Capítulo 40

O médico psicopata empurrou seu pesquisador para a exploração da história de fantasmas como um cordeiro para o sacrifício.

Ele provavelmente estava tentando observar como as pessoas do Time de Exploração de Campo morreriam de formas ainda mais estranhas ao criar sinergia com aquele pesquisador.

O problema é que eu estou na mesma equipe que aquele pesquisador.

“Pff…”

Eu me recompus.

Meus ouvidos, mais do que meus olhos, foram os primeiros a captar a história de fantasmas.

– ♩♪♬♬~♩♬♬~♩♪♪

O som alegre de uma melódica e orquestra.

Era a típica trilha sonora de parque de diversões.

“Hah…”

Quando abri os olhos, estávamos no meio de um parque de diversões antigo, pintado com cores vibrantes.

– Hahahaha!

O riso das crianças ecoava ao redor.

No entanto, não havia rostos humanos visíveis em lugar algum.

As únicas coisas que vagavam eram as mascotes.

Ao longe, achei que vi visitantes fantasiados de mascotes, mas se você tentasse se aproximar, eles desapareciam como num passe de mágica.

“É esse tipo de lugar.”

Chequei meu pulso imediatamente.

[(Alegre) Ingresso para a Terra da Fantasia □□□]

Três espaços vazios.

“Claro, né.”

Aquele parque de diversões insano dentro de um jogo de tabuleiro, de onde só se pode escapar ao visitar três atrações.

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Registros da Exploração Sombria / História de Fantasmas

[Parque de Diversões Alegre!]

: Uma história de fantasmas apresentada em <Registros da Exploração Sombria>

: Código de identificação da Daydream Inc. – Qterw-B-11

Um parque de diversões dentro de um jogo de tabuleiro, com tema de várias terras de fantasia.

Se você usar as três principais atrações depois de entrar nesta história de fantasmas, poderá voltar para casa.

Essa história ficou ainda mais famosa por causa do livreto suplementar intitulado “Guia do Usuário do Parque de Diversões Alegre”, escrito por pessoas que jogaram o jogo em estado de delírio.

Se você está procurando um jogo baseado nessa história de fantasmas, clique neste link.

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Existem muitas histórias de fantasmas envolvendo parques de diversões. Mas entre elas, essa é particularmente famosa em <Registros da Exploração Sombria> pelo seu caráter bizarro, peculiar e horror implacável.

“Eles até tinham produtos inspirados nesse parque na loja temporária.”

Ela também ganhou seguidores fiéis por meio do suplemento, <Guia do Usuário do Parque de Diversões Alegre>.

Chamam essa história de fantasma de “história napolitana”.

“E é Classe B.”

Escuridão Classe Melancolia.

Taxa de sobrevivência civil… 2%.

Os quatro sobreviventes civis devem ter tido uma sorte absurda para conseguirem sair vivos.

Se comparássemos a lista de desaparecidos sem deixar rastros, provavelmente encontraríamos vários casos em que todos morreram nessa história de fantasmas.

O suor frio escorreu pelo meu rosto.

“…O pessoal do esquadrão D provavelmente está em perigo.”

Mas, por enquanto, eu tinha minha própria crise para resolver.

Porque eu era quem ficou com a variável chamada “o pesquisador foi arrastado junto”!

“Uwaaah, ofegante… Me solta, isso tá errado, errado demais…!”

“Cala a boca!”

Eu tapei a boca do pesquisador, que estava em desespero, e o fiz se agachar.

Nesse instante.

Clunk.

Todas as mascotes do parque se viraram para olhar o pesquisador que estava chorando.

“……”

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Guia do Usuário do Parque de Diversões Alegre (Aplicável até o Registro de Exploração #64)

3- Por favor, evitem expressar emoções negativas e intensas como chorar, lamentar-se ou gritar!

Elas não combinam com a atmosfera alegre do parque de diversões.

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Foi nada menos que um pesadelo.

Eu lutei para não fechar os olhos.

3…

2…

1.

O barulho voltou.

– Hahahaha!

– ♩♪♬♬~♩♬♬~♩♪♪

Os olhares desapareceram.

À medida que a atmosfera animada do parque retornava, soltei o pesquisador devagar.

Um funcionário do esquadrão A deu um tapa no queixo do pesquisador.

“……!”

Thud.

Após o som curto e surdo, o funcionário do esquadrão A, usando uma máscara de borboleta, agarrou o queixo do pesquisador e se aproximou, falando baixo, em um tom sinistro.

“Ei.”

“……!”

“Se você geme desse jeito de novo, eu começo te matando.”

“Hiiie, hiiieek—”

O pesquisador, com expressão aterrorizada, cambaleou para trás e caiu no chão, agarrando a cabeça.

Ele parecia murmurar coisas como “isso é um sonho”, “isso é mentira”, entre insultos, claramente em pânico.

“…Não foi um pouco demais?”

Um novo funcionário do esquadrão Y falou cautelosamente, mas a funcionária do esquadrão A o ignorou.

Ela então se virou para mim e perguntou.

“Ei, novato. Ouvi dizer que você era a melhor contratação? Seu julgamento é bom.”

“…Obrigado.”

“Você já recebeu seu equipamento especializado?”

Hmm.

Então, ao menos me tratava como colega de trabalho.

“Não é da elite, mas ainda é a melhor contratação?”

Pensei que fosse um critério ridiculamente superficial, mas respondi educadamente, sem demonstrar.

Sim, eu tinha equipamento especializado.

“Sim.”

“O que é?”

“Um dedo que pode tocar coisas remotamente. Tem limitações de tempo e uso.”

Foi tudo o que eu disse.

E eu tinha uma pergunta para fazer.

“Que tipo de arma você usa, Assistente Gerente?”

“Não é da sua conta… Hmm, tudo bem.”

A funcionária do esquadrão A puxou a unha do dedo indicador.

Era uma unha postiça, daquelas usadas para nail art.

Um material pegajoso se esticava por baixo da unha destacada.

Era um fio translúcido.

“Ele pode se esticar infinitamente e é bem resistente.”

“…Isso parece extremamente útil para várias situações.”

“Hmm. É, acho que sim.”

Ela parecia de melhor humor.

Assenti na hora e perguntei.

“Posso saber seu nome?”

“Me chama só de Assistente Gerente Jin. Que apresentação meio estranha é essa?”

Não deveria ser questão de educação quando as pessoas se conhecem pela primeira vez…?

De qualquer forma, o sobrenome dela era único o suficiente para identificá-la na hora.

“Talvez… seja essa funcionária.”

– Assistente Gerente Jin Nasol invade o quarto do assassino e coloca o relógio para 4:44.

– Questionada: “Você tem alguma rixa especial contra cenouras?” Jin Nasol responde sério. Sem observações especiais.

– Corta os membros de um ursinho de pelúcia (Executor: Funcionária Jin Nasol).

E assim por diante.

Não havia descrições suficientes para deduzir sua personalidade em detalhes, mas ela parecia ser retratada como uma funcionária competente e bastante fria.

Nesse momento, o novato do esquadrão Y me perguntou em voz baixa.

“…O que exatamente você quer dizer com equipamento especializado?”

Ah, certo. Fazia sentido ele ainda não entender direito.

“Ah, você pode personalizar o equipamento usando a Escuridão da empresa—”

“Ei. Vamos logo. A observação vem primeiro em uma Escuridão em grande escala como essa.”

“……”

“O que está esperando, melhor contratado? Já disse, vamos!”

Ela me cortou sem hesitar.

Sem esperar mais, segui a Assistente Gerente Jin do esquadrão A, que já havia começado a andar, e respondi.

“Sim. Vou explicar a situação para meu colega enquanto avançamos.”

“O quê? Pra quê se preocupar com isso… ah.”

Os cantos da boca sob a máscara de borboleta se curvaram num sorriso estranho.

“O quê, você realmente não sabe?”

“……”

“Bem, faça o que quiser.”

Não discuti.

Em vez disso, expliquei de forma resumida para o novato do esquadrão Y o que era “equipamento especializado”.

Acrescentei isso para aliviar a tensão dentro do grupo.

“Pensei muito e acabei usando vários pontos para conseguir o meu. As coisas podem ficar assustadoras daqui pra frente.”

“Entendo…”