O Príncipe Problemático

Volume 1 - Capítulo 54

O Príncipe Problemático

Bjorn entrou no quarto sem bater. Erna estava sentada na beirada da cama, mexendo na bainha do vestido, os olhos arregalados, com a expressão de uma corça inocente, sem saber o que fazer enquanto Bjorn vinha e parava à sua frente.

Ela olhou para o chão, mas Bjorn ergueu seu queixo com suas mãos enormes e gentilmente virou seu rosto para ele.

“Quanto você aprendeu até agora?” Bjorn sorriu para ela com carinho.

“Eu… eu não sei.” Erna respondeu.

Ela preferiu mentir a dizer que não teve coragem de ficar nem um segundo ouvindo a Dona Peg explicar como agradar o marido. Ela tinha fingido estar doente e escapado da aula.

“Quer dizer, eu não me lembro.”

O olhar investigativo de Bjorn a deixou inquieta e sua boca ficou seca.

“É mesmo?” Bjorn disse e sentou-se ao lado dela. “Então acho que temos que começar do começo.”

Com essas palavras e lembrando daquela primeira noite, Erna se deitou na cama. A lembrança de como aquilo fora doloroso e vergonhoso inundou sua mente. Ela já sentia as lágrimas. Lembrou-se do peso dele sobre ela, junto com as imagens constrangedoras que a Dona Peg trouxera.

“Se você quiser me beijar, precisa abrir a boca.” Bjorn disse.

Ele tocou seus lábios com cuidado e firmeza. Quando seus olhos se encontraram, ele viu os dela tremendo.

“Apressa,” ele disse sem hesitar.

O tom dele era acolhedor, mas não havia calor em seus olhos calmos. Erna abriu os lábios. Ele realmente era um homem que podia fazer o que quisesse. Foi um choque de realidade desde a primeira noite.

Bjorn usou a língua para abrir seus lábios e a empurrou para dentro de sua boca. Reflexivamente, Erna sentiu seu corpo se contrair, mas sabia que não podia se afastar. Dever de esposa.

Tinha sido uma aula curta, mas suficiente para aprender o significado daquilo. No livro que ela lera em seu quarto, dizia que era dever da esposa dar prazer ao marido. Era importante para a harmonia do casamento.

Erna não entendia como coisas assim podiam ser agradáveis, mas sabia que Bjorn nunca ia ao quarto dela porque não estava feliz. Ele estava tão desapontado com sua incapacidade de agradá-lo que nunca mais voltou ao seu quarto. O casamento deles foi conturbado desde o início.

O beijo continuou, por muito mais tempo do que naquela primeira noite. A língua de Bjorn tinha livre acesso à sua boca e ele a usou sem reservas. Só a soltou quando a língua dela começou a formigar. A respiração deles se misturou enquanto ele se afastava e ficou ofegante sem que percebessem.

“Odeio essa coisa,” Bjorn disse, puxando a camisola de Erna. “É tão incômoda, não gosto.”

Ela tinha laços e botões até o pescoço.

“Ah, vou usar outra a partir de agora.” Erna disse.

“Não, não use nada.” Bjorn disse.

Ele desabotoou o último botão e puxou a última fita. Ele removeu a trabalhosa pilha de renda e a jogou pela sala. Em seguida, puxou a calcinha minúscula que era menor que a palma da sua mão. Era uma coisinha tão fofa, decorada com mais renda e fitas.

Ele beijou a esposa atordoada na bochecha e a ergueu em seus braços. Ela soltou um pequeno grito e ele a colocou em sua coxa.

Bjorn admirou cada centímetro do corpinho delicado de sua esposa. Ele pensou em como ela era desajeitada e problemática. No entanto, ele não odiava isso nem de longe tanto quanto pensava. Na verdade, ele achava mais atraente.

Seu corpo pálido parecia banhado na luz da lua que entrava pela janela. Que homem em seu juízo perfeito não gostaria de um corpo assim? Sua pele parecia ter a textura de porcelana, ou cerâmica, mas ao toque era infinitamente macia e quente.

“Bjorn…” Erna sussurrou.

Ela estava nervosa sem saber o que fazer e olhou para Bjorn com olhos suplicantes. Ela queria fazer algo, mas não sabia o quê.

Bjorn riu baixinho e enterrou o rosto em seu peito. Ele queria mergulhar nela e sentir seu cheiro doce e fresco. Ele queria se envolver em sua maciez, envolvê-la ao redor dele e se aconchegar nela para sempre. A cada leve mordida e cada vez que ele a sugava, ela gemia.

Ele já havia tirado o roupão, seu torso semi-nu pressionado contra ela, e absorvia seu calor. Ele abaixou a mão por sua pele lisa, até entre suas pernas. O interior dela o acolheu sem resistência e ele pôde sentir seu calor. Estava úmido e fazia um som de água lamacenta. Ela soltou um som que o lembrou daquela primeira noite e da dor que causara. Ela ainda não estava tão convencida.

Bjorn cobriu seus lábios com os dele e levantou a mão para suas costas, segurando-a firmemente, como se ela fosse fugir. Seus dedos brilhavam à luz do fogo com a umidade dela.

“Não seja como um cadáver, Erna, você pode se mexer.” Bjorn disse, soltando seus lábios dos dela.

“C-como?”

“Primeiro, a língua.”

Como para demonstrar, ele segurou seus lábios novamente com os dele e a beijou. Ela fez o melhor que pôde para imitar seu comportamento, agarrando seus lábios com os dela e mexendo a língua desajeitadamente. Mesmo aquilo foi o suficiente para aumentar seu desejo.

“E suas mãos.” Bjorn disse.

Com um piscar de olhos, Bjorn apontou para a mão que estava apoiada em seu ombro e não se movera o tempo todo.

Erna envolveu seus braços em seu pescoço e reuniu coragem para mover a mão pelo corpo dele. Ela podia sentir seus músculos e sua estrutura. Ela podia sentir seus ossos enquanto acariciava seu ombro e descia pelo peito até o lado.

Distraída ao absorver sua forma em sua mente, ela olhou para baixo e inadvertidamente viu a parte dele que causara tanta dor. Sem querer, ela soltou um suspiro suave ao ver aquilo. Não era a primeira vez que o via, mas parecia tão distante.

Fazia muito tempo desde aquela noite, mas a sensação dele dentro dela estava gravada em sua memória. Ela não se lembrava do breve prazer que sentira, apenas que parecia estar a rasgando ao meio e era disso que ela tinha medo.

Seguindo o olhar ansioso de Erna, ele viu onde ela estava olhando e então a encorajou. Ele pegou sua mão delicada e apertou-a suavemente, movendo-a para baixo. Percebendo sua intenção, Erna entrou em pânico, mas Bjorn continuou.

“Você me pediu para te ensinar.” Bjorn disse.

Seus olhos se estreitaram enquanto ele olhava para Erna, que balançava a cabeça vigorosamente. Ele sorriu para ela, vendo que ela estava atordoada apenas com o toque de sua mão firme.

“Você tem que aprender.” Bjorn disse. Ele envolveu sua mão na dela e a guiou. “Você tem que se mexer, Erna.”

Erna deixou Bjorn guiá-la e então, sua mão se afastou, deixando-a se concentrar no ritmo que ele havia estabelecido. Sua mão voltou para entre as pernas dela e, quando ele a pressionou, ela apertou os lábios, tentando reprimir um gemido.

Ela pensou na Dona Peg. Ela desejou ter suportado aquelas aulas constrangedoras em vez de pedir a Bjorn para ensiná-la, mas já era tarde demais.

“Lábios.” Bjorn disse.

Ele levantou a mão e agarrou seu queixo com firmeza, aumentando lentamente a pressão até Erna abrir a boca e soltar um gemido. Só então Bjorn sorriu e soltou Erna.

Ele se acomodou entre as pernas dela, ambos ofegantes na cama, e Bjorn a pressionou lentamente. Erna soluçava de dor e apertava seu ombro.

A dor passou. Erna estava suficientemente úmida para permitir que Bjorn deslizasse dentro dela com facilidade dessa vez. Ele não sabia como ser mais dedicado à esposa do que isso. Mesmo que soubesse, o momento havia passado.

Agarrando firmemente sua cintura com uma mão, ele entrou de uma vez. Erna se contorceu embaixo dele e mordeu o lábio.

“Geme.” Bjorn disse.

Ele moveu seus quadris em direção a ela, mesmo enquanto a puxava para perto. Um gemido áspero escapou, forçado pela sensação quente de aperto.

“Bjorn… estou tão envergonhada.” Erna ofegou.

Ela olhou para seus olhos cinzentos frios, os dela suplicavam em desespero. Ela fizera muitas coisas vergonhosas em sua vida, mas gemer daquele jeito soava tão obsceno que era muito difícil suportar.

“Gosto de ouvir você gemer, Erna.” Bjorn disse.

Os olhos de Erna se franziram enquanto ela encarava Bjorn, que sorria tão docemente. Será que ele realmente gostava da dor dos outros? Havia tanta coisa que ela queria dizer, mas não conseguia encontrar a voz.

A sensação de balanço cresceu enquanto Bjorn penetrava cada vez mais fundo nela. O som de carne úmida se esfregando aumentou de volume rapidamente. Ela não sabia se queria chorar ou sentir alívio por haver um som ainda mais obsceno além de seus gemidos.

“Ah, não faça isso, por favor, ah…”

Quando sua mão saiu de sua cintura e foi para a cama, ela começou a se debater novamente. Seus melhores esforços para empurrá-lo para longe foram em vão e tudo o que ela pôde fazer foi soltar um gemido estridente e se contorcer.

No momento em que foi dominada por sensações irresistíveis, ela pensou em quando seu pai a batia. Embora soubesse que as duas situações eram completamente diferentes, seu corpo se encolheu. Havia uma estranha semelhança no som de ser espancada, a letargia e o confronto com um oponente imbatível.

Felizmente, quando se sentiu sobrecarregada, Bjorn ofereceu um respiro e diminuiu a velocidade. Ele se inclinou para encará-la.

“Me abrace.” Bjorn disse calmamente.

“Você gosta disso também?” Erna perguntou em transe.

“Sim.” Bjorn disse e acenou com a cabeça. Ele lambeu os lábios secos. “Gosto.” Ele beijou suas bochechas vermelhas macias que pareciam maçãs.

Ela colocou os braços em volta dele e começou a acariciar com suas mãos delicadas a base de seu pescoço e suas omoplatas. Era fofo.

Bjorn suspirou com seu toque quase imperceptível e voltou à sua tarefa original. Mesmo ofegante, ela não o soltou. Ela estava tão apertada e úmida. Seus gemidos suaves o cócegas no peito e ele não conseguiu resistir mais.

Ele acelerou, beijando seus olhos úmidos e suas bochechas quentes, seus lábios trêmulos e atrás das orelhas sem parar. Ele tinha a sensação de que o corpo de sua esposa só melhoraria com o tempo.

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Bjorn e Erna não saíram da cama até o final da manhã. Quando ele vestiu o roupão e tentou se levantar, Erna agarrou sua mão. Ela estava encolhida e imóvel, como se estivesse morta. Ele olhou para ela e ela o olhou com olhos trêmulos.

“Não vá, você pode ficar aqui.” Erna disse. “Eu não vou te incomodar.”

“Eu não consigo descansar, mas você deveria. Podemos almoçar juntos no seu restaurante favorito.” Bjorn disse.

Ele gentilmente afastou o cabelo do rosto dela para trás da orelha e deu um sorriso caloroso. Erna soltou sua mão e aceitou humildemente.

“Durma bem, Erna.” Bjorn disse e se abaixou para beijar sua bochecha corada.

A porta se fechou atrás dele e Erna voltou a dormir enquanto observava a porta.

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Para aqueles que talvez não saibam, "Problematic Prince" foi adaptado para webtoon. Na minha opinião, essa é uma das melhores adaptações em webtoon, em termos de arte, etc. O artista fez um ótimo trabalho adaptando a história, todos vocês deveriam ler ^^

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