
Volume 1 - Capítulo 5.1
I Fell into the Game with Instant Kill
Capítulo 5.1: Conselho dos Lordes (2) Capítulo bônus de hoje! Obrigado ao Melekono pela doação! ^^
O ar estava pesado.
Era uma expressão literal, não uma metáfora. Era a única forma que eu conseguia descrever a atmosfera ao entrar na sala de conferências.
Era um espaço muito maior e um pouco mais escuro do que eu imaginava.
A primeira coisa que chamou a atenção foi a enorme mesa redonda no centro, e as cinco pessoas sentadas ao redor dela… não, seres.
“Bem-vindo, Quinto Lorde e Chefe de Gabinete.”
Quebrando o silêncio, a voz benevolente de um homem velho ressoou.
Era a voz de um anão ocupando um lugar na mesa redonda.
Ele era baixo, de pele bronzeada, e tinha uma barba espessa que se estendia abaixo do queixo.
Acima de tudo, seu corpo musculoso, semelhante a uma rocha, era claramente visível, mesmo de longe.
Só havia um ser que poderia ter todas essas características — um anão.
Eu também sabia quem ele era.
*O Primeiro Lorde — o Sábio, Agor.*
Todos os olhares dos Lordes da Mesa Redonda, incluindo o dele, estavam voltados para nós.
“Ah, faz tempo, velho Agor.”
O Lorde Louco aproximou-se de um dos lugares vazios e sentou-se.
Além disso, não houve outra saudação.
Era apenas que os olhares cheios de questionamento ainda pairavam sobre Dayphon e eu.
O Terceiro Lorde — o Palácio Celestial, o Segundo Lorde — o Lorde do Trovão, o Sexto Lorde, o Tirano, e a Oitava Lorde, a Imperatriz do Mar Negro. Eu também olhei para seus rostos e os combinei com os nomes na minha memória um por um.
Os lordes de Calderic eram de raças e características completamente diferentes, então era fácil ver quem era quem num relance.
*A Soberana não está aqui?*
Ela ainda não havia chegado à sala de conferências?
Além da Soberana, o quarto, sétimo e nono Lordes não estavam em lugar nenhum.
Não se sabia se eles ainda não haviam chegado ou se estavam ausentes.
“A propósito, quem é o humano ao seu lado?”
O Primeiro Lorde — o Sábio, perguntou a Dayphon.
Como ele explicou ao Lorde Louco mais cedo, Dayphon me apresentou novamente.
“Este é um convidado de honra trazido de fora. A Soberana permitiu que ele participasse da reunião.”
A reação dos Lordes a essas palavras foi variada.
“A Soberana deu… permissão?”
O Sábio, que perguntou, murmurou em uma mistura de dúvida e surpresa.
“Hum? Que situação é essa?”
A Oitava Lorde, a Imperatriz do Mar Negro, apoiou o queixo na mesa e expressou interesse.
“De qualquer forma, nossa Soberana realmente preparou algo bom. Pelo menos essa reunião não tem sido chata desde o início.”
O Tirano também riu como se estivesse se divertindo.
“…”
O Terceiro Lorde, o Palácio Celestial, estava olhando fixamente para o espaço como se não estivesse interessado.
Em primeiro lugar, ele nem sequer havia olhado para cá desde o início.
“Por que a Soberana permitiu que um estranho participasse do conselho dos Lordes?”
O único que mostrou emoções negativas foi o Segundo Lorde, o Lorde do Trovão.
Uma elfa com cabelos longos azul-celeste e orelhas compridas e pontiagudas olhou para mim com olhos claramente descontentes.
*Eu também não sei por que estou aqui, então não me olhe assim.*
Então, o Lorde Louco riu e interveio.
“A Soberana deu permissão, simples assim. Por que você está agindo de forma rígida e discutindo aqui, pirralha?”
O Lorde do Trovão voltou seu olhar e olhou para ela.
“Eu já te avisei para não me chamar de ‘pirralha’, Quinta Lorde.”
“Eu fiz isso? O que posso dizer? Algo provavelmente bloqueou meus ouvidos.”
No ato do Lorde Louco de levantar as orelhas como se estivesse provocando, o Lorde do Trovão apenas clicou a língua.
Eu apenas fiquei lá e observei a cena.
Enquanto eu estava pensando se deveria continuar em pé assim, Dayphon me guiou para meu lugar.
“Por favor, sente-se aqui.”
Então eu sentei na mesa redonda e me sentei.
Claro, eu não retribuí o interesse dado pelos outros Lordes.
*Ah, eu odeio isso. Esse tipo de atmosfera.*
Acima de tudo, a Oitava Lorde, a Imperatriz do Mar Negro, que estava sentada na cadeira na minha frente, me fez sentir bastante sobrecarregado apenas com sua presença.
As antenas semelhantes a mariposas na testa, as enormes asas membranosas nas costas e a aparência de uma mistura de pele humana e exoesqueleto de inseto eram tão grotescas que era difícil olhar para ela.
*Não fale comigo, por favor.*
Entre esses monstros, tudo o que eu podia fazer era manter meus olhos no ar e ficar quieto com uma expressão vazia.
Enquanto eu estava tendo tanta dificuldade, a porta da sala de reunião abriu novamente e alguém entrou.
Era uma criada.
“…?”
Não… criada?
Uma mulher que entrou sozinha no salão de reuniões curvou-se em saudação, aproximou-se da mesa redonda e colocou os bule de chá um por um.
De alguma forma, uma atmosfera ainda mais estranha preencheu o ar.
A aparência de uma atendendente comum servindo bebidas antes do início da reunião não deveria ser motivo de preocupação.
Mas eu não conseguia tirar os olhos dela. Ou, mais precisamente, do número acima de sua cabeça.
[Nível 98]