O Ponto de Vista do Vilão

Capítulo 367

O Ponto de Vista do Vilão

Ao liberar uma onda destrutiva, ele cortou tanto o palhaço quanto o gigante sentinela ao meio, tudo enquanto continuava sua destruição e rugia..

"Apareçam e enfrentem-me! Simon Manus!!!"

Ele continuava a gritar seu nome.

Os alto-falantes crepitaram e voltaram à vida.

"Haha? Quem diria que nossa querida Frey Starlight realmente me conhece... Estou realmente impressionado."

Cutilar!!

Forçado a lutar contra o ataque implacável dos soldados marionete, Frey não tinha escolha senão mantê-los à distância—pelo menos até Clana conseguir fugir da cidade.

"Chega de papo furado e encare logo, magrelo!"

"E por que eu faria isso, pequeno diabo?"

Algo estranho aconteceu..

O gigante sentinel mecânico ergueu-se novamente, e o corpo amputado do palhaço gordinho começou a se recompor.

"Preparei muitos presentes para você. Não preciso aparecer para estragar a diversão."

Esse palhaço marionete, em particular, era absurdamente forte. Sua barriga se abriu ao meio, formando uma boca gigante, tentando engolir Frey inteiro.

Mas ele desviou do ataque com facilidade.

"Desgraçado do Zombozo..."

Usando ainda mais aura e liberando seu poder ao máximo...

Frey começou a romper os marionetes de forma mais rápida e brutal, exibindo uma força destrutiva assustadora.

Balerion e Dark Sister—ambas as espadas estavam banhadas em sangue azul e vermelho enquanto Frey exalava calor fervente a cada destruição.

No meio do caos louco.

Os olhos de Frey se arregalaram ao ver algo estranho acontecendo na batalha...

Ele os via claramente.

Algumas marionetes ainda vivas estavam reunidas em triste silêncio ao redor das já destruídas...

Marionetes de crianças, homens, mulheres, idosos...

De todos os tipos.

E Frey já tinha percebido a verdade.

Seus dentes cerraram-se enquanto continuava a massacrá-las.

Então, sem aviso...

Frey congelou no lugar quando uma onda avassaladora de pressão de aura o atingiu, forçando-o a se virar imediatamente.

"Nível SS?!!"

Enquanto seu foco mudava...

Ele viu.

Uma única marionete de pé sobre um dos edifícios enormes...

Uma marionete negra com olhos vermelhos que brilhavam e longos cabelos pretos, segurando duas katanas vermelhas.

"Frey Starlight. Assim como seu pai, Abraham Starlight... você é realmente extraordinário."

Simon Manus voltou a falar pelos alto-falantes, com uma expectativa carregada na voz.

"Seu pai causou muitos desastres neste território no passado distante... e essa é uma de suas muitas vítimas, retornando para buscar vingança!!"

O rosto de Frey ficou sério enquanto liberava todo seu poder.

"Forma de Sangue."

Pronto para a batalha, ele encarou a marionete que agora pulava em sua direção—

Enquanto Simon Manus continuava, recusando-se a ficar em silêncio.

"Deixa eu te apresentar o antigo Senhor dos Ultras—o homem que seu pai matou! Val!"

Um dos antigos Senhores, morto há muito tempo por Abraham Starlight, havia retornado...

Agora reencarnado como uma marionete enfurecida, sedenta de vingança.

Val, ao ver Abraham em Frey, lançou toda sua força desde o começo. Seus espadas colidiram com força violenta enquanto a batalha verdadeira começava.

"Abraham Starlight pode estar morto... então é natural que o filho pague o preço, não é? Kikiki..."

Entre as risadas distorcidas de Simon Manus e o exército de marionetes agora cercando Frey—lideradas por uma marionete de vengeance de nível SS—

O caos mais uma vez tomou conta da Cidade Marionete.

...

...

...

– A Festa do Chá –

No seu magnífico jardim...

Beatrice estava sozinha desta vez, tomando seu chá e apreciando profundamente a apresentação que se desenrolava diante dela.

"Simon Manus... você sempre foi um velho desequilibrado."

Na sua frente, uma tela exibia tudo o que acontecia na Cidade Marionete, na máxima resolução possível.

"Você diz que não segue demônios, mas sim outra raça... então qual é a diferença entre nós? Hehehehe."

Ela riu, lembrando-se dos hobbies tortuosos de Simon.

Diferente dela, que fabricava seu próprio homúnculo...

Os marionetes de Simon eram algo completamente diferente.

Usando uma substância azul estranha que ele havia obtido das próprias entidades que alegava venerar—

De alguma forma, Simon havia transformado humanos vivos em marionetes que se pareciam com máquinas, transformando-os em suas “obras de arte” que tanto elogiava.

Arrancando deles a humanidade, fazendo seus corpos de aço...

Simon Manus criava monstros elegantes moldados como bonecas.

"Nós, demônios, demos nosso sangue aos humanos. Mas vocês... os envenenaram com suas toxinas estranhas. Então me diga—qual é a diferença entre nós?"

Enquanto desfrutava do espetáculo...

Beatrice observava a batalha de Frey Starlight contra o antigo Senhor, agora transformado em marionete por Simon—junto com toda a população da cidade.

Todos aqueles marionetes que Frey havia massacrado até agora...

Eles já tinham sido pessoas de verdade.

Pessoas que viveram vidas como a dele.

E ele soube disso desde o começo.

Mesmo assim—não hesitou em destruí-las, oferecendo alguma forma de libertação.

Ele era incrivelmente forte...

Mas ainda assim, era apenas um homem.

"Ainda falta quanto tempo, Frey Starlight? Especialmente com alguém pesando sobre você? Hehehe."

Por pedido de Simon...

Beatrice havia levado Frey até a Cidade Marionete, fazendo de Simon mais uma peça em seu grande jogo—

Uma jogada que deu origem ao caos que se desenrola agora.

"Não falta muito para chegarmos à fase final do jogo, então espero que me presenteie com um bom espetáculo... Simon Manus e Frey Starlight."

...

...

...

Enquanto Frey Starlight lutava por sua vida longe dali—

O resto da elite permanecia escondido entre os Ultras, esperando seu retorno.

Passaram-se três dias.

Phoenix Sunlight tinha saído várias vezes durante esses dias, na esperança de encontrar Frey, caso ele se aproximasse.

Mas ele nunca apareceu.

A maior parte da elite mostrava disposição para esperar—

Porém, quanto mais Frey atrasava, mais outros começavam a pensar em partir.

"Por que Frey Starlight está ficando tanto tempo?!"

Daemon Valerion amaldiçoou, já sem paciência...

Circulando entre os demais, todos tinham seus limites.

Comida tinha acabado, e as únicas coisas que os mantinham vivos eram aura e a água que Seris continuava a criar para eles.

Apesar de já terem descoberto a rota de volta para casa, a decisão de esperar sob condições tão adversas tinha criado uma atmosfera tensa.

Figuras como Scarite Sunlight e seu irmão estavam prontos para partir.

Por outro lado, alguns eram claros ao dizer que esperariam por Frey, não importando quanto tempo levasse.

"Não vou sair daqui enquanto Frey não chegar. Quem quiser ir embora, pode ir."

Danzo falou com indiferença, enrolando uma faixa branca em suas mãos inchadas.

Assim como Danzo, Snow, Ghost e Sansa eram os mais determinados a ficar.

Essa divisão crescente começou a fragilizar a elite.

Sansa, que se isolara dos outros, frequentemente se dedicava a controlar suas sombras e o poder que seu corpo agora carregava.

Se pudesse ir até ele—não hesitaria.

Mas, na sua condição atual, só podia esperar.

Enquanto meditava—

Seus olhos negros vagueavam, perdidos em pensamentos...

"Mesmo ele não estando aqui... sinto frequentemente que ele está me observando de algum lugar..."

Não havia prova concreta de que o último sobrevivente fosse Frey.

Mas Sansa tinha certeza de que era ele.

Ela não sabia da habilidade de perspectiva em terceira pessoa que Frey usava ocasionalmente nela...

Mesmo assim, ela podia sentir a presença dele de uma maneira estranha, inexplicável.

E só por isso, ela tinha certeza de que ele estava vivo.

Ela queria dominar seu poder rapidamente, se preparando para o que viria, determinada a esperar até o fim.

Mas tudo mudou—

Quando Selena de repente se levantou, com uma expressão sombria marcada em seu rosto.

"Selena… o que aconteceu?"

Seris, que estava ao seu lado, perguntou.

As palavras dela chamaram a atenção de todos perto, todos olhos fixos em Selena.

Então, com o coração pesado e incapaz de dizer toda a verdade—

A bruxa finalmente falou, entregando uma mensagem que ninguém estava preparado para ouvir.

"A última esperança do último sobrevivente…"

Aquela delicada ponte de esperança que os conectava à única pessoa ainda faltando—

"Desfeita."

Com uma única sentença—

O desespero tomou conta dos corações de alguns, enquanto uma tênue luz de esperança ainda permanecia em outros.