Volume 7 - Capítulo 606

606 O casamento o deixou ainda mais faminto

Zi Han não conseguiu conter o riso ao ouvir aquilo. Ele esperava poder “devorar” Yi Chen na consumação do casamento. Vendo Zi Han rindo daquele jeito, Yi Chen deixou passar. Parecia que o garotinho havia sido salvo pela sua sogra.

A aliança estava no dedo de Zi Han, e ele não estava mais chorando, então tudo estava ótimo. Zi Han recompôs-se e pegou a aliança da pequena senhorita Yi, que parecia satisfeita consigo mesma.

Zi Han olhou para a aliança, com um brilho nos olhos. Ele girou a aliança entre os dedos antes de chamar: “Chen-ge.”

Yi Chen olhou em seus olhos por entre o véu, sua expressão ansiosa para ouvir o que Zi Han tinha a dizer. Zi Han sorriu levemente antes de dizer: “Eu não gostava de você no começo. Eu odiava que você fosse mais alto que eu, mais forte que eu, e eu sempre queria competir com você. Sinceramente, eu achava que você, sabe… manteria distância de mim, mas você continuou aparecendo na minha frente, de novo e de novo e de novo.”

Para ser sincero, essas não eram as declarações românticas e emocionantes que Yi Chen esperava. Ele estava bem ciente de que seu amado não gostava muito dele no início, e Zi Han não fez esforço para esconder isso. Como Zi Han se apaixonou por ele, no fim das contas, era um mistério para ele. Em algum momento, ele simplesmente pensou que ficaria na friend zone ou, pior, na enemy zone para sempre.

“Mas quando me bateu, me bateu forte. Eu não conseguia parar de pensar em você. Eu sempre sonhava com você e eu não via a hora de te ver todas as manhãs. Eu estava esperando por este dia desde o momento em que decidi que queria passar o resto da minha vida com você.”

“A partir de hoje, prometo a você minha devoção, lealdade e respeito eternos. Eu sempre estarei lá para você em tudo, seja bom ou ruim. Eu me esforçarei para manter esse sorriso lindo no seu rosto e farei o meu melhor para te fazer feliz e te fazer se sentir amado. Estou mais do que disposto a ser seu marido… Eu te amo, Chen-ge.”

Zi Han nunca foi poeta ou alguém que inventava palavras românticas, mas tudo o que ele disse vinha do coração.

Yi Chen ficou tão encantado que ficou visivelmente inquieto. Ele queria se aproximar e simplesmente beijá-lo. Por que ele não podia? Por que ele não podia simplesmente ir por baixo daquele véu e beijar seus lábios na frente de todos?

…

Sua maçã do Adão se moveu enquanto ele se inclinava, antes de recuar hesitante. Seu coração estava em tumulto. Ele nunca teria imaginado que a boca de Zi Han pudesse ser tão doce.

Totalmente ciente de que o noivo estava prestes a se atirar no outro noivo, o ancião teve que acelerar as coisas o mais rápido possível. Na verdade, ele estava absolutamente certo, porque a mão de Yi Chen estava alcançando a cintura de Zi Han, então, sim.

Tia Yi foi especialmente rápida em se levantar, trazendo consigo um jarro de vinho e dois cálices dourados. Ela os encheu generosamente também.

Yi Chen queria dizer algo, mas Zi Han já havia aceitado sua pergunta de forma simples. “Como eu vou beber com o véu? … Posso tirá-lo?”, perguntou ele à tia Yi, e as respostas para essas duas perguntas foram: “Você vai descobrir” e “Não”.

Zi Han, “…”

“Eu posso ir por baixo se você quiser?”, sugeriu Yi Chen, suas palavras muito atenciosas, mas soaram tão estranhas saindo da sua boca.

Zi Han riu, perguntando: “Você quer que eu levante minha saia para você então?”

Tia Yi, “…”

Yi Chen não pôde deixar de rir. Ele não tinha vergonha de reivindicar o título do homem mais sortudo de toda a federação naquele momento. “Nossa, apenas cruzem os braços para que possamos sair daqui. Estou morrendo de fome”, sussurrou tia Yi, e os dois obedeceram, bem, principalmente porque Yi Chen não conseguia esperar pela consumação ou, como Yi Youxi disse, “se consumirem” um ao outro.

“Espera, espera… isso não… amor, não coloque o braço assim”, disse Zi Han, questionando seriamente o QI do marido naquele momento.

“Só deixa eu ir por baixo. Vai ser muito mais fácil”, disse ele, e Zi Han sabia que era uma mentira completa. Essa pessoa só queria uma desculpa para beijá-lo na frente de todos.

“Não, você tem que esperar até a câmara nupcial”, disse ele através dos dentes cerrados, mas seus pais ainda ouviram. O microfone estava desligado, mas eles estavam perto deles, então conseguiam ouvir tudo.

Tia Yi estava de saco cheio, então, como uma professora guiando crianças pré-escolares, ela ajudou-os a cruzar os braços e expirou profundamente antes de dizer: “Agora, bebam… tudo.”

Yi Chen abaixou a cabeça para espiar por baixo do véu, mas Zi Han puxou a ponta para baixo, dizendo “sem espiar”.

Se os cidadãos da federação Ônix aprenderam alguma coisa com isso, foi que o Marechal Yi era uma pessoa muito brincalhona na frente de Zi Han. As pessoas sempre se perguntavam como um homem distante, com um rosto frio e indiferente, passava o tempo com uma pessoa tão feliz e maluca como Zi Han. De fora, suas personalidades não pareciam combinar e, apesar de parecerem bem juntos, as pessoas não esperavam que eles durasse.

Olhando agora, ele era frio e indiferente ao resto da federação, mas na frente de Zi Han, ele era um husky grande e fofinho, com muita energia.

Os dois não conseguiram deixar de rir enquanto se olhavam, bebendo dos cálices. Yi Chen, que queria que sua proximidade durasse um pouco mais, bebeu muito mais devagar que Zi Han, tomando um pequeno gole de cada vez.

Zi Han levantou a mão e inclinou levemente o cálice enquanto sufocava o riso. Yi Chen não teve escolha a não ser terminar tudo. Depois que se separaram, ele não conseguiu deixar de olhar para seu amado, imaginando aquela língua macia lambendo as marcas de vinho no lábio inferior dele (de Zi Han).

Ele nunca pensou que ficaria tão faminto por um beijo. Era como se, depois de casar, uma chave tivesse sido ligada e sua fome tivesse aumentado dez vezes.