
Capítulo 44
Fui parar dentro de uma história de fantasma... e ainda tenho que trabalhar
Virei uma moeda rapidamente, invoquei uma luva translúcida, joguei uma moeda de 500 won e fiz um gesto para juntá-las.
“Cinco segundos vão ser suficientes.”
Minha mão, flutuando no ar, se moveu em direção à parte de trás da plataforma parcialmente exposta.
O alvo... uma alavanca.
MINMAX
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“Espera aí, Soleum-ssi. O que é isso? Essa etiqueta...”
“Segure firme.”
“Com licença? Segurar... o quê?”
“Agarre a alça do assento do trem—”
Minha mão puxou a alavanca até o fim para baixo.
“E segure firme.”
MINMAX
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Naquele momento, o trem disparou para frente numa velocidade insana.
Chiiiiiiiiiiiiiii!
– O Trem da Fantasia está partindo!
“Ugh!”
“Que diabos?!”
Segurando a alça do assento com força, gritei de volta.
“Eu puxei a alavanca de velocidade! Para a máxima!”
“Por que diabos você fez isso, seu louco!”
Porque eu tenho um plano.
“Se a gente passar voando, não vai dar tempo pra essa coisa mexer com o trem!”
“……!”
Trata-se justamente de pular os eventos.
“Uma atração escura normalmente anda devagar, pra você ver e experimentar o interior decorado.”
Mas se você acelerar como um doido?
“Vai pular tudo!”
A decoração interna, os efeitos...
E até os perigos que podiam ser fatais!
No <Registros de Exploração Sombria> que li, teve um caso onde usaram essa técnica pra desacelerar uma montanha-russa, mas o ponto-chave era o controle da velocidade!
Achei que tinha uma grande chance de funcionar aqui também.
“Bom!”
Foi um sucesso!
No entanto... o próximo passo é o problema.
Olhei para fora.
Chiiiiiiiiiiiii!
Sentia a pressão do vento.
Era quase tão rápido quanto uma montanha-russa.
Aquela velocidade claramente era só para os testes de segurança.
...Ou seja, não foi projetado para operação normal.
“...Se alguém se assustar e desmaiar, pode ser arremessado para fora do trem.”
Nesse caso, seria morte certa.
Você pode chamar isso de efeito colateral desse passeio de trem desgovernado.
Para um covarde como eu, era uma falha fatal...
“Mas tem um plano B!”
Com medo de desmaiar?
Basta não olhar!
[Prezados passageiros, bem-vindos ao lindo Fantasyland!]
Enquanto a narração começava, eu gritei:
“Vou fechar os olhos!”
“O quê?!”
Fechei firme os olhos, agindo como um doido.
“Essa narração parece importante, então vou prestar atenção nela o máximo que eu puder!”
“……!”
“Se achar que vai morrer, me avise!”
“Esse cara é completamente louco, hein?! Hahaha, beleza!”
Logo quando a risada do auxiliar do grupo A foi se afastando, a narração passou zunindo pelos meus ouvidos.
[Como surgiu esse Fantasyland?]
[Há muito, muito tempo, 403930291928494 horas atrás, uma flor amarela, um dragão azul e um coelho vermelho viviam juntos nesta terra.]
[Esse lugar maravilhoso, bem aqui!]
“A-Aquela flor estranha... a flor está me chamando...”
“Agacha!”
[Mas eles eram muito diferentes!]
['Você é barulhento demais!']
['Você é sujo demais!']
['Você é chato demais!']
[No fim, eles não conseguiram se aceitar e começaram a brigar. Esta é minha terra!]
“Ahh! Cobra, monstros cobra, tem monstros rastejando no chão! Eek! Tentaram agarrar o trem... mas ficaram para trás...”
“Gaah—!”
[A flor amarela disse,]
['Eu te odeio! Saia daqui!']
A atração passou num instante.
O trem disparou e o tempo da viagem foi acelerado como se estivesse em velocidade dupla.
[O dragão azul falou.]
['Eu te odeio! Cai fora!']
‘Parece que está perto do fim da briga...’
Agora, para a parte final.
‘Essa parte foi descrita várias vezes antes também.’
Aqueles mascotes, no fim das contas, só queriam viver do jeito que quisessem.
Então, cada um dividiu o Fantasyland em zonas de acordo com suas cores e viveram pacificamente como queriam...
[O coelho vermelho falou.]
[Morra.]
……
Bom.
[O coelho vermelho decidiu eliminar seus amigos a qualquer custo. Não, eles não eram mais amigos. Inimigos! Inimigos! Inimigos!]
[Um por um, um por um, um por um! Jogando-os em poços, afogando-os, empurrando-os de penhascos!]
[Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra! Morra!]
Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra Morra
A narração foi cortada.
E então, de repente, recomeçou.
Uma voz estranhamente alegre.
[O coelho vermelho venceu!]
A voz chiou.
[Quem manda nesta terra é somente o coelho vermelho, o Coelho Mágico.]
[O Coelho Mágico é o sonho, a fantasia, a regra, e só a ideologia dele vale a pena curtir.]
Silêncio.
Os passageiros, que faziam barulho como se tivessem visto todo tipo de horror, agora soltavam apenas respirações pesadas e ofegantes.
O som de suspiros assustados.
E então.
...O trem começou a desacelerar.
Engoli em seco.
“...É o fim da linha.”
Não importa quão rápido seja o passeio, ele sempre desacelera no final.
[O Fantasyland do Coelho Mágico]
A nuca estava molhada de suor frio.
Um pressentimento sombrio foi surgindo.
Finalmente levantei a cabeça.
[O Grande Coelho Mágico!]
A cabeça de um enorme mascote de coelho apareceu bem na nossa frente.
Seus olhos vermelhos brilhantes giravam loucamente, e sua boca se abriu de par em par, revelando fileiras de dentes serrilhados e horríveis que salientes avançavam para fora.
[Faça parte do Grande Coelho Mágico!]
Um cenário que eu nunca tinha visto antes.
[Morra]
O ar ficou cheio de um ruído desorientador.
Coelhos vermelhos pressionavam suas cabeças contra as janelas de todos os lados, parecendo que seus trajes de mascote iam explodir, olhando para nós intensamente.
[Morra]
Quase desmaiei.
“Haaaah... haaaaaah...!!”
“M-M-Morra...”
A narração risonha ficou descontrolada. Luzes vermelhas piscavam por todo o trem, e murmúrios desesperados preenchiam o ar, dificultando pensar claramente.
A voz cortou o caos.
“Ah. Agora entendi.”
“...O quê?”
“É como uma cerimônia de iniciação para novos funcionários, né? Fazendo eles se matarem... Clássico.”
O que ela está falando?
“Você viu agora há pouco, né? O coelho matou todos os amigos dele. Ah, você estava de olhos fechados e perdeu. Mas ouviu a narração, né?”
Era a voz calma da funcionária do grupo A.
Quando virei a cabeça, vi a funcionária com máscara de borboleta olhando para os coelhos na janela, como se aquilo fosse algo comum.
“Então, quem a gente deve matar?”
“O quê...”
“Shh.”
Os olhos por trás da máscara de borboleta ficaram sinistros.
Um olhar que avaliava valor.
“Hmm.”
Grupo Y.
A pesquisadora.
Eu.
Grupo Y.
A pesquisadora.
Grupo Y.
A pesquisadora.
A pesquisadora.
Grupo Y...
“Você.”
Fui marcada.
O queixo da novata do grupo Y ficou azul claro por um instante.
O auxiliar do grupo A apontou o dedo.
“Peguem esse cara de jaleco branco.”
A pesquisadora.
“......!”
Uma sentença de morte.
“Uh, uh...”
Estalo.
A novata do grupo Y, com um movimento rígido e artificial, agarrou os membros do pesquisador e o conteve.
“Q-Que diabos você tá fazendo... espera, espera um pouco.”
“Tampe a boca dele. Ah, e mantenha a sua fechada também.”
“Mmmph!”
“Ah... temos que matar um cada, na raça? Ei, recruta top.”
Olhei para ela automaticamente.
“Por que você não mata este aqui? Quero observar.”
“Mmm! Mmmmmm! Mmm!”
“Não use seu equipamento especial, faça você mesmo... Ah, certo. Mais cedo, aquele coelho jogou o dragão do penhasco, né? Tente jogar ele fora do trem. Vamos ver se conta também.”
Eu?
“Vai.”
Virei a cabeça devagar e espiando pela janela, logo a virei de volta.
“Os mascotes estão chorando sangue...!”
Olhe para eles, grudados em todas as janelas.
De jeito nenhum vou abrir aquela janela do trem. Se eu fizer isso, vou desmaiar e virar um berreiro ambulante.
Além disso, o quê... quer que eu mate alguém assim, de boas, como se fosse comer miojo?
Não, não. Deixando isso de lado...
“...Isso é um caminho morto!”
Percebi isso agora, depois que outro evento irregular jogou tudo no caos e nos deixou apavorados, mas ficou claro.
“Se a gente obedecer o mascote, estamos todos mortos!”
Se... se a gente seguir por esse caminho, todos vão morrer!
Mas como eu convenço ela?
Se eu disser “Eu vi mais de 70 relatórios de exploração do futuro”, ela provavelmente vai me decapitar na hora.
“Então, então...”
Ainda bem que não!
“Espere um momento!”
“O quê?”
“Isso é uma armadilha.”
Decidi mentir para sair dessa.
Comecei a soltar uma mentira sem nem piscar!