Capítulo 162
Pai, Eu Não Quero Me Casar
Max suspirou ao ver Juvelian se aproximando.
“Por que você tem que ficar tão linda na frente de tanta gente?”
Há pouco, vários homens estavam visivelmente envergonhados, olhando para Juvelian, que estava escandalosamente encantadora.
“Mas o que realmente me irrita são essas moscas voando ao redor…”
Então, Juvelian encostou a cabeça no ombro de Max. Com aquele toque suave e agradável, Max olhou firmemente para ela.
— Max, vamos para um lugar mais tranquilo! — ela sussurrou com um tom envergonhado.
“Ela é tão fofa.”
Claro, Max não queria continuar exibindo sua adorável namorada.
“Além disso, preciso seguir com o plano de hoje.”
Max lançou um olhar fixo para Fressia e levantou a mão. Logo ele fez um círculo com o polegar e o indicador, e Fressia assentiu com um sorriso.
“Agora posso levar Juvelian para a varanda…”
Quando Max estava prestes a ir até lá, Juvelian falou suavemente, entrelaçando o braço no dele.
— Vamos para o meu quarto.
Era tentador, já que no quarto de Juvelian ele poderia demonstrar seu afeto sem ser incomodado. Porém, o problema era que isso não fazia parte do plano.
— Juvelian, eu…
— Depois de descansarmos um pouco no meu quarto, voltamos para o salão de festas. Pode ser? — disse ela, com um sorriso tão encantador que Max assentiu sem nem perceber.
Enquanto isso, Fressia, que estava coordenando as coisas do lado de fora, parecia séria e dava ordens aos homens ao seu redor.
— Em breve, o senhor e a jovem duquesa Floyen virão para a varanda.
Os homens ficaram tensos e engoliram seco. Afinal, sabiam que o príncipe herdeiro planejava se declarar para a jovem duquesa naquele dia.
— Hoje é um dia importante para o nosso senhor, então nenhum erro será tolerado. Façam tudo de forma impecável.
Todos assentiram em resposta.
— Sim, senhora!
— E como o que vai acontecer é algo pessoal, sugiro que ninguém fique curioso ou tente espiar.
Nesse momento, um dos subordinados perguntou seriamente:
— Quando devemos soltar os fogos de artifício?
— Vamos dispará-los 10 minutos depois que o senhor chegar à varanda. Vou avisar o time das flores, que está esperando no telhado.
— Sim!
Fressia suspirou e olhou determinada para a varanda.
— Espero que tudo saia como o planejado, senhor.
Enquanto isso, no quarto, Juvelian estava confortável sentada no sofá, nos braços de Max. Ele suspirou, ainda abraçando sua cintura.
“Preciso levá-la para a varanda agora…”
Os subordinados já estavam preparados. Se continuassem ali, ele não conseguiria fazer o pedido e voltaria ao salão sem ter feito nada.
— Juvel, você está muito cansada? — Max perguntou cautelosamente.
Juvelian olhou para ele e assentiu.
— Sim, minhas pernas estão doendo, e eu estou exausta.
Max quase entrou em pânico ao ouvir aquilo.
“Sua saúde é frágil, e mesmo assim você dançou tanto…”
Ele rapidamente levantou a saia de Juvelian.
Surpresa, Juvelian olhou para Max com os olhos arregalados, como um coelhinho assustado.
— Ma-Max?
Ela estava um pouco confusa sobre o que ele estava fazendo, mas Max só tinha olhos para a panturrilha levemente inchada dela.
— Por que, por que está fazendo isso?
Max ignorou a pergunta e, segurando a perna dela, disse:
— Espere, vou te fazer uma massagem.
Então, os dedos longos de Max começaram a aliviar a tensão nos músculos dela. Juvelian tremeu, sem saber o que fazer, mas aceitou o toque.
— Tha-está tudo bem…
Mesmo assim, ela deixou a perna nas mãos dele, parecendo gostar do alívio que Max estava proporcionando. Ele riu ao ver o rosto bonito dela relaxar pouco a pouco.
— Está melhor agora?
Quando Max voltou a olhar para a perna dela, percebeu que a saia tinha subido o suficiente para revelar a coxa branca de Juvelian. Ele ficou vermelho e virou o rosto rapidamente.
“Caramba… isso é loucura.”
Nesse momento, Max pressionou sem querer um ponto na perna dela, e Juvelian gritou reflexivamente.
— Ah!
Com o som mais alto do que ele esperava, Max se assustou e olhou preocupado para Juvelian.
— Está tudo bem?
Ela olhou para ele com lágrimas nos olhos.
— Dói quando você aperta assim.
A expressão emburrada dela era tão fofa que Max a puxou para um abraço apertado. Juvelian, por sua vez, tentou se afastar dele, mas Max apenas sorriu e a envolveu ainda mais, como se fosse imune ao protesto dela.
— Me solta!
— Desculpa, não fica brava, tá?
Diante das desculpas apressadas, Juvelian suspirou e encostou a cabeça no ombro de Max.
— Max.
— Oi?
— É verdade que você odeia pepinos?
— Quem, quem disse isso?
Max não sabia quem tinha contado, mas já estava decidido a descobrir. Juvelian respondeu calmamente.
— Trice. E você também não gosta de doces, né?
Era o que ele já esperava.
“Essa pessoa nunca me ajuda em nada!”
Então, ele sentiu o toque suave dos lábios dela. Juvelian beijou a bochecha de Max.
— Hoje, o presente que Trice me deu foi o melhor. Não achei que vocês dois se dariam tão bem. Agora estou aliviada.
O olhar de Juvelian, com os olhos semicerrados, suavizou o humor de Max, que ainda estava irritado.
— Só fiz isso porque você pediu. E parece que não somos mais como estranhos.
Diante das palavras de Max, Juvelian sorriu alegremente e o encarou.
— Obrigada.
Depois de agradecer, Juvelian ficou séria.
— E, Max… eu gosto de você exatamente do jeito que é. Então, se eu não fui exagerada ao te forçar a comer algo que você não gostava…
Max a interrompeu com um beijo suave nos lábios delicados dela. Depois, disse com emoção.
— Se for assim, fique comigo para sempre e veja por si mesma.
Naquele momento, Juvelian arregalou os olhos e olhou fixamente para Max.
Pensei, tentando acalmar meu rosto quente.
“Ficar juntos para sempre significa se casar, né?”
Eu sempre achei que ele só entendia de espadas, mas não imaginava que me pediria em casamento assim, do nada.
“E ainda por cima me pedir em casamento aqui no quarto…”
Fazer um pedido de casamento num lugar sem clima pode decepcionar muita gente. Mas olhar nos olhos sinceros dele me deixou animada.
“Esse é o charme do Max.”
Além disso, tinha seu próprio significado. Nós nos conhecemos aqui pela primeira vez e foi onde criamos muitas lembranças.
“Eu não fazia ideia de que nossa relação chegaria a esse ponto.”
Enquanto eu pensava nisso, vi que ele tirou algo de dentro da roupa.
“Será um anel?”
Apesar de o estojo ser grande demais para um anel, eu não conseguia pensar em outro presente para um pedido de casamento, então estendi minha mão para Max. Ele sorriu e me deu um leve beliscão na bochecha.
— Você achou que era um anel?
Desconfiada, já que ele estava me pedindo em casamento sem um anel, perguntei:
— E então, o que é?
— Um enfeite de cabelo.
— O quê?
Só um enfeite de cabelo no pedido de casamento?! Senti vergonha ao fazer a pergunta, e ele sorriu, sussurrando suavemente:
— Quer fechar os olhos?
Lembrei da última vez que caí numa dessas, então fiz uma careta e fechei os olhos.
“Ok, vamos ver no que dá.”
Parece que Max achava que eu gostava muito dos enfeites de cabelo que ele me dava.
“Mas dar um anel num pedido de casamento é o básico…”
Como é que eu vou ensinar isso para um homem que só se interessa por esgrima?
Foi nesse momento que suspirei. Ele mexeu no meu cabelo e segurou minha mão.
— Me segue, por favor?
Fui seguindo Max, sem saber o que ele planejava, até que ele soltou minha mão suavemente e disse:
— Agora abre os olhos.
Quando abri os olhos devagar, vi um espelho.
“Ele quer que eu veja o enfeite…”
Quando percebi como meu cabelo estava decorado, não consegui evitar endurecer o rosto.
— Uma tiara?
Não importa quanto dinheiro você tenha, o estado impede estritamente a fabricação de uma dessas. Coroas, como aquela de platina com um grande diamante rosa, só eram permitidas para a Família Imperial. E agora, eu estava usando uma.
— Como você conseguiu isso…
Eu estava sem palavras, e ele perguntou gentilmente:
— Você gostou?
A tiara combinava perfeitamente com meu vestido e os outros acessórios que eu usava. Assenti devagar, e ele sorriu.
— Que bom. Fiquei preocupado que você não gostasse porque essa tiara foi remodelada a partir de uma coroa que minha mãe usava.
“Isso era da sua mãe?”
Max sempre dizia que não tinha afeto pela família, mas sua mãe parecia ser uma exceção. Saber que ele reformou essa joia tão valiosa tocou meu coração.
— Deve ser uma lembrança importante… mas você fez isso por mim…
Max envolveu minhas bochechas com suas grandes mãos, impedindo que eu continuasse a falar.
— Minha mãe disse antes de morrer: ‘Quero que você dê minhas joias para alguém que ame.’
Ele então deslizou sua mão para pegar a minha e sussurrou suavemente:
— E se eu fosse apenas entregar como estava, seria difícil usar, então ela me disse para remodelar para que ficasse mais confortável.
Fiquei paralisada enquanto ele segurava meu dedo e colocava um anel no meu anelar.
“É um pedido de casamento de verdade.”
Foi nesse momento que percebi que olhava para Max com olhos trêmulos. Ele me encarou e disse:
— Juvelian, por favor, seja minha companheira.
Apesar de tentar parecer confiante, sua voz tremeu um pouco, o que o tornou ainda mais irresistível.
“É claro…”
Eu estava prestes a responder, mas ele continuou:
— Quero que você saiba que nunca estará sozinha. Sempre haverá alguém ao seu lado.
De repente, encontrei a pegadinha nessas palavras.
“Eu sei que não estou sozinha… mas meu pai…”
Foi quando Max suspirou.
— Meu mestre te pegou, né?
“Como ele sabia disso?”
Fiquei surpresa, mas ele sorriu e me deu outro beliscão leve na bochecha.
— Como eu não saberia, se você deixou tão óbvio?
“Eu deixei?”
Enquanto pensava nisso, ele me beijou na bochecha e sussurrou:
— Não se preocupe, quando eu me tornar imperador, vou convocar seu pai para o Palácio Imperial todos os dias. E como será uma ordem imperial, ele terá que vir, mesmo que não queira.
Eu ri da brincadeira.
— O quê?
Mas, pensando bem, essa era uma resposta simples e reconfortante.
— É, o fato de você se tornar adulto não muda muita coisa.
Refletindo sobre isso, me dei conta de que, na minha vida passada, também me preocupava demais. Então, ele me olhou ansioso e perguntou:
— E então, qual é a resposta?
Antes que ele pudesse terminar de perguntar, eu o abracei e dei um leve beijo em seus lábios. Quando me afastei, comecei a responder.
(Peong! Peong!)
De repente, fui surpreendida por um estrondo, e o céu escuro lá fora ficou cheio de cores.
“O quê? Fogos de artifício? Eu nunca pedi isso.”
Foi quando Max murmurou com uma expressão confusa:
— Mas eu tô aqui… por que eles soltaram isso agora?
Com as palavras dele, tudo fez sentido, e eu sorri, dando-lhe mais um beijo. Max tocou meus lábios primeiro e, em seguida, aprofundou o beijo. Foi um beijo suave e intenso, de adulto.