Minha irmãzinha vampira

Capítulo 146

Minha irmãzinha vampira

Olá a todos! Tenho um pequeno anúncio a fazer. Na próxima semana, não haverá capítulos, pois estou me preparando para o Natal e o Ano Novo. Os capítulos vão continuar até domingo, e eu tirarei uma semana de folga de 19 a 25 de dezembro.

Além disso, quero aproveitar esse tempo para fazer um bom planejamento das próximas cenas da história. Estou comprometido em escrever esta história até o final, então não se preocupem, não vou abandoná-la no meio do caminho. Entretanto, precisarei de um tempo para planejar adequadamente a conclusão da trama. A história será retomada em 27 de dezembro.

Obrigado pela compreensão e desejo a todos um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo!


Minha sessão de treinos com o pai durou várias horas, pois o homem parecia ansioso para testar seu novo e aprimorado físico. Mesmo tendo mais de cinquenta anos, os movimentos e as artes marciais do Dad continuavam afiados, especialmente no que dizia respeito à capacidade de combate puro. Na verdade, a única razão de conseguir mantê-lo à distância era minha fisiologia superior de Progenitor.

Por mais forte que fosse o golpe do Dad, eu não me movi um milímetro.

De certa forma, parecia uma luta entre um adulto e uma criança. Embora meu pai fosse mais habilidoso em artes marciais, ele não conseguia superar a diferença entre um humano e um Progenitor.

Portanto, mesmo com nossa sessão de treino durando várias horas, fiz o máximo para não machucar o Dad enquanto ele testava toda a sua capacidade física. Felizmente, quando acabamos, as meninas também tinham finalizado seu momento de conexão.

— Mãezinha! Você já terminou de conversar?

Fui até as cinco mulheres que se aproximaram de longe. Minha mãe tinha uma expressão de satisfação, com um brilho vermelho refletindo em suas bochechas. Ela foi seguida pelas quatro garotas, que caminhavam coladinhas a ela, embora suas faces parecessem longe de estar satisfeitas.

Todos pareciam exaustos, especialmente Lilith. Embora eu não soubesse exatamente o que tinham conversado, podia imaginar minha mãe interrogando as meninas sobre suas personalidades, histórias e tudo que uma sogra gostaria de saber sobre as futuras noras.

Rosa e Ysabelle não eram do tipo que conversava muito, e nem Irina se esforçava para puxar papo. Isso só podia significar que quem teria que responder às perguntas intermináveis da minha mãe seria a pessoa mais sociável do grupo.

— Jin… — Lilith olhou para mim com olhos de súplica, pronta para atacar por um bom e merecido descanso. Porém, minha mãe interrompeu dizendo:

— Tivemos uma conversa bem produtiva! Você teve muita sorte de encontrar essas quatro meninas, Jin! — Ela sorriu radiante ao dizer isso. — Ainda planejamos uma noite só de meninas no futuro! Assim que resolvemos tudo aqui e suas questões externas estiverem acertadas, posso dedicar TODO o meu tempo para criar laços com minhas novas filhas! Certo?

— C-Certo… — Lilith virou o rosto nervosa, com medo de fazer contato visual com a personificação do diabo que a deixou tão exausta. Sério, mãe… O que diabos vocês fizeram com elas?!

— Irina! —

— Hmmm? O que foi, Irina? —

— Nada, só senti sua falta! —

— Hahaha, você é uma mocinha bem spoilada… —

Sem pensar nas consequências de suas ações, Irina imediatamente pulou ao meu lado e me deu um abraço firme. Encostando o rosto no meu braço, ela descansou todo o corpo em mim e logo entrou em um transe quase sonolento. Ignorando os olhares de ciúmes das outras três, voltei minha atenção para a mãe, que exibia uma expressão de incredulidade no rosto.

— O que foi?

— Não é nada… É só… Nunca tinha visto você sorrir assim antes — ela disse, sorrindo e mais relaxada.

— Hahaha, mudei bastante, mãe — confortei Irina acariciando sua cabeça, e ela ronronou suavemente como um gatinho branco adorável. — Agora tenho mulheres que amo e quero proteger. Obviamente, preciso me tornar um homem capaz de protegê-las.

— Uau… Nunca imaginei ver um lado novo do meu filho — continuou minha mãe, sorrindo de orelha a orelha. — Mas, pelo que ouvi dessas meninas… acho que não deveria me surpreender tanto.

Hã? Do que elas falaram, exatamente?

Quando lancei olhares inquisitivos para as quatro meninas, todas desviaram os olhos com as faces avermelhadas. Lilith até começou a assobiar fingidamente, embora fosse péssima nisso.

Enfim, parece que não foi nada de mais, então deixarei passar.

— Mãe, não vou obrigar você a se tornar uma Vampira agora, então vou te oferecer a mesma opção que dei para o Dad. Entre na Casa Valter.

— A Casa Valter? —

Mais uma vez repeti minhas palavras, explicando os perigos que ela poderia enfrentar no futuro. Também disse que o Dad já tinha entrado na minha proteção e eu podia fazer o mesmo por ela.

— Ah, nesse caso! Pode contar comigo! —

— Tudo bem, feche os olhos e não resista, por favor —

Convocando minha Arma de Alma, canalizei poder mágico novamente nos quatro anéis, formando o mesmo feitiço de proteção que tinha feito com o Dad. A alma da mãe foi envolvida pelo meu encanto rapidamente, recebendo o mesmo feitiço de proteção em quatro camadas. Contudo, diferentemente do pai, ela começou a mostrar sinais de cansaço, segurando a cabeça com dificuldade enquanto seu rosto lentamente perdia cor.

— Cuidado, Elna — o pai a segurou antes que ela pudesse desmaiar. Sonolenta e exausta, os olhos dela foram se fechando lentamente enquanto ela lutava para se manter de pé.

— Jin… Eu… —

— Não se preocupe, mãe. Seu corpo está reagindo de maneira diferente ao feitiço. Dê um tempo, e você ficará melhor do que nunca —

— O-Ok… —

— Pai, leve ela para a casa. Tem um quarto sobrando pra ela aí. Podemos discutir os detalhes do que será sua moradia amanhã, tudo bem? —

— Certo — o pai piscou para mim e se desvencilhou rapidamente. — Vejo vocês amanhã.

— Tchau! —

Assisti meus pais desaparecerem pela porta da casa da Rosa antes de finalmente me virar para as meninas, que estavam todas ansiosas para me agarrar.

— Ei, Irina! Já chega! Agora sou eu que quero atenção! —

— Ehh, só mais cinco minutinhos! —

— Hmph! Seus cinco minutos podem virar cinco anos se eu não te separar agora! —

Lilith discutia com a menininha de cabelo branco que, sinceramente, não queria sair do meu lado nem por um decreto. E, enquanto assistia àquela brincadeira amistosa, tinha meus próprios planos para cumprir.

— Tá bom… Tá bom… Chega de discussões! Vou tratar todas vocês igualmente hoje à noite! Mas, por agora, vamos focar nas coisas importantes —

— ... Você está perguntando se seus pais estão sendo assediados? — Ysabelle fez uma suposição razoável. Não, dado que a Casa Blackburn ajudou eles, ela deveria ser a que mais entende das minhas preocupações.

— Sim, mas não é só isso. Quero saber quem são os inimigos que vamos enfrentar. Se eles serão hostis ou acolhedores comigo, como Progenitor. Sei que a Igreja Sagrada jamais me aceitará, e os Lobisomens também não ficarão felizes com minha ascensão. O problema é… outros Vampiros.

Por ser nova nesse lance de Sociedade dos Vampiros, não conseguia distinguir aliados de inimigos. Apesar de supor que as Casas Everwinter, Moonreaver, Blackburn e Shadowgarden estariam comigo, não tinha certeza absoluta.

— A Casa Blackburn é leal a você, Jin. — Ysabelle respondeu imediatamente, sem hesitar. Com essa resposta, sorri calorosamente e assenti. Entre todas as Casas que conheci até agora, a Blackburn foi a mais receptiva. E, sem precisar de mais confirmações, tinha fé de que eles manteriam sua palavra comigo.

— Shadowgarden… Aliada… — Rosa falou com convicção. Exatamente… Ela era praticamente a imperatriz oculta da Casa Shadowgarden. Não haveria como eles se contrapor às palavras dela.

— A Casa Moonreaver também é uma aliada… pelo menos, é o que eu gostaria de dizer. — Lilith foi a primeira das quatro a demonstrar dúvidas sobre sua própria família. — Mas vou voltar à Dimensão Moonreaver e forçá-los a se comprometer. Ao mesmo tempo, farei com que criem um Reino dos Pesadelos onde nossa Casa Valter possa ficar.

— ... Você precisa que eu vá com você? —

— Não, não precisa. — Lilith estendeu a mão e conectou a minha às dela. — Meu irmão pode ser cabeça dura, mas tem um coração bondoso. Além disso, ele é inteligente o suficiente para perceber as consequências gigantescas de cruzar um Progenitor. Não há perigo pra mim se eu voltar agora. Na verdade, provavelmente conseguirei trazer mais Moonreavers para o nosso lado.

— Tá bem… Mas toma cuidado, hein? —

— Haha, pode ficar tranquila! E mesmo que aconteça alguma coisa, você aparecerá para me salvar, certo? —

— ... Seu idiota. —

Sorrindo, olhei para o lado. Lilith tinha razão. Minha magia me permite teleportar até ela instantaneamente ao perceber que ela está em perigo. Então, mesmo que a Casa Moonreaver tente prejudicá-la, eles não escapariam do meu poder mágico.

— Quanto à Casa Everwinter… —

Olhei para a pequena imp, que grudada em mim como um carrapato. Irina me olhou com seus olhos cinzentos característicos e inclinou a cabeça de lado.

Exatamente… Como eu esperava, essa garota era completamente inocente.

— Irina… Você devia conversar mais com sua Casa… —

— Pra quê? Ainda mais aquela casa arcaica? Além disso, minha Casa agora é a Valter. Não tenho mais nada a ver com a Casa Everwinter! —

— Sua ignorante…! — Lilith quase explodiu de raiva, com o punho já levantado. Mas, antes que a impedisse, uma ajuda inesperada apareceu ao lado.

— Everwinter… Perigoso… —

— Rosa? — A deusa de cabelo verde falou calmamente, com tédio. Ela olhou para Irina e repetiu sua frase, desta vez com mais detalhes.

— Armadilha… Jin… Damien… Perigoso —

— Ah? Então Damien Everwinter está tramando contra mim? —

— Mmmm… —

Rosa assentiu com a cabeça, confirmando minha dedução brilhante. Como alguém que consegue comunicar-se com qualquer planta no mundo, não havia esquema que Rosa não pudesse descobrir. Essa é a razão de ela ser a Shadowgarden perfeita, especialista em inteligência e espionagem. Se ela dissesse que Damien Everwinter planejava algo contra mim, eu confiaria cegamente.

— O quê?! Eles estão tentando fazer isso com o irmão?! Que droga, é por isso que querem me mandar de volta!!! —

— Espere, a Casa Everwinter te chamou de volta? —

— Sim, — Irina cruzou os braços, as narinas ainda inflamadas de fúria. — Desde que se espalhou que o irmão virou Progenitor, a Casa Everwinter está tentando me fazer voltar. Pelo que ouvi, a facção do Damien insistia nisso. E, como aquela velhota tem algo a ganhar, ela apoia a agenda dele. Quem diria que eles estavam tramando contra você… —

A característica mais encantadora da Irina sempre foi sua dedicação a mim. Se não fosse relacionada a mim, ela ignoraria a maior parte das coisas, mesmo que fosse uma convocação direta da Matriarca Everwinter.

Normalmente, eu poderia repreendê-la por isso, mas acho que seu amor cego por mim nos salvou de cair em uma armadilha.

Enfim, azar deles, pois temos uma carta na manga que eles nunca imaginariam.

— Rosa… Me conte tudo sobre esse esquema que eles estão planejando… —