Casamento Predatório

Capítulo 382

Casamento Predatório

A ânsia por aquela bela mulher acendeu seus olhos, e ele riu com satisfação.

“Se tivessem visto a cara daquela vadia, não teriam esperado para caçá-la.”

Meu Deus...

Bachmann não pensava em Deus há muito tempo, mas agora estava rezando para ele. Ele havia abordado aquela mulher pensando em ajudá-la, e isso o levou a essa situação. Seu coração estava cheio de culpa.

Ele só podia esperar que ela tivesse escapado. Mas, enquanto os ladrões se organizavam para se espalhar e procurar na área, isso parecia menos provável. Seus olhos se escureceram.

Mas, justamente quando ele perdia a esperança, aquele homem apareceu.

Bachmann não o reconheceu, a princípio. Mas ele brandiu sua espada de uma vez e três ladrões perderam suas vidas em um único segundo. Os ladrões caíram, com sangue fluindo por toda parte.

Eles ficaram chocados com o ataque repentino, e houve gritos confusos, alertando que reforços haviam chegado. Mas, assim que perceberam que era apenas um homem, riram como se fosse uma grande piada.

Um dos mercenários traidores apontou para ele.

“Aquele é o marido dela! A mulher deve estar por perto!”

“É mesmo? Matem-no rapidamente, vamos ver se conseguimos atraí-la.”

Que repugnante. Bachmann pensou que o homem ficaria furioso, mas ele permaneceu surpreendentemente calmo e até sorriu um pouco. Ele não parecia ser estranho a uma situação como essa. Mas isso não significava que ele não estivesse zangado. Havia um brilho feroz em seus olhos.

O homem solitário se moveu sem hesitação, cortando o pulso de um homem que havia feito um gesto sujo sobre a mulher. O sangue jorrou, e o homem morreu dolorosamente de perda de sangue. Vários outros o seguiram, com mortes igualmente dolorosas.

Os outros ladrões que estavam observando de longe avançaram para lutar, selvagens e desorganizados. Eles eram como crianças comparados a este homem. Quanto mais sangue ele derramava, mais brilhantes os olhos do homem brilhavam, seu rosto se contorcendo em algo animalesco.

Nenhum feitiço poderia esconder por muito tempo a natureza deste homem. Conforme ele desaparecia, Bachmann podia ver seus brilhantes olhos dourados.

“Kurkan…” ele murmurou.

Ishakan, o Rei de Kurkan.

Agora ele nem conseguia se preocupar com os ladrões. Bachmann estava muito mais preocupado com a falta de respeito que havia demonstrado no oásis. Será que Ishakan o perdoaria?

Todos os ladrões estavam mortos. O homem solitário havia tingido a areia do deserto de vermelho, e arrancou a cabeça do último ladrão com as próprias mãos, então a jogou levemente ao lado de Bachmann.

“Ei…!” Bachmann protestou, horrorizado, mas Ishakan apenas enfiou a mão displicentemente nas bolsas de um camelo próximo para pegar um odre de água para lavar as mãos. Arrancando tabaco do bolso, ele o acendeu com uma tocha ainda fumegante no chão próximo.

Enquanto ele tragava várias vezes vagarosamente, nenhum dos sobreviventes da caravana ousou falar. Eles só podiam prender a respiração e esperar.

Depois que ele apreciou seu tabaco, ele se virou para Bachmann. O comerciante se enrijeceu, e por um momento ele quase teve medo de se molhar de medo. Sob aqueles olhos dourados, o velho tremia como uma criança.

“Por favor, me perdoe!” Bachmann gritou, no segundo em que seus olhos se encontraram. “Se você poupar minha vida, eu retribuirei o favor–”

“Fruta Sanguínea”, Ishakan interrompeu.

Bachmann congelou no meio do pedido por sua vida. Seu cérebro desligou temporariamente.

“…o quê?” Ele conseguiu dizer, completamente desnorteado.

“Fruta Sanguínea”, Ishakan repetiu. “Você tem alguma?”