
Capítulo 249
Renascido com Pontos de Habilidade Infinitos, Eu Escravizei Todos os Universos
Capítulo 249: A Escolha de Pippen
Daniel já havia discutido há muito tempo a questão da fé com os devotos da Deusa da Sorte.
A conclusão a que chegou foi simples: desde que a pessoa não utilizasse a escritura original na oração, não haveria risco.
Isso porque, para os deuses, somente a versão original do texto poderia estabelecer uma conexão verdadeira.
Se a escritura fosse alterada, esse elo de comunicação seria cortado.
Por isso, Daniel optou por modificar a escritura—
Porque, neste momento, Aurelia já se tornara uma inimiga da humanidade.
E se alguém insistisse em continuar adorando uma inimiga do seu povo...
Melhor seria se cortasse a própria garganta.
A adaga de Daniel repousava friamente contra a garganta de Pippen.
A ameaça era simples, silenciosa—e inabalável.
Todos que estavam por perto instintivamente recuaram um passo.
Todos sabiam muito bem—
Foi por intervenção de Daniel que eles foram salvos.
Se ele não tivesse entrado em ação, teriam acabado como aquelas almas infelizes— consumidas pela loucura, transformadas em bestas sem mente.
Daniel era o salvador deles.
Para essas pessoas, ele conquistou sua confiança incondicional.
E agora, ao ouvir as palavras de Daniel, a multidão virou-se quase que instantaneamente contra ele.
Eles dirigiram ondas de hostilidade em direção a Pippen.
Não importava quão poderosa Pippen fosse outrora—
Não importava que ocupasse a exaltada posição de arcebispo.
Agora, ele estava sendo rejeitado.
O corpo de Pippen tremeu violentamente.
Ele nunca imaginara que o deus que venerara com devoção inabalável... fosse na verdade o inimigo da humanidade.
Demorou bastante para que assimilasse esse colapso interno.
Só after algum tempo de reconstrução mental, ele falou lentamente:
"Se... se for possível... poderia dar uma olhada no conteúdo desta escritura revisada?"
Pippen ainda tinha fé em Aurelia.
Mas a declaração de Daniel o deixou profundamente abalado. Ele precisava ver a verdade com seus próprios olhos.
Sem hesitar, Daniel entregou a ele a escritura modificada.
Pippen a aceitou e começou a lê-la cuidadosamente.
Rápido, descobriu que as revisões não eram tão drásticas quanto imaginava.
Grande parte da redação original permanecia intacta.
Mas, por já ter lido o original tantas vezes antes, Pippen notou rapidamente o que realmente mudara—
As passagens de oração.
Apesar de seus significados não terem sofrido mudanças radicais, a formulação havia sido fundamentalmente alterada.
E, por causa disso, o elo com Aurelia foi cortado.
Para Pippen, essa mudança não representava um problema teológico.
Depois de refletir por um tempo, finalmente assentiu e disse:
"Estou disposto a aceitar seus termos."
Ao ouvir isso, Daniel estalou os dedos.
Instantaneamente, a adaga no pescoço de Pippen desapareceu.
Daniel já havia usado o Olho da Percepção para verificar se Pippen dizia a verdade—
Não havia engano em suas palavras.
Ainda assim, para garantir, Daniel fez uma advertência:
"Independentemente das circunstâncias—lembre-se disso: de agora em diante, a escritura em suas mãos é a única que sua igreja utilizara."
"Todas as orações futuras deverão seguir o conteúdo revisado à risca."
Depois, voltou-se ao Primeiro Imperador Humano e acrescentou:
"A partir de hoje, sempre que um seguidor fizer uma oração, você deverá designar alguém para monitorar."
"A escritura antiga não poderá mais ser usada. Somente esta versão será válida."
Ao ver a seriedade com que Daniel falava, a expressão do Primeiro Imperador também se tornou grave.
"Ficarei atento. Vou garantir que seja cumprido ao pé da letra."
...
Em outro lugar, no fundo do labirinto,
a batalha entre os devotos de deus continuava a todo vapor.
Era uma luta de intensidade inimaginável—uma que ameaçava rasgar o próprio tecido do labirinto.
Depois de sofrer a corrupção do [Caça à Mente] de Daniel uma vez antes, Michael não ousava mais baixar a guarda.
Ele despendia cada fração de sua força na luta contra Kate.
Convém dizer—a sorte de Kate era simplesmente monstruosa.
Repetidas vezes, Michael conseguia estar à frente.
E, contudo, de alguma forma, Kate sempre conseguia virar o jogo—tomando a vitória bem na borda da derrota.
Estatisticamente, Kate não tinha capacidade para igualar Michael.
Em termos de poder bruto, ela era muito inferior.
E, mesmo assim, tinha uma habilidade incomum de explorar a menor brecha—
Transformando pequenas vantagens em oportunidades críticas.
Por isso, os dois devotos de deus—apesar da grande diferença de força—estavam numa luta empatada.
Sua frequência de ataque era incrível.
Com cada piscar de olhos, dezenas de habilidades eram desencadeadas.
Explosões ecoavam pelo cenário sem parar.
A terra tremia sob a fúria da guerra divina.
Michael não ousava subestimar seu adversário—não mais.
Lutava com total concentração, ciente do perigo que Kate realmente representava.
Mas, naquele momento, uma silhueta familiar apareceu atrás dele.
"Meu querido irmão... por que você está aqui?"
Esse instante de distração foi suficiente.
A atenção de Michael vacilou—seus instintos questionaram o que via.
E então, ele percebeu.
Aquilo não poderia ser seu irmão.
Seu irmão não poderia estar ali.
Era um truque.
Tinha que ser uma ilusão—ou, pior ainda, uma personificação.
Kate viu a brecha e não hesitou nem por um segundo.
"Morra!"
Ela lançou uma habilidade poderosa—criando inúmeros feixes de luz que convergiram sobre Michael, formando uma grande gaiola de raio divino.
Contudo, o escudo de Michael permaneceu intacto.
O ataque dela não penetrou.
Mas o "irmão" falso atrás dele lançou um ataque naquele exato momento.
"Droga!!"
Michael rugiu de fúria.
Ele estava ficando cansado.
De um lado, precisava se defender dos ataques implacáveis de Kate.
Do outro, tinha que estar sempre alerta para as emboscadas de Daniel.
Era exaustivo—mental e fisicamente.
Mesmo um devoto de deus tão poderoso quanto Michael começava a sentir a pressão.
Ele já tinha sentido os efeitos horríveis da corrupção espiritual de Daniel uma vez antes.
Sabia o quanto [Caça à Mente] era perigoso.
Por isso, precisava estar vigilante—sempre atento a sinais da presença de Daniel.
Mas Daniel não tinha a intenção de focar apenas em Michael.
Por que deveria?
Havia vários Anjos de Ouro e Prata por perto—muitos deles devotos de deus.
Oportunidades não faltavam.
Então, em um instante, Daniel mudou sua atenção e lançou seu [Caça à Mente] contra outros anjos.
Michael podia estar bem protegido—seu escudo era praticamente intransponível.
Mas o mesmo não se podia dizer dos demais.
Para Daniel, a defesa deles era patética.
Eles estavam completamente despreparados para a guerra espiritual.
Nenhuma chance de resistir ao ataque.
E assim, um a um, Daniel marcou os Anjos de Ouro e Prata com [Caça à Mente].
Logo depois, sinais de colapso espiritual começaram a aparecer.
Vários anjos mais fracos começaram a fraquejar—
Seus olhos oscilando entre clareza e loucura.
E, inacreditavelmente—
Alguns chegaram a virar-se e atacar Michael.
O que exatamente estava acontecendo?!