
Volume 6 - Capítulo 560
O Amante Proibido do Assassino
560 O fim da saga dos pêssegos
Zi Xingxi não pôde deixar de balançar a cabeça, sem querer olhar para seu marido guloso. Quanto ele estava faminto?
Com a mão cobrindo o rosto, ela perguntou em um sussurro baixo: “Por que você comeu os pêssegos dela? Ela estava falando sobre eles há muito tempo.”
“Não foi de propósito”, disse ele, agarrando a outra mão dela para que ela tocasse sua barriga antes de continuar: “Minha barriga estava roncando de fome, e meu estômago quase estava grudado nas costas. Estava com muita fome por algum motivo.”
A Vovó Lin não conseguiu deixar de olhar feio para o filho, que havia começado tudo aquilo. Aquele preparado não era brincadeira, principalmente com a adição de álcool.
“A culpa é minha por não ter trancado. Não precisa se preocupar”, disse ela, e Yeoh Jun se sentiu ainda pior.
“Não, não, eu me sinto mal. Preciso te compensar. Que tal isso? Tenho uma garrafa de vinho de pêssego aqui?”, disse Zi Xingxi, lidando com a situação como fazia quando Zi Han causava problemas.
“Ah, não ne-”, disse a Vovó Lin antes que Lin Ruoxi a interrompesse:
“Mãe.” A Vovó Lin suspirou e agradeceu Zi Xingxi. A razão pela qual Lin Ruoxi disse aquilo era porque sabia que Zi Xingxi não deixaria barato. Era melhor acabar com aquilo antes que Zi Xingxi tirasse coisas ainda mais valiosas para compensar alguns pêssegos.
Com isso, o incidente dos pêssegos chegou ao fim, exceto para Yeoh Jun. Ele sabia o quanto Zi Xingxi valorizava o vinho. Ela tinha a maior coleção que se podia imaginar, só que mantinha sua melhor coleção o mais longe possível do pequeno diabinho que dera à luz e de seu pai.
Agora que ela havia se desfeito de uma rara garrafa de vinho de pêssego que guardava há quem sabe quanto tempo, ele sabia que o preço, mais tarde, seria muito alto.
“Okay, vamos comer”, disse a Vovó Lin, e os homens que olhavam gulosamente para a comida pareciam ter recebido anistia.
A mesa ficou silenciosa por um instante, com o único som vindo dos talheres e colheres. Yeoh Jun primeiro colocou comida no prato de Zi Xingxi, tentando se mostrar bonzinho, mas teria que fazer mais do que isso.
Yi Zhen também se inspirou a bajular sua esposa, mas essas mulheres não estavam caindo nessa lábia melosa.
Zi Han, por outro lado, tinha problemas maiores. Enquanto os outros bajulavam enchendo os pratos de suas parceiras, o seu estava aprontando com ele embaixo da mesa.
Começou com a mão de Yi Chen em sua coxa, acariciando levemente como para acalmá-lo. Zi Han afastou a mão, mas logo ela voltou, e desta vez foi na parte interna da coxa.
Zi Han se sobressaltou e deixou cair os pauzinhos antes de olhar feio para Yi Chen. Yi Chen manteve o rosto sério enquanto colocava um crepe de ovo e cebolinha no prato de Zi Han, como se não fosse ele quem o estava tocando agora mesmo.
Zi Han queria dizer algo, mas mal abriu os lábios quando Yi Chen se inclinou mais perto, como se soubesse que ele queria falar algo.
Ele se aproximou tanto que os lábios de Zi Han acidentalmente roçaram o lóbulo de sua orelha.
Zi Han queria dizer “não tão perto”, mas se viu olhando para aquele lóbulo da orelha e, de repente, com vontade de dar uma mordida.
Yi Chen virou a cabeça levemente e murmurou: “Se você continuar olhando, vou ficar duro.”
Os dois travaram olhares, se encarando intensamente, com a tensão sexual entre eles fervilhando como um lago de lava no fundo da cratera de um vulcão. Zi Han de repente se sentiu muito sedento, então lambeu o lábio inferior e engoliu em seco, com a maçã do Adão se movimentando. Estava obviamente com uma sede danada. Estava escrito na cara.
Tendo atraído o peixe para sua armadilha, Yi Chen mordeu o lábio inferior, com uma leve curva no canto da boca.
“Ahem, hem... hem”, foram os sons de Yeoh Jun limpando a garganta com força ao ver os dois indo longe demais.
Ming Ming olhou para o tio enquanto coçava o rosto e disse: “Tio, são os pêssegos. Devem estar presos na sua garganta. A vovó disse que se comermos os pêssegos sem permissão, eles vão ficar presos na garganta e uma pessegueira vai brotar.”
Yeoh Jun, “...”
Todos não puderam deixar de rir daquela mentira óbvia que a Vovó Lin usava para impedir que alguém roubasse os pêssegos.
Yeoh Jun decidiu se render à garotinha e perguntou: “Então qual é a cura?”
Ming Ming tentou se lembrar e, quando se lembrou, disse: “A vovó disse que você tem que tomar suco de chuchu três vezes ao dia e confessar seu crime no salão ancestral.”
Yeoh Jun, “...”
O homem que não suportava coisas amargas, assim como seu sol, quase chorou lágrimas de sangue. Ele não conseguiria sobreviver a um único gole.
Enquanto Yeoh Jun tremia subconscientemente tentando tirar da cabeça a ideia de tomar aquela coisa, Zi Han estava afastando a mão de Yi Chen de sua coxa antes de sussurrar:
“Mantenha suas mãos para você.”
Yi Chen foi obediente, quase obediente demais para Zi Han se sentir à vontade. De fato, Yi Chen não decepcionou. Ele colocou a perna sobre a de Zi Han, obedientemente mantendo as mãos para si.
Zi Han, “...”
O que ele poderia fazer? O homem havia encontrado uma brecha para explorar. Zi Han não podia acreditar. A desfaçatez daquele homem estava se intensificando a cada dia. Desde que encontrou Yi Chen na República, o homem estava ainda mais desenfreado e flertava com ele em qualquer oportunidade que pudesse, como agora.
Enquanto os dois estavam flertando enquanto comiam, Yi Youxi exclamou ao ver que não conseguia se conectar à StarNet. Ele sabia que sua mãe não tinha nada a ver com isso, mas não conseguiu deixar de chamá-la, com um tom acusatório.
“Mãe! Não consigo me conectar à StarNet, ugh. É por causa da coisa dos tomates? Prometo que vou picá-los perfeitamente na próxima vez, por favor, ligue de volta.”
Lin Ruoxi, “...”