fazer funcionar. É isso que faz esses momentos me sentirem vivo! Viva o conhecimento! Muito diferente daquele conhecimento temporário que você adquire na força do hábito na noite anterior a uma prova!

…Nossa! Para de jogar pedra! Que infantilidade!

Sou uma pessoa justa e que não deixa crianças, só porque são jovens. Embora não tenha havido vitória ou derrota na tentativa de espatifar a melancia.

É mais na emoção do momento.

De acordo com as regras, dei uma volta em Zen, que estava vendado, antes de começar o jogo. Era um jogo onde os outros guiavam a pessoa vendada até a melancia e ela deveria espatifá-la, mas rodar ela no começo já era suficiente para atrapalhar a noção de direção.

Mas acho que girei ele de mais uma vez. Fiquei empolgado e girei Zen até praticamente ver estrelas. Não pude evitar, era a realização de um dos meus sonhos, e fiquei nas alturas.

"Ali mesmo!"

Enquanto Zen lentamente girava seu bastão, eu gritei quando ele terminou de alcançar o topo da melancia. Zen assentiu às minhas instruções e ergueu o bastão.

"Ah...!"

Ele caiu. Zen caiu de forma espetacular.

*Risadas*

Uma risada escapou dos meus lábios. Até Selphy, ao meu lado, pôde ouvir o som.

Sério! Quão assustadora era a habilidade dele de fazer alguém rir?! Ah, Zen! Não há outro jeito. Eu realmente estou convencido. O Deus da risada o amava.

Deve ter alguma proteção ou favor divino dele.

Todo o movimento de girar Zen até a hora de ele balançar o bastão foi perfeito. Mas parece que ele usou muita força na batida, escorregando no tapete. E caiu de uma forma linda, de barriga.

Sem mencionar que caiu exatamente em cima da melancia. A gravidade estava fazendo seu trabalho.

"Zen, desculpa. Deveria ter fixado melhor o tapete. Você está bem?"

Pedi desculpas a Zen, segurando meu estômago e minha risada ao mesmo tempo. Zen, que ainda estava vendado, olhou na direção do meu estômago e deu uma risadinha constrangida.

"Estou bem! Acho que exagerei na força."

Mas, como Zen não parecia estar com dor pelo impacto, acho que não houve ferimentos. Que ótimo. Mas a culpa foi minha por não fixar bem o tapete.

"Vou curar só para garantir. 《治癒》.[1]"

Apliquei uma magia de cura no estômago de Zen. E, ao mesmo tempo, recuperei a melancia que tinha sido espatifada. Vendo aquilo, Zen tinha uma expressão estranha no rosto.

"Usar essa magia de cura lendária assim…"

Em uma melancia. Sem contar que foi só por diversão. Eu sabia que ele estava pensando nisso, mas por favor, desperdiçar comida é um grande não. Um grão de arroz sustenta sete deuses.

Ah, mas neste mundo não há tantos deuses assim. Apenas um. Aquele vovô. Queria saber se ele já raspou a barba.

"Então é isso! Eu vou na sua vez como desculpa!"

Retirando a venda de Zen, coloquei a minha. E fui girado pelos dois.

Sim.

Deve ter girado Zen demais na primeira vez. Porque eu fiquei girando bastante. Mas eu, que possuo [trapacear], isso pra mim não era nada. Logo me recuperei.

Que pena! Sou realmente bom em espatifar melancias!

Huh? Como eu sei disso, se nunca joguei esse jogo com ninguém antes? Não pergunte! Você já sabia, não já…

"A melancia... está aqui!"

Apontando com o bastão.

"Uaaah!! Você é incrível!!"

Seres vivos em jogos ou mangás costumam ter uma [presença], mas aqui, [presença] significa usar som ou o vento para sentir o que está ao redor.

Em outras palavras, o sexto sentido.

Usando a reverberação do som, eu podia determinar para onde alguém estava indo ao se mover.

Mas uma melancia não tem presença.

Exatamente.

Porque ela não consegue se mover.

Se ela se mexesse, teria que estar possuída.

Então por que estou pensando nisso? Sou um idiota, peço desculpas. Achei que podia sentir [presença] já que estava vendado, só pra ver se percebia alguma coisa.

"Hmmm…."

Então, como é que eu percebo coisas que não se movem? Existem coisas chamadas [mana] neste mundo. Tudo neste mundo possui mana, que é como eu percebo as coisas.

Normalmente, a mana emitida por plantas era tão fraca que mal dava pra sentir. Mas, eu tenho minha [trapacear].

Porém, como é um jogo, não seria justo. Então, vou parar de sentir. Apesar disso, também posso produzir som e tentar usá-lo para determinar onde está a melancia… Nah.

A parte divertida deste jogo é ser guiado pelos amigos enquanto jogam juntos, e não propriamente espatifar a melancia.

Assim, me preparei e esperei pelas instruções de ambos.

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