Volume 1 - Capítulo 25

Nan Zhi apertou os dentes com força, a teimosia a consumindo, e se recusou a implorar por clemência.

Ela era do tipo que não se acovardava, preferia morrer a se render.

Mu Sihan observou o rosto teimoso de Nan Zhi com olhos frios. Sob seu domínio implacável, ela não chorou nem entrou em pânico, mesmo à beira da morte. Ela até o encarou com um olhar altivo.

Ele curvou os lábios em um sorriso frio e quase implacável, mas, em vez de soltá-la, apertou ainda mais o aperto em seu pescoço.

A garganta de Nan Zhi doía muito, sua respiração se tornava cada vez mais difícil, seu rosto pálido estava vermelho e sua consciência se esvaía gradualmente. As imagens diante de seus olhos borravam, se dissolvendo no nada.

A crueldade desse homem não era superficial…

Ela vinha de dentro, da medula.

Se ela não implorasse por piedade ou se rendesse, ele realmente a estrangularia até a morte.

O rostinho pequeno e delicado de Xiaojie surgiu na mente de Nan Zhi. O que aconteceria com sua querida se ela fosse estrangulada?

Vendo o pânico em seus olhos, finalmente, o aperto do homem em seu pescoço afrouxou lentamente.

No instante em que ele a soltou, Nan Zhi caiu no chão fracamente.

Doente!

Esse homem é louco!

Ela quase morreu em suas mãos e ele nem sequer teria piscado.

Ela abriu os lábios descorados, tossindo e ofegando por ar.

Ela havia se sentado em seu carro naquela manhã, pensando que ele poderia ser o homem daquela noite, quatro anos atrás.

Mas agora, fosse ele ou não, ela não queria mais nada com ele.

Ele era muito perigoso, muito aterrorizante.

O homem a ergueu do chão, pressionou seus lábios nos dela e suas pontas dos dedos vagaram por todo o seu corpo brutalmente.

Nan Zhi não tinha mais forças para resistir. Uma lágrima que pendia no canto de seu olho escorregou e caiu em seu cabelo.

O homem beijou a lágrima, abaixou a cabeça e sugou sua orelha, sua língua úmida e quente roçando levemente seu rosto delicado. Ele perguntou em voz baixa e rouca: “Você é virgem?”

Sua respiração pesada caía em sua orelha como uma rajada de vento frio, e Nan Zhi arrepiou-se toda.

Nan Zhi sacudiu a cabeça. “Não sou, me deixe ir.”

Seu rosto ainda estava anormalmente vermelho, sua voz rouca, seus longos cílios tremiam e seus lábios estavam pálidos, mas a maneira como ela o olhava era muito séria, sem o menor sinal de recuo por medo.

Seus dedos longos e fortes beliscaram suas bochechas e seus lábios frios se moveram perto dos dela, sem tocá-los, mas intimamente próximos, a distância de uma fina folha de papel. Sua respiração quente caía sobre ela perigosamente. “Nesse caso, nunca tente me seduzir ou me deixe ver você novamente. Some da minha vida!”

Ele a soltou e entrou no banheiro com o rosto frio.

Nan Zhi nem teve tempo de pensar no que ele quis dizer, segurando o pescoço, que estava prestes a quebrar de dor, ela fugiu do quarto apressadamente, fazendo o possível para não tropeçar em sua pressa para escapar do louco.

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Lan Yanzhi estava sentada na sala e ainda não havia terminado de fumar um cigarro quando viu a mulher cambaleando descendo as escadas.

“Nossa, realmente era a garota que o Quarto Irmão quase estrangulou!”

Nan Zhi ignorou Lan Yanzhi, ela só queria sair daquele lugar amaldiçoado o mais rápido possível.

O mordomo Yi se aproximou. “Senhorita, você precisa ser vendada ao sair. Vou providenciar um motorista para levá-la de volta.”

Nan Zhi assentiu silenciosamente.

Aquele era o território do tarado, se ela não o obedecesse, poderia ser jogada para os mastiffs tibetanos!

O mordomo Yi cobriu Nan Zhi com a fita preta e se preparou para escoltá-la até a entrada onde o carro estava esperando.

Lan Yanzhi levantou-se do sofá e se aproximou. “Mordomo Yi, deixe-me levar essa garotinha!”

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Sentada no carro esportivo de Lan Yanzhi, Nan Zhi olhou pela janela, sem ver nada.

A voz do homem ecoou em seus ouvidos: “Garotinha, você deu um tapa no Quarto Irmão antes de ser estrangulada?”