Escolha-me! Gacha Infinito

Capítulo 65

Escolha-me! Gacha Infinito


Um tempo depois, Qlqr1 terminou de modificar as instalações e uma mensagem do sistema apareceu.

【Ajuste concluído.】

Aplicando configurações alteradas. Por favor espere um momento.

Isel estalou os dedos e um livro grosso emergiu do nada.

[Por onde começar…?]

Isel abriu o livro com um floreio e começou a folhear seu conteúdo.

[Atualmente há trinta e cinco pessoas na sala de espera principal… e as instruções da Mestra são…]

Isel murmurou enquanto examinava o livro.

Jenna se aproximou e sussurrou para mim: — Irmãozão, o que está acontecendo? Parece que ela vai nos dividir.

— Por mim está tudo bem.

— Precisamos realmente dividir o primeiro e o segundo andar desse jeito? É quase como…

— Nobres e plebeus. Se a Mestra quiser nos tratar como quiser, é uma medida natural. Não gosto, mas vai acabar bem — Eolka interrompeu.

Ela estava agitando um leque chique que ganhou de presente.

— Nobres e plebeus… — Jenna fez beicinho.

Coloquei levemente minha mão na cabeça de Jenna.

— Você acorda cedo e vai para o campo de treinamento, onde treina arduamente até a noite. E caça nas masmorras diárias durante a semana. Mais da metade da carne que comemos vem da sua caça. E além disso tudo, tem um bom desempenho em missões.

Virei-me para a multidão na praça do segundo andar e observei as pessoas murmurando.

Seus rostos estavam marcados por um profundo desconforto.

— E eles?

— Estão fazendo absolutamente nada. Você é bem ingênua. Se fosse eu, já estaria irritada há muito tempo. — Eolka cobriu a boca com o leque.

Edis, que estava ouvindo, suspirou: — Então, em vez de síntese, ela está criando classes.

— Isso mesmo.

Todos os heróis na sala de espera compartilhavam um estilo de vida semelhante até agora.

Eles dormiam na mesma cama, faziam as mesmas refeições e usavam o mesmo tipo de roupa. Embora os esforços e as conquistas variassem entre os indivíduos, as recompensas eram iguais.

Se a sala de espera fosse gerida principalmente através de síntese com um pequeno número de pessoas, isso seria aceitável.

No entanto, para avançar a atual sala de espera primitiva para o próximo nível, foram necessárias certas medidas para eliminá-la. O princípio da separação foi a solução.

Personalização das instalações.

Inicialmente, esse recurso servia apenas para decorar a sala de espera. Os Mestres não achavam que os heróis possuíam inteligência quase equivalente à dos humanos e os tratavam como dados com habilidades e classificações fixas.

Mas eu era diferente.

Rapidamente reconheci isso e encontrei outro uso para o recurso aparentemente decorativo.

O que Qlqr1 construiu agora foi o modelo ‘A3’ que usei nos estágios iniciais do Niflheimr. Tinha suas desvantagens, mas era a maneira mais simples de reduzir a taxa de síntese. A visão transversal deste modelo foi esboçada no meu registro.

Isel fechou o livro.

Então, espalhando poeira estelar, ela deu a volta na praça.

[Prestem atenção! Vou anunciar as atribuições dos quartos. Ouçam com atenção, pois só direi isso uma vez. É a ordem estrita da Mestra, então se você se rebelar sem justa causa, espere consequências.]

Isel pigarreou e fez uma expressão séria.

[As quatro pessoas do primeiro grupo estarão no segundo andar! Vocês podem escolher qualquer quarto que desejarem. O mesmo vale para o segundo grupo. Há muitos quartos, então escolham qualquer um.]

As instruções de Isel continuaram.

[Chloe, Enok, Alter, Patrick e Amarine também. Vocês também estão no segundo andar.]

O alívio tomou conta dos rostos daqueles que foram nomeados.

Duas cozinheiras, um carpinteiro, um ferreiro e um curtidor. Esses foram os heróis que aprimoraram consistentemente suas habilidades desde que foram designados a uma instalação. Havia outros membros de apoio, mas faltava-lhes habilidade.

[Todos os outros estarão no primeiro andar.]

— Espera!

Um homem no canto da praça deu um passo à frente.

Isel estufou as bochechas, que não havia perdido a gordura de bebê.

[Você tem uma reclamação?]

— Não há muitos quartos no segundo andar? Porque todos os outros estão no primeiro? Isso é um desperdício de espaço!

— Exatamente! Pelo menos trinta pessoas podem ficar no segundo andar! Redistribua os quartos! — Um colega do homem gritou alto.

Outros indivíduos descontentes começaram a expressar os seus ressentimentos em uníssono.

— Redistribua os quartos!

— Isso ae! Como vamos dormir em um quarto sem cama? É um absurdo!

[Essas pessoas nunca param quando começam.]

Isel sorriu de maneira doce e cerrou seus pequenos punhos.

Aumentou sua altitude e desceu com tudo, atingindo o chão com força.

Trum!

Toda a sala de espera tremeu violentamente, como se uma bomba tivesse explodido.

As pessoas que estavam próximas a Isel caíram de bunda no chão. A praça ficou em silêncio por um momento. Isel dobrou as asas e sentou-se no banco destruído.

[Vocês se acham muito, né!? Há apenas um mês, todos vocês teriam sido sintetizados. Considerem-se com sorte.]

— Mas…

[Mas o que? Quer provar do meu soco nuclear?]

Isel levantou a guarda e estendeu a mão direita como se estivesse dando um soco.

Sua pequena mão se moveu em uma velocidade invisível, emitindo um som poderoso. Ela pode parecer uma fada inofensiva à primeira vista, mas estava no nível duzentos e cinquenta e sete.

A comoção na praça diminuiu.

Isel acenou com a cabeça com uma expressão satisfeita.

[Agora, chega de reclamações? Vamos continuar. Chloe, dê um passo à frente.]

Chloe deu um passo à frente com uma expressão apreensiva.

[Sim, você. Você é a chefe de cozinha. A Mestra que ordenou. De agora em diante, você e Amarine serão as cozinheiras exclusivas do refeitório do segundo andar.]

— Cozinheiras exclusivas?

[Vocês serão responsáveis pelas refeições dos residentes do segundo andar.]

— Espere um momento!

[E o que foi agora?]

— Você está levando as cozinheiras embora? O que devemos fazer?

Isel franziu as sobrancelhas.

[Descubra você mesmo. Pode comer sujeira ou não. Ah, esqueci de falar, a partir de agora é proibido o consumo de carne no primeiro andar. Você viu as batatas na despensa? Asse e coma-as.]

— De jeito nenhum… Você está nos dizendo para comer apenas batatas?

[Por que acha que é tão estranho?]

— Pelo amor de Deus! Fomos obrigados a dormir em um lugar horrível e agora não temos nem comida preparada?

Um homem robusto avançou bravamente.

— É injusto termos sido arrastados até aqui por uma maldita psicopata que se autodenomina Mestra e agora está nos tratando assim? Você acha que vamos simplesmente ficar quietos?

[O que você acha que acontecerá se não o fizer?]

— Eu… Eu… Vá para o inferno!

O homem sacou uma adaga e atacou Isel.

Isel arregaçou as mangas. No momento em que ela pensou que iria fazer do homem um cadáver, um flash de luz irrompeu.

O braço empunhando a adaga caiu no chão, jorrando sangue. O homem olhou para o braço direito decepado por um momento antes de gritar descontroladamente.

— Aaaargh!

O jovem à sua frente umedeceu os lábios enquanto girou sua espada.

Gotas de sangue se espalharam em todas as direções.

Foi Velkist.

[Que diabos está fazendo?]

— Contanto que eu não mate, está tudo bem, certo?