
Capítulo 47
Fui parar dentro de uma história de fantasma... e ainda tenho que trabalhar
Nós quatro dispararmos para fora da saída do “Trem Fantasia” e saímos correndo.
“Haah… haah!”
Os sons de respirações desesperadas vinham de todos os lados, aquela falta de ar típica de quem está correndo pela vida.
Não tinha outra saída.
Os mascotes estavam se espalhando sem controle.
Morram!
“Aaaaaah!”
“Huu, huuuuk…”
De todas as entradas das atrações, lojas e placas, bolhas estranhas e inquietantes de gosma explodiam, liberando mascotes grotescos.
Eles nos perseguiam, com as bocas escancaradas mostrando fileiras de dentes cravados bem no interior dos corpos, dando a eles uma aparência aterrorizante.
De vez em quando, seus corpos se contorciam, e tentáculos gosmentos saíam de suas orelhas caídas e braços.
– ♩♪♬♬~♩♬♬~♩♪♪♩♪♬♬~♩♬♬~♩♪♪♩♪♬♬~♩♬♬~♩♪♪♩♪♬♬~♩♬♬~♩♪♪♩♪♬♬~♩♬♬~♩♪♪
– Hahaha! Hahaha! Hahaha! Hahaha! Hahaha! Hahaha!
O barulho era ensurdecedor.
A música do parque e as risadas se misturavam, criando uma cacofonia perturbadora ao nosso redor.
Era um caos, assustador, desorientador e completamente aterrorizante!!
O som avassalador nos deixava desnorteados, dificultando pensar direito. Mas…
“Aqui! Por aqui!”
Cerrei os dentes, virando na direção que havia memorizado com determinação.
Naquele momento—
Flic.
Squish.
A ponta gosmenta de um tentáculo roçou a minha cabeça.
Sss.
“…Huuk.”
O cabelo onde a gosma tocou começou a derreter, e eu senti um cheiro de queimado.
‘Isso é loucura.’
Suor frio escorria pela minha coluna.
Mas meus pés não paravam de se mover. Não podiam.
‘Parar seria o fim.’
Eu ia morrer. Ou pior, tinha a sensação de que acabaria em um estado ainda mais horrível.
A única coisa que me dava algum conforto era que o destino estava perto!
Até o pesquisador, ao invés de reclamar, corria desesperado babando.
Chato
“Saiam daqui! Saiam daqui!!”
“Fecha a boca!”
A máscara de borboleta gritou. Parecia que ela queria jogar o pesquisador para trás para ganhar tempo, mas não conseguia.
Era compreensível.
‘Eles estão muito perto.’
Os mascotes que nos cercavam se multiplicavam loucamente, e alguns já estavam perigosamente próximos.
E eram rápidos.
Mais rápidos que humanos!
‘Droga, droga, droga!!’
Quando o pânico me dominou—
“Urgh!”
Alguém foi pego.
“Aaack… ugh…”
O cara da máscara de vaca caiu no chão.
‘Merda.’
Sem nem olhar para trás, consegui sacar uma moeda do bolso para invocar a luva. Lancei algumas moedas de 500 won para criar uma mão sombra semitransparente no ar.
Vuuush.
A mão sombra voou para frente e empurrou a cabeça de um mascote grotesco.
“Corre!”
O novato do esquadrão Y, que mal tinha escapado, se levantou cambaleando e correu.
“Huff… ha… obg…”
“Depois eu te explico!”
Não havia tempo para estancar o sangramento. Meu equipamento especial não ajudaria naquela situação!
‘A mão sombra desaparece ao ultrapassar o alcance de três metros…’
Uma dor lancinante cortou minha mão esquerda.
“—!!!”
Quase caí no chão, segurando a mão e gritando de dor. Parecia que minha mão estava sendo esmagada e dissolvida em uma prensa cheia de pregos.
‘Equipamento especializado!’
Percebi na hora. A mão sombra que invoquei tinha sofrido um destino terrível nas mandíbulas ou tentáculos do mascote.
Naquele instante, descobri a falha do meu equipamento especializado: se a mão criada pela luva for destruída, sinto a mesma dor nela!
Mas não havia tempo para gritar. Corri como um doido.
“Lá!”
O ponto de destino apareceu à vista.
Um portão gigante.
Pintado com cores vibrantes, no estilo típico de parque temático…
[FANTASYLAND (PORTÃO OESTE)]
Uma decoração.
Um portão ornamental preso à muralha do castelo que cercava o lado oeste do parque.
“Tá bloqueado!!”
“Passa por baixo!”
Eu rapidamente me abaixei sob o portão ornamental e olhei para trás. Quase imediatamente, dois outros tentaram passar: o subgerente do esquadrão A e o novato do esquadrão Y.
O pesquisador, que estava atrás, estava em uma posição mais perigosa…
“Merda, sai logo daí!”
“Ugh!”
Baque.
O pesquisador empurrou o subgerente do esquadrão A para o lado, usando o impulso para avançar.
“……!”
O corpo esguio do subgerente, pego de surpresa, colidiu com um mascote.
Morram
A gosma preta e vermelha do mascote parcialmente derretido pingou sobre ela naquele instante.
“AAAHHHHH!”
Chis.
O som de carne fritando ecoou nos meus ouvidos.
“Subgerente!”
A funcionária do esquadrão A estava presa sob um mascote grotescamente deformado, seus membros tremendo incontrolavelmente.
Seu rosto, parcialmente visível por trás da máscara de borboleta, já estava cheio de bolhas e destruído. Nos olhos dela havia resignação — o olhar de quem sabe que não tem salvação.
No momento em que nossos olhares se encontraram—
“Unha!”
Gritei.
“Subgerente, sua unha — aqui!”
Ao mesmo tempo, estiquei minha mão esquerda para frente. Os olhos do subgerente do esquadrão A se arregalaram, e ela esticou o dedo indicador.
Ping!
A unha disparou e se cravou no centro da minha palma.
“……!”
Mas não recuei.
‘Já estava doendo pra caramba antes!’
Ignorando a dor, apertei a unha com força e a puxei para perto de mim.
Vuuush.
Com um ruído curto e abrupto, o corpo de máscara de borboleta foi puxado para frente, escapando por pouco das mandíbulas estalando e da gosma dos mascotes.
“Haah… haaaah…”
“Huff… huff…”
Caímos de joelhos sob o arco, ofegantes.
Bem à nossa frente, inúmeros mascotes de coelho, com uma gosma que parecia sangue chorando, encaravam vazios com olhos mortos, paralisados como se uma barreira invisível os detivesse.
“Gah!”
Pareciam ter sido parados por uma parede invisível.
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Guia do Usuário do Parque Temático Alegre (Aplicável até o Registro de Exploração #64)
5- Aproveite as várias áreas!
A aparência do mascote ou a cor da atração mudou? Você está em uma nova área agora.
Infelizmente, mascotes de outras áreas não podem existir na nova. Dê uma despedida calorosa!
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