
Capítulo 126
(Hum, desculpe) Eu Reencarnei!
114 – Uuuuuuuu
Publicado em 25 de junho de 2017 por crazypumkin
*Sem edição
" Por que você está perguntando isso do nada? "
Quando minha pergunta sobre o avô saiu, o rosto do Pai ficou pálido. Como eu imaginei, aconteceu alguma coisa.
Eu tinha pisado numa armadilha de campo minado.
Tudo bem. Eu sabia disso. Por isso também escolhi perguntar pessoalmente, em vez de usar a ferramenta de comunicação. Quanto a mim, eu estava tremendo. Isso era o que chamam de 'calafrios'. Era o frio da antecipação do que estava por vir.
Definitivamente não era porque eu tinha medo de que o Pai ficasse bravo ou começasse a me odiar.
" …..Todo mundo na escola estava falando sobre seus avós… "
De alguma forma, controlei o tremor na minha voz e finjei estar calmo. E então, o Pai abraçou a cabeça dele.
" Aah-. Não é de admirar que você esteja perguntando. O avô… não, meu pai… veja só… "
Encarei os olhos do Pai. Olhando para sua expressão séria, engoli em seco. Sim, o clima estava muito tenso naquele momento. Isso poderia ser um grande segredo. É isso! Nossa casa era a família ducal mais importante do país.
Será que é isso? Em troca do Pai, que como Senhor Federal, não podia deixar seu território por um longo período, o avô teria saído em uma missão em seu nome?
Ao perceber isso, abaixei a cabeça. Eu poderia entender se essa fosse a razão de o segredo estar escondido de mim.
" Aquilo… erm, o Pai era… como posso dizer… meio que um viajante."
" Ei? "
Quando eu estava prestes a dizer ao Pai que tudo bem não revelar se fosse um segredo do país, ele me surpreendeu com uma revelação chocante.
…… Um Viajante?
Será que o avô era um viajante profissional, Pai?
Agora, uma pergunta. Uma ocupação como aventureiro poderia estar relacionada à busca por novas terras, além de, sobretudo, enfrentar monstros mágicos e completar missões enviadas por todos, sendo uma profissão reconhecida por Deus.
E então, o que é um viajante?
O que ele faz? Viajar não era uma atividade prazerosa?
Não pode ser que o avô, vestindo um casaco marrom e um chapéu verde, passeie por aí com um violão, certo? Essa era minha imagem de um viajante, porém.
No final, várias interrogações pairavam sobre minha cabeça. Observando minha expressão, o Pai deu uma risada de leve e começou a explicar.
" Veja, os chefes da casa Beryl, por algum motivo, depois de passarem o comando para o filho, sempre partiam em uma viagem. Às vezes, eu recebi cartas dele, mas… há quatro anos, as cartas dele diziam que ele estava indo para uma montanha em Hadazerl, e depois disso não tive mais notícias."
Percebi o quão estranha era a tradição da família Beryl.
Talvez eles tenham se cansado de administrar a terra após tanto tempo. Mesmo assim… todos os chefes terem saído em uma jornada é realmente… muito interessante.
Talvez por causa da expressão estranha no meu rosto, o Pai levantou-se e caminhou até um canto das estantes de livros.
" Dê uma olhada. "
Falando isso, o Pai me entregou um diagrama da nossa árvore familiar.
" Não sei bem sobre o primeiro fundador (de Beryl), mas nossa linhagem veio de Hattuo. Até aquele que fundou Elzmu junto com o Primeiro Fundador, veja aqui. "
" Simon Beryl… voltou após sua viagem e morreu de velhice… "
Parecia que o nome, bem no meio do diagrama, era o primeiro. O nome na parte inferior estava escrito 'Gion'. Bem ao lado do nome de Simon, em letras pequenas, havia a causa de sua morte. E, ao observar detalhadamente, quase todos morreram da mesma maneira.
" Ele contraiu alguma doença quando voltou de suas viagens? Como uma gripe ou algo assim? "
Senti algo estranho e perguntei ao Pai. Ele balançou a cabeça.
" Não é bem assim. Pense comigo, você já pegou um resfriado alguma vez? "
" ….. Não. "
" É isso aí. Todas as Beryls têm corpos resistentes. Na verdade, meu avô, seu bisavô, voltou de uma viagem parecendo sonolento. Ele não parecia estar doente ou algo do tipo. "
Pensei que só o Pai tinha sido enganado. Quem diria que toda a família também era enganada? Olhei o diagrama, quase encostando o nariz no papel, e a primeira palavra estava tão desbotada que mal dava pra ver, mas pelos nomes que consegui distinguir, parecia que todos eles fizeram uma viagem.
De alguma forma, vendo isso, senti que também precisava fazer uma viagem. Talvez os chefes anteriores tenham partido em uma jornada pensando da mesma forma que eu.
De repente, uma pergunta surgiu na minha cabeça.
" Pai, a família Beryl veio de Hattuo…? "
" Ah, sim. Dizem que o Primeiro Fundador, junto com Simon, saiu de Hattuo. Naquela época, houve uma grande disputa com Hattuo também. Ah, mas depois disso, ficaram conhecidos por abrir a [Floresta Maldita] para estabelecer um país aqui. "
" O Primeiro Fundador também era de Hattuo? "
Chocante.
O Primeiro Fundador, que eu acreditava ser 'meu amigo', de repente, tinha suas raízes reveladas bem na minha frente. Eu não tinha como não ouvir! Sem pensar, inclinei meu corpo adiante.
" Ah, não, sobre isso… "
Com minha empolgação, o Pai começou a enrolar sua fala novamente.
" Segundo o Simon, ele disse algo incompreensível, como se o Primeiro Fundador simplesmente tivesse aparecido na [Floresta Maldita]. "
…….Ele foi definitivamente transferido para este mundo alternativo!!
Ah, embora o Primeiro Fundador ainda fosse um 'amigo' meu, o gênero parecia um pouco diferente. Eu era uma reencarnação, ele estava em uma viagem. Mas, mesmo assim, isso confirmou que ele era um 'amigo'!
Um sorriso involuntário surgiu no meu rosto. O Pai sorriu de volta e começou a fazer carinho na minha cabeça.
Uuuuuuu.
" Você só tem essa idade…! Isso mesmo, quase me esqueci, mas você tem apenas 8 anos…! "
O Pai deve ter pensado que eu era apenas um garoto fascinado pela história de como Elzmu surgiu.
Não! Eu estava sorrindo porque ficava feliz em saber que tinha um 'amigo' aqui!
…..Embora eu não pudesse dizer isso em voz alta.
" Uuuuuuuuu…… "
Enquanto eu resmungava e levava as palmadinhas, ainda me sentia amado. Apesar daquele sorriso do Pai ainda ser meio irritante, minha cara devia estar toda vermelha naquele momento.
" Certo. Para você… sim, vou emprestar isso. "
Do alto das estantes, o Pai pegou um livro enorme. Era um livro bem antigo, encadernado com algo que parecia couro preto, e tinha altura de quase metade de mim.
Como parecia exatamente aqueles livros de feitiço vistos em filmes, meus olhos brilharam ao vê-lo. Droga! Eu estava reagindo do jeito que o Pai queria! Queria controlar minha expressão, mas já era tarde demais.
" Não pense em construir seu próprio país escavando a [Floresta Maldita]. Ouvi dizer que era muito difícil na época."
Disse o Pai, sorrindo.