Capítulo 384

Capítulo 385: Episódio 105: (9)

Seus lábios eram doces.

A habitual fragrância suave de grama foi substituída pelo aroma sutil de flores. Embora cheirasse simplesmente doce por fora, era um tanto pegajoso e constantemente tentava envolvê-lo.

Essa fragrância estava ficando lentamente mais intensa.

Usando cada grama de paciência, ele reprimiu seu impulso, mas Bom não lhe deu tempo suficiente. Seus ombros pequenos se adiantaram nervosamente. Suas duas mãos esgueiraram-se para dentro de seu peito e seguraram seu queixo enquanto seus rostos se aproximavam mais uma vez. Desta vez, o beijo durou mais. Suas salivas foram trocadas, lábios foram colocados sobre lábios, eles estavam entrelaçados e entrelaçados. Uma respiração quente roçou seus lábios inferiores e ele teve que exibir seu último resquício de paciência.

No entanto, quando Bom de repente começou a sorrir; quando suas mãozinhas acariciaram seu corpo; quando aqueles olhos que pareciam libertados, ao contrário do passado, o fitaram profundamente, parecendo que ela estava embriagada de amor e não havia nada mais precioso do que ele no mundo... E quando sua cabeça alcançou seu peito, e enquanto ele olhava para baixo para a cabeça cor de grama prestando um ouvido atento ao seu batimento cardíaco...

Sua paciência,

Estalou com um clique.

Ele envolveu as mãos em sua cintura, a levantou e a jogou na cama. Seus gestos eram dinâmicos e sua mente não tinha nada além de impulso, com a cautela anterior em lugar nenhum. Como se suas unhas tivessem alcançado os arredores da pele irritada, seu corpo estava sendo conduzido para frente por um impulso eletrizante que ninguém poderia suportar.

Bom começou a sorrir novamente.

Isso é engraçado? Ele estava tentando perguntar isso, mas sua boca se abriu e sua língua saiu rastejando. Sua mente ficou em branco novamente e tudo o que havia sido mantido suprimido inundou para fora. Como torrentes correntes, eles o engoliram de cima e invadiram seus sentimentos.

Sua mão alcançou o último pedaço de pano que mal mantinha seu lugar. Desfazê-lo não era mais sequer uma opção. Ele o rasgou e removeu a última barreira entre os dois.

"Nn...?"

Um leve gemido coquete o atraiu. Ele não sabia o que ela queria, nem sabia por que ela estava querendo desesperadamente agora, apesar de rejeitá-lo no passado. Ele não sabia de nada do começo ao fim; desde a razão pela qual ela estava sussurrando palavras de amor em seus ouvidos até a razão pela qual ele a estava achando bonita. As únicas coisas que ele podia ver eram Bom, que o amava como uma paciente mental, e uma máquina de matar que começou a achar uma existência bonita pela primeira vez após mil anos. No final desse relacionamento desconexo, a garota com uma doença mental estava indulgente nele, e desejava que ele também fosse indulgente com ela.

"Você não está com calor...? Você deveria, tirar seu casaco..."

Enquanto ainda balbuciava algum disparate, Bom puxou sua camisa social sem sequer tocar nos botões. Talvez fosse porque ela mesma estava usando um casaco.

Novamente, seus lábios colidiram enquanto uma onda gigantesca o atingia. Ela continuou seus suspiros inquietos e delicados enquanto ele seguia seu impulso. De cima para baixo – não havia mais consideração em seu movimento e tudo que o impedia foi rasgado.

Isso é normal?

É realmente isso que você queria?

Mas para ele culpar tudo nela, ele também estava sentindo uma explosão de prazer.

"Venha…"

Ela ainda estava tão bêbada? Mesmo que a Chave de Ignição já tivesse sido arrebatada de suas mãos, Bom ainda estava tentando controlá-lo. Além do impulso explosivo que estava sentindo, ele ainda estava se sentindo imensamente irritado com a incerteza que Bom havia lançado em seu plano.

Ele beliscou suas bochechas. 'Ughhhh,' ela gemeu enquanto ele segurava seu queixo e a fazia olhar de volta em seus olhos. Bom piscou seus olhos turvos da dor repentina enquanto ela o fitava de baixo.

"Diga isso de novo."

Ela parecia bem sóbria agora.

A emoção sendo revelada em seu rosto criou uma curva. Seus lábios se curvaram e Bom disse com um sorriso brilhante.

"Por favor…"

O que veio a seguir foi uma enorme tempestade.

.

.

.

A mão apoiada na mesa foi gradualmente empurrada para trás. Seu dedo médio alcançou a garrafa de álcool e, após um toque, empurrou a garrafa para longe. Toque. Mais uma vez, mana sozinha foi incapaz de apoiá-la e seu corpo estava assim sendo constantemente empurrado para trás a cada toque. Em um ponto, a garrafa de vidro alcançou o canto da mesa e tremeu. Quando seu corpo enrijeceu como se estivesse eletrificado, a garrafa de vidro foi empurrada ainda mais e, finalmente, caiu no chão. Criando um barulho alto e perturbador, quebrou-se, escondendo assim um barulho diferente no fundo.

Fluindo para baixo, os líquidos se fundiram. O que se elevou foi o cheiro de álcool, e uma fragrância de flores que permeava mais profundamente.

Gemidos foram adicionados à mistura.

Ela agarrou suas golas e empurrou com o máximo que pôde. Ele, que deveria ser imóvel, foi empurrado para trás.

Seus lábios se juntaram.

Como ela sempre foi quem o olhava por baixo, houve momentos em que seu pescoço doía. Mas agora, ela não tinha que olhar para cima. Enquanto continuava suas exalações apressadas, mantendo um firme controle sobre sua consciência, Bom olhou para ele.

Com o destino espinhoso a atingindo como um chicote, enfrentando a estação fria em roupas rasgadas, e congelando com o vento gelado com suas raízes incapazes de ir mais fundo no lado do penhasco – era assim que era sua vida. A paisagem da ponta da espada era linda e tudo sobre ele era maravilhoso.

A queda estava fadada a durar mais quanto mais alto ela estivesse e, como tal, tudo quente a fazia sentir mais e mais frio. Portanto, ela chorou. Ela chorou, gemeu e chorou novamente. Mesmo que ela implorasse de joelhos, ele não a ouviria. Nenhuma de suas ações poderia mudar sua longa história. Como deixá-lo ir era a única maneira de aceitá-lo, Bom não podia fazer nada além de chorar e engolir suas tristezas.

"Você sabe, por que eu estava te recusando...?"

Ela nem sequer conseguia expressar suas palavras corretamente devido a seus suspiros irregulares. Mesmo que sentisse que desmaiaria no momento em que liberasse sua tensão por uma fração de segundo, Bom abriu desesperadamente a boca.

"É porque eu estava com medo. E eu não queria te perder...

"Era isso que eu pensava, mas eu estava errada...

"Eu era egoísta.

"Como você disse, eu era egoísta, e porque eu deveria ser a primeira... É por isso que eu te recusei..."

Tudo o que ele havia considerado precioso se foi e, finalmente, ele estava prestes a mandar embora as crianças, incluindo ela mesma, que eram os únicos tesouros restantes em sua mente.

Portanto, ele seria infeliz mesmo que sobrevivesse.

Isso seria ainda mais, por causa das memórias que eles criaram juntos.

"Quando partirmos, você pode morrer...

"Não viva por muito tempo sozinho, e por favor morra a qualquer custo...

"Está tudo bem abraçar alguém antes disso...

"Se isso te faz feliz, então por favor seja feliz através da morte..."

Foi quando um grande choque cruzou a linha e esmagou seu corpo. Congelada, Bom franziu a testa e recuperou o fôlego. Os sentimentos que estavam inundando como se estivessem tentando matá-la; aquelas estimulações extremas estavam explodindo como uma bomba em seu baixo ventre e eram vigorosas o suficiente para dividir seu corpo ao meio. Foi por isso que ela chorou; porque ela sabia que não teria um dia como hoje novamente.

Seus dedos dos pés se enrolaram para dentro. Suas costas se curvaram por conta própria e seus olhos embaçados não conseguiam ver sua expressão.

"Mas por favor, sorria quando estiver morrendo... Valorize todas as boas lembranças que temos... e por favor pense em mim uma vez..."

Bom ainda se movia.

"Você me disse para continuar vivendo...

"Eu vou...

"Mesmo que eu queira morrer, eu me forçarei a viver..."

Uma súbita explosão de poder virou seu corpo de cabeça para baixo enquanto ela soltava um grito. Presa embaixo, Bom não conseguia olhar para o rosto dele e o mundo manchado estava tremendo ocupadamente em sua visão.

Bom lembrou da frase que havia escrito um dia em seu romance.

[O amor corporal tende a ocorrer a partir da sensação. Os olhos avistam uma beleza. O nariz cheira doçura. Ser protegido para descansar em um lago próximo e o sentimento de alongar minha existência é trazido à tona a partir de um relacionamento corporal. Mas isso para uma vez preenchido. Seca rapidamente e algo mais doce sempre pode substituí-lo e afligir o coração.

Mas o amor psicológico permeia o estômago e levita todo o corpo. Ocorre não da sensação, mas do tempo gasto juntos. Ele permeia e não é preenchido e, portanto, não pode ser substituído por mais nada. Ele estabelece para sempre sua posição entre a alma e abraça calorosamente meu corpo e mente.

Isso é fundamentalmente diferente do curto latejar ou dor do coração. Pensando bem, o calor se espalhando do baixo ventre para todo o corpo através das veias, é como 'aquilo' preenchendo o espaço vazio chamado 'eu', e iluminando-o com luz quente.]

Embora fosse um conjunto elegante de frases, aquelas eram mais como imaginações de uma garota sonhadora – delírios que ela estava tendo através de vários 'preparativos mentais'.

Mas quando o espaço vazio estava quase totalmente preenchido, Bom finalmente teve certeza de que seu Divertimento era um que havia sido amado por ele.

"Eu nunca serei capaz de esquecer hoje..."

Envolvendo seus braços em volta de seu pescoço grosso, e soluçando com um nó na garganta...

Bom sussurrou em seus ouvidos.

"Para sempre…"

***

Eles compartilharam amor – várias vezes.

Depois de ser desencadeada uma vez, sua ganância se inflamou como a de uma besta. As emoções que o estavam intrigando e, portanto, o fazendo duvidar de si mesmo, foram automaticamente dissolvidas.

Ela estaria indo embora de qualquer maneira, e tudo estaria acabado, então por que ele deveria se preocupar em duvidar das coisas? Pensando nisso, ele deu a Bom tudo o que ela queria e ela recebeu tudo o que ele lhe deu. Ele seguiu seu impulso e ela constantemente desejava mais. Mesmo agora, sua vida diária estava no centro movendo-o e ele respeitava seus pedidos.

Enquanto chorava e dizia alguns absurdos, Bom desmaiou algumas vezes antes de repente rir como se tivesse enlouquecido. Ele não gostava daqueles ruídos de riso, então a intimidou ainda mais e ela de repente tentou escapar em lágrimas. Ele não podia deixá-la ir e, portanto, a trouxe de volta enquanto suas unhas arranhavam o cobertor em vão. Depois de ser trazida de volta algumas vezes, ela estava ainda mais desesperada em tentar escapar dele, então eles acabaram mudando o local da cama para a frente da porta e sua conversa desordenada acabou ressoando por todo o corredor e nas águas termais.

No meio, sua respiração ficou apressada e o tremor se tornou intenso como se ela fosse morrer a qualquer momento. Por causa disso, ele parou e Bom tentou zelosamente recuperar seu corpo durante a curta pausa. Enquanto o abraçava apertado para que ele não fosse mais longe e depois de se livrar das franjas suadas de sua testa, ela levantou as pernas novamente e as entrelaçou em suas pernas.

"O quê."

"..."

Eles tiveram um breve contato visual e Bom fechou os olhos. Aparentemente envergonhada de mostrar seu rosto, ela enterrou a cabeça em seu peito. No entanto, seu corpo inconscientemente esfregando-se contra o dele e os suspiros acelerados alcançando sua pele estavam sugerindo algo em vez disso.

Bom estava pedindo algo.

Isso, no entanto, era um mau hábito. Bom tinha a tendência de tentar mover tudo da maneira que ela queria sem sequer dizer em voz alta. Isso a fazia parecer uma planejadora e uma condescendente, e era uma atitude que todos os dragões tinham em comum.

Mas ele não era um soldado. Ele não era o brinquedo de Yu Bom como Yeorum havia salvo seu número em seu relógio. Ele era uma pessoa e, se havia algo que ela queria dele, Bom tinha que expressá-lo em voz alta.

E, de fato, isso não era muito difícil. Em vez disso, era bem fácil.

Uma palavra era suficiente.

'Mais,'

Sua mente que queria atrasar o fim o máximo possível ecoou como uma voz melancólica derretendo em seus ouvidos.

'Me dê mais.'

Bom chorou.

'...Mais.'