
Volume 10 - Capítulo 2436
Escravo das Sombras
Traduzido usando Inteligência Artificial
###TAG######TAG###VERSÃO PRÉVIA
Uma estrela brilhante se acendeu no céu escuro acima de Bastion. As pessoas — aquelas que ainda estavam nas ruas, ocupadas com atividades proveitosas ou simplesmente festejando após um dia árduo de trabalho — olharam para cima surpresas, seus olhos se iluminando com admiração.
A estrela caiu do céu, ficando cada vez maior e mais brilhante. Logo, parecia um meteoro flamejante e branco despencando dos céus sem luz em direção ao chão. Sua luz iluminou a noite, dissipando a escuridão e fazendo a lua cheia que brilhava no alto parecer pálida em comparação. O brilho prateado da lua não podia competir com o fulgor branco incandescente da estrela cadente. A noite também não podia competir com ela.
Por um momento, foi como se o sol tivesse nascido sobre Bastion no meio da noite, trazendo consigo a beleza crua do dia. Então, antes que as pessoas tivessem tempo de sentir medo, o meteoro flamejante atingiu a superfície do lago.
Houve um clarão cegante, e uma gigantesca fonte de água fervente jorrou no ar, evaporando em uma vasta nuvem. O lago inteiro brilhou por um instante, como se iluminado por dentro, e então escureceu novamente. Assim, a estrela cadente desapareceu sem deixar vestígios.
As águas do lago agitaram-se e ondularam, sua superfície ficando inquieta — o disco perfeito da lua cheia refletido em sua superfície foi quebrado e apagado, substituído por fragmentos dispersos de luz prateada.
Do outro lado do reflexo, Nephis emergiu do abismo escuro do lago e subiu ao céu sombrio do Verdadeiro Bastion, suas asas radiantes se abrindo para brilhar cegamente no pálido fulgor da lua partida. Ela elevou-se acima das vastas ruínas do grande castelo, olhando para baixo enquanto chamas brancas dançavam em seus olhos, infundiam sua pele e lambiam seus cabelos. Seu olhar flamejante era frio e impiedoso. Não havia misericórdia naquele olhar, nenhuma hesitação, nenhuma dúvida, nenhuma esperança de salvação. Apenas a firme e inescapável promessa de ser reduzido a cinzas pela maré sem limites de chamas purificadoras. Ela observou as ruínas do Verdadeiro Bastion com indiferença.
O castelo destruído havia sido reduzido a escombros pela batalha entre Morgan e Mordret. O lago, que secou como resultado de seu prolongado confronto, estava novamente cheio de água, cintilando estranhamente sob a luz prateada da lua partida. Rachaduras profundas cortavam a montanha sobre a qual as ruínas do castelo repousavam, cheias de água estagnada e cobertas por musgo escarlate. Havia uma criatura esperando por ela no coração das ruínas. Uma montanha informe de carne cinza elevava-se acima dos escombros, coberta por musgo e repleta de cem membros repugnantes que se erguiam como uma floresta aterradora. Uma presença assustadora e sobrenatural emanava da criatura grotesca, fazendo com que a luz da lua parecesse relutante em tocá-la. Como resultado, a criatura estava envolta em um manto de escuridão. Os ventos também a evitavam, então nada perturbava o silêncio mortal que envolvia as ruínas. Era como se o próprio mundo tentasse fugir dela, revoltado e amedrontado pelo antigo demônio.
Enquanto Nephis observava, inúmeros olhos grotescos de repente se revelaram na massa cinza do Demônio Amaldiçoado, abrindo-se para encará-la com uma falta de emoção terrível e assustadoramente alienígena. Ela manteve seu olhar por alguns longos segundos, depois dobrou suas asas e mergulhou em direção ao chão.
Pousando à beira da água, a alguma distância da Criatura do Pesadelo, Nephis respirou fundo e então seguiu em sua direção com passos firmes. Algo peculiar aconteceu então, porém.
Houve um farfalhar, como se as próprias ruínas soltassem um longo suspiro, e então, uma voz distante ecoou das profundezas do castelo desmoronado.
“Eu tive um sonho.”
A voz falava em uma língua há muito esquecida, soando estranhamente humana apesar de seu tom grave e sobrenatural. Nephis continuou a caminhar, sua expressão inalterada. A voz falou novamente, cheia de uma emoção indescritível e sutil:
“Sonhei em estar inteiro novamente.”
Os inúmeros olhos horríveis moveram-se levemente, perscrutando sua alma.
“Sonhei com o sol sendo gentil novamente.”
Uma nota sinistra infiltrou-se na voz distante, fazendo o mundo estremecer.
“Sonhei em ter asas novamente.”
A floresta aterradora de membros esqueléticos agitou-se, enegrecida e carbonizada.
“Você não é aquela que forçou esse sonho odioso sobre mim. Você também não é aquela que o roubou de mim. Não é?”
Nephis continuou a caminhar, sem oferecer resposta.
“E ainda assim, não posso perdoá-la. Essas asas suas, tão belas.”
Os olhos horrendos do Demônio Amaldiçoado escureceram, e sua voz tornou-se fria e insidiosa, cheia de uma malícia tão vasta que fez Nephis parar por um momento.
“Sangue do Sol. Você veio para me queimar?”
A montanha de carne cinza moveu-se, ondulando enquanto pedaços de pedra antiga se transformavam em pó sob seu peso enorme. Uma risada oca, louca e aterrorizante ressoou acima das ruínas.
“Devo extinguir você, então? Ou devo amaldiçoá-la? Devo contar como o Sol foi destruído, como nossos céus queimaram, como a terra da Lua foi engolida pelas cinzas, como todos nós caímos, um após o outro? Devo ajudá-la a se tornar eterna, sempre mutante?”
A voz sussurrou então, tornando-se fraca e tênue:
“Como eu.”
Caminhando para frente com uma espada na mão, Nephis respondeu com calma:
“Não estou interessada em conversar com você, Criatura do Pesadelo. Por que desperdiçar nosso fôlego?”
A lâmina da Bênção brilhou com uma luz cegante, tornando-se incandescente e luminosa.
“Tudo o que me interessa é acabar com você. Então, prepare-se para morrer.”
Erguendo sua espada, Nephis apontou-a para o Demônio Amaldiçoado. Ela era uma Titã Suprema cujo Domínio abrangia bilhões de almas. Essa criatura era um deus antigo, quebrado e caído. Que direito ela tinha de amaldiçoá-la?
Um sorriso amargo curvou seus lábios.
“Sim, eu vim para queimá-lo. Vim para destruí-lo. Ao contrário da minha, sua dor será rápida. Seja grato.”