Circle of Inevitability

Capítulo 1002

Circle of Inevitability

Olhando para seu eu passado suspenso no “casulo” transparente, a mente de Franca zumbia com muitos pensamentos, como aveia fervendo.

“O que exatamente é esse lugar? Esse é o trauma psicológico do Sr. Tolo ou do Digno Celestial? Fiquei assim, envolta###TAG###1###TAG### em um “casulo” pendurado acima da porta de luz, desde a perda da memória até a conclusão da transmigração?”

“Os outros “casulos” contêm outros membros da sociedade de pesquisa? O que esses três “casulos” vazios representam? Quem nos pendurou? Isso é muito semelhante a uma manifestação do caminho do Vidente de Alta Sequência… O Celestial Digno fez isso?”

“Então, esse é o trauma psicológico do Sr. Tolo? Ele…”

Assim que esses pensamentos passaram pela mente de Franca, atrás do portão de luz brilhante, parte da névoa cinza se dispersou, revelando uma esfera.

Era uma visão do planeta e da lua, do espaço.

Franca então viu os continentes norte e sul, o continente ocidental coberto por uma camada de névoa branco-acinzentada, e o continente oriental mergulhado na escuridão. Ao mesmo tempo, uma voz com um toque de solenidade ecoou em seus ouvidos:

— Este lugar tem um nome antigo, chamado…

— Chernobyl!

— Este lugar tem um nome antigo, chamado…

— Chernobyl!

— …

Enquanto a voz ecoava, Franca olhou fixamente para o planeta familiar, mas estranho, nas profundezas da névoa cinza, para os quatro continentes — leste, sul, oeste e norte — que tinham mudado um pouco, mas ainda eram reconhecíveis. Ela estava como se tivesse sido atingida por um raio.

De repente, ela entendeu muitas perguntas, aquelas para as quais ela não conseguia encontrar respostas antes ou havia evitado certas respostas enquanto buscava outras explicações. 

“Por que este mundo também tem 365 dias no ano, com um dia extra a cada quatro anos… Por que este mundo também tem 24 horas em um dia, 60 minutos em uma hora, 60 segundos em um minuto… Por que a estrutura do corpo humano neste mundo era idêntica à da Terra, e relações correspondentes podem ser encontradas na maioria dos elementos…”

“Por que o sonho do Sr. Tolo era uma cidade moderna… Por que a cidade de marionetes do Sr. Tolo era chamada de Utopia… Por que os avatares do Sr. Tolo eram chamados de Gehrman Sparrow e Merlin Hermes…”

Franca olhou fixamente para o planeta estranho, mas familiar, para os quatro continentes e oceanos azuis oníricos em sua memória. Lágrimas salgadas e molhadas caíram inconscientemente por seu rosto.

Sua mente lhe dizia a resposta, mas seu coração se recusava a aceitá-la.

“Este mundo pode ser apenas a Terra…”

A visão de Franca já estava turva, mas ela não ousava fechar os olhos, com medo de ver aquelas imagens que sempre apareciam diante dela em sonhos de meia-noite. Seu coração explodiu em choque intenso, tristeza e imenso desespero e dor, quase idênticos às emoções intensas que permeavam a área atual, indistinguíveis e aparentemente fundidas:

“Talvez nunca tenhamos partido, nunca poderemos voltar.”

Trier, dentro de uma luxuosa vila.

No quarto de Franca, Madame Julgamento, Madame Mágica e Madame Justiça estavam reunidas ao lado da cama.

— Ela está chorando… — Madame Julgamento, que estava observando a condição de Franca, disse de repente.

Os cantos dos olhos de Franca, enquanto dormia, ficaram misteriosamente úmidos, com vestígios de lágrimas se estendendo para ambos os lados, desaparecendo em seus cabelos louros que haviam escurecido consideravelmente. Ela parecia estar tendo um sonho extremamente triste. 

Naquele momento, a Madame Julgamento e a Madame Mágica não conseguiam entender por que a Dois de Copas chorava silenciosamente enquanto sonhava. Elas previram quais mudanças poderiam ocorrer na expressão de Franca na realidade, fosse ela distorcida pela dor, exagerada pela loucura ou caindo em extremo prazer, todas elas possibilidades previsíveis.

“Mas por que ela choraria?”

E as lágrimas derramadas eram dominadas pela tristeza e pelo desespero. 

“Será que um dos seus companheiros teve um infortúnio?”

A Madame Mágica lançou seu olhar para os outros cômodos, descobrindo que Lumian, Jenna, Anthony e Ludwig ainda estavam vivos, embora os dois primeiros — um com uma expressão gélida, o outro incapaz de esconder a dor e a urgência, mesmo no sonho.

— Você não vai acalmá-la? — perguntou Madame Julgamento à Madame Justiça, que estava conduzindo uma análise mental e psicológica.

Como a corrupção mental e o impacto emocional vivenciados no sonho se refletiriam na realidade, tratar os problemas psicológicos e doenças mentais correspondentes na realidade também afetaria verdadeiramente a pessoa no sonho. Em um sonho construído com espírito e psicologia em seu cerne, o interior e o exterior eram indistinguíveis nesse aspecto, misturando verdade e falsidade.

Os olhos esmeralda de Madame Justiça mostraram uma expressão pensativa. — Duas das emoções atuais da Dois de Copas abrigam imenso desespero, o que também é uma manifestação de seu verdadeiro estado. E o que ela precisa agora é justamente de desespero, desespero extremo.

Ao ouvir essas palavras, a Madame Mágica não pôde deixar de virar a cabeça para olhar o céu noturno a leste.

Ela disse em voz baixa: — Sim, Dois de Copas já avançou à força, alavancando a singularidade do sonho. O que ela mais precisa agora é desespero, desespero intenso e imenso. Isso pode ajudá-la a digerir a poção rapidamente.

— Não tenho certeza do que ela está vendo ou vivenciando agora, mas, pela situação atual, a parte de ‘fazer-se desesperar’ deve ser o suficiente. Mais tarde, precisamos encontrar uma oportunidade para ‘fazer os outros se desesperarem’.

A Madame Justiça assentiu levemente e disse: — Quando o desespero atual da Dois de Copas diminuir um pouco, fornecerei tratamento psicológico. Agora, ela pode precisar de outra ajuda.

Enquanto a portadora da carta dos Arcanos Maiores, usando um vestido verde com estampas brancas, falava, a Madame Mágica entreabriu os braços. À sua frente, pontos de luz das estrelas se reuniam, condensando-se em uma porta dupla ilusória, mas brilhante. Esta porta se abriu lentamente, revelando uma fina camada de névoa branco-acinzentada em seu interior.

Isso representava a cidade dos sonhos.

Como um Anjo do Caminho da Porta, a Madame Mágica não tinha problema em abrir uma porta e entrar à força no sonho do Sr. Tolo se ela realmente quisesse. É claro que não se sabia se uma entrada tão forçada resultaria em ela ser observada instantaneamente, perder o controle ou se tornaria, sem saber, uma marionete do Digno Celestial.

Nesse caso, o desconhecido se referia a qual dos dois resultados ocorreria, não se esses dois resultados apareceriam.

De acordo com os resultados de astromancia da Madame Mágica, havia apenas uma chance muito pequena de que ela não encontrasse nada, e isso se baseava no fato de o Sr. Tolo ter uma certa vantagem ou de as duas grandes existências estarem em uma fase de intenso combate mútuo.

O que ela estava prestes a fazer certamente não era invadir e resgatar Franca, mas abrir tal porta, estabelecer o canal correspondente e ajudar Madame Justiça, que era uma Tecelã de Sonhos.

Originalmente, a Madame Justiça só conseguia monitorar mudanças em parte da situação do sonho, e isso era de uma forma vagamente perceptual. Com tal porta, ela conseguia exercer alguma influência diretamente em certas áreas do sonho ou personagens correspondentes. Nessa situação, ela, que já havia sido expulsa do sonho três vezes, não podia fazer muita coisa, mas o que queriam transmitir a Franca era apenas uma breve frase.

Quando a porta da cidade dos sonhos se abriu, Madame Justiça fechou seus olhos esmeralda que pareciam capazes de refletir a alma humana, levantou a mão direita e começou a esboçar símbolos oníricos e irreais no ar.

Hospital Mushu, B2, beira do saguão do elevador.

Lumian, olhando para o abismo escuro ilusório, inalando a fragrância escura levemente doce e quente, suportando a agitação em sua medula óssea e desejos, sentindo como se todo o seu ser estivesse prestes a se incendiar, entrou em um estado de quietude etérea.

Sua mente e seus pensamentos gradualmente se dispersaram, tornando-se cada vez mais insensíveis à passagem do tempo. Por fim, ele “viu” uma névoa tingida de um tom escuro, sentindo como se estivesse caminhando através dela. Assim como antes, ele viu os contornos de vários edifícios, viu coisas semelhantes a trens circulando em ruas borradas, viu mulheres com leques redondos cobrindo seus rostos andando em carroças de duas rodas puxadas por humanos e se aproximando dele.

Ele voou para cima, voou em direção às profundezas da densa neblina, voou em direção a algum lugar nesta cidade estranha. Restava uma torre alta e peculiar que era apenas uma sombra, com uma escuridão e terror indescritíveis emanando da base da torre. Lumian, reprimindo o medo em seu coração e o tremor em seu corpo, desceu, entrou na torre e foi direto para o fundo.

Ele então viu um antigo poço se fundindo na escuridão, viu que as quatro paredes do antigo poço eram construídas com blocos de pedra cobertos de musgo e viu correntes negras como ferro presas aos blocos de pedra, penduradas nas profundezas do antigo poço. Essas correntes tinham vários relevos em sua superfície, mas eles eram borrados, dificultando a visualização por Lumian.

Incapaz de se controlar, Lumian esticou a cabeça, tentando olhar para o fundo do antigo poço. O que seus olhos encontraram foi uma cor vermelho-sangue, densa e assustadora. Parecia ser formada por uma quantidade desconhecida de sangue. Em seguida, Lumian sentiu um odor de peixe misturado com uma sensação de ferrugem.

Ele olhou perplexo para o nariz e percebeu que, de alguma forma, já havia sangue escorrendo de suas narinas, como sangue de verdade. De repente, a visão periférica de Lumian captou sua própria cabeça e rosto refletidos claramente na água cor de sangue do poço.

A palma da sua mão direita instantaneamente ficou escaldante, com uma aura maníaca e violenta surgindo como uma inundação. Isso foi bloqueado por um silêncio frio e mortal.

Fora do processo de escritura espiritual secreta, Lumian, no B2 do Hospital Mushu, seu corpo tremia visivelmente.

Seu cabelo flutuava para cima, seu rosto às vezes era o da deslumbrante Lumina, às vezes o mais bonito segurança Li Ming, seu peito às vezes inchava, às vezes achatava, sua aura às vezes era feminina e sedutora, às vezes masculina e violenta…

Ele ficava alternando entre esses dois estados e, se faltasse um deles, seu corpo poderia não ser capaz de suportar, entrando em colapso rapidamente e se tornando um monstro fora de controle. Lumian, na beira do antigo poço, sentiu uma vontade aterrorizante que poderia destruir tudo, sentindo-a lançar seu olhar das profundezas do antigo poço, observando-o.

Mesmo com a habilidade de um Asceta, mesmo se controlando à força, Lumian não conseguiu evitar romper com o ritual secreto e abrir os olhos. A palma da mão direita ainda ardia, mais intensamente do que nunca, e seus olhos eram de um negro profundo, um negro tão profundo que nem mesmo a morte existia dentro deles, desprovidos de qualquer vida.

Diante dele, naquele vazio de abismo escuro, um vórtice surgiu de repente, espiralando em direção ao fundo.

  1. to usando feminino pq é “a” franca agora[###TAG###]###TAG###