
Capítulo 1434
Lord of Mysteries
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Revisor Porta aqui: Esse capítulo vai parecer meio estranho, isso e devido a formatação Tailandesa###TAG###1###TAG###, fiz o meu melhor para tentar deixar compreensivo e tive que adaptar algumas partes, mas a narração realmente é diferente e alguns trechos tiveram um pequeno resumo, mas em lugar algum da internet encontrei outra versão além dessa, nem os sites gringos de novels possuem os capítulos extras das versões físicas, o que está aqui é o resultado de várias pesquisas que fiz.
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Região Sul de Intis, A Cidade de Nosil.
— Outro lindo dia está prestes a começar.
Danitz disse enquanto sorria para seus amigos ao seu redor. Ele está sentado no topo de cercas de metal situadas perto da periferia da cidade.
— Um lindo dia!
Seus amigos gritaram alto, parecendo muito enérgicos.
Para adolescentes como eles, suas roupas não são exatamente da melhor qualidade, mas definitivamente estão na moda, suas escolhas se assemelham muito aos estilos atuais de Trier.###TAG###2###TAG###
Claro, eles estavam apenas seguindo, mas não combinando, porque há uma dificuldade muito grande que os impede de fazer isso – Dinheiro!
Depois de brincar com os amigos o dia inteiro, Danitz voltou para casa com passos leves, mas a leveza se dissipou assim que passou pela porta.
— Você acha que pode sair todos os dias e voltar quando quiser, pirralho? — gritou seu pai, os olhos vermelhos de raiva e um cinto de couro em punho.
Danitz se esquivou com a agilidade de alguém que já conhecia aquela rotina. Girou o corpo, escapando por centímetros do golpe. Não era a primeira vez, e como sempre, o pai errou e acabou perdendo o equilíbrio, cambaleando de cansaço.
— Ficar o dia todo perambulando com aqueles moleques inúteis… Já tem 16 anos! Está na hora de tomar jeito! — resmungou o pai, ofegante, com a testa suada.
A mãe de Danitz apareceu na porta da cozinha, o olhar preocupado, mas sem surpresa. Depois que a situação se acalmou, ela se aproximou e disse com firmeza:
— Já conversamos com o chefe dos empregados da fazenda de uvas. Ele concordou em te aceitar como aprendiz. É uma chance, Danitz.
Danitz não respondeu. Seu olhar estava fixo em um ponto distante da parede. Ele não queria colher uvas nem servir vinho. Ele queria Trier. Queria ser alguém. Queria ser rico.
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Na manhã seguinte, ele não esperou que o sol subisse muito no céu. Saiu em silêncio, antes que seus pais acordassem.
Encontrou seus amigos no local de sempre, perto da cerca enferrujada, e passaram a tarde inteira zanzando pela área, até que um deles surgiu e disse:
— Chegaram marinheiros novos na cidade! E um bardo também veio com eles. Estão no bar.
— Então o dia vai ser bom — disse Danitz, empolgado.
O bar da cidade quase não tinha decoração interna, apenas a parede era pintada e algumas fotos recortadas de revistas e jornais antigos estavam coladas na parede.
No balcão do bar, acima da prateleira de bebidas, estava pendurada a cabeça de uma cobra gigante, já branca e limpa até os ossos.
Aquela órbita ocular vazia é grande o suficiente para engolir a boca de um adulto normal, fazendo com que todo bêbado que visita este bar abaixe a cabeça inconscientemente ao encontrar seus olhos.
Danitz não foi exceção
Pelo que ele sabia, este crânio gigante de cobra foi trazido do Continente Sul pelo dono deste bar. É a lembrança daquele homem por muitos anos de aventura.
É também por isso que, embora este senhor seja bastante quieto e introvertido, ninguém ousa ter pensamentos gananciosos sobre seu bar.
Mesmo que uma máfia das grandes cidades venha a este lugar, ao ver aquele crânio gigante de cobra, os braços, pernas e músculos ridículos e exageradamente musculosos daquele dono, a maioria provavelmente escolheria sabiamente interagir pacificamente. Afinal, um bar de cidade pequena não é exatamente tão lucrativo, não vale a pena o esforço.
Danitz sempre ficava um pouco decepcionado com isso.
Não é que ele quisesse que um compatriota fosse intimidado, mas sim que desejava testemunhar o quão forte o dono do bar é, como alguém que costumava trabalhar como mercenário e aventureiro no Continente Sul.
De certa forma, o dono poderia ser considerado uma pessoa lendária da pequena cidade de Nosil. Não teve nenhum competidor nos últimos 30 anos, no mínimo.
Ele deixou este lugar muito jovem, rumo ao Continente Meridional em busca de aventura. Por volta da meia-idade, ele retornou à sua cidade natal, carregando consigo uma fortuna decente, um corpo musculoso e um crânio de cobra gigante. Ele abriu um bar, casou-se com uma viúva e teve um filho.
Ele permaneceu em absoluto silêncio em relação aos seus quase 20 anos de vida aventureira no Continente Sul. Não importava quem perguntasse, ele só respondia com coisas sem importância para mudar de assunto.
Danitz ficou muito decepcionado com isso
No entanto, Danitz ouviu certa vez de um amigo que mora perto do dono do bar que o homem sempre faz uma de duas coisas todas as noites: ou bebe até quase amanhecer antes de cair, ou transa com a esposa até muito, muito tarde da noite.
Ele parecia ter medo de dormir.
— Se eu tiver uma esposa bonita, também vou transar com ela até altas horas da noite… — Danitz murmurou para si mesmo em voz baixa, enquanto ficava de olho nos marinheiros que seu amigo mencionou.
No bar, os adolescentes tentavam agir como homens. Sentavam-se de maneira afetada, imitavam gestos que viam em adultos, riam alto. Danitz até pedia cerveja sem medo, mas a tomava com esforço.
Os marinheiros eram amigáveis, ainda que suas roupas úmidas e seus rostos curtidos pelo sol denunciassem a dura vida no mar. Contaram histórias — algumas talvez verdadeiras, outras exageradas demais até para um bêbado.
Eles contaram a Danitz e seus amigos sobre a vida de um caçador de tesouros secretos no mar.
Eles contaram a história de um navio chamado “Flor de Louro”.
— Cerca de 100 anos atrás, o Reino de Loen tinha um navio chamado Flor de Louro. Ele estava cheio de joias antigas e objetos de valor que eles saquearam do Continente Sul. Ele se desviou do curso e afundoul em algum lugar no Mar Berserk e no Mar de Sônia. Encontrá-lo significa obter coisas que podem ser vendidas por alguns bilhões de Verl D’orl###TAG###3###TAG###.
O jovem marinheiro adulto, agora bêbado e com o rosto um tanto vermelho, olhou ao redor para os adolescentes que ouviam suas histórias e riu.
— Só esse tanto de dinheiro foi capaz de surpreender todos vocês? Existem muitas outras lendas nos mares.
— Em um certo local no Mar Berserk, o tesouro do Deus da Morte está esperando. Ele está esperando por uma pessoa com uma chave muito específica e especial para abri-lo. E essa pessoa? Ela se tornará o novo Deus da Morte… Nos mares, cada indivíduo está perseguindo a “Fonte da Juventude”, apenas um único gole dela concederá a uma pessoa a juventude eterna. Ela não apenas nunca mais envelhecerá, mas também se tornará extremamente poderosa…
Nesse ponto, o bardo que viajou até aqui junto com os marinheiros começou a tocar sua lira:
— Eles levantaram a cabeça e olharam para o céu, aquela nuvem de fogo parecia um mar carmesim, amplo e brilhante.
— Eles olharam para o oceano, reflexos de luz se espalharam, uma lua redonda e brilhante está surgindo da superfície do mar.
— Eles caminharam pela superfície plana, porém endurecida, de areia
— Eles entraram em cavernas corroídas por anos de chuva e vento
— É como uma casa delicadamente projetada só para eles, com corredores, tetos cheios de pedras preciosas e salas de estar…###TAG###4###TAG###
Enquanto os risos ecoavam e as canecas tilintavam, Danitz se inclinou sobre a mesa, com os olhos brilhando de emoção.
— E se eu quisesse me tornar um caçador de tesouros também? Posso me tornar um e ir com vocês?
O marinheiro mais novo — talvez nem tão mais velho que ele — olhou para Danitz por alguns segundos antes de rir alto, uma risada seca e debochada que cortou o barulho ao redor.
— Com esses braços finos aí? Vai afundar antes do navio. — Ele deu um tapa no próprio bíceps e continuou, com um tom que oscilava entre o sarcasmo e a realidade. — Além disso, não existe essa de “caçador de tesouros puro”. Todo mundo que sobrevive nesse tipo de vida é um pouco pirata também.
Os outros marinheiros riram junto, levantando os copos como se brindassem à crueldade honesta do comentário.
Danitz engoliu em seco. O gosto da cerveja voltou amargo à sua boca. Ele tentou sorrir, mas era como forçar uma máscara de papel em meio à chuva.
Não retrucou. Não ali, não na frente deles.
Mas quando os homens finalmente saíram, rindo alto e cambaleando pelas ruas, Danitz esperou só até que sumissem atrás da primeira esquina antes de erguer o braço com raiva, mostrando o dedo do meio para todos.
— Merda de cachorro… — cuspiu entre os dentes.
Ainda mascando sua frustração, foi até a porta do bar, que já estava quase fechando. O dono estava lá, como uma sombra sólida no vão da entrada, apagando a última lamparina.
Danitz tentou passar direto, mas foi parado por uma voz que não parecia humana — era grave, lenta, e ressoava como se tivesse saído de um abismo.
— Nunca vá para o mar.
Danitz parou. Aquelas palavras pareciam um conselho.
Danitz ficou atordoado por um segundo e olhou para o dono do bar com olhos desfocados. O dono do bar ficou parado no ambiente escuro, nem seus olhos nem suas expressões faciais eram definíveis na escuridão. Com um *bam*, o dono fechou a porta, bloqueando a visão de Danitz.
Danitz ficou em casa na manhã seguinte, não querendo encontrar seus amigos, pois não tinha certeza se seu amigo ouviu os marinheiros rejeitando sua proposta de se tornar um caçador de tesouros.
Para um adolescente, salvar a cara, sua autoestima talvez seja ainda mais importante do que sua vida!
Seu pai ficou bravo, imaginando que ele provavelmente foi se divertir no bar ontem.
Durante a tarde Danitz estava largado no sofá da sala, olhos no teto, tentando decidir se sairia para encontrar os amigos ou continuaria ignorando o mundo.
O pai entrou na sala com passos pesados, jogou uma pequena mochila no chão com força suficiente para chamar atenção.
— Os marinheiros levaram só parte da carga — disse sem rodeios. — O resto do vinho e da água vai ser levado até o porto de Sali para os marinheiros.
Fez uma pausa breve, como quem estava apenas recitando algo que não fazia questão de explicar.
— O dono da fazenda ainda precisa de alguém para acompanhar a entrega.
Danitz se ergueu um pouco no sofá, desconfiado.
— E…?
— E você vai. A gente arranjou isso pra você. Falamos com algumas pessoas. Custou dinheiro. Aproveita. — O pai disse sem emoção.
Danitz piscou, atônito. Seu coração disparou. Era isso. Uma chance. Uma desculpa para sair daquela cidade — e seguir o que queria, mesmo que ninguém estivesse realmente lhe dando permissão para isso.
Mas antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, o pai virou as costas e murmurou, seco, sem encarar o filho:
— Não morre por aí.
O pai de Danitz sabia que o filho usaria essa oportunidade para fazer o que sempre quis, mas não se importou.
— Não quero te ver — disse o pai, desviando o olhar. — Fico com raiva só de olhar pra tua cara.
A mãe chorava em silêncio no canto da sala. Quando ele a abraçou, ela sussurrou:
— Volta vivo. Por favor.
Danitz estava animado. Tão animado que mal conseguia disfarçar o brilho nos olhos, mesmo tentando manter a expressão dura.
Aquela era a chance que ele esperava há anos — uma fuga disfarçada de responsabilidade, mas que no fundo era liberdade pura. E ele teria que partir imediatamente.
Enquanto arrumava às pressas algumas coisas na mochila, a mãe o observava em silêncio, parada ao lado da porta.
— Ele disse que não quer sair pra te ver… porque vai ficar bravo toda vez que te vê. — Disse ela enquanto enxugava algumas lágrimas no canto dos olhos.
Danitz amaldiçoou aquele velho teimoso com algumas frases dentro de seu coração, abraçou sua mãe e se virou para caminhar em direção às caravanas que o esperavam
Quando as caravanas começaram a se mover, depois de percorrer cerca de 10 a 20 metros, Dantiz virou a cabeça inconscientemente; seu velho estava parado ao lado de sua mãe, sem saber quando ele já havia saído.
Um sorriso brilhante apareceu no rosto de Danitz, ele acenou com a mão direita para eles e gritou silenciosamente dentro de seu coração:
“Pai, mãe, eu voltarei depois de ficar rico!”
Side Story, Fim.