
Capítulo 264
Renascido com Pontos de Habilidade Infinitos, Eu Escravizei Todos os Universos
Capítulo 264: A Barreira de Aurélia
Na verdade, Daniel já havia reunido há bastante tempo informações detalhadas sobre os Anjos de Ouro e Prata por meio do Olho da Visão.
Uma das principais razões para o Apocalipse milenar foi o caos nas leis naturais do mundo. Os Anjos de Ouro e Prata só conseguiram descer à superfície porque exploraram exatamente esse caos.
No entanto, tirar proveito das brechas nas regras do mundo estava longe de ser uma tarefa simples.
Para anjos de Ouro e Prata de nível inferior, os efeitos dessa descida eram mínimos. Mas quanto maior seu poder e mais elevada sua posição, maiores eram as restrições impostas a eles.
Por isso, esses anjos de alta patente raramente desciam ao chão. Quando o faziam, era preciso investir um tempo e esforço enormes.
Porém, a parte verdadeiramente problemática estava em outro lugar.
Os anjos eram como criaturas do Abismo — jamais poderiam ser completamente exterminados. Para cada um que caía, inevitavelmente surgia uma Nova Vida. Seus números eram inesgotáveis.
Mas, em comparação com criaturas do Abismo, os anjos eram muito mais aterrorizantes.
Em circunstâncias normais, uma criatura do Abismo que morresse reencarnava-se como um ser completamente novo, sem ligação com seu passado. Essa nova entidade não carregava memórias nem experiências — apenas continuava sua espécie.
Por outro lado, os Anjos de Ouro e Prata eram fundamentalmente diferentes.
Mesmo após a ressurreição, eles retinham todas as memórias e experiências de combate anteriores, e seu nível quase nunca diminuía.
Na melhor das hipóteses, poderiam perder alguns equipamentos ou itens no processo.
Por isso, para a grande maioria dos Anjos de Ouro e Prata, o principal objetivo era aumentar sua capacidade de causar dano com suas habilidades. Existir como inimigos infinitamente revivíveis os tornava os adversários mais difíceis de lidar.
Para realmente enfrentar um inimigo assim, era preciso destruir completamente sua autoridade de ressurreição.
Por meio do Olho da Visão, Daniel já havia descoberto o segredo por trás de sua revivescência.
No interior do Reino Divino, havia um templo sagrado pertencente a Aurélia, deusa do Ouro e Prata. No centro desse templo — uma enorme Mar de Água Divina, que cobria dezenas de milhões de quilômetros quadrados.
A única maneira de interromper permanentemente a ressurreição interminável dos Anjos de Ouro e Prata era destruindo essa Mar de Água Divina.
A Mar de Água Divina concedia a eles uma ressurreição infinita, mas tinha um efeito colateral oculto: cada revivescência reduzia seu limite de nível em um.
No entanto, diante da imortalidade, essa desvantagem era praticamente irrelevante.
Ela apenas diminuía seu potencial máximo, não seu nível atual.
Para exemplificar, se um Anjo de Ouro e Prata estivesse no nível 500, não importando quantas vezes ressuscitasse, seu nível permaneceria o mesmo.
A única mudança real seria uma leve redução no seu limite de nível — o que não significava nada para uma criatura que já tivesse atingido o ápice de 500.
A menos que, algum dia, a raça dos Anjos de Ouro e Prata ascendessem a uma condição de divindade, expandindo seus limites de nível. Somente então a penalidade cumulativa começaria a se manifestar.
Porém, uma perspectiva dessas era de probabilidade astronômica, praticamente insignificante.
Para a esmagadora maioria de sua espécie, alcançar seu limite de nível atual já era uma tarefa árdua — quanto mais desbloquear novas camadas de poder.
Portanto, na prática, a “desvantagem” de sua ressurreição não tinha qualquer consequência real.
Enquanto isso, Daniel refletia sobre tudo isso ao ativar o Retrocesso, que o transportou instantaneamente para a periferia do Reino Divino.
Sua capacidade de aparecer ali de repente era resultado de suas explorações anteriores pelo céu.
Naquele tempo, tinha levado um longo voo para se aproximar do Reino Divino.
E foi por esse domínio sobre o movimento no espaço que Daniel conseguiu assassinar Vinícius de forma limpa — chegando instantaneamente com Retrocesso.
Poucos momentos antes, ele tinha disparado a Arma do Núcleo Primordial, destruindo Vinícius e vários anjos poderosos próximos a ele.
O resgate deles ainda levaria algum tempo.
O vasto Reino Divino exalava uma aura de santidade em todas as direções.
A arquitetura dos Anjos de Ouro e Prata carregava uma beleza única — ficava claro que ali era a morada de sua raça.
Ao avançar com cautela, uma barreira dourada apareceu repentinamente em seu caminho.
Era exatamente essa barreira que impedia sua entrada mais profunda no santuário interno.
Daniel não hesitou. Rapidamente, sacou outra Arma do Núcleo Primordial.
BOOM!
Uma explosão ensurdecedora irrompeu, formando ondas que se espalharam pela barreira dourada.
Mas, quando a explosão se dissipou, a superfície da barreira voltou ao seu estado tranquilo, como se nada tivesse acontecido.
"Nem a Arma do Núcleo Primordial consegue atravessar?"
Instintivamente, Daniel invocou o Olho da Visão, focando na barreira dourada diante dele.
[Guardião Ouro-Prata]
Descrição: Uma guarda protetora fortalecida por Aurélia, deusa do Ouro e Prata.
O olhar de Daniel se voltou para a descrição da Arma do Núcleo Primordial — seu poder de ataque era dito igual a uma investida aprimorada de nível divino.
A barreira dourada diante dele foi realmente criada por Aurélia. Se fosse esse o caso, era plausível que até mesmo a Arma do Núcleo Primordial pudesse não consegui-la atravessar.
Afinal, trata-se de uma barreira divina; não foi feita para ser quebrada por um ataque comum.
Como força bruta não funcionava, Daniel precisava de outra abordagem.
Ele ativou o Presente da Deusa Encoberta!
Sua figura brilhou e se transformou, assumindo gradualmente a forma de um anjo.
Mais precisamente, na forma do próprio anjo que acabara de ser destruído pela Arma do Núcleo Primordial — Vinícius.
Assim que sua aparência refletia perfeitamente a de Vinícius, Daniel avançou — e passou com facilidade através da barreira dourada.
...
Enquanto isso, no solo, inúmeros mortais olhavam para o céu, com expressões de confusão.
"Por que aqueles malditos anjos não estão mais descendo?"
"O que vamos fazer agora?"
Enquanto as discussões se espalhavam pelo povo, uma explosão estrondosa veio do céu!
Uma entidade estelar atingiu a barreira dourada ao redor do Reino Divino — mas não produziu efeito algum.
Dentro da barreira, os Anjos de Ouro e Prata observavam a investida infrutífera com rostos indiferentes, um leve semblante de zombaria nos olhos.
Nesse momento, um estrela branca percebeu os anjos dentro do Reino Divino.
"Espera aí! Eu acabei de esmagar aquele cara em pedaços! Por que ele está de pé de novo?"
"Ele não foi completamente destruído?"
O anjo — ou melhor, Daniel na forma de Vinícius — parecia notar a estrela branca que o encarava. Um sorriso de zombaria surgiu em seu rosto, e ele ergueu uma mão — estendendo o dedo médio em sinal de cumprimento.
Apesar de as estrelas terem vagueado pelo céu por eras, seus 4.000 anos de liberdade os ensinaram sobre as culturas de inúmeras raças.
E, entre todas as culturas, o gesto do dedo médio tornou-se universalmente entendido.
A estrela branca, embora sem mãos, compreendia completamente o seu significado.
Sua luminosa forma parecia se inchar de raiva, e ela se lançou de cabeça contra a barreira dourada em uma investida imprudente.
Mesmo enquanto sua forma se rachava e desmoronava, a barreira dourada permaneceu totalmente intacta.
"Aquelas malditas Anjas de Ouro e Prata! São insuportáveis!"
A situação atual era clara: os Anjos de Ouro e Prata tinham se recolhido completamente ao Reino Divino, ignorando os assuntos do mundo exterior.
Eles estavam esperando.
Esperando que seus mais poderosos descessem, e aguardando seu maior reforço —
O Sol, Apolo, estava prestes a nascer.