Escrava do Amor: A Paixão do Chefe da Máfia

Volume 1 - Capítulo 5

Escrava do Amor: A Paixão do Chefe da Máfia

Obviamente, como não tinha dinheiro e nenhuma maneira de ganhar, tive que abandonar os estudos. Não tinha mais onde morar, então precisei ir viver com a única parente que ainda estava viva: minha avó. Com apenas uma pequena mala de roupas e necessidades básicas, peguei um trem para uma cidade sem nome no interior onde minha avó morava.

Quando deixei a capital, já estava preparada para o pior. Ao chegar no endereço que supostamente era a casa da minha avó, a realidade não estava muito distante da minha expectativa. Minha avó, como me contaram, tinha uma pequena confeitaria em uma cidadezinha muito pequena. A descrição era perfeita.

“Tempo Doce” estava escrito na placa desbotada, branca e rosa, da pequena loja da minha avó. Era claro que a placa havia desbotado do branco e vermelho para o rosa atual. A loja ficava no primeiro andar e nosso apartamento no segundo.

A vida com minha avó foi como um retorno ao básico. Éramos pobres, mas felizes. Nossa casa e a loja eram pequenas, mas suficientes para duas garotas pequenas como nós. Continuei meus estudos em um colégio público local e consegui uma bolsa de estudos para ajudar com as despesas.

Fiz tudo o que pude para ajudar minha avó, só para conseguirmos sobreviver e manter a loja funcionando.

Isso significava que eu trabalhava todas as horas livres que tinha. Raramente saía com os amigos porque precisava trabalhar na loja. Me concentrei nos estudos para conseguir uma bolsa de estudos para a universidade, já que não tínhamos dinheiro para me mandar para a faculdade.

A vida era difícil, mas simples o suficiente. Em meio a tudo, minha avó sempre esteve lá por mim. Nem uma vez ela reclamou, mesmo ficando mais velha, e isso significava que eu também não tinha motivos para reclamar. No final do ensino médio, consegui uma bolsa integral para estudar Artes e Design em uma universidade próxima.

Isso significou que eu precisava me mudar e morar no alojamento universitário, mas ainda assim me certificava de ir até a casa para visitar minha avó e ajudar na loja.

Foi durante meu primeiro ano na universidade que conheci meu primeiro e único namorado. A vida estava ótima até… aqueles homens aparecerem.

Um dia, quando cheguei na loja depois de fazer compras, senti imediatamente que algo estava errado. O bairro inteiro estava silencioso, muito silencioso. Era como se ninguém estivesse vivendo ou respirando ali. Ninguém andava na rua, nenhum carro passava e simplesmente não havia sinais de vida.

Meu coração disparou quando meus olhos se fixaram em uma grande limousine preta estacionada em frente à minha casa. Nunca tinha visto uma limousine na vida real, só em filmes. Era óbvio que, nesta cidade pequena e pobre onde poucas pessoas tinham carros, ninguém tinha uma limousine preta e chamativa.

O que eu não conseguia entender, enquanto o choque de tudo isso me dominava, era por que havia uma limousine estacionada bem na frente da minha casa?

Assim que meu corpo se recuperou do choque inicial, me vi derrubando a sacola de compras e correndo o mais rápido que pude em direção à loja. A visão das janelas quebradas, da placa destruída e dos vasos de plantas quebrados, espalhando terra preta por todo lado, me deixou chocada.

O que aconteceu aqui enquanto eu estava fora?

O próximo pensamento que me ocorreu foi… vovó! Onde ela está? Ela está bem?

“Vovó!!” Gritei com todas as minhas forças.

Corri pela porta entreaberta para dentro da loja. O interior da loja também estava uma bagunça, assim como o exterior. Tudo o que podia ser destruído, foi, e lá, ajoelhada no chão, estava minha pobre avó.

“Vovó!”, chorei enquanto corria até ela, abaixando-me para apoiar seu corpo frágil.

“Lisa…” minha avó chamou meu apelido baixinho entre soluços.

A visão dela chorando e seu corpo tremendo de choque e medo partiu meu coração em mil pedaços. O que fizemos para merecer algo tão cruel?

“Você finalmente voltou,”

Uma voz masculina baixa e impassível disse, fazendo-me perceber pela primeira vez que minha avó e eu não éramos as únicas na sala. Lentamente, olhei na direção da voz. Ali, não muito longe de onde estávamos agachadas no chão, estavam três homens muito altos e grandes. Todos vestidos de preto.

Não consegui ver seus rostos porque todos usavam óculos escuros pretos que escondiam seus olhos. Seus ternos pretos, calças e sapatos de couro brilhantes pareciam imaculados e perfeitos mesmo depois de todo o estrago que fizeram na minha casa. Esses homens pareciam ter saído diretamente de um filme… um filme da máfia.

Então, isso… era a máfia…

“Senhores, peço desculpas se os ofendemos de alguma forma, mas… tenho certeza de que tudo isso deve ser algum tipo de mal-entendido…” disse com a voz trêmula enquanto me levantava lentamente.

“Vocês conhecem Simon e Marianne Maxford?” um dos homens vestidos de preto perguntou severamente.

“Sim… eles eram meus pais…” respondi baixinho. O que a máfia tinha a ver com meus pais? Já se passaram cerca de seis anos desde que eles faleceram…

“Então não há erro. Finalmente encontramos vocês,” o homem continuou em voz nivelada.

“O que você quer dizer?” perguntei, confusa.

“Olhe isso,” o homem disse enquanto me estendia algumas folhas de papel.

Hesitantemente, peguei os papéis dele, percebendo que minhas mãos estavam tremendo muito. O que esses papéis poderiam ser?

Antes que eu tivesse a oportunidade de ler o conteúdo do papel, o homem começou a falar novamente, como se respondesse à minha pergunta não feita.

“Este é um contrato de empréstimo que seus pais fizeram com nosso chefe quando tiraram um empréstimo de quinhentos milhões de dólares,” o homem declarou factualmente.

“O quê?!” exclamei em choque.

Quinhentos milhões de dólares?!

--Continua…

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