O Ponto de Vista do Vilão

Capítulo 410

O Ponto de Vista do Vilão

Capítulo 410: Os Elite versus os Ultras (4)

Dragoth já não parecia mais sensato. Parecia mais uma fera selvagem.

Olhando para o Ser Alon, que empunhava sua espada de ouro e se envolvia com uma luz radiante, Dragoth começou a ter alucinações.

Ele não via mais Alon.

Viu um homem diferente... uma figura do seu passado, que uma vez brandiu uma espada negra e irradiava uma luz estelar esmagadora.

O homem que uma vez o derrotou.

E, com essa memória, a fúria de Dragoth multiplicou-se exponencialmente.

Com um rugido, ele avançou contra o Ser Alon, rasgando os céus com uma velocidade aterradora.

Em resposta, numa velocidade maior que a da luz, o Ser Alon avançou rapidamente, colidindo com ele enquanto uma colossal explosão de auras eruptia nos céus.

"Que tipo de monstro você é?!

Ele gritou, desferindo golpe após golpe.

A espada de Alon chocou-se com os punhos de Dragoth.

A troca de golpes foi surpreendentemente rápida—tão rápida que deixou centenas de imagens após imagem no céu enquanto ambos liberavam ondas de choque que destruíam as nuvens.

O Imperador de Ferro brandia luz.

Por outro lado, Dragoth liberava uma aura estranha de relâmpagos violeta-preto, que gritava com energia sombria.

A luta foi totalmente devastadora.

A cada colisão mortal, qualquer soldado infeliz que estivesse lá embaixo, na sequência, era transformado em uma massa ensanguentada.

Ser Alon era incrivelmente rápido—quase desumano.

Mas até ele percebeu...

Desta vez, o tempo não estava a seu favor.

Não com um monstro como Dragoth à solta.

"Isso é sério..."

Agora, lutando contra Dragoth, o Ser Alon sabia que não podia mais intervir contra os Ultrans que haviam invadido o portal.

Eles já começavam a aparecer do outro lado... dentro do Império.

No extremo norte...

Oliver Khan empurrou Ada Starlight para trás e avançou, com seus olhos carmesim brilhando intensamente, encarando os Ultrans que surgiam do nada.

"Preparem-se... Carmen Starlight."

Ele falou friamente, entendendo exatamente o que estava acontecendo.

Carmen apenas acenou com a cabeça antes de correr ao lado dele, pronta para deter os invasores.

O plano tinha sido completamente revertido.

O jogo da Bruxa chegava ao fim, exatamente como Beatrice havia planejado desde o início.

Ser Alon agora lutava contra Dragoth...

Millicent permanecia presa na luta contra Beatrice...

E a classe de elite, mais uma vez, se encontrava cercada... de volta ao ponto de partida.

Feras ferozes entre os de altas patenteações guerreavam no céu...

Brutalidade desesperada continuava nas terras áridas do continente Ultran, onde os estudantes de elite ainda lutavam por sobreviver...

E, agora, uma terceira batalha começava ao norte do Império, enquanto tropas Ultrans atravessavam o portal para o outro lado.

Tudo havia se transformado em caos.

Caos puro, avassalador.

Ninguém tinha mais tempo para pensar. Estavam consumidos pela luta.

O sangue tornou-se a única coisa que importava.

Sem planos. Sem estratégias.

Apenas combate—selvagem e implacável—enquanto uma nova batalha começava... uma que poderia acabar com a guerra de uma vez por todas.

"Não entreguem! Lutem até o fim!!"

Gritou Phoenix selvagemente, enquanto continuava a queimar tudo ao seu redor, levando o estilo Chama Eterna ao limite extremo contra dois inimigos rank SS ao mesmo tempo.

Em outro lugar, Frey e Ghost continuavam avançando pelas fileiras Ultrans.

Frey, em particular, descia por dezenas de inimigos a uma velocidade assustadora, desesperado para alcançar o outro lado.

Esquerda e direita.

O sangue espirrava por tudo antes dele...

Ele havia eliminado inúmeros inimigos.

"Mais..."

Ele gritava loucamente enquanto avançava.

"Mais! Preciso matar mais!!"

Frey tentava ultrapassar seus limites—desesperado para se libertar das amarras.

Queria retomar o controle da situação, custasse o que fosse.

Ghost o apoiava por trás.

Snow lutava em outro lugar, em algum ponto próximo.

Todos tinham sido puxados para suas próprias batalhas...

Mas Frey... consumido por uma sede de destruição aterradora... liberava cada vez mais a escuridão dentro dele.

Cada golpe de sua espada lançava um arco negro colossal, devorando dezenas ao mesmo tempo.

"Mais..."

Compactando os dentes, seu corpo se tornara como uma máquina de guerra—uma força de aniquilação imparável.

"Mais!!"

O aura que ele despejava crescia sem parar.

Sua pele pálida ficava vermelha, seu corpo no limite, operando em plena capacidade.

Seus ataques eram tão esmagadores que até Ghost não conseguia deixar de olhar, lutando para entender até onde a força de Frey tinha chegado.

O que realmente assustava era que seu poder continuava aumentando... recusa-se a parar.

"De onde vem toda essa força?!"

Ghost murmurou com medo, percebendo a escuridão aterradora dentro dele.

Mas Frey continuava matando.

Gavid Lindman. Mergo. Beatrice.

Ele sabia que havia inimigos lá fora muito mais fortes que ele.

Mas não podia aceitar isso.

Não queria ficar abaixo deles... não importa quão fundo no escuro precisasse cair.

Ele queria extrair essa força.

Aquele tipo de poder que os superasse a todos.

Mais forte do que nunca.

Mais feroz do que nunca.

Era esse o tipo de força que Frey buscava.

E, com um rugido ensurdecedor que sacudiu o campo de batalha...

Continuou destruindo tudo ao seu redor.

Mas justo no momento em que seu poder atingiu o auge—quando estava à beira de ultrapassar seus limites—

Tudo ao redor dele começou a se contorcer violentamente.

Sem aviso prévio...

No clímax de sua fúria descontrolada...

Frey desabou, sangue jorrando de seus olhos, nariz, boca e ouvidos.

O sangue não cessava enquanto ele caía de joelhos, atônito, incapaz de compreender o que acontecia.

"Frey!"

Empurrando os inimigos restantes para trás, Ghost correu até seu lado assustado.

Frey tremia incontrolavelmente, tentando se levantar mais uma vez, com toda sua força de vontade...

Mas seu corpo continuava a tremer, incapaz de obedecer. O sangue não parava de sair de seu rosto.

Finalmente...

Frey atingiu seu limite.

A batalha na Cidade Marionete.

O confronto contra mil soldados Ultrans.

A luta com Mergo.

O conflito renovado contra o exército Ultran.

Até o corpo aprimorado de Frey—vários vezes mais forte que um humano normal—por fim, atingiu seu ponto de ruptura.

Quantas vezes ele havia liberado a Ignição?

Quantas feridas forçou seu corpo a se recuperar?

Frey entendeu.

Este era seu limite.

Ele não estava apenas ferido. Era como se um motor de carro superaquecesse pelo excesso de pressão... e apagasse completamente.

Foi isso que aconteceu. Ele foi além de seu limiar.

"Se mexa..."

Mas Frey se recusava a aceitar isso.

"SE MEXA, SUA MALDITA!!"

Ele gritou, negando-se a cair.

Mas não adianta.

E, assim, tanto Ghost quanto Frey ficaram presos, sem aviso prévio.

Enquanto isso...

A batalha continuava em outro lugar.

Mais atrás, Selena, a Bruxa, avançava, enfrentando um grande grupo de inimigos sozinha... e os destruía completamente.

Lara Croft assistia, atônita, ao que via.

Selena havia de repente revelado um estilo de combate estranho, que Lara jamais tinha visto antes.

Em vez de desenhar círculos mágicos no ar ou no chão...

Selena marcava-os ao redor de seu corpo, cobrindo-se com padrões brilhantes, que pareciam tatuagens.

Ela transformou seu próprio corpo em um conduto mágico, permitindo lançar feitiços muito mais potentes que o normal.

"Droga!"

Selena amaldiçoava enquanto continuava a massacrar os Ultrans.

Era o poder que ela escondia... destinado a uma luta futura contra Aegon Valerion.

Mas agora ela não tinha escolha. Era obrigada a defender a retaguarda sozinha.

Assim como todas as outras heroínas principais que possuíam poderes absurdamente esmagadores...

Selena não era exceção.

Mas, mesmo com suas habilidades excepcionais, era só uma questão de tempo até ela cair.

Em outro lugar, mais soldados Ultrans continuavam a invadir pelo portal...

Só sendo interrompidos por uma lâmina revestida com relâmpagos negros que cortou seus pescoços.

Assustados com sua aparição repentina, os soldados nem tiveram tempo de reagir.

Ele era rápido demais... acabando com eles antes que pudessem erguer um dedo.

Com um suspiro pesado, de pé na entrada...

Aegon Valerion virou o olhar para o campo de batalha caótico atrás dele.

"Que confusão você causou, Beatrice..."

Sua espada ainda estalava com relâmpagos negros, mas ele já parecia não se interessar mais por lutar.

Olhando mais uma última vez para o Ser Alon, Aegon sorriu antes de passar pelo portal, deixando o campo de batalha.

"Deixo isso para meu avô. Até mais, pessoal."

Assim...e de uma forma que ninguém conseguiu entender completamente...

Aegon Valerion atravessou todos os inimigos e escapou para o outro lado do portal.

Embora soldados Ultrans o perseguissem imediatamente, isso não mudou o fato:

O primeiro estudante a retornar ao Império... foi Aegon.

O príncipe pareceu fácil... ignorando completamente a luta brutal que seus companheiros ainda enfrentavam.

Após várias trocas...

O combate entre Ser Alon e Dragoth degenerou em caos.

Depois de lançar socos selvagens, os punhos de Dragoth estavam gravemente danificados pela espada de Ser Alon.

Numa fração de segundo, Dragoth lembrou...

Que era um espadachim. Não um brutamontes.

Mesmo em sua loucura temporária, ele se lembrou disso.

E, num piscar de olhos, seus ferimentos cicatrizaram, e ele estendeu a mão.

Foi então que...

Ser Alon viu, surpreendido, uma espada vindo em sua direção com uma velocidade incrível, lá de longe.

Sem aviso, o Demônio Humano havia invocado a Espada Luz da Lua de volta à mão.

E, assim como isso..., a arma lendária retornou ao seu mestre original.

Ao agarrar a Espada Luz da Lua, a aura de Dragoth mudou completamente.

Ele ainda estava insano...

Mas passou a repetir uma palavra—de novo e de novo—desde o início da luta.

"Abraão... Abraão... ABRAÃO!!"

Gritando seu nome incessantemente...

Dragoth avançou contra Ser Alon numa fúria cega, colidindo com o Imperador de Ferro.

O velho líder dos Ultrans tinha ficado completamente louco...

Assombrado pelo espectro de um homem morto.

Era caos total.