Sobrevivendo no Jogo como um Bárbaro

Capítulo 20

Sobrevivendo no Jogo como um Bárbaro


『 Tradutor: MrRody 』


— Bom trabalho. Você pode ir agora.

— Tchau-tchau!

Erwen não discutiu e rapidamente se preparou para sair. Parecia que o meio dia que eu tinha passado estudando suas habilidades tinha cobrado seu preço…

— Eu voltarei!

“Você vai voltar? Ah, eu esqueci de mencionar.”

— Você não precisa mais arranjar tempo para vir até aqui.

— Ehhh?

“Por que está surpresa? Isso é normal. Você não é mais minha companheira de equipe.”

— Você vai precisar de algum tempo para se acostumar com sua nova habilidade. Seria melhor usar seu tempo antes que o labirinto abra novamente de forma mais produtiva.

Estritamente falando, esse conselho também se aplicava a mim.

Ontem, estabeleci um novo objetivo para mim mesmo: me tornar um aventureiro de classe média e alcançar o oitavo andar.

Portanto, havia muito trabalho a ser feito daqui para frente. Primeiro, eu tinha que usar três milhões de pedras para desenvolver minhas habilidades. Se possível, também queria receber treinamento de combate profissional. Ainda não havia sido capaz de usar totalmente as habilidades deste corpo monstruoso. Além disso, precisava adquirir conhecimentos e senso comum comuns deste mundo lendo mais livros e passando tempo explorando a cidade o máximo possível para me ajustar aos preços e cultura da cidade.

Em resumo, não tinha nada a ver ficar de bobeira com Erwen.

— Sim! É v-verdade.

— Você disse que tem uma irmãa mais nova. Você deveria passar tempo com ela, já que estará de volta ao labirinto em três semanas.

— Certo…

Erwen assentiu com uma expressão sombria no rosto.

Será que é porque eu fui o primeiro aliado dela?

Ela parecia ter algumas fantasias estranhas sobre mim. Para ser honesto, eu meio que podia adivinhar que tipo de fantasias eram essas. Mas as relações puramente comerciais duravam mais.

— Planejo ficar aqui até então, então se algo der errado, não hesite em me procurar aqui. Vou ajudar o máximo que puder.

— S-Sério?

— Não somos camaradas?

— Hehe, somos! Ok!

Assim que soltei esse comentário extra, Erwen saiu com uma expressão satisfeita no rosto. Ela ainda era fácil de lidar.

Como as coisas haviam se desdobrado dessa maneira, decidi manter essa amizade com Erwen em andamento. Isso também era uma forma de networking. Eu podia não ter laços de sangue aqui, mas relacionamentos com locais poderiam ser adquiridos.

Talvez eles fossem úteis um dia.

— …Isso me faz um oportunista social?

Bem, que assim seja. Este não era o momento para ser exigente. Depois de um rápido banho, fui direto para a biblioteca novamente. Li livros por cerca de cinco ou seis horas, depois que a preguiçosa bibliotecária que vi no dia anterior lançou sua magia sobre mim.

“Tem um restaurante aqui que vende ensopado de carne?

Estava um pouco tarde, mas para o almoço, segui para um restaurante de aspecto barato e cuidei do almoço com um ensopado espesso e algumas fatias de pão. O preço era de 450 pedras. Pareceu-me que seria mais econômico fazer as refeições de volta à estalagem.

— É Bjorn, filho de Yandel, o Maior Guerreiro!

Depois de comer, visitei a Estalagem dos Rinocerontes Irritados, onde Ainar estava hospedada. Surpreendentemente, estava cheio de bárbaros.

— Você está aqui para ficar nesta estalagem também? Boa ideia, cara! É só 300 pedras por dia!

O quê, 300 pedras?

Surpreso pelo preço incrível, dei uma olhada e descobri que definitivamente havia uma razão para esse número. Assim que você entrava em um dos quartos, que tinha cinco camas estreitas, o forte cheiro de suor que estava amadurecendo há vários dias enchia seu nariz.

— Cinco pessoas compartilham um quarto?

— Não! Dez guerreiros estão ficando juntos!

— …Mas só há cinco camas?

— Nós definimos um horário e nos revezamos para dormir!

Então não era que fosse barato, era apenas que várias pessoas estavam pagando por isso. Embora esses caras tivessem ganhado no máximo trinta a quarenta mil pedras, então provavelmente não tinham escolha.

— Mas o que te traz aqui?

— Estou procurando pela terceira filha de Fenelin, Ainar.

— A segunda filha de Fenelin, Ainar, partiu de manhã!

Certo. Segunda filha. Não deveria ter mudado no último minuto.

De qualquer forma, depois de esperar cerca de uma hora, Ainar retornou.

— Bjorn, filho de Yandel? Aconteceu alguma coisa?

Como uma bárbara ela mesma, ela foi direto ao ponto.

— Eu quero lutar com você.

— Você está falando de uma partida?

— Sim.

O que eu precisava no momento era treinamento. No labirinto, eu tinha realizado mais do que qualquer outro bárbaro, mas em termos de habilidade de combate pura, eu não estava à altura deles.

— Que estranho.

Ainar inclinou a cabeça confusa, embora eu não achasse que fosse porque era um pedido difícil de cumprir…

— Se é assim, por que não vamos para o quintal em vez de me pedir? — ela disse.

“Quintal?”

Logo, Ainar me levou para fora pela porta dos fundos da estalagem. Cerca de quinze bárbaros já estavam reunidos lá, suando enquanto lançavam punhos e rolavam juntos no chão… até mesmo derramando um pouco de sangue.

— Ha ha ha ha! Seu soco agora foi bem forte!

— O seu também foi!

Não é de se admirar que tenha sido tão barulhento o tempo todo. Enquanto os elfos apenas conversavam sobre as vozes dos espíritos, esta era a vida diária dos bárbaros. Enquanto eu observava os bárbaros mostrando grandes sorrisos e lutando tão ferozmente como se estivessem enfrentando inimigos de longa data, Ainar perguntou: — Há alguma razão pela qual você tem que me enfrentar?

Na verdade, não havia. Eu apenas pensei que Ainar atenderia meu pedido. Mas pareceria estranho se eu dissesse não aqui.

— Porque você é a única que usa uma espada.

— Você quer aprender a lutar contra um espadachim?

— Sim.

— Se é essa a razão, tudo bem. Eu tenho que aprender o alfabeto de manhã, então venha por volta desse horário e eu vou enfrentá-lo o quanto você quiser.

Em outras palavras, a agenda dela estava livre após as cinco horas. Daqui para frente, eu viria aqui todos os dias.

— Você quer começar hoje?

— Claro.

Esperei um pouco enquanto Ainar voltava para o quarto e voltava com sua espada.

— Ainar e Bjorn vão se enfrentar!

Os outros bárbaros pararam de lutar e vieram assistir.

Eu tinha vindo aqui para aprender, mas não tinha intenção de ser completamente derrotado, então peguei meu escudo e me preparei. No entanto, o resultado final foi…

— Então, aqui vou eu!

Ela me espancou completamente. Demorou talvez três minutos para eu largar o escudo depois de apanhar muito.

Ainar lutou muito bem. Ainda assim, foi uma boa experiência de muitas maneiras.

— Bjorn, filho de Yandel, não era o maior guerreiro de todos os tempos!

— Agora Ainar é a maior guerreira de todos os tempos!”

— Ahhh!

Exceto por esses bastardos.


Quantos outros golpes eu tinha levado desde então? Logo o céu escureceu.

— Você quer continuar? Gostaria de fazer uma pausa em breve.

— Não. A partida de hoje termina aqui.

Os outros bárbaros já tinham saído do quintal. Depois de muita deliberação, tomei uma decisão.

— Ainar.

— O que foi?

Ainar, que estava caminhando em direção ao prédio, parou e se alongou.

— Você está planejando entrar no labirinto sozinha na próxima vez também?

— Sim. Não tenho dinheiro suficiente para formar um grupo. Se possível, quero tentar o segundo andar desta vez.

Mais uma vez, percebi o quão hardcore esses bárbaros eram.

Uma bússola e uma tocha. Com apenas essas duas coisas, eles poderiam avançar para o segundo andar. Mas para ganhar dinheiro suficiente para comprar consumíveis durante a primeira expedição e ir direto para o próximo andar com esse dinheiro…

— Não seria difícil sozinha?

— Não tenho escolha.

Sem escolha, hein…

Talvez essa seja a razão pela qual o andar inferior é habitado apenas por humanos. Raças de outros mundos, cujos impostos eram várias vezes mais altos do que os dos humanos, não podiam pagar seus impostos anuais simplesmente operando nos primeiros e segundos andares. Isso ficou claro para mim através dos meus colegas bárbaros. O cara que mais ganhou entre eles ganhou um pouco mais de vinte mil pedras.

— Se eu tiver sorte, talvez até consiga encontrar outros bárbaros no primeiro andar e formar um grupo.

— Entendi.

— Então, o que você queria dizer?

Enquanto meu ponto se alongava, Ainar foi direto ao assunto.

Então, como um bárbaro, eu disse diretamente: — Ainar, você gostaria de ser minha companheira?

— Companheira?

— Eu vou arcar com o custo de montar o grupo.

Eu tinha sentido isso depois de enfrentá-la algumas vezes hoje. Ainar era forte. Com base no que os outros haviam dito, parecia que ela estava no topo da classe entre os bárbaros. E, além de tudo isso, ela era bastante inteligente.

— Obrigada pela oferta, mas por quê?

Bem, você precisava de um companheiro de equipe. Era difícil procurar um acompanhante toda noite, e ter um parceiro aumentava seus lucros.

Além disso, Ainar não era apenas poderosa em combate, mas também vinha com a vantagem de eu não ter que me preocupar com traição devido à natureza dos bárbaros. Nossas classes se sobrepõem, mas… desde que Erwen se foi, Ainar era a melhor opção que eu tinha.

Claro, não havia necessidade de uma explicação longa.

— Eu só quero.

— Entendo. — Ainar assentiu e imediatamente tomou uma decisão. — Tudo bem. Entrar no labirinto com um guerreiro inteligente como você é o que todos os guerreiros desejam.

Essa foi uma resposta muito mais positiva do que eu esperava. Será que eu poderia ser um pouco mais ganancioso?

— No entanto, há uma condição.

— Qual é?

— Eu fico com oitenta por cento.

Ainar franziu o cenho com meu abuso de poder.

“Será que a ofendi?”

Abri minha boca novamente e continuei a explicar.

— Eu pagarei o custo de formar o grupo. E prometo, mesmo com essa proporção, você ganhará muito mais dinheiro do que se fosse para o labirinto sozinha. Além disso, pagarei por todos os outros suprimentos…

— Pare, não precisa de mais explicações. Mesmo se você explicar, eu não vou entender. Então, me pague como quiser. Eu confio em você.

— Entendo.

Não tive escolha senão admitir que tinha subestimado os bárbaros.

— Ficarei em dívida com você, Bjorn, filho de Yandel.

Logo depois, Ainar veio até mim e me deu um tapa forte nas costas. Era forte demais para ser considerado um gesto de boa vontade pela maioria das pessoas normais, mas…

Bem, era melhor eu me acostumar com isso rapidamente.

— Farei o meu melhor.

Agora eu tinha uma aliada bárbara confiável.


No dia seguinte, visitei a terra sagrada com Ainar.

A terra sagrada era uma espécie de creche comunitária. Os bárbaros que saíam para a cidade enviavam seus filhos para cá. Como tinham que ser guerreiros até o dia em que morressem, não tinham a capacidade de criar filhos. E uma vez que esses bárbaros crescessem e partissem para a cidade como adultos, o ciclo se repetia. No entanto, isso não era algo com que eu precisasse me preocupar agora.

— Bjorn, filho de Yandel.

Ao chegarmos, o chefe veio nos cumprimentar.

Merda, era por isso que eu queria evitar vir aqui o máximo possível…

— É raro um guerreiro que saiu do ninho vir nos visitar. Você veio aprender a ler como Ainar, segunda filha de Fenelin?

Acalmando meu coração acelerado, balancei a cabeça.

— Não, Chefe, o motivo de eu vir à terra sagrada é outro.

— Um motivo diferente.

O chefe me olhou com curiosidade nos olhos.

“Não fique nervoso.”

Não tinha eu aprendido coisas como como os bárbaros falavam e que títulos usavam com Ainar logo ante? “Só não cometa nenhum erro.”

— Diga-me por que veio.

Respirei fundo e disse calmamente: — Quero marcar uma alma.

Raças diferentes tinham características diferentes. Por exemplo, os elfos faziam acordos com espíritos, e os anões lidavam com artefatos.

Da mesma forma, os bárbaros tinham a 【Impressão da Alma】.

Era uma forma de ganhar poder que não podia ser usada no início do jogo porque exigia muito dinheiro… Mas, felizmente, agora eu tinha uma montanha de um milhão de pedras. Então, após muita reflexão, eu tinha chegado a uma decisão.

Embora ainda fosse aterrorizante estar na frente desse maldito chefe…

— Para ser mais preciso, quero receber a 【Marca da Imortalidade】.

Não havia dúvidas. Essa era a melhor maneira de gastar meu dinheiro.