
Volume 1 - Capítulo 11
O Amante Proibido do Assassino
As luzes brilhantes, embora menos espetaculares, iluminavam a superfície negligenciada da cidade. Pelos becos vazios e janelas fechadas, dava para perceber que aquela cidade barulhenta havia adormecido. Era de se esperar, considerando que era uma cidade em que a polícia mal se importava.
Quem estava na rua a essa hora só tinha más intenções, como Zi Xingxi. Em sua mão, uma pistola com mira a laser, que ela batia na coxa, deixando o homem ao seu lado cada vez mais nervoso a cada batida.
Porque ele sabia que ela estava furiosa. Quando ela ficava quieta, fazendo sons rítmicos com qualquer arma que tivesse na mão, significava que estava extremamente irritada. Extremamente, no sentido de: "Vou matar alguns filhos da mãe hoje", tipo de irritação.
Ele tirou o lenço e enxugou a testa e as bochechas, mas não podia fazer nada com as axilas e as costas, que suavam profusamente. Sentiu um grande alívio quando o carro voador parou em frente a um pequeno jardim.
Queria avisá-la de que haviam chegado, mas antes que pudesse dizer algo, Zi Xingxi já havia saído do carro. Ele só pôde apressar os passos e alcançá-la.
Enquanto os saltos de seus stilettos tilintavam com seus movimentos, um grupo de homens vestidos com uma variedade de roupas cinza e pretas se aproximou e entrou no local antes dela. À beira da estrada, onde seu carro voador estava estacionado, havia outros três, ainda mais luxuosos que o dela.
Esses homens só poderiam ter vindo dos outros carros voadores e estavam ali como reforço. O som de tiros era ouvido, com flashes ocasionais vindo da casa, mas Zi Xingxi não se intimidou. Ela entrou na casa, seus passos poderosos e dominadores, como se aquilo fosse algo normal para ela.
…
Os sons de pessoas gritando e gemendo com os tiros não a incomodaram nem um pouco. Ela entrou tranquilamente na sala de estar de planta aberta, esperando encontrar um lugar para se sentar e esperar seus homens trazerem esse tal de Dage para ela.
Quando entrou, viu uma cabeleira fofa espiando atrás do balcão da cozinha. Como era do tipo mão na massa, levantou sua pistola com mira a laser e imediatamente disparou um tiro sem hesitar. Sua pontaria era excelente, acertando entre as sobrancelhas em um tiro perfeito na cabeça.
Sangue respingou na porta do forno, criando uma imagem horrível, mas sua expressão permaneceu inalterada enquanto ela caminhava atrás do balcão, passava por cima do corpo caído no chão e seguia para a geladeira.
Com grandes expectativas, ela puxou a porta, esperando encontrar algo bom para matar a sede. Para seu desgosto, o interior da geladeira estava cheio de uma variedade de frascos com líquidos coloridos.
Uma névoa de condensação escapou da geladeira enquanto ela coçava a cabeça com a mão que segurava a pistola com mira a laser, ainda quente do tiro.
“Tsc…”, ela fez um som de desaprovação, batendo a porta com força. “Você podia ter guardado algo bom para comer na geladeira também. Não é como se isso fosse afetar seus produtos de quinta.”
Sua voz, ao dizer isso, soou extremamente insatisfeita. Ela não tinha comido o dia todo, além do café da manhã. Por causa da preocupação com o rosto do filho, ela tinha esquecido de pegar a torta de ovo que ele comprou para ela. Agora estava faminta e sem conseguir se concentrar.
Ela evitou o sangue no chão, abrindo as pernas sobre o cadáver enquanto procurava nos armários algo para comer. Para sua sorte, aquela cozinha não era usada apenas como laboratório para cozinhar aquela droga ilegal.
No armário superior esquerdo, ela encontrou um pacote de salgadinhos ainda fechado. O canto de seus lábios se curvou em um sorriso malicioso enquanto ela o abria com um rasgão. Quando se virou com um salgadinho fino e salgado na mão, avistou uma figura no fim do corredor escuro, fugindo.
Por reflexo, ela pegou uma faca no balcão e a jogou naquela direção. A lâmina cortou o ar com um som alto e agudo antes de atingir a pessoa na perna.
Um som abafado e alto se seguiu, junto com uma série de impropérios, enquanto a pessoa rolava no chão de dor. Zi Xingxi estava pouco se lixando naquele momento. Ela passou por cima do corpo, pisando acidentalmente na poça de sangue que se formara em algum momento.
“Droga…”, ela xingou, com a testa franzida, enquanto verificava embaixo do sapato. Talvez tivesse que jogar esses saltos fora quando chegasse em casa, senão o filho ia notar que a ponta do seu stiletto estava coberta de sangue.
Enquanto se sentava à mesa de jantar, ela comeu lentamente os salgadinhos, esperando que seus homens trouxessem o homem chamado Dage para ela. Dez segundos depois, seus homens arrastaram um homem com uma faca enfiada na coxa em sua direção. Sua cabeça estava baixa, as mãos algemadas na frente, enquanto eles o colocavam descuidadamente no assento em frente a Zi Xingxi.
Com as pernas cruzadas nos joelhos, ela olhou para aquele homem que teve a coragem de envolver seu filho em coisas tão sujas, mas como sua cabeça estava baixa, ela não conseguia ver seu rosto claramente. Mas não precisava dizer nada, porque no segundo seguinte, um de seus homens agarrou seu cabelo com força e o obrigou a olhar para cima.
Fazendo uma careta de dor, o homem foi forçado a encarar a pessoa no comando, mas quando viu quem era, sua expressão mudou para espanto. Como ele não poderia reconhecer sua deusa, de quem sonhava todas as noites?
Incontáveis vezes ele tentara chamar sua atenção, comprando flores para ela, que aliás eram artigos raros nessa era. Ele até comprou sapatos, vestidos e joias para ela, mas ela nem mesmo lhe dera tempo suficiente para apresentar seus presentes.
PENSAMENTOS DOS CRIADORES
Andru_9788 Andru_9788
Boa leitura!