No Game No Life

Volume 3 - Capítulo 6

No Game No Life

“Ha-tchim!”

“Ora, Chlammy, que doce o som do seu espirro. Será que alguém está falando de você?”

“...Você realmente precisa interpretar tanto assim um simples espirro?”

—Nos arredores da capital de Elven Gard. Tendo concluído sua rodada de relatórios sem problemas, Fi havia retornado. E Chlammy estalou os dedos diante dos olhos de Fi. O que Sora havia construído no pacto—o relato fraudulento sobre o jogo. E—o sinal de cancelamento.

“...Minha nossa. Veja só, fui efetivamente forçada a relatar falsamente as regras para que Elven Gard perdesse.”

Com um leve sorriso, Chlammy começou a caminhar. Fi a seguia logo atrás.

“Fi, você previu até onde isso chegaria?”

“Hee-hee. Para minha frustração, não consegui chegar tão longe.”

Ela havia previsto até Sora usar Elven Gard para cercar a União Oriental, mas—

“Isso deve ser o que chamam de ser completamente utilizado… Veja só, fui explorada até as profundezas do meu potencial…”

Tudo o que poderia ser aproveitado fora extraído de Fi e Chlammy, de uma forma que era de alguma maneira revigorante. Considerando isso, Chlammy caminhava em silêncio. Tendo tocado completamente as memórias e a consciência de Sora, Chlammy—como Shiro e como a Donzela do Santuário—era uma das poucas pessoas no mundo que compreendiam totalmente o plano de Sora, seu método imaginado para vencer o jogo. No mapa dessa estratégia—seu próprio nome estava gravado com clareza.

—Anotado com uma breve e absurda descrição de sua missão. Mas mesmo diante de tal tarefa, Chlammy não demonstrava desespero ou inquietação. Com todas essas memórias agora filtradas pelo confronto com a União Oriental, havia uma coisa que Chlammy recordava. Nos torneios para decidir o monarca de Elkia—suas palavras enquanto ele segurava seu queixo e a encarava fixamente.

*—Não subestime os humanos dessa forma.*

Tendo testemunhado o potencial dos humanos diante de seus próprios olhos, ela havia falado sobre os limites dos Immanities. Ela riu de si mesma.

—Ela—também era uma Immanity.

“Não é impressão minha, é…? Ora, Chlammy, você mudou um pouco.”

“Talvez seja a influência das memórias daquele homem. Você se opõe?”

“Hmmm, só lamento não poder mais ver a Chlammy chorona.”

“Quantas vezes eu tenho que dizer que não choro?!”

Mas então Fi a advertiu seriamente.

“Mas, Chlammy? Mesmo que você tente ser como aquele homem—Sora—”

“Eu sei. Não tenho a base da confiança dele—Shiro.”

Sim, mesmo Sora, que podia realizar tais façanhas. Sem Shiro, sua absoluta, ele não conseguia nem mesmo manter confiança em si próprio.

“Mas eu tenho você, Fi. Encontrarei meu próprio caminho.”

Um caminho para os fracos, como fracos, derrubarem os fortes. Um caminho para ela mesma, como ela mesma, superar seus próprios limites.

—Um jeito de voar sem saber voar—ela encontraria. Um pouco mais humilde, Chlammy virou-se novamente para Fi.

“...Você vai me ajudar?”

“Ora, mas é claaro que sim. Por você, Chlammy, eu enfrentaria o mundo inteiro.”

Fi segurando a mão de Chlammy e sorrindo como o sol. Chlammy acenando suavemente com a cabeça e voltando a caminhar.

“Nesse caso… vamos, Fi.”

“Claro, certamente!”

*Hff*, Chlammy suspirou discretamente.

“Minar Elven Gard por dentro—ele faz parecer fácil, não é?”

Ela encarava a grandiosa missão que Sora havia lhe atribuído, mas nenhuma inquietação permanecia em seu rosto. Seus passos, enquanto avançavam, seguravam apenas um propósito deliberado.

“Muito bem, por que não faço isso para ele? Só espere—Sora.”

Seu rosto enquanto continuava em frente tinha a expressão de uma competidora.

Um caminho para os humanos—como humanos—superarem a humanidade, superarem os Ixseed—até mesmo superarem o Deus. Isso era o que as duas buscavam enquanto avançavam. Um meio de Chlammy e Fi criarem suas próprias asas, de seu próprio design. As duas sombras dirigiam-se além do horizonte—mas primeiro—

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