Circle of Inevitability

Capítulo 1126

Circle of Inevitability

Quando Naboredisley partiu, Franca desceu do segundo andar e imediatamente perguntou a Lumian: — O que Ele queria de você?

— Autopreservação, — Lumian respondeu sucintamente.

Os pensamentos de Franca disparavam enquanto ela especulava em voz alta: — Você não está conectado nem ao Abismo nem ao Caminho do Acorrentado. Como Ele poderia usar você para se salvar?

— Aproveitando meu ato secreto com os poderes máximos dos caminhos da Calamidade, — respondeu Lumian, com a cabeça central em seus ombros sorrindo. — Não peça detalhes.

— Eu entendo. Eu ainda não sou um anjo, — Franca brincou, em tom de brincadeira.

Olhando para Lumian, ela murmurou: — Honestamente, eu realmente tenho que esperar pelo confronto final para ter a oportunidade de completar o ritual e avançar como uma Demônia da Catástrofe? Nenhuma alternativa enquanto isso?

Lumian refletiu seriamente antes de responder. — O ritual de avanço consiste em ‘criar um desastre que afete um continente inteiro como participante e avançar em meio a ele’. A palavra ‘participante’ significa que você não precisa ser o instigador… contribuir para uma pequena parte do desastre é suficiente. ‘Afetar um continente inteiro’ é uma descrição vaga. Os continentes variam em tamanho, população e importância. Que tipo de continente atenderia aos requisitos?

— Meu entendimento pessoal é que isso equivale a ‘um desastre com impacto de longo alcance, envolvendo centenas de cidades ou assentamentos e causando danos significativos. Dessa perspectiva, há um desastre iminente que se enquadra nos critérios.

Os olhos de Franca brilharam. — Que desastre?

Ela imediatamente perguntou: — Isso tem relação com seus planos contra a Demônia Primordial?

Lumian assentiu. — Sim. Estamos prestes a causar um desastre na Seita das Demônias. Isso acontecerá fora das zonas protegidas. Se eu tiver sucesso, isso inevitavelmente envolverá a queda da Demônia Primordial. Como vocês viram, a queda do Eterno Sol Ardente teve repercussões globais. Muitos a testemunharam em primeira mão. Mesmo agora, não há sol no Mundo das Ruínas; as forças de renascimento da Grande Mãe mantêm o ciclo da natureza. Referindo-se a esse exemplo, se a Demônia Primordial perecer, é altamente provável que isso desencadeie um desastre que afete o mundo inteiro, o que atenderia aos requisitos do ritual.

— Afinal, as zonas protegidas têm o poder de duas existências para bloquear o desastre. O Continente Ocidental está isolado pelo Digno Celestial, e os seres vivos ainda ativos no Mundo das Ruínas são seguidores da Mãe ou párias, como cultistas e membros de alto escalão da Seita das Demônias. É justo que sofram.

— Hmm, minha luta contra a Demônia de Preto e outras bruxas de nível Santo me qualifica como participante, — concordou Franca, e então acrescentou, em tom de autodepreciação: — Alguns anos atrás, quando me tornei uma Bruxa, nunca imaginei que meu ritual de avanço envolveria a queda da Demônia Primordial…

Quando ela tinha acabado de se tornar uma Bruxa — ou mesmo quando ela se tornou Imperecível — ela não teria ousado pensar tão longe.

Lumian continuou: — Vamos visitar a Sra. Eremita.

O mar azul profundo se estendia enquanto a lua carmesim substituía o sol poente, trazendo escuridão em seu rastro. Futuro, o navio almirante da Rainha das Estrelas, Cattleya, navegava silenciosamente sobre as ondas, como se estivesse dormindo.

Quando as figuras de Lumian e Franca surgiram no convés, um marinheiro se aproximou com um sorriso brilhante, dizendo: — A capitã me pediu para levá-los aos aposentos dela.

— Ela previu nossa chegada? — Franca perguntou surpresa, olhando para a máscara dourada escura na cabeça, sobre o ombro esquerdo de Lumian.

“Não foi dito que os verdadeiros deuses e a maioria das grandes existências não poderiam prever as ações desta cabeça?”

O marinheiro, ainda sorrindo, respondeu à pergunta de Franca.

— A capitã previu sua chegada.

“Tudo bem, isso é por minha conta…” Franca murmurou para si mesma.

Só então ela notou algo peculiar no marinheiro: um enorme cogumelo vermelho e branco cresceu em sua cabeça, grande o suficiente para servir de guarda-chuva. As raízes do cogumelo pareciam perfurar seu couro cabeludo e crânio, enquanto dois apêndices semelhantes a tentáculos pendiam do cogumelo, repousando sobre os ombros do marinheiro.

De repente, um nome passou pela mente de Franca: Li Keji! Não, no mundo exterior, ele era respeitosamente conhecido como o Grande Druida Frank Lee!

— Esse é o tipo mais recente de cogumelo? — perguntou Lumian, apontando para a cabeça do marinheiro enquanto o seguiam em direção às cabines.

O marinheiro sorriu radiante. — Sim, seus tentáculos podem extrair umidade do ar e transformá-la em leite. Ele pode até pescar continuamente para fornecer proteína. Ele está em simbiose comigo agora, suplementando meu corpo conforme necessário.

Enquanto ele falava, o chapéu e o caule do cogumelo estenderam suas gavinhas para o ar. Ao mesmo tempo, o marinheiro agarrou um dos tentáculos pendurados em seu ombro e o colocou na boca, chupando com entusiasmo.

O leite escorria pelo canto da boca, sendo reabsorvido pelos tentáculos.

— Viu? Assim, nunca mais vou ficar com sede. Não importa onde eu esteja, nunca mais vou ficar com sede! Haha, nunca mais vou ficar com sede! — O marinheiro riu animadamente.

“Droga, ele foi corrompido por Frank Lee ou foi silenciado pela Grande Mãe?” Franca de repente começou a entender por que Bella, que cuidava do irmão de Jenna, tinha tanto medo de ser enviada de volta para o Futuro.

Seguindo o marinheiro, eles entraram na cabine. Ao passarem pela escada para os andares inferiores, ele subitamente baixou a voz e falou em um tom reservado e temeroso: — Nunca desça aí.

Franca assentiu rapidamente, seguindo o conselho dele sem questionar. Quando chegaram aos aposentos da capitã, o marinheiro bateu, esperou pela permissão e então abriu a porta, gesticulando para que entrassem.

Lumian e Franca entraram lado a lado. De pé junto à janela, vestida com um manto negro de feiticeiro e usando óculos grossos, a Madame Eremita Cattleya os cumprimentou com um sorriso gentil e um aceno de cabeça: — Boa noite, Sr. Carruagem, Sra. Dois de Copas.

— Boa noite, Madame Eremita, — responderam Lumian e Franca educadamente.

Franca olhou para a porta agora fechada dos aposentos da capitã e perguntou hesitante.

— Madame, a senhora não deveria falar sobre os experimentos com cogumelos que estão sendo conduzidos em membros da tripulação? Aquele marinheiro não era um criminoso nem um prisioneiro de guerra… ele era um marinheiro legítimo.

A Eremita Cattleya fez uma pausa antes de explicar: — Na realidade, não é bem assim. O que você viu foi uma ilusão.

— Uma ilusão? — Franca perguntou surpresa.

— Na zona protegida, certas ideias selvagens e desenfreadas podem influenciar os que estão por perto, criando anormalidades superficiais. Na verdade, aquele marinheiro não tem um cogumelo crescendo na cabeça, — explicou a Sra. Eremita antes de acrescentar. — Mesmo com criminosos e prisioneiros de guerra, a menos que estejam além da redenção, não deixo Frank fazer experimentos com eles. No máximo, eles são obrigados a observar seus experimentos periodicamente.

“Muito bem!” Franca queria aplaudir a Madame Eremita.

Entendendo a natureza das zonas protegidas, ela achou fácil entender a explicação da Sra. Eremita.

Com um sorriso, Lumian disse: — Madame, gostaria que a senhora usasse o rosto de Cheek no meu ombro esquerdo para adivinhar o paradeiro dela.

— Tudo bem. — A Sra. Eremita não perguntou mais nada e tirou seus óculos pesados. Ela já era uma Sequência 2: Sábia.

Nos primeiros meses após o estabelecimento das zonas protegidas, ocorreram desastres frequentes envolvendo poderes de alto nível. Semideuses se esforçavam ao máximo para lidar com eles. A maioria foi resolvida por Amon, enquanto outros foram contidos por Arcanjos e Anjos, ou adiados até a chegada de reforços.

Essas condições deram à Cattleya a oportunidade de completar seu ritual. Ela não ficou particularmente feliz com isso. Ela preferiria que não houvesse tal oportunidade para que a humanidade continuasse vivendo uma vida normal fora das zonas protegidas.

O olhar da Eremita Cattleya se voltou para a cabeça no ombro esquerdo de Lumian, mas ela não ousou se demorar no rosto adornado com a máscara de ouro escuro. A cabeça no ombro esquerdo de Lumian virou-se para a Eremita Cattleya, irradiando um brilho maternal. O rosto belo e delicado de Cheek irradiava expectativa.

Os olhos roxos profundos e quase negros da Cattleya eremita tornaram-se abissais, desfocados. Imagens fracas brilhavam dentro dos rios cor de mercúrio, aparecendo e desaparecendo. Ela inclinou a cabeça abruptamente para trás enquanto o sangue escorria pelos cantos dos olhos.

Num tom distante e indiferente, ela disse: — Vejo você lutando contra Cheek na floresta tropical primitiva do Continente Sul.

— Obrigado — disse Lumian sinceramente.

Ele então disse: — Gostaria também que você contatasse a Rainha Misteriosa. Gostaria que ela fizesse uma adivinhação também.

— Tudo bem, — concordou a Eremita Cattleya, limpando o sangue dos olhos. No entanto, perguntou confusa: — Por que você me pediu para adivinhar? Não teria sido suficiente ir diretamente à Rainha?

Lumian riu baixinho.

— Primeiro, pessoas diferentes podem ter visões diferentes durante a adivinhação. Comparando-as, podemos obter informações adicionais. Segundo, isso ajuda a digerir a poção do Sábio. Se a sua adivinhação levar à queda de um deus maligno que representa a Calamidade, isso não personificaria perfeitamente a essência de um Sábio?

A Sra. Eremita permaneceu em silêncio por alguns segundos antes de responder: — Entrarei em contato com a Rainha em breve para combinar um horário e local e depois o informarei.

— Tudo bem, obrigado. — Lumian e Franca desapareceram dos aposentos da capitã.

Depois de vê-los partir, a Eremita Cattleya não recolocou imediatamente os óculos pesados. Em vez disso, olhou para o convés.

Gradualmente, o convés, a cabine e todo o navio tornaram-se ilusórios em sua visão, desaparecendo rapidamente. A água do mar ao redor, de um azul profundo e quase preto, também perdeu a cor, revelando uma aparência turva. Em meio à escuridão, dezenas de milhares de figuras humanas sobrepostas formavam uma esfera enorme. Entre elas estavam o marinheiro de antes e a própria Cattleya, todos de olhos fechados.

Muitas esferas humanas semelhantes flutuavam densamente nas profundezas da escuridão.