Casamento Predatório

Capítulo 379

Casamento Predatório

Bachmann repetiu a mesma história que havia contado a Leah, juntamente com seu aviso sobre os ladrões.

“Obrigado pelo aviso”, disse Ishakan, indiferente, e foi só então que Bachmann notou que ele não estava usando nenhum honorífico. Sua expressão mudou estranhamente enquanto ele olhava novamente para os olhos de Ishakan, quase com suspeita do marrom comum.

Mas os olhos dourados de Ishakan estavam completamente escondidos pela poção. Bachmann tossiu, limpando a garganta. Estava áspera por causa da poeira.

“Eu não posso fazer nada. Você vai se arrepender depois.”

Parecia que ele tinha suas suspeitas sobre Ishakan, poção ou não. Rapidamente, Bachmann encheu seu cantil com água e voltou do oásis para sua caravana.

“Ele é um mercador engenhoso”, observou Ishakan, observando a caravana partir.

“Não o assuste, ele não era uma pessoa má”, respondeu Leah. Embora ele tivesse sido um pouco arrogante, ele os havia encontrado sozinhos no oásis e queria ajudá-los.

“O filho dele era muito jovem...” ela disse, lembrando-se do filho de Bachmann.

“Qual deles era?” Ishakan franziu a testa.

“O alto.”

“Lesha, você estava prestando atenção?” Ishakan perguntou, virando-se para o filho deles, e Leah cobriu a boca dele com os dedos. Ishakan prontamente a lambeu e a fez puxar os dedos de volta. “Sobre o que eles conversaram antes de eu chegar aqui?”

“Eu acho que eles querem negociar com Kurkan”, explicou Leah, e Ishakan sorriu enquanto ouvia a história da seda púrpura e sua confiança de que tinham algo de valor para oferecer.

“Nós vamos encontrá-los no palácio?” Leah perguntou.

“Se eles conseguirem atravessar o deserto ilesos.”

As palavras a assustaram.

“Há ladrões por perto?”

“Eles estão bem perto. Eu pensei em lidar com eles hoje.”

“...Hoje?”

“Não importa. Nós vamos nos mover quando eles atacarem a caravana.”


Aconteceu como ele esperava. Os ladrões atacaram naquela noite, e Ishakan e sua família passaram pelo local enquanto o ataque estava ocorrendo. Dois camelos caminhavam lentamente sob a faixa brilhante da Via Láctea, e se não fossem pelos gritos, tudo pareceria bastante pacífico.

“……”

Leah olhou para as tochas flamejantes à distância. Espadas se chocavam ao longe, e gritos cortavam o ar da noite. A caravana não era dela; não tinha nenhuma ligação com ela. Mas a preocupava.

“Você quer que eu os salve?” Ishakan perguntou.

Lentamente, ela balançou a cabeça. Ela não queria que seu marido se envolvesse em algo tão perigoso, muito menos a seu pedido.

“Então por que você está olhando para mim?”

“Bem...” Leah escolheu suas palavras com cuidado. Era fácil provocar o ciúme de Ishakan. “Eles disseram que estavam trazendo itens que Kurkan poderia querer.”

Era uma oferta diplomática.

“Então você quer que eu salve a caravana?”

“Sim... mas é muito perigoso.”