Capítulo 65
Becoming Professor Moriarty’S Probability
– Beep…!
“… Hã?”
Lestrade, que estava sentada à janela recuperando o fôlego, abriu os olhos em surpresa com o som inesperado da máquina.
– Beep-beep…!
“Miau.”
“O que foi isso?”
O pequeno receptor de mana que havia caído de sua orelha devido à sua descida abrupta da borda externa da janela virou um brinquedo para um gato que passava pelo quintal, rolando e emitindo sons enquanto o gato brincava com ele.
“… Alô?”
– O que demorou tanto para você responder?
Preocupada que as duas pessoas dentro da mansão pudessem ouvir o barulho súbito, ela rapidamente pegou o dispositivo, e logo depois, a voz preocupada de Rachel Watson começou a ecoar do receptor.
“E-eu não consegui fazer funcionar antes…”
– Você não colocou aura em vez de mana, colocou?
“… Ah.”
Lestrade, que estava murmurando e hesitando, fez uma expressão de espanto ao ouvir aquelas palavras.
“Eu, eu fiz isso por hábito…”
– Tudo bem. Estou apenas feliz que finalmente conseguimos estabelecer uma conexão.
“Mas como isso ativou de repente?”
Então, ela coçou a cabeça, perplexa com o fenômeno súbito.
“O gato não poderia ter ativado…”
“… Miau~”
Observando-a com um olhar um tanto desdenhoso, um gato vermelho familiar com uma coleira ao redor do pescoço mostrou os dentes e pulou sobre a cerca, desaparecendo da vista.
– De qualquer forma, mostre-me a situação atual.
“… O quê?”
Lestrade inclinou a cabeça por um momento e ficou confusa ao ouvir a voz que reaparecia.
– Quando você ativa esse dispositivo, conseguimos compartilhar nossa visão. O tempo de operação é bem curto, porém.
“É… é mesmo possível?”
– Parece que os experimentos que Holmes fez com as pedras de mana não foram apenas para induzir sintomas alucinatórios semelhantes aos de drogas em seu corpo.
Para o tom incrédulo dela, Watson respondeu com uma voz cheia de um toque de orgulho.
– É uma invenção revolucionária desenvolvida pelo meu pequeno amigo. Uma vez comercializada, poderia reduzir a taxa de criminalidade em Londres em mais da metade.
“De fato, se isso for verdade… apenas fazendo com que a polícia as use, seria uma grande ajuda na coleta de evidências e na prevenção da maioria dos crimes…”
– Claro, a desvantagem é que o usuário pode perder a consciência em até 5 minutos devido à pressão que o dispositivo exerce sobre ele.
“… O que você disse?”
Lestrade, que estava assentindo silenciosamente até aquele momento, fez uma expressão confusa e não conseguiu evitar xingar a observação casual de Watson que era totalmente desproporcional.
“Então, basicamente, é inútil…?”
– Não, você, você é a garota mais forte de Londres, então pode aguentar.
“Ah…”
– É por isso que nós entramos em contato com você e ninguém mais.
Apenas então ela percebeu o porquê de terem solicitado sua ajuda, e até mesmo ido tão longe a ponto de elogiá-la tanto, e sua expressão começou a se endurecer em tempo real.
“Sério, vocês realmente são…”
– Charlotte… não, isso é pelo bem de Londres.
“……….”
Entretanto, ela não pôde deixar de fechar a boca ao ouvir a declaração séria de Watson, mencionando que era para o bem de Londres.
“… Ha—”
Ela soltou um suspiro suave, levantou-se lentamente de seu lugar e desviou o olhar para a janela.
“A propósito.”
Lestrade começou novamente, com uma expressão sombria no rosto.
“Vocês me enviaram aqui… por outro propósito explícito, além do manuseio do dispositivo?”
– O quê?
“Ou o dispositivo em si era apenas uma isca para me fazer vir aqui?”
A imagem de Adler, ajoelhado e beijando os pés de Miss Smith para saldar a dívida de sua família, ainda pairava vívida em sua visão.
“Escute, tem algo…”
– …….?
“… A verdade que vocês mencionaram…”
Por causa disso, ela tentou fazer uma pergunta em um tom ligeiramente mais solene do que antes.
“… Espere um momento—”
Entretanto, sua expressão rapidamente ficou em branco.
“”………..””
Pois, naquele exato momento, ela conseguiu notar os servos da mansão, espalhados pelo chão com armas em mãos.
– Clique…
“H-heuk…”
No meio da sala, Adler, que estava calmamente limpando o sangue manchado em sua boca, olhava para Clarissa Smith, que estava sentada no sofá com os olhos, agora com um tom vermelho sangue, tremendo violentamente.
– Q-que…
“… Hã?”
Mesmo depois de esfregar os olhos por um bom tempo e balançar a cabeça, a cena diante de Lestrade permaneceu inalterada, seu olhar começando a se tornar vazio devido ao que presenciava.
“Olhando para você agora, você parece bem apetitoso também.”
“… Você está brincando?”
Seu rabo, balançando silenciosamente de um lado para o outro, e suas presas, agora à mostra, refletiam claramente em seus olhos.
“Por que… por que você está fazendo isso?”
“Eu queria usar o método mais não-violento possível.”
No meio do caos, enquanto Miss Smith começava a falar com um claro terror nos olhos, Adler respondeu em um tom suave.
“Mas eu não sou um desses idiotas que não reagem mesmo se forem atacados primeiro.”
“D-d-diga não se aproxime…”
Sua expressão não parecia brava, nem parecia excitada.
“Além disso, a situação é urgente.”
Era um reflexo de total apatia, desprovido de quaisquer emoções, enquanto ele continuava em um tom calmo.
“Preciso tirá-la da escuridão o mais rápido possível.”
“Ah, ah…”
“Quero mostrar a ela a luz mais uma vez.”
Mas a aura ameaçadora que emanava de Isaac Adler atingiu não apenas Lestrade, mas também a gangue Baker, que observava através dos olhos de Lestrade.
“Para fazer isso, mesmo que signifique manchar minha própria alma…”
Adler deu um sorriso sereno em um estado tão ameaçadoramente incomum.
“Farei o que for preciso.”
“Ahh…”
Enquanto ele estendia a mão em direção a Clarissa Smith, a garota apavorada começou a recuar, agitando os braços cobertos por mangas.
– Thud…
“… Eek.”
Entretanto, em pouco tempo, suas pernas foram agarradas pelas mãos impiedosas de Adler.
– Ha~
“……..!”
Enquanto Adler, que estava segurando sua perna, mordia seu pé com um olhar tão frio quanto o gelo, os olhos de Miss Smith se arregalaram.
– Mordida…
“Kyaa…!”
Logo depois, um grito frágil ecoou de seus lábios.
“O que, o que você está fazendo…!”
– Mordida, Bitte…
“P-pare…!”
O rostinho fofo que sempre tinha um sorriso orgulhoso e travesso agora estava marcado pela dor e pelo medo.
– Ggeuk…
“… Ahh—”
Contudo, Adler, aplicando ainda mais força na mão que segurava sua perna, mordeu fortemente seu pé.
“Pare…”
Enquanto ela começava a perder toda a sensação nas pernas, sentindo-as esfriarem, o olhar um tanto desafiador nos olhos de Miss Smith desapareceu completamente.
“Por favor… pare…”
Então, ela começou a soluçar e murmurar.
“Eu, eu estava errada…”
“……….”
“Não vou fazer isso de novo… Eu, eu prometo…”
Adler, soltando calmamente seu pé de sua boca, olhou para ela com o mesmo olhar impassível de antes. Smith começou a implorar com uma voz embargada de lágrimas.
“Nunca mais toque nela.”
“E-eu cometi um erro desde o início. A que eu estava mirando…”
“… Eu vou te matar se você tocar nela.”
Enquanto ela tentava retrucar com um olhar levemente ferido nos olhos, Adler sussurrou para ela com um sorriso gelado.
“Quem quer que seja, quem tentar machucá-la, eu definitivamente os matarei.”
Então, um breve silêncio se seguiu.
“… Então, por favor, levante-se rápido.”
“Hã?”
Miss Smith – tão aterrorizada que mal conseguia falar, com o corpo tremendo incontrolavelmente de medo – levantou-se abruptamente com um mero gesto de Adler.
“O que, o que—”
“Você precisa ir e desfazer a feitiçaria que lançou.”
“… O que você fez com meu corpo?”
Graças a isso, ela fez uma expressão confusa e então perguntou com a voz trêmula.
“Ao invés de convencer você, parecia mais eficiente forçá-la a agir.”
Aquelas palavras fizeram o rosto de Clarissa Smith ficar pálido enquanto ela abaixava o olhar.
“I-isso… pode ser…”
“Você é uma feiticeira, então deveria ter uma ideia sobre isso, certo?”
Um selo em forma de morcego estava gravado na sola de seu pé.
“Você… um vampiro…”
“… Shhh.”
Enquanto Miss Smith, cujas pernas já haviam perdido toda a força e estava prestes a desabar no chão, era agarrada pela nuca por Adler, ele sussurrou essas palavras em seu ouvido; seu corpo ainda tremendo violentamente, ao ouvir sua voz impregnada de clara diversão.
“Você quer que eu rasgue seu pescoço como os servos?”
Com isso, ela apressadamente balançou a cabeça de um lado para o outro com grande intensidade.
“Ok, então, vamos.”
“Uh…”
“Primeiro, vamos desfazer a feitiçaria, e depois você pode confessar.”
Segurando sua mão coberta por uma manga, Adler caminhou silenciosamente em direção à entrada da mansão.
“Aquela, aquela feitiçaria…”
“……..?”
Entretanto, pouco antes de abrir a porta para entrar na carruagem, Miss Smith começou a murmurar com a voz intensamente trêmula.
“Na verdade, eu também não sei a cura para isso…”
Adler, que momentaneamente a encarou com um olhar vazio, logo riu e acariciou suavemente sua cabeça.
“Não, há uma, tenho certeza disso.”
“… Hã?”
“Senhorita Clarissa Smith, a melhor feiticeira de toda a Europa, certamente não pode falhar em desfazer uma feitiçaria tão simples, certo?”
Ao ouvir aquelas palavras, ela começou a murmurar novamente, com os olhos voltados para baixo.
“Desculpe… foi feito de uma maneira que nem eu consigo desfazer…”
– Swish…
“… Heuk.”
Mas logo, ela parou de falar e começou a soluçar.
“Você com certeza não pode falhar, certo?”
Enquanto Adler exibia um sorriso malévolo em seus olhos, seus olhos mostravam uma forma de loucura que era totalmente diferente dele. Ele segurou delicadamente seu pescoço e fez a mesma pergunta mais uma vez.
“… Certo?”
Sem perceber, os olhos de Miss Smith, preenchidos de terror, começaram a tremer violentamente mais uma vez ao ver a loucura evidente nos olhos dele.
…
…
…
…
…
– Grito…!
Cerca de 30 minutos depois…
“Então, qual é a sua resposta para a pergunta que fiz anteriormente?”
Depois de entregar sete moedas de ouro ao cocheiro, chegando à pensão em apenas metade do tempo que normalmente levaria, Adler fez a pergunta em um tom baixo para a ainda trêmula Srta. Smith, que estava ao seu lado.
“E-eu já te disse…”
Então, ao sair da carruagem, ela começou a responder com a voz trêmula.
“Aquela feitiçaria foi especialmente elaborada, a solução é…”
“…….”
“Eu, eu acho que preciso dar uma olhada primeiro.”
Entretanto, ao encontrar o olhar alimentado pela loucura de Adler, ela mudou de tom, suando e forçando um sorriso.
“Sim. Com certeza é curável…”
Ao ouvir isso, Adler, com um sorriso renovado, começou a entrar na pensão.
“Pois eu vou te matar se você não conseguir quebrar a feitiçaria.”
“… Eek.”
“Então, por favor, faça o seu melhor.”
No momento em que ele disse essas palavras e abriu a porta da pensão.
“”……….””
Uma atmosfera bastante incomum recebeu Adler.
“Por que todos vocês estão assim?”
A Srta. Hudson e Rachel Watson, sentadas na sala perto da entrada com expressões sombrias, lentamente levantaram a cabeça em resposta à sua pergunta.
“Bem…”
“Você pode querer dar uma olhada por si mesmo.”
Então, de suas bocas emanou um tom triste, tingido com um toque de ominosa incerteza.
“O que há com essa atmosfera tensa…”
– Swish…!
“… Eek.”
Entretanto, sem energia para pensar profundamente, Adler imediatamente fez uma expressão séria e agarrou o braço da Srta. Smith, começando a subir as escadas.
“Senhorita Holmes!”
Então, Adler abriu bruscamente a porta do quarto de Charlotte Holmes, que ele acreditava estar ansiosamente aguardando sua chegada.
“Eu trouxe alguém para te tratar…”
Mas logo, a luz em seu olhar começou a desaparecer ao ver a cena diante dele.
“… Senhorita Holmes?”
Ali, Charlotte Holmes, que estava deitada na cama, tinha sangue escorrendo de sua boca e seu corpo estava completamente frio.
“Charlotte.”
Olhando fixamente para ela por um momento, um Isaac Adler desesperado correu para o seu lado para verificar seu pulso.
“……….”
Mas não importava onde ele tocasse, não havia batimento cardíaco a ser ouvido.
“Ah…..”
A temperatura estranhamente fria de seu corpo falava volumes sobre o que havia ocorrido naquele breve intervalo de tempo em que ele não esteve ao lado dela.
“… Não.”
Assim, um silêncio ensurdecedor se seguiu.
– Swish…
Adler segurou a mão rígida de Charlotte, cerrou os dentes e baixou a cabeça.
“Sinto muito.”
Então, de sua boca começou a emanar uma voz trêmula.
“Eu te arruinei.”
“……….”
“Se ao menos eu não tivesse interferido em sua vida, nada disso teria acontecido…”
Enquanto Adler murmurava, seu corpo começou a tremer silenciosamente.
– Gotejar…
Não muito depois, uma única lágrima caiu no rosto de Charlotte.
“… Até o fim, eu só fiz coisas terríveis com você.”
Adler, que havia baixado a cabeça, mordeu os lábios com força e abriu a boca, tentando limpar a lágrima que deixara em seu rosto.
“Senhorita Smith.”
“Hã?”
“Eu ouvi falar de uma feitiçaria que permite sacrificar a própria alma para dar vida a outra.”
Ao ouvir aquelas palavras, Miss Smith ficou completamente atordoada.
“Mas…”
“Eu vou quebrar seu estigma.”
“Um…”
“Se você quiser, eu te darei todo o meu dinheiro, tudo.”
Adler começou a implorar com uma voz fervorosa, com os olhos avermelhados.
“Então, por favor, realize essa feitiçaria agora mesmo.”
“……..”
“Por favor…”
Então, Adler começou a olhar intensamente para ela.
“… Eu não acho que vai funcionar.”
“Por quê?”
Entretanto, quando Miss Smith balançou a cabeça, Adler, que começou a emitir uma intensidade silenciosa, se inclinou em direção a ela.
“Porque ela não está morta.”
“… O quê?”
Então, ela fez uma declaração chocante enquanto coçava a cabeça.
“Ela simplesmente está em estado de coma porque esgotou completamente seus circuitos de mana.”
Um ponto de interrogação parecia se formar no rosto de Adler.
“Ela não foi submetida a nenhum tipo de feitiçaria, na verdade.”
“………?”
“Claro, para qualquer um que não seja um especialista como eu, pode facilmente parecer que ela foi submetida a uma feitiçaria genuína…”
Neste ponto, seu olhar começou a parecer distante.
“Posso garantir com certeza. Ela está simulando sua condição agora…”
“… Hmm.”
De repente, com uma expressão de desagrado, Charlotte Holmes começou a levantar seu corpo pesado da cama e a esticar os membros.
“Parece que os olhos de um especialista não podem ser enganados afinal.”
“………..”
“Eu passei fome por vários dias, me submergi em água gelada antes de você chegar, e até suportei dores terríveis para torcer meus circuitos de mana, tudo para imitar os efeitos de uma condição induzida por feitiçaria.”
Enquanto piscava os olhos rapidamente e assistia àquela cena, Adler abriu a boca silenciosamente para falar,
“Você me enganou?”
“… Não tem como eu cair em uma armadilha tão ridícula.”
E assim, um silêncio total se seguiu.
“Surpresa…!”
Charlotte sussurrou com um sorriso suave e começou a avaliar a reação de Isaac Adler.
“… Eu fui um pouco dura, não fui?”
“………”
“Desculpe, mas eu não tive escolha.”
Então, ela começou a murmurar com uma expressão de culpa no rosto, desviando involuntariamente o olhar de Adler que a observava atentamente.
“Para resolver esse caso, eu realmente não tive outra opção.”
“……….”
“E então….”
Foi naquele momento – quando ela hesitou, se perguntando se, como consequência de ousar testar a firme determinação de Adler, que nunca vacilou por um instante desde o início, seus sentimentos por ela poderiam ter se tornado frios e rígidos – que…
“… Kya?”
Adler, que estava parado, de repente a puxou para um abraço apertado.
“Uh…”
“… Estou realmente, realmente, realmente aliviado.”
Charlotte, um pouco surpresa enquanto estava aninhada em seu abraço, prendeu a respiração ao ouvir a profunda gratidão na voz de Adler.
“Enquanto você não estiver morta, isso é tudo que importa para mim.”
Enterrando o rosto em seu pescoço, Adler murmurou suavemente.
“Não importa o que aconteça, isso é o suficiente para mim.”
Momentos depois, Charlotte começou a levantar lentamente os braços.
“… Isaac Adler.”
Envolvendo suavemente os braços em torno de sua cintura e olhando diretamente em seus olhos, ela começou a sussurrar.
“Se a eu de alguns meses atrás visse este momento, certamente eu teria tentado me internar em um hospital psiquiátrico.”
“……….”
“Ainda assim, apesar disso, sinto que preciso dizer isso agora.”
Seus olhares preenchidos com as cores um do outro, silenciosamente focados um no outro.
“Eu te amo.”
Então, um momento depois, a voz firme, mas trêmula de Charlotte Holmes ecoou pela sala.
“Mesmo que eu costumasse me orgulhar de ser misândrica, assexual e mais lógica e racional do que qualquer outra pessoa…”
“… Senhorita Holmes.”
“A própria Charlotte Holmes, que foi amaldiçoada a ser incapaz de amar qualquer coisa neste mundo…”
Antes que ele percebesse, o calor da respiração de Charlotte, que se aproximou de seu nariz, tocou suavemente Adler…
“… Essa mesma Charlotte Holmes… declara seu amor sem fim por você, Adler. Eu, eu te amo até a morte. “
No momento em que essas palavras terminaram, tanto Charlotte quanto Adler se inclinaram naturalmente, seus lábios se encontrando sem sequer pensar em quem se inclinou primeiro.
“”………..””
Não foi um movimento forçado e unilateral como antes, mas sim uma íntima entrelaçada enquanto exploravam timidamente um ao outro com suas línguas.
“… O que, o que.”
Do lado, Clarissa Smith os observava com um olhar penetrante.
“O que diabos é… isso…”
Ela cobriu os olhos com a mão coberta pela manga, espiando de vez em quando para observar a cena apaixonada, que era um pouco intensa demais para ser apenas um beijo.
“……….”
Quanto tempo passou assim?
– Swish…
“Ar, você está louco…”
Enquanto Adler desabava na cama, pressionando Charlotte sob ele, a Srta. Smith começou a recuar, suas bochechas coradas até as pontas das orelhas.
“… Para onde você está indo?”
“Heek?”
Mas então, a voz fria de Charlotte a alcançou, e ela teve que parar em seus rastros.
“Desculpe, mas este elaborado plano não foi apenas para te pegar.”
“O que, o que…”
Enquanto acariciava a bochecha de Adler, que já havia adormecido com um sorriso no rosto, enquanto era envolto em sua própria aura negra e fumacentada, Charlotte começou a sussurrar suavemente com os cantos dos lábios levantados.
“Está na hora de remover o maior obstáculo.”
“… O quê?”
“Então você pode enviar apenas uma carta para mim, garotinha?”
Enquanto a Srta. Smith olhava furtivamente em direção à saída, Watson entrou no quarto e bloqueou silenciosamente a entrada da pensão enquanto brincava casualmente com sua pistola.
“… Para, para quem?”
“Por que agir assim quando você já sabe.”
Dizendo isso, Charlotte jogou para ela uma folha de papel e uma caneta, enquanto sorria de forma triunfante.
…
…
…
…
…
Naquela noite, na Academia Avançada de Detetives…
“…… Hmm.”
Ao abrir a carta que lhe foi entregue, um sorriso frio apareceu no rosto da professora Jane Moriarty.
“Entendi…”
A breve mensagem, escrita à mão por Clarissa Smith, refletiu em seus olhos de um tom cinza pálido.
“… Interessante.”
Alguns minutos após ler, a professora Moriarty levantou-se de seu assento, colocou o casaco e começou a se preparar para partir em direção ao seu destino.