Ataque do Pequeno Adorável: O Mimo Infinito do Papai Presidente

Volume 1 - Capítulo 15

Ataque do Pequeno Adorável: O Mimo Infinito do Papai Presidente

Nan Zhi só percebeu que estava com o rosto enfiado na virilha do homem quando ele a ergueu puxando-a pelos cabelos. Suas bochechas ficaram vermelhas como beterraba naquela posição embaraçosa.

“Desculpe, isso não teria acontecido se as pessoas do seu quarto não me tivessem arrastado para cá.”

Os olhos claros e bonitos de Nan Zhi encontraram os dele, ardentes. Ela queria dizer algo mais, mas a voz falhou e ela parou.

Feições frias e marcantes, lábios finos comprimidos e aquele olhar impenetrável e intimidador.

E-Era o homem do carro desta manhã?

Que coincidência absurda!

Achei que nunca mais o veria.

Naquele momento, a expressão surpresa de Nan Zhi era apenas para ela mesma, uma exclamação diante dos caprichos do destino. Mas para os outros, foi interpretada de forma diferente.

Uma voz leviana, porém charmosa, chegou aos seus ouvidos: “Caramba, Quarto Irmão, essa gata acabou de chegar e já está caidinha por você!”

“O charme do jovem mestre Mu é grande mesmo, hahaha. As beldades se jogam em você uma atrás da outra, e ainda estão usando artimanhas!”

Mas o interessado não comentou. Ele tirou um charuto importado de uma caixa marrom e, com a outra mão, pegou um pequeno maçarico de prata que um dos playboys lhe entregou.

Ele acionou o maçarico e chamas azuis se acenderam em seus dedos. No instante em que as chamas brilharam, seu rosto bonito e perfeito refletiu-se claramente nos olhos de Nan Zhi.

Seu coração disparou.

Ele é tão bonito, meu Deus.

O contorno do rosto, as feições, cada traço parecia uma obra-prima, belo e masculino ao mesmo tempo.

Eram aqueles olhos profundos e penetrantes, a melancolia sem um pingo de calor, como um shura das profundezas do inferno[1], que fizeram Nan Zhi tremer. Ela cruzou os braços inconscientemente.

“Estava gostoso?” O homem deu uma tragada no charuto e soprou a fumaça forte em direção ao rosto dela.

Alguém na sala soltou uma risada maliciosa. Nan Zhi reconheceu a voz, era do homem com a aparência diabólica.

Apesar de ter um filho, sua experiência sexual era quase nula. A única vez foi quando ela foi drogada; não se lembrava de nada, exceto da dor lancinante que sentiu no dia seguinte.

Então, quando o homem no sofá lhe fez a pergunta “Estava gostoso?”, a insinuação passou despercebida por sua ingenuidade.

Ela achou que ele estava se referindo ao cheiro da fumaça do charuto, um pouco forte e acre, mas não ruim.

Ao se levantar do chão, respondeu secamente: “Está bom.”

Assim que as palavras saíram, um silêncio constrangedor pairou na sala.

Até mesmo o homem que fumava lentamente o charuto no sofá ficou atônito. Ele olhou para a mulher que se esforçava para se levantar, com uma leve arqueia de sobrancelha. Seus lábios sexy e bem-definidos se curvaram levemente e ele riu. “Disse que estava gostoso sem nem ter comido nada. Tem segundas intenções por trás dessa carinha bonita.”

Nan Zhi ficou sem palavras.

Ambos pareciam estar em frequências diferentes.

Ela não conseguia entender o que ele estava dizendo.

Ela olhou para o grupo de homens e mulheres que riam dela, com expressões sarcásticas e zombeteiras. Desde que teve o filho, Nan Zhi havia mudado. Ela só queria paz e não via a hora de sair daquele lugar horrível.

“Eu não sou garota de programa, o senhor está enganado.” Nan Zhi não tinha certeza se havia dormido com o homem arrogante do sofá antes, então não queria ofendê-lo muito.

Nan Zhi acabara de dar um passo à frente quando uma voz profunda e gélida ecoou pela sala: “Chegando e saindo como quiser, acha que isto é um mercado?”

Nan Zhi não era naturalmente uma pessoa de bom temperamento. Foi só nos últimos anos, depois de dar à luz Xiaojie, que ela repetidamente se disse para ser gentil e evitar problemas. Na esperança de criar uma ilusão de gentileza, para que, eventualmente, se tornasse assim.

No fundo, ela ainda era aquela jovem feroz, selvagem e arrogante que já foi.

[1] Shura: Na mitologia budista, um ser celestial de natureza violenta e irada. Neste contexto, refere-se a uma aura imponente e ameaçadora.