Volume 6 - Capítulo 569

569 Abusando dos cortadores de biscoito da vovó Lin

Depois de várias tentativas frustradas de escapar, ele subitamente invejou Yi Chen. Preferia estar cozinhando naquele momento.

Invejava-o, mas Yi Chen estava realmente tendo dificuldades. A única coisa que ele sabia fazer era esquentar as refeições preparadas por sua mãe e fazer água com mel, café e, às vezes, chá.

Ele nunca passaria fome, pois o robô de limpeza podia preparar uma boa solução nutritiva ou talvez um ovo mexido.

Agora que tinham que fazer tudo do zero, Yi Chen quase chorou.

“... sério, não é tão difícil. Você só precisa cortar em cubos”, disse Yeoh Jun, achando engraçada a dupla pai e filho. Ele era o imperador e até mesmo ele sabia cortar coisas.

“Estou fazendo como você está fazendo, mas não fica igual ao seu”, reclamou Yi Zhen, agora um pouco frustrado. Quem diria quantos pedaços de batata-doce ele já tinha estragado.

“Se quiser, podemos te trocar com a Ming Ming para você arrumar a mesa”, disse o Dr. Kiet, que de alguma forma havia conseguido não estragar o caldo base, por algum milagre. Ming Ming, que passava por ali com uma pilha de tigelas, recusou quase imediatamente.

“Não, obrigado. Gosto do meu trabalho”, disse ela antes de ficar na ponta dos pés verificando os ingredientes cortados. Com um olhar crítico nos olhos, soltou um baixo “Ah”, antes de ir embora.

“O que foi esse ‘Ah’?”, perguntou Yi Zhen, mas Yi Chen apontou para a batata-doce desfigurada, descascada até que todos os seus pedaços carnudos haviam sumido.

.....

“Até eu sei que isso não está certo”, disse ele, e Yeoh Jun não aguentou mais.

“Aqui, tire os talos de madeira e corte, só isso. Eu faço as batatas-doces”, disse Yeoh Jun, e Yi Chen apenas o olhou como se dissesse ‘tem certeza disso?’.

Yi Zhen sentiu que seria muito mais fácil trabalhar com os cogumelos shiitake do que com as batatas-doces, então concordou.

Infelizmente, sua incompetência na cozinha não discriminava nenhum vegetal. Seja raiz, caule, tubérculo ou folha e pecíolo. Todos eram tratados da mesma maneira. Ele tanto queria que pudessem usar um robô de limpeza para tudo isso, mas quem mandou eles ofenderem Lin Ruoxi?

Tudo tinha que ser feito à mão, do zero.

“E se você usar os cortadores de biscoito para fazer formatos fofos nas batatas?”, perguntou Yi Chen, e o Dr. Kiet adorou a ideia.

Por alguma razão, eles acharam isso bastante interessante e divertido, então seguiram em frente. “Podemos tentar na abóbora também”, sugeriu Yeoh Jun, enquanto Yi Zhen abria as gavetas de sua sogra procurando os diversos cortadores de biscoito.

O resultado foi que ele encontrou cortadores de biscoito para todos os tipos de feriados e também com formatos de animais.

Os quatro homens se reuniram, tentando primeiro nas batatas-doces. “É um pouco duro. Você deve pressionar com mais força”, disse Yi Zhen, e Yeoh Jun pressionou o terrível cortador de biscoito de abóbora, que era para o Halloween, na batata-doce.

“Não quebre. Ela vai nos matar”, disse Yi Chen, e com um som de corte abafado, funcionou, e eles comemoraram como se seu time acabasse de fazer um gol.

“Minha vez, quero tentar”, disse Yi Zhen e pegou um cortador de biscoito em forma de tiranossauro rex.

Se a vovó Lin soubesse que sua preciosa coleção de cortadores de biscoito estava sendo abusada, teria corrido atrás desses homens crescidos com um chinelo.

Ming Ming estava parada perto da mesa de jantar enquanto limpava os talheres quando a tia Yi disse a ela: “Querida, vá buscar para nós, tias, um pouco de vinho, por favor”.

Ming Ming suspirou antes de dizer: “Mas tia, estou arrumando a mesa”.

“Nós fazemos isso para você”, disse a tia Lin, sabendo muito bem que não fariam. Infelizmente para elas, elas não sabiam com quem estavam lidando.

“Ok, qual tipo?”, ela perguntou, e a tia Yi respondeu: “Qualquer um que esteja na zona verde. Os da zona vermelha são proibidos, então não toque neles”.

“Ok”, disse Ming Ming antes de jogar o pano de prato limpo nas mãos de sua tia para que ela pudesse polir a prata.

Ming Ming correu tão rápido que você diria que tinha óleo nos pés. Ela tinha medo de que elas mudassem de ideia.

Ela ia enrolar na adega e provavelmente jogar um ou dois jogos, para que, quando voltasse, a mesa de jantar estivesse totalmente posta e pronta para o fondue.

Acontece que essas tias não eram as únicas com sede de vinho. Zi Xingxi e Lin Ruoxi também estavam, então escolheram aquele que estava reclamando muito antes para ir à adega.

Infelizmente, Zi Han estava tão envolvido nesse drama de auto-abuso que levou três pedidos para ele se levantar.

Lin Ruoxi sabia que Zi Han conseguiria encontrar as garrafas que ela estava procurando, mas ele não conseguiria navegar pela adega, então o mandou com Yi Youxi.

Os dois meninos correram para a adega, completamente alheios ao fato de que Ming Ming também estava lá, mas ela não havia ligado as luzes de propósito. Um deles tinha medo do escuro e o outro tinha medo de fantasmas, então só se pode imaginar o que aconteceu naquela adega.

“Luz acesa”, disse Yi Youxi enquanto descia as pequenas escadas, e as luzes acenderam quase imediatamente.

Enquanto caminhavam entre as fileiras de prateleiras e armários de vinho, os dois conversavam tão alegremente que não perceberam a garota baixa espiando pelas prateleiras.

Agora, se ela fosse uma princesinha perfeitamente doce, teria chamado e dito: “Estou aqui”, mas Ming Ming não era esse tipo. Além disso, Yi Youxi a tinha assustado algumas vezes, então era o momento perfeito para se vingar.

Se apenas esses pobres e ingênuos rapazes soubessem o que estava por vir, teriam corrido para salvar suas vidas enquanto ainda podiam.