
Volume 10 - Capítulo 2474
Escravo das Sombras
Traduzido usando Inteligência Artificial
###TAG######TAG###VERSÃO PRÉVIA
O escritório particular de Santa era menor que seu espaço no hospital psiquiátrico, mas melhor mobiliado. Ela preparou uma xícara de café para o paciente — um gesto simples que deixava a maioria das pessoas à vontade, facilitando a conversa. Normalmente oferecia chá aos outros pacientes, mas considerando a insônia crônica do detetive, café era mais adequado.
Naturalmente, o café que ela fez era impecável. Cada movimento era calculado e preciso, projetado para alcançar o resultado ideal da forma mais eficiente possível.
Colocando a elegante xícara na frente do homem pálido, Santa sentou-se em frente a ele e abriu seu caderno.
Ela receberia apenas uma remuneração simbólica por esta sessão. Mas tudo bem, porque nunca foi motivada por dinheiro.
Santa também não era movida por compaixão ou bondade. Na verdade, havia oferecido continuar o tratamento a esse homem desleixado por uma razão simples — orgulho profissional. Ela odiava deixar coisas inacabadas e defeituosas, então a ideia de deixá-lo ir sem realmente ajudá-lo parecia desagradável.
“Você parece mais cansado que o normal hoje, Detetive. Sua insônia piorou?”
Ele a olhou por um tempo, então balançou a cabeça.
“Não. É só que… a Demônia e o Filho do Rei Demônio. Eles levaram cinquenta e seis episódios para ficarem juntos, acredita?”
Santa ofereceu-lhe um leve sorriso e assentiu, anotando uma frase curta em seu caderno.
O detetive ficou em silêncio, estudando-a atentamente.
Ela já o havia notado olhando antes — poucos resistiam a dar uma olhada nela — mas hoje, seu olhar era diferente. Mais inquisitivo, de alguma forma.
“Você voltou ao serviço ativo. Deve ter sido uma grande mudança de ritmo.”
Ele hesitou um pouco, então concordou.
“Sim, bem. Foi uma experiência reveladora. Especialmente depois que conheci minha nova parceira.”
Santa ergueu silenciosamente uma sobrancelha, incentivando-o a continuar.
O detetive sorriu.
“Foi um tanto irônico, na verdade. Nós passamos por fogo e água, ela e eu — e ainda assim, ela não se lembrava de mim antes. Mas quando nos encontramos desta vez, fui eu que não me lembrava dela. Felizmente, ela me lembrou.”
Então, sua expressão subitamente se animou.
“Ah. Na verdade, Dra. Santa… tive um grande avanço graças a ela. Minha parceira, quero dizer — você provavelmente não se lembra, mas vocês duas se conhecem. Já lutaram de braço uma vez… ah, minha pobre mesa…”
Santa franziu levemente a testa.
Do que ele estava falando?
Ela não mostrou muita emoção em seu rosto, porém.
“Que tipo de avanço?”
O detetive lhe deu um olhar estranho.
“Oh… isso… eu realmente gostaria que você não tivesse feito essa pergunta, doutora.”
Seu tom soou um pouco envergonhado. Ele ficou em silêncio por um momento, então fez uma careta.
“Você se lembra daqueles pesadelos que eu te contei?”
Santa assentiu.
‘Finalmente ele consegue dormir direito? Ótimo!’
O detetive respirou fundo, então soltou um suspiro pesado.
“Bem, veja só… eu percebi que eles não eram pesadelos afinal.”
Santa olhou para ele, encorajando-o a continuar.
Ele lhe ofereceu um sorriso pálido.
“Em vez disso, eles são a verdadeira realidade, e este lugar é uma grande ilusão.”
Santa piscou.
“Como assim?”
O detetive assentiu.
“Na realidade, eu sou um semideus conhecido como Sunless, o Soberano da Morte, o Lorde das Trevas da Costa Esquecida, e comandante da Legião das Sombras. Sou quase imortal e possuo sete corpos, cada um capaz de destruir continentes inteiros. Claro, a maioria das pessoas acha que fui morto pela radiante deusa da humanidade, Estrela da Mudança, a última filha de Chama Imortal. Mas na verdade… ela é minha amante. Mesmo que recentemente tenhamos brigado ao discutir o destino do mundo.”
Santa ficou em silêncio por um momento. Então, começou a escrever algo furiosamente em seu caderno com uma expressão impenetrável.
‘Oh, não. É um colapso completo? Esquizofrenia? Delírio de grandeza? Mas não havia sinais! Apenas TEPT e uma pequena coleção de transtornos de personalidade leves…’
O detetive, enquanto isso, continuou.
“É, então, enfim… eu também sou o herdeiro de Tecelão, o Demônio do Destino, atualmente em uma missão para coletar todos os sete fragmentos de sua linhagem proibida. Um desses fragmentos está escondido no labirinto de espelhos abaixo do castelo em ruínas do Demônio da Imaginação, que foi onde eu fui na companhia de Effie… Santa Athena. Na verdade, toda esta cidade é uma elaborada ilusão contida dentro do Grande Espelho que fica no meio do Labirinto de Espelhos. Então, veja, eu sou uma das poucas pessoas reais aqui na Cidade Miragem — todo o resto são monstros assustadores apenas fingindo ser humanos.”
Santa reprimiu uma careta.
‘Isso é ruim… esse último detalhe é um sintoma comum compartilhado por muitos sociopatas violentos.’
E o que era aquilo, sua suposta companheira era Athena? Como na deslumbrante deusa virgem do Olimpo? Ele estava fixado em inventar casos amorosos com deusas agora?
De onde veio isso?!
Ela inspirou lentamente.
“Você… me considera não real, Detetive?”
O detetive olhou para ela consternado, então balançou a cabeça.
“O quê? Não, claro que não! Você é perfeitamente real, doutora. Quero dizer, obviamente, você foi doutrinada a acreditar que é uma psiquiatra mortal morando na Cidade Miragem, o que não poderia estar mais longe da verdade.”
Ele tossiu.
“Na verdade — na realidade, quero dizer — você é a Santa de Ônix, minha Sombra mais valiosa e leal. Você me serviu fielmente por mais de uma década, seguindo cada um de meus comandos e satisfazendo cada um de meus caprichos… desde que eu te matei. A você original, quero dizer. A propósito, ocorre-me que nunca te agradeci por isso… então, obrigado. Significa muito.”
Santa abaixou lentamente seu caderno e olhou para o homem frio e sombriamente charmoso.
O homem que estava estranhamente obcecado por um serial killer chamado Niilista desde que os dois se conheceram.
De repente, ocorreu-lhe que estavam sozinhos no prédio, sem uma alma viva ao alcance da voz.
‘Ele perdeu completamente o juízo.’
Não… talvez ele tivesse sido completamente insano esse tempo todo.
Como ela não percebeu?
Santa olhou ao redor discretamente, seu olhar pousando em uma espada decorativa pendurada na parede — um presente chamativo de um de seus pacientes, que ela não teve coragem de jogar fora.
“Detetive… quando foi a última vez que você tomou seus medicamentos?”
Talvez ele estivesse apenas delirando pela falta de sono…
Ele piscou algumas vezes.
“Ah, meus remédios? Parei de tomá-los quando lembrei quem realmente sou. Mesmo estando temporariamente preso em um corpo mortal, ainda sou um semideus, sabe. Aquelas pílulas só me deixam grogue.”
Santa suspirou com pesar.
‘Pulei o almoço por isso…’