
Capítulo 69
Fui parar dentro de uma história de fantasma... e ainda tenho que trabalhar
Nota da tradutora:
Uma correção importante no nome do nosso monstro favorito das creepypastas!
Vou escrever o nome dele como BRAUN a partir de agora! Não encontrei nenhuma confirmação oficial do autor sobre essa grafia, mas Braun faz mais sentido para um cavalheiro elegante com uma TV no lugar da cabeça, considerando estes pontos: https://en.wikipedia.org/wiki/Television_set#Early_television & https://global.samsungdisplay.com/29755/
Então, pessoal, por favor, ajustem na cabeça de vocês o nosso querido Braun~ Ele tem uma cabeça de TV antigona que se parece mais ou menos com esta: https://global.samsungdisplay.com/29666/
Um agradecimento especial ao kelet por notar isso! Não teria percebido sem você!
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O avaliador do manual desaparecido.
Os 50 milhões de won sumidos.
E o presente que logo estará desaparecendo também, a Banhadeira de Sangue (em andamento).
"……"
Para piorar, Braun — quem pediu o presente — está agora no bolso da minha bolsa.
‘Ele provavelmente está ouvindo tudo isso, droga…’
Eu o havia levado junto, caso caíssemos em outro cenário de creepypasta. Deixar ele em casa me deixava inquieto, mas agora parecia que isso só tinha piorado as coisas.
Era como prometer um presente de Natal para minha sobrinha e só descobrir que as prateleiras da loja estão vazias quando eu chego lá.
Só que, neste caso, minha sobrinha era a Annabelle.
"Huu…"
Soltei um suspiro profundo.
‘Um funcionário deste mundo tirando uma semana de licença não autorizada e sem aviso…’
É óbvio.
Isso quer dizer que ele provavelmente está enroscado num enredo de creepypasta e desaparecido.
‘Apenas relaxa e espera. Dizem que é melhor pra sanidade.’
Mas se eu esperar tempo demais, alguém pode comprar a Banhadeira de Sangue na Alien Shop, e aí vou perder a “promessa” com o Braun.
Eu realmente não quero irritar o bichinho de pelúcia que já queimou uma Escuridão Classe A só estalando os dedos…!
‘Eu vou morrer de verdade.’
A assistente Eun Haje me deu alguns tapinhas encorajadores no ombro antes de voltar para sua mesa, enquanto eu permanecia ali, calado e perdido em pensamentos.
O que eu faço?
Devo esperar, roer as unhas por dois meses, e se a banheira vender nesse meio tempo, engolir o orgulho e pedir desculpas?
Devo fazer um empréstimo?
Ou…
‘…Primeiro, acho que devo pelo menos descobrir por que essa pessoa desapareceu.’
Não é só para limpar a barra e dizer “fiz o meu melhor”. Vai que eu encontro o desaparecido sem correr grandes riscos.
Eu ainda tinha os <Registros de Exploração Sombria>, tanto na memória quanto no celular.
‘Vou ao menos dar uma investigada.’
Desde o incidente no parque temático, o trabalho estava relativamente leve, e eu tinha acabado de terminar a papelada da última exploração ontem.
Hoje eu tinha um tempo livre, contanto que não saísse por aí.
‘Além disso, meus superiores estão indo e vindo do escritório hoje.’
Claro que, como o mais novato da cadeia, decidi esperar até depois do almoço para dar uma saída rápida sem ser notado.
O primeiro lugar para visitar…
‘A mesa do avaliador do manual, claro.’
* * *
Ding.
As portas do elevador se abriram.
Como sempre, eu tinha preparado uma história para dar uma desculpa nessa visita.
— Ah, quer dar uma passada no escritório do avaliador? Huu… Pode deixar, Roe, só leva isso e entrega pra ele!
O supervisor bondoso do meu esquadrão me entregou um certificado de conclusão de um treinamento. Não era nada urgente, mas já me dava um motivo para estar ali.
‘Minha mais sincera gratidão, Supervisor Park Minseong…’
Num mundo de creepypasta cheio de psicopatas, a gentileza dele parecia um gesto caloroso e raro.
Entrei na sala do suporte administrativo procurando alguém para entregar o documento. Felizmente, havia um funcionário sentado bem ao lado da mesa do avaliador desaparecido.
“Vim entregar uns papéis para o Supervisor Park Minseong do Esquadrão D.”
“Hã? Deixa aí mesmo.”
“Certo. E também…”
Nem me olhando, o funcionário continuava digitando no computador, parecendo entediado. Entreguei educadamente o envelope que segurava.
Dentro, tinha donuts quentinhos polvilhados com açúcar e recheados com creme de baunilha, além de um Americano gelado.
‘Subornos são essenciais nessas horas.’
“Peguei esses quando fui comprar algo para mim. Achei que você poderia gostar.”
“……! Ah, você não precisava, sério!”
Mesmo assim, ele estendeu a mão para pegar o café e os donuts. Um verdadeiro trabalhador de escritório.
“Supervisor Kang, distribui aí.”
“Hã? Donuts?”
“São dele.”
“Poxa, valeu! Você é do Esquadrão D, né?”
Observei enquanto o clima no escritório mudava sutilmente para um momento de descontração, com a equipe administrativa mordiscando os donuts e conversando.
Era um ambiente amigável, perfeito para puxar informações de leve. E melhor ainda, já que eu era quem havia trazido os lanchinhos.
Aproveitei o momento certo para mencionar o avaliador do manual desaparecido, lançando um olhar para a cadeira vazia de ‘Lee Byeongjin’.
“Hum, posso deixar esse café na mesa do chefe de seção Lee? Ele não parece estar aqui…”
“Ah, nem precisa. Leva com você — ele não apareceu nenhuma vez.”
“Ah, ele está de férias?”
“Férias? Não, ele está desaparecido.”
Beleza.
O funcionário próximo respondeu indiferente, quase sem olhar para mim, e trocou um olhar com outra pessoa na sala.
“Pra ser sincero, meio que já esperávamos por isso.”
“Ei, ei.”
“Ah, qual é. Todo mundo já sabe, né? Você é novato no Esquadrão D, certo? Qual seu nome?”
“Kim Soleum, senhor.”
“……! Ah, você é o que quase foi para o Esquadrão A?”
“Hum, acho que sim, senhor. Eles parecem ter uma boa impressão de mim, sou grato por isso.”
“Poxa.”
Começaram a surgir murmúrios pelo ambiente: ‘Então esse é o novato do Esquadrão D…’
O funcionário da mesa ao lado me olhava de cima a baixo, agora com mais interesse, escondendo a indiferença inicial.
“O lance é que você provavelmente vai descobrir isso mais cedo ou mais tarde se continuar por aqui mesmo.”
O funcionário deu um leve sorriso maroto.
“Veja bem, já tivemos casos de gente que trabalhava aqui, sem fazer ideia do que pegava, e acabou desaparecendo.”
“Desculpa?”
Perguntei franzindo a testa, como se estivesse refletindo.
“Espera… quer dizer que é por isso que ele não apareceu?”
“Exato. Aquilo lá, como era mesmo?”
“O pergaminho, o pergaminho.”
Outro colega entrou na conversa, parecendo desistir de ajudá-lo a lembrar, e começou a rir.
“Isso, o pergaminho. Ele tava todo orgulhoso porque comprou um que supostamente aumentava a sorte, jurando que ganhou o segundo prêmio na loteria depois disso.”
Entendi.
Então ele comprou algum pergaminho duvidoso, se gabou da sorte que tinha ganho e sumiu?
‘História clássica de brechó mal-assombrado…’
Um enredo direto de clichê.
‘Beleza, já sei o que fazer.’
Tomei uma decisão rápida:
Recuar.
Não vou me meter nessa. Ficar aqui seria como dizer, “Eu! Eu agora! Quero ser o próximo desaparecido só pra conseguir meu dinheiro mais rápido!”