Volume 3 - Capítulo 5
O Príncipe Problemático
Erna abriu os olhos lentamente, ofuscada pela claridade. A manhã estava límpida e aconchegante, quase perfeita demais para ser real. Ainda meio sonolenta, sentiu a maciez de outro corpo colado ao dela.
Erna não resistiu a um sorriso satisfeito e fechou os olhos novamente. Era hora de levantar, mas não queria deixar o calor do corpo ao lado. Ela tinha usado uma dor de cabeça como desculpa para sair cedo da festa, para ninguém desconfiar se resolvesse passar um dia preguiçoso. Bem, com exceção da Lisa.
Em seu sonho, Bjorn chamava seu nome; a doçura da voz derretia-se em sua língua como um doce. Cada toque de seus dedos, sua respiração em seu pescoço, espelhava o encanto de sua voz. A vivacidade da cena a fazia sentir tão real que ela suspirou baixinho.
“Erna”, Bjorn disse em seu ouvido.
Erna piscou, saindo do sonho incrédula, incapaz de diferenciar o que era sonho e o que era realidade. Seu corpo tremia com as sensações, reais e imaginárias.
“Você ainda deve estar sonhando”, Bjorn disse com uma risada baixa.
Sem dizer nada, ela apertou os olhos com força, embora já soubesse que ele havia percebido sua vigília. Não conseguia se obrigar a encará-lo diretamente. Bjorn nunca fora um amante gentil, e ela estava satisfeita com isso, mas essa ternura inesperada era uma mudança bem-vinda que ela não queria que terminasse.
“Ah…” Erna soltou um gemido reflexivo quando Bjorn apertou seu seio e lambou sua orelha.
“Durma mais um pouco, Erna”, disse Bjorn.
Erna não aguentou mais e se virou para olhar para Bjorn, que sorriu para ela como um deus misericordioso. Erna olhou para seu rosto descarado, elegante e, acima de tudo, lindo.
Será que é assim que é namorar?
Erna soltou um suspiro misturado a confusão e gemidos doloridos. Ela imaginava que namorar seria mais romântico, algo sublime e elegante, como um verso de um belo poema, mas sempre parecia acabar assim. O que era mais embaraçoso eram os próprios desejos de Erna, que pareciam apenas alimentar o que Bjorn queria. Era bastante notável.
Era inegavelmente estranho, mas, como na noite anterior, Bjorn podia ser pesado e desafiador e, ainda assim, tão bom.
Erna se viu curtindo aqueles gestos de paixão sem inibições. Os toques e desejos que compartilhava com ele, sem hesitação, como se estivessem descartando tudo e Bjorn fosse o único com quem ela pudesse compartilhar esses desejos.
Erna fez o possível para manter esses desejos firmemente enquadrados nos limites da decência, pelo menos por enquanto.
“Bjorn, pare… a Lisa vai voltar logo.”
Desde o início do cruzeiro, Erna vinha caminhando pelo convés com Lisa todas as manhãs. Como era manhã, Lisa chegaria muito em breve.
“E daí?” Bjorn disse, beijando a nuca dela. “Sua criada não teria que abrir a porta do quarto e entrar?”
“Mas…”
“Mas o quê? Deixe-a entrar.” Bjorn se afastou lentamente e levantou o corpo. Erna soltou um pequeno grito e Bjorn riu como um menino aprontando alguma travessura.
Erna manteve os olhos na porta, nervosa. Lisa nunca ousaria entrar no quarto sem permissão, mas ela ouviria os sons embaraçosos que Erna fazia. Parecia que sua respiração ia parar só de pensar nisso. Bjorn guiou a mão de Erna de forma descontraída.
“O que você está fazendo?” Envergonhada, as bochechas de Erna ficaram coradas.
Bjorn olhou para ela em silêncio enquanto guiava sua mão até o próprio peito; então Erna percebeu o que ele estava fazendo.
“Por que você é assim?”
Bjorn simplesmente sorriu e continuou guiando sua mão para baixo. Ela lutou para se soltar, mas só conseguiu estimular seus seios já sensíveis.
“Eu vou te ensinar”, sussurrou Bjorn.
Ele acariciou os seios de Erna com a própria mão dela e, enquanto ela acariciava, sentiu uma umidade crescendo em sua calcinha. Seus mamilos incharam e brilharam com uma linda cor rosa.
Bjorn a observava com os olhos semicerrados e um sorriso malicioso. Lentamente, ele guiou as mãos de Erna pela sua frente. Passando pelo umbigo e pela cintura fina. Erna gritou baixinho, sacudindo a cabeça, mas Bjorn não parou.
“Não faça isso, Bjorn, isso é loucura… ah…”
Quando seus dedos chegaram entre suas pernas, ela torceu o pulso para tentar se soltar mais uma vez e soltou um gemido alto.
Bjorn apertou um pouco mais seus dedos e moveu-os tenazmente. Bjorn moveu os dedos de Erna em pequenos círculos, o que aproximou Erna do clímax.
“Como se sente quando você se toca?” Bjorn perguntou. Ele mordeu a orelha de Erna e soltou uma risada. Erna não encontrou palavras para falar e enterrou o rosto nos lençóis para tentar abafar os gemidos.
Bjorn então decidiu atender ao seu pedido, soltou sua mão e sentou-se na cama. A luz do sol fazia a pele de Erna brilhar enquanto ela jazia na cama, respirando ofegante.
Quieta, inofensiva e linda. Uma mulher que lhe dará prazer em uma linha que não vai contra sua vida.
Quando Bjorn se lembrou do motivo pelo qual havia se casado com Erna, sentiu-se ridículo por não conseguir superar a distância de apenas um passo. Ele sabia que a ideia de Erna de viver sua vida sem dependência ou superdependência era sábia, mas ainda o irritava.
Bjorn levantou a cintura de Erna e apertou-a levemente. Ela ainda respirava ofegante, a mão entre as pernas, e ele percebeu que ela estava pressionando levemente. Com um sorriso, ele se expôs e, sem perder um segundo, entrou nela. Erna soltou um soluço, mas não parou sua auto-satisfação.
“Bjorn, ah”, ela gemeu, arqueando as costas para recebê-lo mais facilmente.
“Você está bem?” Bjorn perguntou.
Erna respondeu movendo seus quadris contra ele, pressionando-se mais forte. Bjorn penetrou fundo e avidamente, fazendo Erna gemer mais alto e morder os lençóis.
Erna se acalmou enquanto ele se movia, respirando em sintonia com ele, gemendo enquanto ele penetrava fundo, enquanto ela pressionava com os dedos. As sensações eram intensas, evidenciadas pelas manchas úmidas que apareciam na cama. Ambos se perderam no ato amoroso até…
“Vossa Alteza, está acordada?”
Erna congelou em seus movimentos lascivos, os olhos arregalados, olhando para Bjorn.
Deveria ter mandado aquela maldita empregada embora. Bjorn amaldiçoou.
Ele prendeu Erna na cama e começou a mover seus quadris mais rápido. Erna parou de se pressionar e tentou empurrar Bjorn para longe.
“Pare, Bjorn”, ela sibilou.
“Vossa Alteza?”
Enquanto a empregada desavisada procurava por sua patroa, Bjorn correu para a linha de chegada. Ele beijou Erna profundamente, sugando seus lábios, mais para impedi-la de gritar e fazer muito barulho. Erna não se conteve enquanto envolvia os braços em Bjorn e o abraçava com tanta força que poderia ter tentado estrangulá-lo.
Erna pode ter ficado muda, mas a cama estava determinada a entregar o jogo, rangendo sob a enxurrada de movimentos.
Depois de chamar por sua patroa mais algumas vezes, Lisa finalmente se afastou da porta, conduzida por outra empregada. À medida que os passos se afastavam, Bjorn soltou os lábios de Erna e diminuiu o ritmo.
“Meu Deus, Bjorn, você é louco.” As palavras saíram como um severo sussurro de repreensão.
Bjorn sentou-se e olhou para o corpo brilhante e pálido de Erna, dando-lhe um sorriso travesso enquanto movia os quadris lentamente. Erna não pôde deixar de rir.
“Bjorn”, disse Erna, depois de observá-lo se mover por um momento, “mais rápido.”
“O quê?”
“Tudo bem se você quiser ir mais rápido, eu gosto.”
Os olhos de Bjorn se arregalaram com a admissão e a permissão que saíram como um sussurro suave que arrepiou sua pele. O comportamento pouco feminino apresentado de forma tão educada deixou Bjorn perplexo.
“Acho que você ficou um pouco louca”, disse Bjorn, rindo.
Enquanto Bjorn estava distraído com os novos desejos de sua esposa, Erna começou a mover seus quadris mais vigorosamente, sua impaciência evidente.
Bjorn soltou um suspiro enquanto tentava satisfazer a não tão inocente corça. Ele se virou de modo que Erna ficou por cima; ela soltou um gritinho com a mudança repentina de perspectiva e depois ofegou ao sentar-se sobre os quadris dele.
Assim que começou a se mover tão rápido quanto queria, Erna tremeu e se agarrou aos ombros dele. Bjorn achou engraçado que teria que pedir a Erna para diminuir o ritmo, mas isso não durou muito.
Enquanto o navio entrava nas águas de Lorca, Bjorn entrou nas águas de Erna.