Volume 1 - Capítulo 33

Lin Nuan sabia que o Cogumelo sentia saudade de Wen Moshen tanto quanto ela.

A respiração ofegante do Cogumelo lhe perfurava o coração como agulhas.

“Cogumelo, se você estiver cansado, descanse e durma…”, Lin Nuan disse, a voz embargada. “Aquele homem… ele pode nunca mais voltar.”

Lin Nuan reuniu toda a coragem que tinha para dizer aquilo.

Ela abraçou o Cogumelo com força, o coração se partindo em pedaços.

O Cogumelo lambia suavemente Lin Nuan, tentando confortá-la.

Algum tempo depois, Lin Nuan percebeu a respiração do Cogumelo ficando fraca, até cessar, sua cabeça caindo suavemente…

As lágrimas de Lin Nuan caíam em cascata. Ela abraçava o Cogumelo com força, tentando não chorar alto, mas o corpo tremia.

O Cogumelo se foi, e Lin Nuan ia se casar — então, quem mais esperaria pelo retorno de Wen Moshen?

Ou talvez o Cogumelo soubesse que era difícil esperar sozinha, e escolheu aquele dia para partir?

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Depois de um longo tempo…

Lin Nuan, com o Cogumelo nos braços, levantou-se. Disse à enfermeira: “Por favor, avise o doutor Qin que ele pode levar o Cogumelo para mim, como ele mesmo me disse.”

Lin Nuan não conseguiria enterrar o Cogumelo sozinha. A dor seria insuportável.

A enfermeira assentiu. “Tudo bem…”

Lin Nuan já havia enxugado as lágrimas quando saiu da pet shop. Mas seus olhos ainda estavam vermelhos.

Tuan Tuan desceu do carro, correu até Lin Nuan e olhou para cima…

Crianças são realmente sensíveis. Ele percebeu imediatamente a tristeza de Lin Nuan. Queria confortá-la, mas não sabia como.

Dentro do carro, Fu Huai’an virou-se e viu Lin Nuan pela janela. Ela estava sorrindo e ajoelhada.

Ela gentilmente abraçou Tuan Tuan.

As mãozinhas gordinhas de Tuan Tuan acariciavam suavemente a cabeça de Lin Nuan. Imitando a forma como o pai o tratava quando estava doente, ele sussurrou com uma vozinha infantil: “Calma, mamãe vai ficar bem.”

Lin Nuan abraçou Tuan Tuan com força, saboreando o consolo e o calor que ele oferecia ao seu coração.

Ela sorriu sob a luz do sol, suas feições definidas suavizadas pela névoa da emoção.

Dentro do carro, Fu Huai’an esperou pacientemente que o humor de Lin Nuan se acalmasse.

Lin Nuan não disse uma palavra durante toda a viagem. Manteve os olhos fixos do lado de fora, com uma expressão de alívio ou de total vazio.

Na entrada do cartório, Lin Nuan conferiu seu documento de identidade e outros documentos pessoais mais uma vez antes de entregá-los ao assistente de Fu Huai’an.

Ao descer do carro, Fu Huai’an segurou a mão de Lin Nuan sem dizer nada. Chocada, ela inconscientemente quis puxar a mão, mas controlou o impulso.

O aperto firme de Fu Huai’an envolveu os dedos longos e finos de Lin Nuan, o calor a deixando em pânico por dentro.

Ela virou-se e olhou para Fu Huai’an. Sentiu que seus traços fortes pareciam mais definidos do que nunca contra o fundo do sol.

O terno impecável envolvia a figura alta e esguia de Fu Huai’an, fazendo suas pernas parecerem ainda mais longas do que o normal.

Ele já havia chamado muita atenção ao sair do carro. Afinal, um homem como ele, com uma presença magnética e imponente, atraía olhares por onde quer que fosse.

Lin Nuan se sentiu desconfortável e sem jeito segurando sua mão. Ela colocou o cabelo atrás da orelha, mas ao tocar as orelhas percebeu que estavam ardendo.

A cena de Fu Huai’an e Lin Nuan de mãos dadas chamou muita atenção.

Dentro do carro, na companhia do motorista, Tuan Tuan se encostou na janela e olhou para as mãos entrelaçadas, um sorriso radiante se espalhando por seu rosto…