Circle of Inevitability

Capítulo 1099

Circle of Inevitability

Em um local subterrâneo em Trier, um espaço rigorosamente guardado por diversos Beyonders do Sol Ardente Eterno, da Igreja do Vapor e da Maquinaria.

Este era um ponto de vazamento do selo que havia surgido antes da construção das catacumbas, mas que foi posteriormente selado adequadamente e deixou de causar problemas. No entanto, se conectado com a praça na cavidade próxima da pedreira, onde o Eterno Sol Ardente e o Deus do Vapor e da Maquinaria eram venerados, juntamente com pilares de pedra representando ambas as divindades, poderia permitir que pessoas de fora do selo entrassem na Trier da Quarta Era com certo risco.

Embora isso exigisse o poder divino do Eterno Sol Ardente ou do Deus do Vapor e da Maquinaria como uma “chave”, algo impossível para os cultistas utilizarem, ambas as Igrejas ainda insistiam em enviar equipes para revezar-se na guarda do local.

Neste momento, Angoulême chegou à mina abandonada acompanhado de outros dois colegas Sem Sombras, de frente para três pessoas vestidas de monge.

— Vamos começar, — disse um monge de cabelos curtos e grossos, barba, acenando para Angoulême.

Angoulême reconheceu esse monge como o atual prior do Claustro do Vale Profundo, chamado Jack Walton, um homem bastante comum.

— Certo. — Angoulême respondeu assentindo.

Sob a supervisão de ambas as equipes de guarda, eles abaixaram as cabeças, assumiram suas posições e recitaram os nomes honrosos de suas respectivas divindades. Raios de sol caíam do topo da caverna, iluminando a mina abandonada. Posteriormente, vapor branco permeou a cavidade da pedreira.

Logo, sangue vermelho vazou das profundezas da mina abandonada. O sangue estranho, resistente à luz do sol, subia continuamente, enchendo rapidamente a mina. Angoulême, um Sem Sombra, expulsou seu medo e hesitação, levantou a cabeça, deu dois passos à frente e entrou na mina abandonada, pisando no sangue carmesim impregnado de cheiro de sangue.

Outros santos seguiram de perto.

Passar pelo “Poço de Sangue” permitiria a entrada na Trier da Quarta Era!

Não era uma tarefa simples. O “sangue” causaria corrupção severa, com o perigo aumentando para Sequências superiores.

Continente Sul, no meio de uma floresta tropical. Diante de um castelo aterrorizante coberto por inúmeras peles humanas.

Franca, Jenna, Anthony e Ludwig condensaram lanças de fogo azul-violeta, ardentes e aterrorizantes.

Sem que Lumian desse comando, eles dispararam suas lanças simultaneamente.

As lanças de fogo azul-violeta se partiram no ar, formando rapidamente um arranjo que cobria o céu.

— Swoosh! Swoosh! Swoosh!

Foi como se uma legião inteira tivesse lançado suas armas ao mesmo tempo, fazendo o céu clarear e ser tingido com cores brilhantes.

— Swoosh! Swoosh! Swoosh!

O castelo de pele humana estava completamente coberto por inúmeras lanças de fogo. Os cultistas da Escola de Pensamento Rosa usaram todas as habilidades possíveis, mas não conseguiram mudar esse cenário apocalíptico.

Com um estrondo, a terra tremeu, o castelo desabou, acendendo chamas azul-violeta. Lamentações dolorosas e maldições desesperadas ecoaram entre as chamas, que se transformaram em finos fios de gás preto subindo. Ludwig não se importava com o que os cultistas prestes a morrer estavam xingando. Ele deu um passo à frente, cavalgou o vento selvagem, uivou e avançou acima do castelo de pele humana em ruínas, abrindo a boca até a nuca.

— Uaaaa! — gritou.

Todo o gás preto que subia foi sugado para dentro de sua boca.

Lumian permanecia com as mãos nos bolsos, sorrindo e observando a cena, com uma expressão muito tranquila. Desde romper a linha defensiva externa do castelo de pele humana, avançar gradualmente e cortar suas esperanças de fuga, até atacar repetidamente o próprio castelo e destruí-lo completamente, Lumian nunca agira pessoalmente, deixando Jenna e os demais agirem livremente e cooperarem silenciosamente.

Ele era responsável apenas pelo comando central, compartilhando habilidades adequadas em momentos críticos.

— Não é forte o suficiente — finalmente, Franca sentiu-se como uma demônia no meio daqueles gemidos e maldições.

O único problema era que o mestre do castelo de pele humana era apenas uma Sequência 4: Suplicante da Árvore, abençoado pela Árvore Mãe do Desejo, embora tivesse um grupo de subordinados de Sequência Baixa e Média, além de numerosos cultistas leais. O castelo de pele humana era como um ritual de sacrifício, que podia exibir temporariamente um poder equivalente à Sequência 2, sacrificando muitos humanos, mas não resistia a um verdadeiro Anjo, muito menos a um Anjo liderando uma equipe.

— Vencer os fracos e eliminar exércitos também é uma forma de guerra, e isso ajuda bastante a desempenhar o papel do Bispo da Guerra — Lumian riu e respondeu a Franca. — Além disso, a cooperação antes abstrata agora é algo tangível e perceptível.

O que Lumian não disse foi que ele era essencialmente equivalente a um padre ou bispo da Cidade da Calamidade ou 0-01, devido às suas conexões próximas, faltando apenas o aspecto da guerra. Na semana passada, o Sr. Estrela e o Sr. Lua descobriram uma base secreta da Escola de Pensamento Rosa, ambas entregues a Lumian para administração, dando-lhe a oportunidade de iniciar duas pequenas guerras.

Ao ver Ludwig consumir todo o poder das bênçãos dispersas, Jenna desviou o olhar e disse com preocupação a Lumian: — Eu sei que o Continente Sul é caótico, mas ter oportunidade para duas pequenas guerras em pouco mais de uma semana… isso não é muito frequente?

Lumian sorriu e respondeu: — São sinais. Sinais de caos e conflito, sinais de que o apocalipse chegará cedo.

Antes que Jenna e os demais pudessem responder, Lumian acenou para Ludwig no ar, dizendo: — Vamos voltar. Hoje vamos fazer um churrasco.

De acordo com o combinado, além do poder das bênçãos dispersas, todos os demais despojos deveriam ficar com os provedores da informação — Sr. Estrela ou Sr. Lua.

Na luxuosa vila em Trier, atualmente pertencente a Lumian e seus companheiros.

Jenna usava seda invisível de aranha para cortar e enfiar espetos de carne rapidamente, enquanto observava Lumian, que, apesar de possuir habilidades extremamente fortes de manipulação de fogo, usava carvão para grelhar carne.

Lumian sorria, relaxado, provando um pedaço enquanto cozinhava.

— Ele não está nem um pouco preocupado com esses sinais… Na verdade, ele não se preocupa quando deveria, briga quando é para brigar e aproveita a vida quando deve aproveitar — pensou Jenna, movendo os olhos de forma sutil.

Na semana anterior, Lumian, que havia feito algum progresso na digestão da poção do Feiticeiro do Clima e estabilizado seu estado, comportava-se normalmente. Seu relacionamento tinha voltado ao período antes do incidente do Vórtice, e, além disso, Lumian parecia mais proativo.

Porém, de alguns detalhes, Jenna ainda percebia que Lumian estava um pouco diferente. Um indivíduo normal se sentiria afetado pelo cotidiano ao enfrentar questões preocupantes. A capacidade de Lumian de manter o distanciamento indicava que ele controlava suas emoções deliberadamente.

— Mesmo na Sequência 2, a divindade que ela traz pode, em última análise, exercer influências permanentes… — Jenna de repente se sentiu emocional.

— O que você está pensando? — perguntou Franca, curiosa, que estava ao seu lado.

Jenna abaixou a voz e compartilhou seus sentimentos recentes com Franca de maneira resumida.

Franca franziu os lábios e disse: — Apenas encare isso como uma mudança natural na mentalidade e na percepção que todos vivenciam com o tempo, temperada por várias experiências…

Ela parou no meio, questionando-se se aquilo também não se aplicava a ela. O mesmo acontecia com Jenna. Caminhando passo a passo rumo à sua Sequência atual, ela havia, mais ou menos, abandonado algumas de suas insistências iniciais.

Quando Jenna ia dizer algo, viu Lumian jogar um espeto de carne para o lado, enquanto Ludwig, que de alguma forma havia se movido para lá, mordia a carne de uma só vez.

— Alimentando um cachorro? — repreendeu Franca, rindo.

Jenna também não conseguiu evitar rir.

Nas profundezas da Trier da Quarta Era, uma densa neblina isolou a percepção sensorial e espiritualidade, fazendo os edifícios parcialmente destruídos ao longe parecerem borrados e indistintos.

Os Sem Sombras preencheram os trinta a quarenta metros ao redor com luz solar pura e sagrada, ao ponto de até mesmo a sombra de cada pessoa desaparecer. A neblina silenciosa era bloqueada pela luz do sol, mas esta não conseguia alcançar mais longe.

Angoulême dirigiu a atenção para Jack Walton.

O prior do Claustro do Vale Profundo, um monge de nível Santo, segurava um disco circular incomum, coberto de padrões complexos e com um brilho semelhante ao de um espelho. Sobre o disco havia um objeto, que parecia o brasão da família Louis Gustav, que balançava para esquerda e direita antes de finalmente se fixar em uma direção específica.

— Ali. — Jack Walton liderava a busca.

O disco era algo que ele havia feito apenas dois dias antes, derivado de uma revelação. O brasão da família Gustav não era uma entidade real, mas uma projeção histórica — isso não impediam seu uso como meio de comunicação que apontava para Louis Gustav. Assim que Angoulême e os outros Sem Sombras seguiram Jack Walton por uma nova rua, uma sombra negra passou repentinamente na frente deles.

A sombra estava levemente curvada, movendo-se lentamente no cruzamento. À primeira vista, parecia uma pessoa, mas, observando com mais atenção, parecia um aglomerado de líquido preto viscoso.

— O fantasma de Montsouris! — Angoulême rapidamente identificou a origem da sombra negra. Isso deixou Jack Walton e outros clérigos da Igreja do Vapor e da Maquinaria confusos.

“O fantasma de Montsouris não deveria vagar pelo subterrâneo de Trier? Como poderiam entrar na Trier da Quarta Época?”

Informações sobre o fantasma de Montsouris passaram rapidamente pela mente desses semideuses, que não temiam maldições fantasmagóricas, lembrando-os de que esse “fantasma” nem sempre estava presente, tendo aparecido somente recentemente.

— Poderiam ter surgido fantasmas de Montsouris na Trier da Quarta Era? E mais de um? — Tal pensamento surgiu na mente de Jack Walton e outros santos.

Na vila luxuosa.

Lumian de repente sentiu todo o seu corpo gelar, incapaz de respirar, como se estivesse afundando na água viscosa do rio. No segundo seguinte, seus olhos refletiram uma sombra negra, parecida com uma pessoa idosa curvada.

Um fantasma de Montsouris!

O coração de Lumian apertou e ele se sentou abruptamente. Ele realmente abriu os olhos e viu que tudo na sala estava completamente normal, sem nenhum fantasma de Montsouris à vista!

— O que aconteceu? — perguntou Franca, enrolada em um cobertor fino e bocejando, que também se sentou.

Lumian ficou em silêncio por alguns segundos antes de dizer: — Sonhei com um fantasma de Montsouris.

Franca ficou inicialmente estarrecida, depois sua expressão se tornou séria. — Para uma Demônia, isso pode ser uma premonição espiritual.